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Frango com Quiabos e Manteiga de Amendoim

Quiabos

Sim, sim… eu sei que chegou o calor. O verão está aí à porta. E com isto devia estar a publicar receitas de saladas e pratos light. Mas existem pratos que embora quentes são bastante satisfatórios, mesmo em dias quentinhos. Principalmente se acompanhados por bebidas bem frescas. Afinal “O que mata o frio… mata o calor!”.

Não é novidade que não sou adepta de carne. Peixe gosto. Carne dispenso. Mesmo assim vou suportando as carnes brancas. Principalmente se a estas juntarmos ingredientes mais exóticos como coco, especiarias como o caril e outros que tais. A receita que apresento hoje junta os quiabos ao frango e não leva especiarias mas sim manteiga de amendoim. Que tal? Parece bem?

Antes de mais um pouco de conhecimento. O quiabo é um legume, bem… um fruto mal compreendido: possui um incrível poder antioxidante, é altamente nutritivo, rico em vitamina A, B, C e em vitamina K. Melhor, baixo em calorias. Cada 100 gramas de quiabo contém apenas 30 calorias. Não possui gordura saturada, nem colesterol e é uma fonte abundante de fibra. Nada mau para este pequeno baboso, ah?!!

Em relação à manteiga de amendoim: esta é rica em gorduras boas. A manteiga de amendoim natural tem vários benefícios para a saúde mas, atenção e muito cuidado com os ataques ao frasco. Quantidades moderadas. As gorduras, embora boas, podem provocar aumento de peso quando consumidas sem controlo. Para além das gorduras boas (monoinsaturadas e polinsaturadas), que ajudam a baixar o colesterol mau e a reduzir o perigo de doenças cardiovasculares, é também uma boa fonte de proteínas. Tem características antioxidantes devido à presença de vitamina E, já para não falar nas fibras que aumentam a sensação de saciedade e ajudam a regular o trânsito intestinal. A manteiga de amendoim ajuda ainda melhorar a circulação sanguínea por ser uma boa fonte de ferro.

Uma dica: é muito importante ter em atenção a manteiga de amendoim que se consome. É fácil cair na tentação da manteiga de compra, isto porque a oferta é grande e não é cara. Existem marcas com boa qualidade, contudo, na sua maioria não têm apenas amendoins como ingredientes. Têm também vários produtos adicionados como sal, açúcar e gorduras hidrogenadas. Leia sempre com atenção os rótulos ou opte por fazer a sua própria manteiga. Se quiser por as mãos à obra saiba que, para fazer uma boa manteiga de amendoim caseira sem aditivos e outros demónios alimentares, basta ter… AMENDOINS. Torrar um pouco os amendoins e depois triturá-los num liquidificador até se tornarem manteiga. Só isto?? SIM!

Posto isto. Vamos ao que interessa:

Frango com Quiabos e Manteiga de Amendoim

(5/6 doses)

  • 500g Lombinhos de frango
  • 200g Quiabos
  • 3 cl. sopa de Manteiga de amendoim
  • 200 ml. Cerveja
  • 2 cl. sopa de azeite
  • 2 cl. sopa de polpa de tomate (caseiro de preferência)
  • 1 cl.sopa de cebola picada
  • 1 dentes de alho
  • 1 malagueta pequena (opcional)
  • Sal (a gosto)
  • Pimenta (a gosto)
  • Limão

Num recipiente tempere o frango com sal, pimenta e umas gotas de limão. Reserve. Lave e corte os pezinhos dos quiabos. Corte às rodelas. Reserve. Num tacho largo leve ao lume, com o azeite. Quando este estiver bem quente junte a cebola e o alho. Deixe que fique cozido. Junte o frango e envolva. Salteie um pouco até ficar selado. Junte a polpa de tomate. Envolva. Junte a cerveja. Envolva. Aguarde 5 minutos destapado. Junte os quiabos. Envolva. Rectifique o sal e a pimenta. Tacho tapado. Lume médio. Aguarde 10 minutos. Baixe o lume. Junte a manteiga de amendoim. Se gostar da vida um pouco mais picante junte a malagueta. Envolva. Tape o tacho. Marque no relógio mais 25 minutos. Mexa de vez em quando para não pegar.

Da minha parte é tudo. Gosto de acompanhar com arroz basmati. Mas também pode ser uma simples salada verde. Uma salada de quinoa. Uma cerveja, um vinho branco, uma sangria branca bem frutada… Aí estamos a falar de comida… enfim, fica ao vosso critério. Uma coisa é certa: sozinhos ou numa mesa cheia este é um prato que com toda a certeza vai deixar muita gente com um belo sorriso de verão.

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Leguminosas

leguminosas

Feijão, grão, ervilhas, lentilhas. Leguminosas. Excelentes fontes de proteínas e de minerais. Eu sou fã.

Evitar cair na tentação de comprar já cozidas. Têm mais conservantes que nutrientes. É prático? Sim. Económico? Não! Saudável? Nem por isso. Portanto o meu conselho vai para comprar a leguminosa em grão seco. Biológico ainda melhor. Armazene em recipientes bem fechados, em locais escuros, secos e frescos. Duram imenso tempo. Contudo, atenção que com o tempo o grão vai ficando mais duro e como tal, o desafio de o cozinhar será maior.

Cozinhar em casa tem imensas vantagens. Rende imenso. As leguminosas aumentam imenso de tamanho, podemos aproveitar a água da cozedura e congelar em pequenas doses. Desta forma fica com doses que pode utilizar mais tarde conforme for necessitando. As propriedades estão lá, e sem conservantes.

Agora vamos ao problema que leva este incrível alimento a ser tão mal amado por muitos: digestão complicada e flatulência, são as amarguras causadas. E estas causas devem-se a um composto presente nas leguminosas e ainda em alguns cereais e frutos secos. FITATOS. Malditos. Existem truques para atenuar os seus efeitos indesejados. Daí que processo de demolhar seja tão importante. Não só ajuda a amolecer e hidratar o grão facilitando o processo de cozedura, como também ajuda a eliminar os malandros.

