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Como podemos garantir o nosso sustento?

Percebi que alguma coisa teria de mudar quando regressava do trabalho, a caminho de ir buscar a minha filha à pré‑primária.

Pensei que, se tivesse mais controlo, conseguiria reorganizar o meu horário para trabalhar de forma mais intensa de manhã, quando me sentia mais criativa e produtiva, passando as tardes a vestir bonecas e a fingir ser um macaco. Poderia completar as tarefas do dia depois de a deitar às sete da tarde.

Para que isto acontecesse, precisava de duas coisas: mais poder e mais
dinheiro.

A única forma de conseguir realmente o que desejava seria afastando‑me da economia tradicional que funciona à base de empregos a tempo inteiro com horários definidos. Precisava de conseguir a minha independência financeira ganhando dinheiro adicional além do meu trabalho a tempo inteiro, para deixar de ser vulnerável ao despedimento e poder, eventualmente, trabalhar por conta própria e definir o meu próprio horário. A questão ia muito além do dinheiro. Queria poder controlar a minha vida.

No meu trabalho como jornalista especializada em economia, conheci outros que equilibravam por tempo indefinido biscates com trabalho a tempo inteiro, criando uma fonte de rendimento híbrida e estável. Muitos perceberam, como eu, que os seus empregos a tempo inteiro poderiam desaparecer a qualquer momento e sabiam bem que isso seria devastador. Queriam proteger‑se e às suas famílias. Uma arquiteta despedida publicou no mercado online de artesanato Etsy.com algumas tábuas de corte com forma de estados que fizera para o seu casamento e, meses depois, vendera milhares e transformara o seu passatempo num negócio a tempo inteiro, conseguindo maior segurança profissional para si e para a sua família do que alguma vez tivera como arquiteta. Uma gerente de livraria, frustrada com os horários longos e com o salário anual de vinte e oito mil dólares, percebeu que nunca conseguiria pagar o tipo de vida que desejava para a sua família sem uma mudança drástica. Por isso, lançou o seu negócio de formação em empreendedorismo para pessoas criativas e com dotes manuais. Em dois anos, o seu rendimento anual aumentou para 150.000 dólares e conseguiu obter controlo total do seu horário de trabalho.

Estas não são simples histórias de sucesso no empreendedorismo. A maior parte de nós nem sequer se vê como empreendedor e não iniciámos o percurso com o objetivo de trabalharmos por contra própria (alguns de nós não pretendem abandonar os empregos a tempo inteiro). Fomos forçados a criar um plano secundário quando o principal começou a vacilar.

Estas histórias são as nossas histórias de sobrevivência. Vistas em conjunto, sublinham um facto acerca da nossa economia que poucas pessoas podem continuar a ignorar: hoje em dia, todos precisamos de mais do que uma fonte de rendimento.

Uma sondagem da Gallup de 2012 concluiu que perto de três em cada dez trabalhadores receiam o despedimento, enquanto quatro em cada dez receiam um corte nos benefícios. É difícil levarmos as nossas vidas com normalidade, indo ao supermercado e planeando férias, com esse tipo de ansiedade pairando sobre as nossas cabeças.

Em simultâneo, a vida torna‑se cada vez mais cara. Os preços dos bens alimentares e da gasolina, o aluguer da casa e até o preço do café não param de subir.

É por esse motivo que tantos de nós decidiram procurar um modo de vida alternativo. Um modo de vida que não nos faça sentir que caminhamos sobre um arame, a um passo do desastre. Enfrentamos o stress e a estagnação procurando formas de ganhar dinheiro fora dos nossos empregos a tempo inteiro (se ainda os tivermos). Frequentemente, sentimos que não temos escolha. Precisamos de dinheiro e os nossos empregos não o geram em quantidade suficiente.

Assim, num mundo sem segurança profissional e com pressão financeira crescente, como poderemos garantir a sustentabilidade para nós mesmos e para as nossas famílias?

A resposta mostrou‑se óbvia. Teremos de criar ativamente formas múltiplas de ganhar dinheiro através de iniciativas empreendedoras.

