
O meu filho vai para o ensino superior e agora?
Nestes últimos meses, várias famílias têm procurado os meus serviços de coaching para ajudar os seus filhos a responder às seguintes questões: vou continuar a estudar? Que área e curso devo escolher? Como estará o mercado de trabalho quando terminar a minha formação?
É, sem dúvida, um momento fulcral e delicado, não só pelo caminho futuro a seguir como pelas sucessivas alterações nas opções académicas e de profissões.
Acredito que existem vários olhares sobre esta questão, começando por analisar a diferença entre o conceito de carreira há 10 anos atrás e actualmente. Antigamente, um dos critérios mais importante nesta escolha era a segurança do trabalho futuro, a ideia global era: tirar a formação, começar a estagiar e ser promovido ao longo dos anos, sempre no mesmo local. Hoje, muitos jovens são atraídos pelas experiências no local de trabalho e não pela segurança, logo, é natural que se imaginem em diversos locais a experimentar projectos e sensações diferentes.
Como consequência deste aspecto acredito que os perfis dos alunos se dividirão em dois: o aluno que quer aprofundar conhecimentos e prática na sua área de trabalho (p.e. investigadores) e o aluno que quer experimentar diversas áreas e funções (p.e. empreendedores). Assim sendo, consoante o seu perfil teremos duas opções principais:
Aluno especialista – seguir um percurso académico em instituições de renome com resultados extraordinários (saber-saber).
Aluno generalista – percorrer um percurso académico/ de formação onde se capacite com várias competências e ferramentas, impactando profissionalmente e no saber-ser/saber-fazer.
Segundo o Fórum Económico Mundial, estas são as 10 competências, que todos os profissionais devem desenvolver:
- Resolução de problemas complexos;
- Pensamento crítico;
- Criatividade;
- Gestão de Pessoas;
- Coordenação;
- Inteligência Emocional;
- Capacidade de julgamento e de tomada de decisão;
- Orientação para servir;
- Negociação;
- Flexibilidade cognitiva.
Qual é o meu papel enquanto responsável e como posso ajudar? Sugiro que faça uma reflexão aprofundada sobre os tópicos apresentados e partilhe as suas conclusões com o jovem em fase de transição. Pode ser um começo para introduzir as estratégias apresentadas no próximo artigo.