Cada grão tem as suas características. Portanto, o tempo de demolha, o tempo de cozedura, varia de grão para grão.

Lavar, Limpar, Demolhar, Cozer e Conservar

  1. LAVAR em água corrente.
  2. LIMPAR pequenos resíduos que existam, tal como pedrinhas e areias.
  3. DEMOLHAR – O tempo varia (ver tabela). E é aqui nesta parte que podemos recorrer a pequenos truques para atenuar aqueles efeitos indesejados. Por exemplo: na água coloque uma tirinha de Alga Kombu (já muito fácil de encontrar em qualquer loja de produtos naturais e biológicos). E também, ou em alternativa, uma fatia de gengibre. E nunca, NUNCA, coza o grão na água da demolha. Essa água é para deitar fora. Passe em água corrente antes de ir para a panela.
  4. COZER numa panela alta. Ou panela de pressão. Água em abundância, sem sal, sem temperos alguns. Lume brando. O grão deve ficar bem cozido mas não desfeito. No final da cozedura pode juntar sal.
  5. CONSERVAR – Colocar em recipientes bem fechados. No frigorifico até 1 semana. No congelador 6 meses.

E agora uma pequena cábula para ajudar neste desafio que lanço.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Evite as conservas. Faça você mesmo!

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Dias frios. Comida quente.

Vegetariano. Saudável. Económico. Rentável. Fácil e pratico de confeccionar.

A minha sugestão vai para duas receitas que cumprem estes requisitos. E mais.

Cada uma destas receitas não demora mais de 30/40 minutos a confecionar. O custo de cada uma não ultrapassa os 10 euros e rendem cerca de 6 a 8 doses. Nada mau, ah?

Grão e ervilhas – as estrelas destas receitas. Comida quentinha e reconfortante para estes dias de frio. E tal como prometi: vegetariano, saudável, económico, rentável, fácil e prático de confecionar. E bom. Muito bom!

Grão com Abóbora e Espinafres (6 doses)

  • 500g de grão (preferencialmente cozido em casa)
  • 500g Abóbora cortada aos cubinhos
  • 250g Espinafres (folha baby ou cortado)
  • 200g Tomate picado (pode optar por tomate de lata de boa qualidade)
  • 1 Cebola média picada
  • 3 Dentes de alho picados
  • 1 Cl. sobremesa Curcuma
  • 3 Vagens de Cardamomo ou 1 cl. Café de Cardamomo
  • 1 Cl. Sementes de coentros moídas
  • Azeite
  • Sal (a gosto)
  • Pimenta (a gosto)

Primeiro vamos preparar tudo. Picar a cebola e o alho. Pelar o tomate e cortar em cubos. Descascar e cortar em cubos a abóbora.

Num tacho alto regar o fundo com azeite e quando este estiver quente juntar a cebola e o alho, deixar refogar bem até esta ficar translúcida.

Juntar a abóbora, sal, pimenta, sementes de coentros moídas, a curcuma e o cardamomo. Envolver. Deixar a abóbora quebrar um pouco a fibra, contudo não deixar cozer demasiado. Juntar o grão com um pouco água de cozedura ou 1 copo de água. Envolver. Juntar o tomate. Envolver. Rectificar temperos. Tape e aguarde 10 minutos. Em lume médio. Juntar os espinafres. Envolver. Deve demorar mais 10 minutos. Rectificar novamente os temperos. E já está. Pode acompanhar com arroz branco tailandês, fica maravilhoso. Ou com arroz integral, simples. É igualmente bom.

 Ervilhas com Batata-doce (6 doses)

  • 1 Kg de Ervilhas (congeladas são óptimas)
  • 400g Batata-doce cortada em cubinhos
  • 200g Tomate picado (pode optar por tomate de lata de boa qualidade)
  • 1 Cebola média picada
  • 3 Dentes de alho picados
  • 1 Cl. Sobremesa Pimentão-doce
  • ½ Cl. Café de Noz moscada
  • Azeite
  • Sal (a gosto)
  • Pimenta (a gosto)

Primeiro vamos preparar tudo. Picar a cebola e o alho. Pelar o tomate e cortar em cubos. Descascar e cortar em cubos a batata-doce.

Num tacho alto regar o fundo com azeite e quando este estiver quente juntar a cebola e o alho, deixar refogar bem até esta ficar translúcida.

Juntar a batata-doce, sal, pimenta, o pimentão e a noz-moscada. Envolver. Deixar a batata dourar ligeiramente contudo, não deixar cozer demasiado. No fundo do tacho a cebola vai ficar meio caramelizada. Juntar as ervilhas com um pouco de água. Cerca de 1 copo. Envolver. Juntar o tomate. Envolver. Rectificar temperos. Tape e aguarde 10 minutos. Em lume médio. Envolver. Deve demorar mais 15 minutos. Rectificar novamente os temperos. E já está. Pode optar por escalfar uns ovos para que fique um prato mais consistente. Salpique com hortelã ante de servir. Acompanhe com uma saladinha de agrião. Ou então. Uma tigela e uma colher será o suficiente para saborear estas ervilhas.

Boas refeições. Quentes e Boas!!!

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Petiscos

petiscos

Organizar uma refeição para um grupo grande pode-se transformar num verdadeiro pesadelo. Não vamos falar das tentativas de acertar com um dia e hora ideal para todos. Nem vamos falar de tentar encontrar um local ideal… para todos. Vamos partir do princípio que já existe o dia, hora e local. E esse, é a sua casa. UPSSS!!!

Vegetarianos. Vegan. Paleo. Intolerantes ao glúten, lactose e frutos secos. Finalmente outros há que estão de dieta… sempre !!

Ou bem que somos muito descontraídos ou então é o PÂNICO! Normalmente é o pânico… Porquê?

Porque gostamos de convidados felizes e satisfeitos. Porque gostamos de mimar os nossos convidados. Porque gostamos de transmitir que pensamos em cada um deles individualmente e nas suas necessidades. Porque gostamos que se sintam acarinhados. E porque queremos que recordem esse dia, lá em casa, como um dia espectacular. E que isso seja motivo de muitas conversas futuras.