De muitas formas, manter empregos a tempo inteiro durante tanto tempo quanto conseguirmos enquanto desenvolvemos lentamente os nossos projetos de empreendimento permite‑nos o melhor de dois mundos.
Apesar dos cortes, os nossos empregos continuam a incluir frequentemente um seguro de saúde (e, possivelmente, seguros de incapacidade e de vida), um salário regular, oportunidades de desenvolvimento de capacidades, socialização e uma linha de suporte para situações de dificuldade. Entretanto, os nossos biscates permitem uma possibilidade de diversificar e aumentar o nosso rendimento, de nos realizarmos criativamente, de tentar gerir um pequeno negócio e de exercer maior controlo sobre o nosso trabalho. Obtemos em simultâneo os benefícios do mundo empresarial e do mundo do emprego por conta própria.

Este livro ajudá‑lo‑á a preparar o seu biscate para o lançamento, para o salvar do medo e frustração financeiros, para o tornar mais seguro e próspero e para lhe permitir satisfação e realização pessoal muito além do que obteria com a sua ocupação principal. Construirá desta forma a sua economia pessoal.

Em Crie a Sua Economia, de Kimberly Palmer

Imagem de Andrew Neel em Unsplash

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Fazer com Que as Coisas Aconteçam

Em quinze centésimos de segundo, o meu cérebro pode formar uma primeira impressão.
Em 1 segundo, posso deixar de protestar e começar um dia diferente.
Em 2 segundos, posso dizer sim quero e comprometer‑me para toda a vida.
Em 3 segundos, posso sorrir e contagiar‑te com o meu bom humor.
Em 4 segundos, posso recuperar o entusiasmo, recordando‑me do meu sonho.
Em 5 segundos, posso dizer algo construtivo ou algo nocivo.

Em 6 segundos, posso recordar o quanto a nossa relação é importante para mim e voltar ao meu rumo.
Em 7 segundos, posso pedir‑te perdão.
Em 8 segundos, sobra‑nos tempo para darmos um abraço sem rancor.
Em 9 segundos, posso plantar uma semente que viva mais anos do que eu.
Em 10 segundos, posso renovar‑me com uma boa respiração.
Em 15 segundos, posso permitir‑me sentir o que estou a sentir.
Em 20 segundos, posso tomar consciência do que estou a pensar e pensar algo que me supere.
Em 30 segundos, posso pedir o que preciso para alterar o meu ânimo.
Em 40 segundos, posso trautear essa canção que adoro e recuperar a minha inspiração.
Em 50 segundos, posso falar do que está a acontecer e dizer algo que mude a situação.

Em 60 segundos, posso fazer isto e muito mais, se os converter em Um Minuto de Coaching: um minuto em que faço uma pausa para recuperar o meu rumo e pôr‑me em ação.
Todas as grandes mudanças começam com uma decisão seguidas de uma ação. Uma só gota de autenticidade, valor ou ousadia pode tingir a cor do teu dia, porque assim como muitas pinceladas novas fazem um quadro novo, fazer faz‑nos. Cada minuto da nossa vida é uma oportunidade para decidir quem queremos ser frente ao que se passa e decidir se vamos continuar com a inércia do minuto anterior, ou se vamos fazer algo para construir um futuro melhor.

As histórias de vida, os exercícios e dicas deste livro têm como propósito inspirar‑te, motivar‑te e dar‑te ferramentas para que possas escolher os teus pensamentos e fazer com que as coisas aconteçam no minuto presente.
Porque uso histórias? Porque podemos esquecer‑nos de tudo o que lemos, mas nunca nos esquecemos do que uma história nos fez sentir e compreender.

Uma história poderosa pode transformar‑nos fazendo com que comecemos a ver e a contar a nossa vida de uma maneira nova. Estamos a tempo de mudar o nosso rumo e fazer história.
Este livro pode ler‑se seguindo a ordem cronológica dos capítulos ou indo diretamente ao que mais te interessa. Podes começar pela leitura, deixando‑te inspirar pelas histórias, e depois entrar na caixa de ferramentas das Chaves para Fazer com Que as Coisas Aconteçam. Além disso, no final de cada um dos 17 capítulos, vais encontrar‑te com um desafio que te ajudará a interiorizar o hábito de converter os teus minutos em Minutos de Coaching.

