Quando eu era pequeno, era completamente fascinado pelas artes marciais. Lembro-me de que seguia religiosamente a série de TV Os Jovens Heróis de Chaolin. O Kung Fu era o meu caminho; imitava as meditações e praticava os golpes repetidamente no meu quarto. Mas o maior dos meus heróis sempre foi o Bruce Lee. Para alguns ele era apenas um ator e um perito em artes marciais, para outros teria uma faceta mais próxima de “guru”. A verdade é que, antes de ser uma estrela de Hollywood, Bruce Lee já era licenciado em filosofia. Talvez por isso seja comum encontrar nos seus diálogos analogias como a da famosa gravação que ficou para a história: “Be water, my friend”. Vamos então ver o que Bruce Lee queria dizer com esta frase e qual a relação entre ela e a técnica do Flow.
Imagine um momento em que está a praticar um desporto que atrai toda a sua atenção. Imagine que está a surfar uma onda perfeita. Ao deslocar-se na onda está a sentir os salpicos de água no corpo, o vento na face e a água salgada na boca. Toda a sua atenção está focada em usar todas as suas capacidades, o melhor possível. Sabe exatamente o movimento que tem que fazer em cada momento. Não há passado nem futuro… Só existe o presente. Só existe o mar, a prancha, o seu corpo e a sua consciência. Todos os elementos se unem numa única coisa e consegue sentir-se completamente presente naquele momento. O “ego” dilui-se e torna-se parte do que está a fazer. Era isto que Bruce Lee queria dizer com “Sê água, meu amigo”. Um momento em que fluímos e somos unos com o que estamos a fazer. Nesse preciso momento fluímos e perdemos a noção do tempo. Entramos em Flow.
SAIBA AQUI COMO ENTRAR EM FLOW E OS BENEFÍCIOS DO FLOW NO TRABALHO E NA VIDA.
O que é que nos faz gostar de fazer uma coisa de tal maneira que nos esquecemos de tudo o resto? De todas as preocupações. Quais são então os momentos em que estamos mais felizes?
Estudiosos aprofundaram estas questões e chamam a este estado Fluir, Fluxo ou Flow. Um estado de prazer e criatividade no qual estamos totalmente imersos na vida.
Não há nenhuma receita para a felicidade, mas um dos ingredientes é termos a capacidade de entrar no estado de Flow para, através dele, termos “experiências ótimas”. Segundo Mihaly Csikszentmihalyi (psicólogo que criou o termo Flow), este é o caminho para vivermos uma “experiência ótima”. No mundo atual, com tanta distração, informação e solicitação, é cada vez mais difícil ter condições ao nosso redor que nos permitam entrar em Flow.
Segundo o psicólogo, devemos focar-nos em aumentar o tempo que vivemos a praticar atividades que nos permitem entrar nesse estado. Não são só os desportistas e as pessoas que têm trabalhos criativos que conseguem entrar em Flow (ou fluxo). Segundo os estudos de Mihaly, em todas as partes do mundo e em todas as tarefas é possível entrar em Flow. É igual em qualquer cultura, idade ou atividade. Ao fluir estamos concentrados numa única tarefa, tirando prazer dela e sem nos deixarmos distrair. Se precisa de realizar uma tarefa importante, o melhor é aplicar algumas técnicas que lhe permitam entrar em Flow no seu trabalho. Garanta que elas se cumprem o máximo de vezes na sua vida.
Deixo-lhe então as 7 condições para entrar em Flow:
1 – Saber claramente o que fazer.
2 – Saber claramente como o fazer.
3 – Saber o quão bem está a fazê-lo.
4 – Saber até onde tem que ir.
4 – A tarefa deve desafiar os nossos skills.
5 – Estar livre de distrações.
(metodologia de Owen Schaffer)

Nasceu em Lisboa em 1977. O primeiro traço de empreendedor terá sido quando aos 15 anos se juntou com um amigo para se informarem acerca dos apoios comunitários nos anos 90 por forma a abrirem a sua empresa. Alguns anos depois, licenciou-se em Organização e Gestão de Empresas com especialidade em Auditoria. Posteriormente integrou uma multinacional na área de seguros e pouco tempo depois dedicou-se a tempo inteiro à sua empresa, na qual trabalhou 13 anos. Nesse período criou 4 empresas, vendeu 2 e visitou mais de 25 países.
É proprietário e editor da Editora Self, curador de conteúdos do Espaço Self e fundador do Cowork da Praia em Carcavelos e de uma empresa na área do Turismo.
Estuda temas como a liderança o empreendedorismo e a produtividade, e especializa-se na optimização de processos que permitem maior produtividade interna nas empresas e na análise de projectos de investimento e redução de custos.
É sócio-fundador de uma empresa na área das criptomoedas e dá formação sobre Bitcoin e criptomoedas. Fã de pensadores disruptivos, procura sempre
aprender e estar atualizado sobre tecnologias ou projetos ambiciosos que possam mudar o mundo para melhor.
Como investidor em criptomoedas, começou por percorrer as principais fontes de informação sobre o tema. Já como investigador, dedicou-se à leitura de inúmeros livros, frequenta meetups, conferências internacionais e assistiu à primeira conferência nacional sobre blockchain e criptomoedas. Entrevistou também alguns dos principais programadores core das criptomoedas, bem como empresários envolvidos na criação de Startups
e ICO’s de criptomoedas em vários pontos do mundo.
“Em cada viagem aprendi um pouco sobre mim. Em todas elas aprendi o valor das pessoas com quem nos cruzamos ao longo da nossa vida.
Desenvolvi uma grande paixão pela Ásia, pela sua beleza e pela perfeição de alguns métodos milenares da cultura oriental. Essas experiências trouxeram algumas das melhores aprendizagens que tive na minha vida, bem como uma visão diferente sobre a vida e os negócios.”