É difícil? Sim, pode ser difícil. Principalmente se o grupo for grande e com múltiplas “dietas” alimentares. Sempre podemos tentar restringir ao máximo o número de pessoas e dividir por grupos. “Hoje fazemos com estes. Os outros ficam para outra altura.” Hmmmm… Tentadora opção, certo? Ou então vamos directamente à seleção natural. Por exemplo: “Malta, vou fazer cabrito assado lá em casa, quem alinha?” Excluímos automaticamente os vegan e vegetarianos. Estou a brincar… (mais ou menos)!

Depois, passamos ainda à parte do receio de a comida não ficar bem. Connosco, os humanos, não os chef´s ou especialistas do instagram e pinterest, é normal o resultado não ficar sempre o melhor. O stress não é o melhor amigo das claras em castelo ou da maionese. Normalmente… talha ! Já para não falar do receio de a quantidade não ser o suficiente. Gostamos de barrigas cheias!

Portanto, já temos uma serizita de problemazitos que nos faz pensar duas vezes antes de nos voluntariarmos para organizar um encontro. Agradar a todos. Ficar bom e apresentável. Não faltar comida. Para não falar do investimento. Uiiiii… Sim meus amigos, preparem a carteira! Neste parágrafo da crónica já estão a pensar. “Bolas! Vou mas é pedir para cada um trazer um salgado ou um doce”, certo?

Não é preciso. Existem soluções. Eu sou fã do modelo petisco. Podem fazer em modelo brunch ou mesmo o lanche ajantarado (sofisticadamente apelidado do slunch). Ambas podem ser soluções bastante interessantes. Da forma que faço, e que agora partilho, é rápido, criativo, democrático, pode ser bastante económico e com gosto… fica muito bonito.

Atenção: o truque não é fazer grandes quantidades, mas sim variedade. E um pouco para todos os gostos. Petiscos com carne, peixe e vegetais. Opte por confecção mais de forno, excluído ao máximo os fritos. Mais saudável e prático. Evite ou assinale os pratos que possam conter ovos, farinhas e lácteos. Faça descontraidamente uma rápida apresentação dos pratos para que todos saibam o que contem cada um. Toca a deitar cá para fora o anfitrião que existe dentro si.

Como por tudo isto em prática? Simples. Para não se perder opte por um tema. Ou seja: mediterrâneo, asiático, nórdico, latino e na loucura… português. Digo na loucura, porque talvez seja a escolha menos saudável. Mas petisco português é o que é.

Depois de seleccionado um tema, juntamos produtos e pratos que estejam relacionados com a nossa escolha. Vou começar por exemplificar com a opção nacional.

Esta é uma escolha segura para qualquer ocasião. Indicada para qualquer tipo de grupo: amigos, colegas, família. Uma excelente escolha para receber alguém que eventualmente podemos convidar por cortesia, ou seja, cuja relação ainda não seja muito grande. Ideal para dar as boas-vindas a convidados estrangeiros. E porque o que é nacional é bom, ninguém pode apontar defeitos.

Nesta mesa podemos incluir no cardápio uma selecção de enchidos assados como farinheira, alheira, morcela, linguiça. Presunto e enchidos fatiados. Queijo da Serra amanteigado. Queijos secos. Azeitonas. Picles. Saladinha de polvo. Saladinha de bacalhau. Saladinha algarvia. Carapauzinhos fritos. Peixinhos da horta. Arrozinho de feijão. Tudo com um belo pão rústico e uma bela broa. Capriche numa sangria branca para receber os amigos e um vinho tinto para acompanhar.

Agora, se quiser juntar ao grupo de amigos descontraídos umas gargalhadas e um derby transmitido na televisão… Chamemos à mesa um menu de influência sul americana: guacamole, nachos com queijo, jalapeños, milho grelhado, fajitas de frango, chili (que pode ser vegetariano), picanha fatiada, arroz salteado com legumes. Receber todos com Margueritas e continuar com Coroñas.

Mesa mediterrânica. Tanto para partilhar sobre esta mesa: colorida e fresca, a cheirar a saudável. Mesmo em dias frios consegue transmitir a alegria dos dias de verão. Queijos frescos e meio curados. Não se esqueçam da famosa feta ou halloumi grelhado regado com azeite, tomilho e tudo salpicado com pimentão doce. Presunto e enchidos. Saladinhas frescas de tomate e pepino com hortelã e limão. Legumes grelhados com cogumelos, espargos, beringela, curgetes e tomates cherry. Húmus e pastas de vegetais como a de pimento vermelho assado. Pimentos assados. Azeitonas e pickles. Amêndoas e nozes. Fruta fresca como uvas e figos. Pode arriscar nas conservas como as de sardinhas, anchovas ou ainda corações de alcachofras. Receba com um gin tónico e continue….

Mas se quiser algo mais clássico e tranquilo com um jazz ou uma bossa nova como música de fundo, opte pelos prazeirosos e melancólicos clássicos franceses: queijos, queijos fundidos, enchidos. Tanto nos queijos como enchidos procure variedades francesas. Mel e Marmelada. Frutos secos. Figos e uvas. Azeitonas e pickles. Legumes grelhados. Baguetes e uma variedade imensa de tostas. Espumante para receber. Vinho tinto ou branco para acompanhar. Oficialmente o meu eleito. Mas também porque adoro queijo.

A ideia neste conceito é servir tudo ao mesmo tempo, em pequenas porções, espalhadas ao longo da mesa. Escolha recipientes diferentes e pequenos para servir. Tábuas. Fica maravilhoso. E atenção: assegure-se de que ao longo da mesa aparecem os mesmos petiscos. Se for um grupo grande, coloque um conjunto de petiscos em cada 4/6 pessoas e separe com cestinhos de pão, por exemplo.