O meu objetivo é que, minuto a minuto, assumas o controlo das tuas respostas, dos teus resultados e da nova identidade que irás construindo. Desse modo, poderás colecionar, no cofre da tua autoestima, os minutos de êxito em que te atreveste a ser o protagonista da tua vida.
«E se saio do rumo que escolhi?» Cada vez que descubras que estás fora da pista será uma oportunidade para voltar com alegria; um sinal de que há um rumo na tua vida e de que te estás a treinar para vivê‑la.
Ao imaginar pela primeira vez este livro, fiz uma lista de todas as ferramentas de liderança e coaching que foram úteis na minha vida pessoal e profissional. Enquanto estava a escrevê‑las, fui partilhando‑as com os meus clientes. Isto permitiu‑me detetar as ideias e as histórias que demonstravam ter mais impacto nos seus
resultados.

Descartei tanto material, que — como diz o meu professor de escrita — podia publicar outro livro com o que ficou de fora. Espero que esta seleção te permita alcançar os resultados que procuras.
Antes que leias a primeira história, quero advertir‑te de que estas páginas contêm sementes de atitude que podem inspirar‑te e dar‑te um desejo irresistível de fazer com que as coisas aconteçam na tua vida.

Guilhermo Echevarría em Como Fazer Acontecer

Como Fazer Acontecer

Foto de Lilian Velvet em Unsplash

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Este ano não é para esquecer (versão 20.20)

No final de 2019 escrevi um texto com este título. Este ano não é para esquecer. Dizia que tinha sido um ano particular, para mim e para muitas pessoas que o tinham partilhado comigo. Longe estava eu de saber (embora sabendo) que a vida tem sempre o dom de nos surpreender. Sei que a vida é uma surpresa, mas este ano de 2020 saiu um belo embrulho. Decidi então reescrever este texto.

Podemos então voltar a dizer, como vi escrito há um ano, mas mudando os números: se não queres que 2020 termine, não o estás a viver corretamente.

Assisti a muitas crises emocionais de pessoas que não estão bem consigo próprias. Vi muitas relações terminarem, assim como problemas de saúde a despontarem. Acompanhei pessoas que perderam os seus empregos ou que se reinventaram. Vi pessoas a sentirem-se perdidas, desconhecidas de si próprias, sem rumo, ou simplesmente a quererem ser melhores, diferentes. Querem mudar de vida, alcançar o bem-estar. E a vida tem dado voltas e demonstrado que por vezes nem vale a pena fazer planos (e se isso tem sido verdade este ano!).

Vi dúvidas sobre o mundo, crispações, oposições, desinformações, medo. Sofri perdas. Morreram pessoas próximas. Animais de companhia que partiram. Vi pessoas a sofrerem essas perdas. Sistemas a reorganizarem-se. Tanta coisa que aconteceu, e parece que foi tudo num ápice.

Será um ano para lembrar?

Tem sido um ano duro, de grandes mudanças e ensinamentos. A vida a ensinar que o controlo é fictício. O que era já não é. Pensem em vocês nesta mesma altura no ano passado, o que mudou? E por vezes tudo isto vem com dor e dureza, os momentos de dificuldade acabam por ficar fixados e do sofrimento o Ser Humano quer fugir. Então, normalmente dizemos: este ano é para esquecer! Se é este o teu caso, vou trazer-te uma reflexão diferente, a possibilidade de fazer o contrário: este ano é para lembrar.

Tudo o que nos acontece pode ser uma aprendizagem, se quisermos e quando for possível. Costumam dizer que quando o aluno está pronto o mestre aparece. Poderá 2020 ser um grande mestre? Porque não olhar para tudo o que aconteceu este ano e perguntar: o que é que eu posso aprender com este ano que está a terminar? Claro que podemos (e devemos) refletir sobre qualquer ano que termina, mas agora em particular, que lições podes tirar? Para que sejas mais feliz, para que possas viver mais plenamente, fluindo saudavelmente na vida?

Não é para ampliar o sofrimento, obcecar ou cair na vitimização. É podermos incluir isso na nossa vida como parte integrante da nossa experiência, da nossa história e que nos vai ajudar para o futuro, para a pessoa que queremos ser, que queremos colocar no mundo e nas nossas relações. É também recordar o que aconteceu de bom, as conquistas que fizemos, as alegrias de despontaram.

Não sei o que o novo ano vai trazer. Não sei se vem aí paz, tranquilidade ou o “tudo de bom” que costumo desejar aos outros. Ninguém sabe.

Acabo o ano cansada, mas otimista. Não poderia ser de outra forma. Afinal, “nada se perde, tudo se transforma” (Lavoisier), e se somos natureza, também nos encontramos na nossa transformação.

Desejo-vos boas transformações!