Não é necessário perder horas na cozinha, ficar em stress, gastar rios de dinheiro e passar toda a refeição a questionar-se se está bom e se é o suficiente. Aqui o mais importante é mesmo sentar-se e saborear o momento. A comida faz o resto.

Bons convívios!!!

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Especial Receitas Open Day Self

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O Open Day prometia ser um dia longo e muito inspirador. E como tem vindo a ser um hábito neste Outono, um dia cheio de sol. Uma das vantagens de ir para a SELF trabalhar é saber que ao longo do caminho temos o mar e a praia a desejarem-nos um bom dia. Existe melhor? Talvez! Mas eu gosto especialmente desta forma.

Ao longo do dia passaram pelo espaço mais de 30 pessoas. No almoço estiveram cerca de 20. Tão bom! Adorei! Para elas planeei receitas saborosas onde tentei excluir ao máximo produtos de origem animal, com lactose, glúten e açúcar. Assim, todos puderam experimentar. E constatar que mesmo sem estes produtos, que tão classicamente abundam na alimentação mais convencional, é possível executar receitas cheias de sabor, saudáveis e que contribuem significativamente para a nossa saúde e leveza de consciência.

dayA dar as boas vindas preparei chás e águas aromatizadas. Trufas de figo, amêndoa e pêra. E um sorriso….

Mais tarde, a mesa deu lugar a duas entradas. Creme de pimento vermelho e alecrim que fez as delícias de quem experimentou. Húmus de couve-flor. Que para além de bom e ligeiramente picante despertou a curiosidade de muitos.

No momento fizemos o prato. No tacho. Optei por trazer um prato de Outono. Com produtos e sabores da época. O tacho fez reviver tempos idos. Mas não um tacho qualquer. Foi vestido para a ocasião. Dentro do dito cujo, estava um estufado de feijão branco com cogumelos (secos) e espinafres. De lamber os beiços.

Para finalizar partilhei com todos duas receitas de sobremesas sem açúcar, glúten e lactose. Mousse de Abacate e Cacau. Mousse de Lima. Muito sabor.

Muito obrigada pela vossa, presença, participação, entusiasmo, partilha e boa disposição.

A todos os outros que não puderam estar presentes ou que não tiveram conhecimento desta iniciativa. Espero por vocês no próximo evento.

Até lá. Tal como prometido, aqui vão as receitas de que levei para o Open Day da Self.

SNACK

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Trufas de Figos, Amêndoa e Pêra

400g Figos secos
200g Amêndoas
50g Pêra desidratada
2 cl. sopa óleo de coco
1 cl. sb. Canela
Cacau

Coloque de molho os figos durante 1 dia ou 1 hora em água morna. Escorra. Coloque no processador. Triture. Junte as amêndoas. Triture. Junte pêra desidratada. Triture. Junte o óleo de coco e a canela. Triture. Retire do processador. Numa tigela amasse. Com as mãos. Força! Faça uma bola. Tape a tigela com película. Reserve no frigorífico 30/40 min. Num prato coloque o cacau. Retire a massa do frigorífico e comece a fazer bolinhas. Envolva uma a uma pelo cacau. Depois de feitas leve novamente ao frigorífico.

ENTRADA
day Creme de Pimento vermelho e Alecrim

4 Pimentos Vermelhos grandes
200g Sementes de girassol
1 Sumo de Limão
1 cl. café Pimenta Caiena
Sal

Topping: Alecrim

Assar Pimentos. Depois de assados retirar pele e grainhas. Reservar. Torrar sementes com pimenta e sal numa frigideira. Num copo liquidificador juntar os pimentos, sementes de girassol e o sumo de limão. Bater até obter um creme. Rectificar sabores. Colocar frasco decorado com raminho de alecrim.

dayHúmus de Couve-flor

1 Couve-flor
1/2 limão espremido
1/2 dente de alho pequeno
1 col. sopa de tahine
4 col. sopa de azeite
Azeite (assar)
Água (apenas se necessário)
Sal

Topping : Pimenta Caiena e Cebolinho

 

Corte a couve-flor e coloque-a numa assadeira. Espalhe azeite e sal sobre ela e leve ao forno aproximadamente 45 minutos. Retire. Deixe arrefecer. Depois de fria coloque a couve-flor assada no liquidificador. Triture. Acrescente os restantes ingredientes. Sumo de limão, alho, tahine, azeite e sal. Triture. Se estiver difícil de obter um creme/pasta acrescente um pouco de água. Decorar com Pimenta Caiena e Cebolinho.

 

PRATO

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Estufado de feijão branco com cogumelos e espinafres

450g Feijão Branco
50g Mix Cogumelos desidratados
200g Espinafres
2 Cebolas
4 dentes de Alho
Azeite
1 cl. chá cominhos
1 Malagueta
1 cl. sb. Tomilho limão
Pimenta
Sal
Boneca: Alho francês, salsa, aipo

Demolhar o feijão por 24 horas. Levar a cozer durante 1 hora ou até verificar estar cozido. Coar o feijão. Fever novamente a água do feijão com a boneca de legumes. Reservar 1 litro desse caldo. Num recipiente cobrir os cogumelos secos água tépida e aguardar que hidratem. 10 minutos é o suficiente. Num tacho largo. Refogar em azeite a cebola e o alho picados. Quando estiver cozinha, translúcida, juntar os cogumelos escorridos. Atenção: Reservar a água. Saltear os ditos cujos. Temperar com um pouco de sal e pimenta moída no momento. Vamos juntar o feijão? Vamos a isso! Juntar o feijão. Temperar novamente com um pouco de sal e pimenta e juntar também os cominhos. Envolver. Adicionar o caldo do feijão (cerca de 1 Lt.) e a água dos cogumelos. Envolver tudo. E aguardar….aguardar….aguardar…Mexer de vez em quando provar. Rectifique os temperos se necessário. A meio da cozedura junte o tomilho. Quando o molho começar a ficar mais espesso e o feijão a ficar bem mais cozido. Já está. Deixe ficar a repousar fora do lume, tapado pelo menos 30/40 min. No próprio dia é bom…no dia seguinte…está fantástico.