Foto: Jared Berg em Unsplash

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TRABALHO REMOTO, SERÁ PARA MIM?

Muito se tem falado sobre o trabalho remoto. A realidade parece mostrar-nos, que o teletrabalho veio para ficar. Mas não devemos ficar presos à ideia de que o trabalho remoto foi só uma forma provisória de resolver um problema do momento. A pandemia no início do ano de 2020, gerou regras governamentais que nos obrigaram alterações. Houve uma rápida necessidade de adotar instrumentos e metodologias para trabalhar a partir de casa. E isto abriu uma janela, que dificilmente se voltará a fechar. Compreenda que o trabalho remoto encerra em si, uma modernidade que é inegável, e um conjunto de vantagens que tanto funcionários, como entidades empregadoras irão querer aproveitar.

Nunca é demais repetir que aquilo que vivemos durante o período de pandemia, (mais concretamente o período de lockdown) , com o encerramento de escolas e de muitos outros estabelecimentos, não é verdadeiramente teletrabalho.

Estarmos em casa, com as crianças, e sem que ninguém pudesse ter acesso à sua realidade habitual, foi uma mudança muito repentina. Mais do que isso, foi uma mudança sem plano. Além do mais, foi também emocionalmente desgastante para muita gente. E por esses motivos, não foi “verdadeiro” teletrabalho.  

Na maioria das vezes que alguém me diz que não gostou da sua experiência de teletrabalho, pergunto sempre : quais as coisas de que gostou menos? 

Frequentemente, os eventos referidos são situações específicas que têm menos a ver com o teletrabalho e mais a ver com o lockdown. “Teletrabalho é muito bonito mas ter o marido o cão e os filhos , todos em casa… foi um caos. Às vezes nem sequer tínhamos computadores suficientes para todos! Era gente por toda a casa, uns na cozinha e outros na sala, outros no quarto. E entre reuniões e refeições, foi um verdadeiro caos”. 

Eu próprio quando oiço esta descrição, consigo sentir-me solidário e penso: “Sem dúvida… que inferno!” Podemos viver assim umas semanas ou até uns meses, mas ninguém quer viver uma vida organizada desta forma! Sem dúvida que concordo. Como é que podemos então fazer algo diferente? Porque a verdade é que a maioria de nós estaria muito mais confortável a fazer a sua vida usual. Seria fácil ir para o escritório onde sabemos que vamos ter as condições do costume. Mas haverá outra forma de fazer isto?

A verdade é que, se analisarmos cada uma destas coisas, todas elas estão relacionadas com uma situação específica que não deriva do teletrabalho. Ou pelo menos, do tipo de teletrabalho de que estou a falar. O trabalho remoto não tem que ser isto.

O trabalho remoto deve ser algo pensado. Planeado. Estudado por empresas e por funcionários, para que seja otimizado e funcione para ambos os lados. Só criando estas dinâmicas poderão trabalhar em conjunto para chegar ao ponto ótimo.

Em primeiro lugar, vamos tirar da frente esta equação das crianças em casa. Claro que podemos optar por ter os nossos filhos em regime de Home Schooling. Mas trabalhar remotamente não implica que as nossas crianças tenham que estar em casa. Poderão perfeitamente manter-se no seu regime normal e frequentar as aulas no estabelecimento escolar.  

Depois… vamos falar de condições: trabalhar na mesa da cozinha, com uma cadeira desconfortável, e uma luz pouco adequada, também não é trabalho remoto. Uma coisa é adaptarmos um espaço para trabalhar durante umas semanas. Porque eventualmente não tivemos oportunidade de preparar nada. Outra coisa, é tomarmos a decisão de que vamos fazer trabalho remoto e por isso vamos analisar o que precisa de ser feito para preparar esse caminho. Isto, exige preparar na nossa casa, um espaço adequado, onde possamos ter uma cadeira ergonomicamente saudável. Um cantinho com um ambiente propício a podermos concentrar-nos no que temos para fazer.

Existem uma série de passos que devem ser dados para que possamos fazer trabalho remoto com verdadeira consequência. E esses passos e essa reflexão necessária, foi o que tentámos criar no livro Teletrabalho – Princípios e Ferramentas para o trabalho remoto. Mas em primeiro lugar… para o fazermos, existe uma pergunta que devemos colocar antes:

O Trabalho Remoto é para mim?

Criei uma pequena ferramenta para ajudar a perceber se o seu perfil encaixa ou não com trabalho remoto.

Use este método para tomar a decisão se quer ou não experimentar trabalho remoto. É simples, e não exige nenhum conhecimento técnico. Pode até usar este método para tomar outras decisões na sua vida.

Preparado?

Faça a sua lista

Pegue numa folha de papel em branco e crie quatro colunas. Na primeira coluna diga o nome de coisas que fazia e pode continuar a fazer. Numa segunda coluna, escreva coisas que não podia fazer e continua sem poder fazer. Estas duas representam tudo o que se mantém e é importante registar para que isso fique claro para si. Na terceira coluna, escreva coisas que podia fazer, e deixou de poder fazer. Finalmente, na quarta coluna escreva coisas que não podia fazer e passou a poder fazer.

As primeiras duas colunas, ajudarão a tomar uma consciência sobre o que é o negócio normal. Quais são as coisas que vão manter-se e que ajudarão a ganhar perspetiva para as restantes duas colunas . A terceira coluna, sobre aquilo que podia fazer e deixa de poder fazer em teletrabalho, é a coluna onde deve escrever por cima coisas a libertar. São coisas que você deve pensar se está disponível para libertar ou se são coisas que até gostaria mesmo de libertar. Para fazer trabalho remoto, deverá estar tranquilo com a ideia de que as coisas dessa coluna, não são assim tão relevantes para si. Na quarta coluna, pode escrever algo como coisas a abraçar. Estas são as coisas que poderão começar começar a fazer parte da sua vida.

Refletir

Depois de preencher estas quatro colunas, olhe com calma para as duas últimas e faça marcações naquilo que está confortável em deixar para trás. E aquilo que lhe custa mais deixar para trás. Contraste o mesmo pensamento, ao analisar a coluna daquilo que pode introduzir na sua vida. Tanto as coisas que poderá gostar, como aquelas que poderão ser mais difíceis para si. Esta folha será um instrumento muito pragmático e que lhe permitirá quantificar o que tem a ganhar e o que tem a perder se decidir evoluir para um cenário de teletrabalho. Acima de tudo analise com calma. Dê tempo si próprio para se adaptar às ideias. Permita-se sonhar e coloque-se no lugar de alguém que já está em teletrabalho, a viver a rotina que planeia nesta folha.

Tire peso à sua decisão

No final disto, tire peso à sua decisão. Considere que até pode ser algo que decide experimentar. As decisões não são necessariamente irreversíveis. Pode sempre que pode voltar atrás para algo mais tradicional. Não tenha medo de tomar uma decisão. Experimente! Principalmente, se lhe for dado a oportunidade de experimentar durante um período de tempo. Afinal de contas, a vida é sobre isso. 

Leia mais sobre trabalho remoto no meu livro TELETRABALHO – ferramentas e princípios para trabalho remoto

Foto de Yasmina H em Unsplash

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ONU RECONHECE USO MEDICINAL DA CANÁBIS

A ONU reconheceu as propriedades medicinais da canábis numa votação realizada dia 2 de Dezembro em Viena pela Comissão de Estupefacientes, o órgão executivo sobre política de drogas das Nações Unidas.

Uma maioria simples dos 53 Estados da Comissão de Estupefacientes decidiu retirar a canábis e a sua resina da Lista IV da Convenção sobre Drogas de 1961, o que significa que a utilidade médica desta planta passa a ser oficialmente reconhecida.

O uso recreativo continuará a ser proibido pelo direito internacional, adianta a agência de notícias espanhola Efe.

Quase todos os Estados da União Europeia, à exceção da Hungria, e muitos estados da América representaram maioria simples de 27 votos para aprovar a mudança, uma das mais importantes em matéria de drogas nas últimas décadas, enquanto a maioria dos países da Ásia e de África se opôs, segundo a Efe.

Esta alteração facilitará a investigação com canábis, que tem princípios ativos que têm demonstrado resultados promissores no tratamento da doença de Parkinson, da esclerose múltipla, da epilepsia, dor crónica e no cancro.

A recomendação agora adotada baseou-se no primeiro estudo crítico da OMS sobre a canábis, o medicamento mais popular do mundo, com cerca de 200 milhões de consumidores, de acordo com estimativas da ONU.

Em Portugal, a legalização do uso de canábis para fins medicinais foi aprovada em junho de 2018 e a lei entrou em vigor em 01 de fevereiro de 2019.