 

SOBREMESA

dayMousse de Abacate e Cacau
(Para 30 shots)

6 Abacates
3 Bananas
12 col. sp. de Cacau em pó
12 col. sp de Manteiga de amendoim/amêndoa
6 col. sp. de Mel ou outro xarope (opcional)
Flor de sal
Physalis

Um a um vá colocando todos os ingredientes (excepto a flor de sal) num liquidificador. Abacate. Triture. Banana. Triture. Cacau. Triture Manteiga de amendoim. Mel ou outro xarope. Triture. Triture tudo muito bem até ficarem com uma consistência macia. Envolva no final com flor de sal. Coloque numa taça ou divida por taças e coloque-as no frigorífico durante 30 minutos.
No final decore com Physalis.

Mousse de Lima

Crosta:

100g Amêndoas
100g Flocos de Aveia
1 cl. sb. Canela
2 cl. sp. de Mel

Recheio:

1 1/2 chávena de Caju Cru
1/3 chávena de Óleo de Coco
1/2 chávena de Leite de Coco
1/2 Chávena de Mel
1 Lima (sumo e raspa)

Para decorar: Amoras e Coco ralado

Num tabuleiro forrado a papel vegetal ou num pirex coloque a aveia e as amêndoas misturando bem a canela e o mel. Leve ao forno virando de vez em quando. Retire quando começar a ficar tostadinho. Deixe arrefecer. Triture até virar pó. Em tigelas individuais ou numa tigela plana coloque a mistura. Espalme bem com as mãos ou com a ajuda de uma espátula. Leve ao frigorífico.

Vamos ao recheio?
Coloque de molho o caju durante 1 dia ou 1 hora em água bem quente.
Reserve as raspas da lima para o final. Bata todos os restantes ingredientes no liquidificador até obter um creme homogéneo. Envolva o creme com as raspas de lima. Leve ao frigorífico durante uma hora.

Tudo fresquinho? Agora é só despejar o creme sobre a crosta já reservada. Bata levemente a forma contra a superfície para garantir que não fiquem bolhas no interior do recheio.
Levar uma vez mais ao frigorífico. Decorar com as amoras e com coco ralado.

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Trufas de Cacau Hot

Trufas

Alguém disse trufas? Não? Então digo eu. TRUFAS! E atenção diz e repete a pessoa que não aprecia chocolate. É verdade. Em momentos depressivos mais facilmente ataco uma tábua de queijos e presunto do que propriamente chocolate. O resultado na balança, esse, é basicamente o mesmo… ou pior. Mas vamos lá dar a volta ao assunto e disfarçar esta questão com a palavra “saudável”.

Sim. Eu sei que agora todos os doces e guloseimas têm a sua versão saudável. Não é propriamente a mesma coisa. Um arroz doce. É um arroz doce. Uns papos d’Anjo. São uns papos d’Anjo. Mas a verdade é que o açúcar refinado é o protagonista da nossa doçaria tradicional. E inimigo publico da nossa saúde. E eu diria que tanto ou mais que o sal. O que fazer? Evitar ao máximo.

Produtos como o mel, xaropes de ácer e agave ou a estévia são alternativas ao açúcar, e a meu ver, as mais saudáveis. Na doçaria tradicional, estas alternativas são complicadas de aplicar. O resultado não vai ser o mesmo. Mais vale não mexer nas receitas originais e fechar a boca mais vezes. Guardem-se para os dias de festa. Mas como o ano tem 365 dias e nem sempre estamos em festa… O que fazer? O que comer? O corpo também precisa de ser mimado…ora bolas!! E é isto. Vamos fazer umas bolas, perdão! Umas trufas de cacau com um twist picante para comer sem culpa…mas sem exageros, claro!

Trufas de Cacau HOT
(15 a 20 unidades)

  • 500g Tâmaras Medjol
  • 200g Frutos secos (escolha um entre amêndoas, caju, amendoim, pistacho ou outros)
  • 4 cl. sopa cacau cru
  • 1 cl. sopa gengibre desidratado
  • 2 cl. sopa mel
  • 2 cl. sopa óleo de coco

Topping

  • Cacau cru

Demolhar as tâmaras num recipiente com água morna. Aguardar 5 minutos. Abrir e retirar o caroço de cada uma delas. Coloque no liquidificador. Triturar. Alternadamente adicionar os restantes ingredientes. Frutos secos. Triturar. Cacau. Triturar. Gengibre. Triturar. Mel e o óleo de coco. Triturar. A pasta esta demasiado espessa e mal triturada? Junte um pouco mais de óleo de coco ou um pouco da água de demolhar as tâmaras. Esta pronta quando a pasta estiver consistente o suficiente para moldar. Coloque o preparado numa tigela. Cubra com película aderente. Leve ao frigorífico 30 minutos. Agora vem a parte (mais) divertida. Coloque o topping, neste caso o cacau cru, num prato. Retire a pasta do frigorífico. Faça bolinhas homogéneas e passe uma a uma pelo topping, depois de feitas. Leve mais um pouco ao frigorífico.

Estas trufas têm um tempo de duração extremamente longo. Duram semanas no frigorífico. Caso não as coma todas de uma só vez.

Dica:
Pode retirar desta receita o gengibre. Ou seja, retira o picante. E como toppings use e abuse. Como sugestão:

  • Pimenta rosa
  • Frutos secos triturados
  • Coco ralado ou
  • Sementes de sésamo

Já mencionei que é um excelente presente para oferecer?

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Hambúrgueres do Mar com batata-doce assada e molho de abacate

Hambúrguer

Na minha modesta opinião, o hambúrguer é o prato mais transversal que existe. Idade, extrato social, cultura ou religião, ponha o dedo no ar quem ainda não experimentou. Gostar já é outra coisa. Na verdade, é difícil resistir. E felizmente, hoje em dia, as ofertas na opção de slow chegam a ser mais do que as ofertas na versão tradicional de fast. Assim de repente, consigo lembrar-me apenas de dois locais fast e de cinco locais onde este prato é confecionado com produtos de primeira, com bastante variedade e cujos preços, comparativamente, até são bastante simpáticos.