O CBD  (canabidiol) é a componente da planta sem efeito psicoativo e é utilizado como suplemento alimentar e para fins medicinais. De acordo com estudos mais recentes, o CBD é um poderoso anticonvulsivante, analgésico, ansiolítico, antiemético, imunomodulador, e tem propriedades anti-inflamatórias, neuroprotetoras e antitumorais.

Se gostava de saber mais sobre CBD e desmistificar algumas dúvidas que tenha temos o livro ideal para ficar a conhecer a canábis como medicina ao longo dos tempos, como interagem as propriedades do CBD com o sistema endocanabinoide do nosso corpo.

Um guia prático e acessível com casos de estudo e indicações para a utilização do CBD para o tratamento e diminuição de sintomas em situações de dor crónica, asma, artrite, esclerose múltipla, insónia, Alzheimer, epilepsia, doença de Crohn, entre outros.

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A tua equipa sente a falta do contacto direto quando está em Teletrabalho?

Vê aqui algumas ideias para combater a distância.

Ocasionalmente, alguém se depara com uma ideia tão simples, que nem nos lembramos de as partilhar como sendo conhecimento “valorizado”. 

Por todo o mundo, as organizações enfrentam um dilema: trazer ou não funcionários de volta ao escritório. Alguns líderes gostariam de fazê-lo, porque sentem que não estão a obter o máximo de seus funcionários enquanto trabalham em casa. Alguns colaboradores gostariam de voltar, sobretudo porque precisam do conforto de terem a companhia dos seus colegas. 

Um escritório ajuda os funcionários a conectar-se, colaborar e coordenar, além de apoiar, socializar e simpatizar quando necessário.

Se estivermos em casa ou à distância, o que podemos fazer melhor?

Colaboração Virtual Online. 

Ao fazê-lo, as pessoas decidem que trabalharão virtualmente juntos por 2 horas, todos os dias,  com suas câmeras ligadas, tal como se estivessem no mesmo escritório. Durante essas 2 horas, eles ficam nas suas secretárias de escritório, embora virtualmente. Se precisarem de trabalhar em silêncio, que assim seja. Se precisarem colaborar e conversar, poderão conversar ou ir para as salas de descanso, fazer algo que seja necessário. Poderão compartilhar a tela de ecrã, fazer uma pausa, contar piadas e até mesmo discutir, tudo tal e qual como se estivessem num escritório. Essa, é mesmo a ideia. Às vezes, as pessoas precisam e gostam do barulho e às vezes gostam e precisam do silêncio. 

Aqui estão algumas ideias para ajudar a que isto funcione melhor:

a) Toda a gente tem um fundo virtual. Dessa forma, ninguém precisa de ter vergonha de onde está a trabalhar – na mesa da cozinha, na cama ou na casa de banho.

b) O próprio fundo virtual pode ser uma tema ou pode representar um estado de espírito. Pode ser temático porque é Natal, pode ser o seu aniversário ou algo apenas que tenha vontade de partilhar com os colegas. 

c) As duas horas podem ser planeadas com uma agenda. Pode haver um momento de updates e atualização de tarefas de equipa. Pode haver um momento até para comer um snack ou uma refeição.

d) O fundamental é que não seja usado para formalidades. As reuniões devem ser outra coisa. Uma coisa é conversar sobre temas de trabalho, outra é ter uma reunião. Uma reunião deve ser marcada para um horário diferente. Este período de tempo tem um propósito, que é a junção de pessoas de forma virtual e informal. 

Todas as pessoas precisam de estar comprometidos a manter a câmera ligada. Isto pode ser multiplicado na tua empresa. As pessoas podem pertencer a mais que um grupo e alternar entre eles inclusive entre dias diferentes ou dentro do próprio dia. A ideia é conectar pessoas. Claro que poderão dizer que não é um substituto completo e total de estarmos fisicamente juntos. Mas certamente que reduz a distância entre pessoas e ajuda a equipa a manter-se mais oleada.

Experimenta na tua empresa.

Se estás a usar esta ou outras técnicas, fala connosco e partilha a tua experiência e aquilo que funciona contigo. 

Ocasionalmente, alguém se depara com uma ideia tão simples, que nem nos lembramos de as partilhar como sendo conhecimento “valorizado”. 