No que diz respeito ao produto base do hambúrguer: a carne. Não vou dizer que a carne é melhor do que o peixe ou que os vegetais são mais saudáveis do que estes dois. Acima de tudo há que respeitar as opções alimentares de cada um, seja por uma questão de saúde ou ética ou, como no meu caso, em que é mesmo por gosto. Sou assumidamente uma veggie lover. Mas como de tudo. Os vegetais é que estão no meu TOP. Depois vem o peixe. E depois, muito depois, vem a carne. Equilíbrio. O segredo é o equilíbrio.

Sou mais “fundamentalista” no que diz respeito à questão de que mais vale comer um belo bife a comer as alternativas vegetarianas que são servidas em muitos restaurantes ou que são vendidas nas superfícies comerciais. Basta olhar, com olhos de ver, para os rótulos. Assustador!!!

Ultrapassado este meu momento dedicado à indignação vamos falar da receita que hoje proponho. Não é novidade. Ainda bem. Mas muitos não sabem como pôr as mãos na massa.

O hambúrguer é um prato super simples de confecionar em casa e até não fica nada caro. Neste caso, vamos fugir à tradicional carne e vamos fazer de peixe. Até há uns tempos se falassem de hambúrguer de peixe muitos torceriam o nariz, contudo, e felizmente, é um prato a que já nos habituámos a ver nas ementas. Como fazer? Fácil… fácil.

 

Hambúrgueres do Mar com batata-doce assada e molho de abacate

Hambúrgueres do Mar

(4 unidades)

  • 4 (+/- 100g/cada) lombos/postas de salmão
  • 200g miolo de camarão (20/30 é o ideal)
  • 200g de tiras de pota
  • 4 cl. sopa chalota picada (pode usar também cebola)
  • 4 dentes de alho picados
  • 2 cl. sopa de cebolinho picado (preferência fresco)
  • 1 cl. sopa de sumo de limão
  • 2 cl. sopa azeite
  • Sal (a gosto)
  • Pimenta (a gosto)

Preparar o salmão. Importantíssimo! Verificar a ausência de pele e espinhas. Numa tábua e com uma faca bem afiada, picar bem miudinho os lombos ou postas. Picar igualmente as tiras de pota. O camarão não picar tanto. Corte apenas cada camarão, por exemplo, em 3 partes. É como nos rissóis, gostamos sempre de encontrar vestígios.

Numa taça grande juntar o salmão, a pota e o camarão. Misturar bem. Mãos, se necessário… sem medos! Depois, juntar a cebola, o alho e o cebolinho picados. O sumo de limão e o azeite. Temperar com sal e a pimenta moída no momento. Novamente, misturar.

Tapar a taça com película aderente e levar uns minutos ao frigorífico, 30/40 minutos.

Pré-aquecer o forno a 200º. Forrar um tabuleiro com papel vegetal e pincelar com azeite. Retirar o preparado do frigorífico. Dividir por unidades. Fazer bolas e achatar um pouco (formato de hambúrgueres). Dispor no tabuleiro e pincelar cada um com um pouco de azeite (cuidado com os exageros). Regular o forno para o grill e baixar um pouco a temperatura para 180º  (aqui depende do forno de cada um). Virar quando necessário. Objetivo: ficar cozinhado no interior, sem deixar secar muito, e com uma ligeira capa tostada, muito ligeira, no exterior.

Retirar e servir. Como se trata de um hambúrguer, para muitos o pão é indispensável, mas aqui não me meto e deixo ao critério e gosto de cada um. Pessoalmente, gosto servido apenas por cima de uma fatia de pão rústico.

Dica: Congelar. Retirar o preparado do frigorífico. Dividir por unidades. Fazer bolas e achatar um pouco (formato de hambúrgueres). Colocar numa caixa, tendo o cuidado de separar cada hambúrguer com uma folha de papel vegetal. Depois, pode deixar descongelar ou levar diretamente ao forno, neste caso a uma temperatura mais baixa no início e aumentar um pouco no final.

Dica extra: O peixe escolhido é uma questão de gosto, na verdade qualquer peixe dá para fazer este prato, contudo, considere as espinhas, a pele, e a consistência do peixe. Isso pode fazer alguma diferença, mas é experimentar e testar os sabores. Aqui será interessante conjugar alguns temperos diferentes. Nomeadamente, nas ervas aromáticas. Trocar o cebolinho por salsa ou manjericão ou até mesmo por hortelã.

 

Batata-doce assada

  • Batata-doce
  • Azeite
  • Ervas de provence
  • Flor de sal
  • Pimenta

Pré-aquecer o forno nos 180º/200º. Lavar e raspar a pele mais superficial da batata. Atenção: não descascar, apenas raspar. Cortar cada batata em palitos de forma a deixar uma base com a pele. Numa taça juntar às batatas cortadas o azeite, o sal, a pimenta e as ervas de provence. Misturar bem. Dispor cuidadosamente cada palito no tabuleiro de forma a que a pele fique assente no tabuleiro. Levar ao forno a tostar. Vá controlando. Não vai demorar mais que 15 minutos. Retire um palito para verificar que está pronto. Tostadinha por fora cozida por dentro. Retirar. Salpicar um pouco com flor de sal.

 

Molho de Abacate

  • 1 Abacate grande
  • 1 Iogurte grego (ou natural)
  • 1 Dente de alho
  • Sumo de ½ lima
  • Coentros
  • Azeite
  • Flor de sal
  • Pimenta caiena

Cortar o abacate ao meio. Retirar o caroço e, com a ajuda de uma colher, retirar a polpa para dentro de um liquidificador. Juntar os restantes ingredientes: iogurte, sumo de lima, coentros, azeite, sal e pimenta. Bater tudo até ficar um creme bem macio. Retificar os sabores. Servir numa tacinha para acompanhar as batatas ou colocar por cima do hambúrguer.