Por todo o mundo, as organizações enfrentam um dilema: trazer ou não funcionários de volta ao escritório. Alguns líderes gostariam de fazê-lo, porque sentem que não estão a obter o máximo de seus funcionários enquanto trabalham em casa. Alguns colaboradores gostariam de voltar, sobretudo porque precisam do conforto de terem a companhia dos seus colegas. 

Um escritório ajuda os funcionários a conectar-se, colaborar e coordenar, além de apoiar, socializar e simpatizar quando necessário.

Se estivermos em casa ou à distância, o que podemos fazer melhor?

Colaboração Virtual Online. 

Ao fazê-lo, as pessoas decidem que trabalharão virtualmente juntos por 2 horas, todos os dias,  com suas câmeras ligadas, tal como se estivessem no mesmo escritório. Durante essas 2 horas, eles ficam nas suas secretárias de escritório, embora virtualmente. Se precisarem de trabalhar em silêncio, que assim seja. Se precisarem colaborar e conversar, poderão conversar ou ir para as salas de descanso, fazer algo que seja necessário. Poderão compartilhar a tela de ecrã, fazer uma pausa, contar piadas e até mesmo discutir, tudo tal e qual como se estivessem num escritório. Essa, é mesmo a ideia. Às vezes, as pessoas precisam e gostam do barulho e às vezes gostam e precisam do silêncio. 

Aqui estão algumas ideias para ajudar a que isto funcione melhor:

a) Toda a gente tem um fundo virtual. Dessa forma, ninguém precisa de ter vergonha de onde está a trabalhar – na mesa da cozinha, na cama ou na casa de banho.

b) O próprio fundo virtual pode ser uma tema ou pode representar um estado de espírito. Pode ser temático porque é Natal, pode ser o seu aniversário ou algo apenas que tenha vontade de partilhar com os colegas. 

c) As duas horas podem ser planeadas com uma agenda. Pode haver um momento de updates e atualização de tarefas de equipa. Pode haver um momento até para comer um snack ou uma refeição.

d) O fundamental é que não seja usado para formalidades. As reuniões devem ser outra coisa. Uma coisa é conversar sobre temas de trabalho, outra é ter uma reunião. Uma reunião deve ser marcada para um horário diferente. Este período de tempo tem um propósito, que é a junção de pessoas de forma virtual e informal. 

Todas as pessoas precisam de estar comprometidos a manter a câmera ligada. Isto pode ser multiplicado na tua empresa. As pessoas podem pertencer a mais que um grupo e alternar entre eles inclusive entre dias diferentes ou dentro do próprio dia. A ideia é conectar pessoas. Claro que poderão dizer que não é um substituto completo e total de estarmos fisicamente juntos. Mas certamente que reduz a distância entre pessoas e ajuda a equipa a manter-se mais oleada.

Experimenta na tua empresa.

Se estás a usar esta ou outras técnicas, fala connosco e partilha a tua experiência e aquilo que funciona contigo. 

No livro TELETRABALHO

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Dia de Natal

Chove. É dia de Natal.
Lá para o Norte é melhor:
Há a neve que faz mal,
E o frio que ainda é pior.

E toda a gente é contente
Porque é dia de o ficar.
Chove no Natal presente.
Antes isso que nevar.

Pois apesar de ser esse
O Natal da convenção,
Quando o corpo me arrefece
Tenho o frio e Natal não.

Deixo sentir a quem quadra
E o Natal a quem o fez,
Pois se escrevo ainda outra quadra
Fico gelado dos pés.

Fernando Pessoa

Em O Grande Livro do Natal Português

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Searinhas do Menino Jesus

No Alentejo, Algarve e na Madeira é costume, um mês antes do Natal, ou então no dia 8 de dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, fazer as searinhas, sementeiras ou searas do Menino Jesus.

Colocam‑se alguns grãos de trigo em pequenos pires de louça ou de barro com um algodão levemente humedecido com água, e espera‑se que germinem. Até ficarem pequenas searas, vai‑se mantendo o al‑ godão húmido. Em algumas terras, em vez do trigo, colocam‑se sementes de centeio, milho, linhaça, ervilhaca ou até grão‑de‑bico.

Mais perto do Natal, o presépio é adornado com estas “searinhas” e laranjas que rodeiam Jesus, ocupando assim as pequenas searas um lugar de honra no presépio. As “searinhas” são lá colocadas para que o menino abençoe o trigo, e as laranjas, de modo a que nunca falte pão em casa. Em algumas casas, na noite de Consoada, as searinhas são colocadas na mesa.
Passado o Dia de Reis, as searinhas são transplantadas para a terra.