 

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Águas Aromatizadas (dicas para beber água e hidratar o corpo)

Não bebo água. Não gosto de água. Esqueço-me de beber água. O corpo sente. Acreditem… o corpo sente. É um drama diário.

Desde os tempos de escolinha que aprendemos que o nosso corpo, dependendo do sexo e idade, é composto por 50% a 75% de água e que o nosso corpo perde muita água por dia através da pele, pulmões, urina e fezes. E não só no verão. Claro que com o calor essa perda é maior mas no inverno também existe perda de líquidos. Ora, depende da nossa cabeça restabelecer a ordem no nosso corpo.

Tenho vários truques para minimizar esta problemática na minha vida. E vou partilhar convosco alguns truques.

Descobri em conversas com amigos, não por uma mas por várias vezes, que não sou a única com este problema. Muitos me perguntam como faço para beber mais água. Água? Água bebo pouca. Bebo sim, muita água aromatizada. Chá e infusões. É melhor que nada. Certo?

Para que a coisa não descambe tento ter sempre em casa o que chamo os meus “hidra- básicos”:

  • Garrafa termo 1,5 Lt.;
  • Garrafas de vidro;
  • Limão/Lima;
  • Hortelã;
  • Gengibre;
  • Chás;
  • Infusões (Lúcia lima, erva príncipe, cavalinha, o que gostarem);

Águas aromatizadas

Garrafa de vidro. Juntar hortelã, uma rodela fininha de limão, lima e gengibre. Um só ingrediente, dois, três ou todos. Estes são os que mais gosto. Explorem o mercado. Juntar água. Reservar. Mais ou menos intensa depende do tempo em que está no frigorífico. Podem ir atestando. Os aromas aguentam bem três reforços de água. Tempo de execução? A sério? Querem mesmo saber se vão perder muito tempo a fazer…isto?

Chás ou Infusões

Se quiserem frio aconselho a fazer à noite. Se quiserem quente façam logo pela manhãzinha.
Quente é fantástico para ter no balcão da cozinha e ir bebendo durante o dia ou levar para a rua dentro de um termo. O termo exerce uma pressão que a garrafa de água não faz. Vai estragar chá? Não. Vai beber!
Frio é excelente durante o verão. No frigorífico. No termo para a rua. Aromatizado com limão, gengibre. Maravilha. Vai estragar chá fresquinho? Não. Vai beber!

Dica extra: Explorem as especiarias e sementes (anis, canela, cardamomo, cravinho, pimenta, bagas de zimbro, erva doce, cominhos, etc…) para além de terem benefícios extraordinários para a saúde dão ao vosso chá ou infusão um aroma extra muito especial.

Tenho outros hábitos.

Manhã. Assim que acordo, copo XXL de água morna com umas gotas de limão. Primeiro…estranha-se depois…entranha-se. Acreditem que depois de uns tempos não vão passar sem esta rotina. Já não sei há quantos anos tenho este hábito. Seguramente antes da palavra ”detox” existir no nosso dicionário.

Com este ritual matinal para além de estarmos a hidratar com a água o nosso corpito, o limão em conjunto traz benefícios extra. Desintoxica. O fígado absorve toxinas que adquirimos diariamente. Melhora a imunidade. Dado que a acidez do limão torna o sangue mais alcalino e reforça assim a sua resistência a doenças. E ainda. Auxilia na digestão, na eliminação de gorduras e no controle da pressão.

Noite. Preparo uma infusão digestiva. Bebo depois do jantar e até me ir deitar. Sobrou chá. De manhã está frio. Aromatizo com limão e mel. Reservo no frigorífico. Ice tea !

O importante é tentar sempre alternativas. Bebam água !!!!
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Creme de tomate com ovo “estralfado” e croutons de alecrim

tomateO nome desta receita bem que poderia ser “Aconchego”, porque é aqui, neste aconchego alentejano para onde fugimos algumas vezes (não tantas quanto gostaríamos) para carregar baterias. “Zenar” como gosto de designar aqueles momentos em que nos permitimos deixar ir, sem relógios, telefones, televisão, computadores e WiFi´s.

A comida simples, feita com aquilo que está mais à mão e de preferência com temperos e aromas do quintal é parte integrante e fundamental nestes dias de retiro.

No verão, no Alentejo, o tomate é Rei!

E é com este fruto que, por aqui neste refúgio, competimos saudavelmente entre nós com sopas e migas. Cada um tem a sua receita que pode variar de acordo com a inspiração do momento. Eu escolhi partilhar convosco a minha versão de uma sopa ou melhor, um creme de tomate, com ovo “estralfado” sim é este o nome, já explico mais à frente e uns gulosos croutons de pão alentejano e alecrim com flor de sal.

Vamos a isto!!!

Creme de tomate com ovo “estralfado” e croutons de alecrim
(4 pessoas)
  • 8 (+/- 400g) tomates maduros
  • 1 (+/- 200g) batata doce
  • 1 (+/- 4 cl. sopa) cebola picada
  • 4 dentes de alho picados
  • 1 cl. sopa de alecrim (preferência fresco)
  • Azeite
  • Sal (a gosto)
  • Pimenta (a gosto)

Primeiro vamos preparar tudo. Picar a cebola e o alho. Pelar o tomate e cortar em cubos. Descascar e cortar em cubos a batata doce.

Agora sim…vamos à sopa!

Num tacho alto regar o fundo com azeite e quando este estiver quente juntar a cebola e o alho, deixar refogar bem até atingir quase o ponto de caramelização, ou seja, quando verificar que esta a ficar bem dourada…no entanto sem deixar queimar.
Juntar o tomate, a batata, o alecrim e um copo de água. Mexer bem, tapar o tacho e em lume baixinho…aguardar…sem pressas. De vez em quando vá lá “acordar” a sopa com uma mexedela e volte a tapar o tacho. Se verificar que toda a água já foi absorvida e os ingredientes ainda não estão cozidos, pode juntar mais um pouco de água. Lembre-se que o objectivo é fazer um creme, muita água pode arruinar o final.