Em O Grande Livro do Natal Português

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A Lenda das Rabanadas

Sobre este tradicional doce natalício e que tantos de nós adoramos, seja rabanadas de leite ou até rabanadas de vinho, diz a lenda:
Há muitos anos, uma jovem mãe, com um filho recém-nascido, era tão pobre que, depois de dias sem ter de comer ficou sem leite para amamentar.
Decidiu então, na aldeia onde vivia, bater de porta em porta pedindo um pouco de pão.

Um dos habitantes, sensibilizado com a si tuação desta jovem mãe, deu-lhe pão duro, um pouco de leite, um ovo e açúcar.
Com estes ingredientes, a jovem mãe fez uma sopa. E mal acabou de comer, subiu-lhe o leite ao peito. Nos dias seguintes, foi comendo sempre a sopa e foi tendo cada vez mais leite para amamentar.
Até que o leite era tanto que passou a ser ama de leite para outras crianças e assim, saiu da pobreza.

Em O Grande Livro do Natal Português

Publicado em

10 Livros a menos de 12€

Aproveite os últimos dias da nossa Campanha de Outono, até dia 31 de Outubro. Livros até 50% desconto das mais diversas áreas de desenvolvimento pessoal: coaching, finanças pessoais, investimentos, saúde, alimentação, meditação, entre outros.

Aprenda através das experiências de várias pessoas que deram o salto e nunca mais olharam para trás. Quando Mike Lewis tinha vinte e quatro anos e trabalhava numa prestigiada empresa de consultoria, não se sentia realizado.

 Aos 26 anos, falido e cheio de dívidas, Bodo Schäfer decidiu que era altura de revolucionar as suas finanças. Com a ajuda de um mentor, em menos de quatro anos conseguiu reequilibrar as contas e adquirir um património respeitável. 

Início

 Cada um deve procurar o seu próprio caminho porque o mesmo lugar pode significar coisas diferentes consoante quem o visita. Tiziano Terzani, ao saber que chegou ao fim do seu percurso, fala com o filho Folco acerca do que foi a sua vida e do que é a vida.

 

Buda

Este é o derradeiro e mais importante guia para aprender a meditar. Sente-se como um buda contém todas as instruções de que vai precisar para começar a sua prática num espaço incrivelmente pequeno, mas também o ensina a fazer da prática da meditação uma constante da sua vida.

Universo

O que estas duas mentes excecionais nos oferecem é uma compreensão nova e ousada de quem somos e de como podemos transformar o mundo para melhor. Deepak Chopra une forças com o eminente físico Menas Kafatos para explorar algumas das questões mais importantes e intrigantes acerca do lugar que ocupamos no mundo.

O que sabem as pessoas confiantes que as outras não sabem? Existem métodos de sucesso para manter uma autoestima elevada? Descubra os segredos dos maiores empresários do mundo.

Ousar

Ousar ser feliz: Dá trabalho mas compensa! é um conjunto de textos independentes mas interligados que procuram ser dicas para aqueles que desejam uma vida positivamente mais intensa. A felicidade não é uma meta que se consiga alcançar após a resolução de certos problemas, mas sim uma forma de estar e de ser num percurso que se vai construindo.

Principezinho

Em tom de fábula, Borja Vilaseca transforma um livro sobre liderança num conto inspirador que pretende divulgar valores de crescimento pessoal através de uma história exemplar. A finalidade deste livro é explicar os acontecimentos que levaram este herói anónimo a fazer o que fez e transmitir aos leitores uma mensagem importante: é imprescindível que aprendamos a conhecer-nos melhor.

Crie

Cansadas da ameaça constante do desemprego e das dificuldades financeiras, milhões de pessoas vão dando o salto: jóias feitas à mão, comida caseira, formação pessoal, desenvolvimento de aplicações para telemóvel, etc… Reforçam os seus rendimentos e criam redes de segurança para a eventualidade de serem atiradas para o desemprego.

Sucesso

William Douglas e Rubens Teixeira garimparam as orientações para consolidar as 25 leis que compõem este livro. São lições sobre a importância do esforço e da dedicação ao trabalho, da incansável busca de conhecimento e evolução pessoal, do respeito pelos outros e, acima de tudo, de um forte sentido de honestidade.