Quando verificar que a água foi absorvida pelos ingredientes, o tomate está cozido e desfeito e a batata também bem cozida…então está pronta para a próxima fase.

Retirar do lume. Passar tudo com a varinha mágica e depois por um coador para que apenas fique um creme sem vestígios de qualquer um dos ingredientes, grainhas e afins. Se estiver demasiado grossa pode juntar um pouco de água até obter a consistência necessária, mas leve novamente ao lume para unir tudo, até levantar fervura, não mais.
Temperar com sal e pimenta a gosto. Escolher um terrina bem catita para servir. Mas antes de levar à mesa preparar os acompanhamentos.

Croutons de Alecrim
  • Pão Alentejano
  • Azeite
  • Alecrim (preferência fresco)
  • Flor de sal

Pré aquecer o forno nos 180º/200º.Numa saladeira juntar ao pão cortado aos cubinhos, alecrim ligeiramente picado, regar com azeite e salpicar com um pouco de flor de sal (não muito), envolver muito bem. Dispor tudo num tabuleiro forrado a papel vegetal e levar ao forno a tostar. Virar de vez em quando para ficar mais uniforme. Depois de tostado colocar numa cestinha e salpicar um pouco mais com flor de sal.

Ovo “Estralfado”
  • 1 ovo p/pess.
  • Pimenta caiena

Chamo-lhe assim porque a técnica não obedece aos critérios exigidos para elaborar o ovo escalfado e nem “estrelado” uma vez que não é frito em azeite. Logo é um ovo “ESTRALFADO”. Ainda não patenteei o nome, usem-no à vontade.

O processo não poderia ser mais simples. Uma frigideira anti-aderente. Água a cobrir o fundo. Deixar ferver. Juntar um ovo de cada vez. Aguardar até a clara ficar branca. Ajudar com uma colher a cobrir a gema puxando a água das bermas da frigideira e com uma espátula não deixar o ovo colar ao fundo. Depois é a gosto. Mais cozido…menos cozido.
Numa travessa pincelar o fundo com azeite apenas para não colarem e ir dispondo dos ovos, um a um. Antes de servir salpicar com pimenta caiena.

Agora é só servir o creme de tomate em pratos fundos. A qualquer temperatura, quente ou frio é fantástico. Juntar o ovo e os croutons. Eu gosto e aconselho, individualmente, a regar com um fiozinho de azeite e uma pitadinha (muito pequenina) de flor de sal. E depois…respirar fundo…fechar os olhos e saborear o momento.

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Hummus

Verão. Praia. Piscina. Pic-nic´s. Passeios ao ar livre. Lancheira bem recheada não pode faltar. Água e fruta é essencial, especialmente nestes dias de calor. Contudo, é sempre preciso algo mais consistente. Os wraps são uma excelente alternativa às sanduiches. Como os rechear? Basicamente, com o mesmo que uns normais pãezinhos, mas o que escolhi como sugestão é algo que adoro, faz sempre enorme sucesso e é super fácil, barato, diferente, leve e bastante saciante e com o valor nutricional fantástico. Hummus!

Hummus, é uma pasta de origem árabe já bem conhecida entre portugueses cujo o  ingrediente estrela é o grão. Pode ser servido a acompanhar uns legumes crus para entrada ou como snack mas também para acompanhamento de uma refeição. Como recheio, é simplesmente fantástico.

Vou partilhar a minha versão do clássico hummus mas também das suas variantes.

Vamos a isto!!!

Hummus

  • 200 g Grão-de-bico cozido (de preferência cozido em casa – um dia falamos sobre as vantagens de cozer o grão em casa)
  • 2 cl. sopa azeite
  • Sumo de 1/2 limão
  • 1 cl. sopa Tahine (opcional, confesso que nem sempre está presente no meu hummus)
  • 2 dentes
    de alho
  • 1 cl. sobremesa de cominhos
  • 1 malagueta pequena (opcional)
  • Sal (a gosto)
  • Pimenta (a gosto)

Num processador ou liquidificador junte todos os ingredientes até obter uma pasta. A consistência depende do gosto de cada um mas pode ser controlada com um pouco de água ou água da cozedura do grão (caso tenha sido cozido em casa) para que fique mais ou menos cremosa. Rectifique os temperos. Coloque num frasquinho e reserve no frigorífico. Só isso? Da minha parte, sim. Mas assaltem por favor, a vossa gaveta de especiarias e criem.

Agora as variantes. À receita clássica pode juntar um outro ingrediente base, que vai associar ao grão e uma erva de cheiro para o acompanhar, por exemplo:

Hummus de Beterraba

Adicionar

  • 1 Beterraba – gosto de usar crua mas pode optar por cozida
  • 1 raminho de hortelã

Hummus de Abóbora

Adicionar

  • 200 g Abóbora – assada no forno
  • 1 raminho de salsa

Dica extra: Reduza a quantidade de sumo de limão da receita original, coloque apenas umas gotas e acrescente sumo de ½ laranja

Hummus de Tomate

Adicionar

  • 3 metades Tomate seco
  • 1 raminho de manjericão

Dica extra: caso o tomate desidratado seja em conserva de azeite, substitua o azeite da receita base por 2 cl. de sopa de azeite do frasco de tomate. Pode também adicionar 1 cl. de chá de alcaparras…vai ver que não se vai arrepender.

O processo de execução é exactamente o mesmo. Tudo dentro de um processador ou liquidificador e bater até obter uma pasta.

 

Sugestão para WRAPS:

Wrap de hummus de beterraba

 Hummus de beterraba

  • Rúcula
  • Cenoura ralada
  • Maça ralada (demolhada em água e limão, para não oxidar)
  • Rabanetes cortados em rodelas

Prepara o wrap conforme instruções de embalagem, pois existem alguns que exigem preparação prévia. No centro colocar uma quantidade generosa de hummus, rúcula, cenoura, maça e rabanete. Dobrar. Embrulhar em papel vegetal. Et voilá!!!