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Afinal o que raio devemos comer?

O que raio devemos comer?

És aquilo que comes», disse‑me a minha mãe, a apontar-me o dedo, enquanto me via trincar bolachas açucaradas. Corri para a casa de banho e vi-me ao espelho. Não me tinha tornado ainda uma bolacha, mas decidi pôr a afirmação à prova. Como era baixo para a minha idade, pedi à minha mãe que me comprasse vegetais da Green Giant, esperando que me fizessem crescer. Infelizmente, nunca me tornei um gigante, mas aprendi, desde cedo, que as nossas escolhas alimentares determinam aquilo em que nos tornamos. Acabaria por partilhar esta mensagem com milhões de pessoas enquanto locutor de rádio e especialista na área da saúde, semanalmente, na Lifetime Television. 

Durante mais de 15 anos, tive o privilégio de entrevistar centenas de advogados, cientistas, médicos e autores de bestsellers do New York Times mundialmente reconhecidos. O meu objetivo sempre foi partilhar informação e conselhos inovadores que pudessem ajudar a minha audiência a ser saudável.
Infelizmente, isto não aconteceu. Em vez disso, todos os convidados que entrevistei acabaram por deixar a minha audiência (e a mim) ainda mais confusa. Cada especialista partilhava opiniões, pesquisa e conselhos de saúde completamente diferentes dos do convidado anterior.

Numa entrevista a Robb Wolf, autor do The Paleo Solution, bestseller do New York Times, este afirmou que, se as pessoas quiserem uma vida longa e saudável, têm de comer carne como os nossos antepassados das cavernas. «Vamos com calma», disse o Dr. Neal Barnard, autor de bestsellers e vegano, que defendia que, para sermos saudáveis, não devemos «comer nada que tenha uma cara» e temos de seguir uma dieta alimentar à base de plantas. Certo, isso é fácil de entender. 

Depois entrevistei o cardiologista Dr. William Davis (autor de Wheat Belly), que disse aos meus ouvintes que comer cereais não era boa ideia. Na verdade, disse que evitar os cereais era a melhor coisa a fazer para prevenir e fazer regredir doenças como alergias, cataratas, diabetes, obesidade, doenças cardíacas, artrite, etc. Durante décadas, acreditámos que os cereais integrais nos faziam bem. A informação convincente que o livro do Dr. Davis apresenta mostra que evitar os cereais é o melhor que podemos fazer para combater doenças e atingir a saúde ideal. 

Bem, mas já não é bem assim, de acordo com JJ Virgin, autora do bestseller do New York Times, The Sugar Impact Diet, que acredita que o açúcar é a raiz de todos os males. Na realidade, partilhou informação detalhada sobre como o açúcar provoca inflamação, o maior catalisador de doenças. Pois bem, recapitulemos: coma carne; não coma carne; evite o açúcar; tenha uma alimentação baseada em plantas, incluindo cereais.
Pensando melhor, talvez deva esquecer os cereais. Mas espere! Há ainda outro item a adicionar à lista de «Coisas a Não Comer»: o sal!

Já todos ouvimos falar sobre os perigos de demasiado sal na alimentação. Na realidade, se tivermos hipertensão arterial, a primeira coisa que o médico nos irá receitar será uma dieta hipossódica. Além disso, o sal está igualmente ligado à obesidade e a doenças cardiovasculares. De acordo com Morton Satin, vice‑presidente de ciência e investigação no Salt Institute, isto não é verdade. Chocou a minha audiência de rádio quando afirmou que precisamos de mais sal na nossa alimentação para prevenir doenças cardíacas! Apoiou esta afirmação em estudos científicos credíveis. 

De acordo com estudos da Faculdade de Medicina Albert Einstein, os doentes cardíacos que tiveram uma dieta hipossódica tiveram uma maior incidência de doenças cardíacas. Noutro estudo, o Journal of the American Medical Association publicou resultados que mostraram que pessoas com baixo consumo de sal tiveram a maior taxa de mortalidade derivada de doenças cardíacas. Então: comer menos sal aumenta o risco de doenças cardiovasculares! Mas não é tudo. Também há estudos que mostram que a redução de sódio aumenta o risco de morte, o que vai contra tudo o que os médicos têm andado a dizer aos pacientes há décadas!

No que toca à alimentação, outra coisa que parece confundir-nos é a manteiga. No final dos anos 1970, foi dito aos consumidores que parassem de usar manteiga e começassem a usar margarina, porque os estudos científicos haviam demonstrado que esta era a melhor alternativa.

Uma década mais tarde, os investigadores descobriram que a margarina continha óleos parcialmente hidrogenados (gorduras trans), muito mais prejudiciais do que a gordura saturada da manteiga. Por isso, voltámos a comer manteiga. Em 1990, a manteiga estava outra vez a ser vista como o tipo de gordura mais perigoso, já que aumentava os níveis de colesterol, mais do que os óleos vegetais.

Voltámos a comer margarina, considerada uma opção mais saudável do que o azeite e o óleo de colza. Já em 2010, um novo estudo mostrou que a manteiga era saudável e que não havia provas que ligassem as gorduras saturadas nela encontradas às doenças cardíacas. Mas espere! Um ano mais tarde, os cientistas descobriram falhas neste estudo e avisaram-nos de que, afinal, o consumo de manteiga poderia estar ligado a doenças cardíacas. Em 2014, novas investigações revelaram que a manteiga é saudável. Tive, inclusivamente, no meu programa Dave Asprey, autor de Bulletproof Diet, bestseller do New York Times, que partilhou com os meus ouvintes que pôr manteiga no café todos os dias pode ajudar a ser saudável e a perder peso!

Toda esta flutuação leva-me de volta ao banco de trás do carro da minha avó. «Vira à esquerda no semáforo. Sim, tenho a certeza. Espera. Não, vira à direita. Sim, à direita. Agora tenho a certeza.» Se ouvíssemos os conselhos de todos estes especialistas, não teríamos nada que comer!

Apesar das diferenças de opinião, todos parecem concordar que aquilo que consumimos terá um impacto na nossa saúde. Infelizmente, até para os que se preocupam com a saúde, as melhores opções alimentares não são fáceis de encontrar. Nos nossos alimentos, estão escondidos aglutinantes, conservantes, pesticidas, hormonas, corantes artificiais e químicos. Então, se somos o que comemos, somos artificiais! Até o solo em que os nossos vegetais orgânicos crescem foi despojado dos seus minerais vitais. Não admira que a «terra das oportunidades» se tenha tornado a terra dos doentes, obesos e moribundos.

Durante os meus 12 anos de universidade e de educação contínua, aprendi com os melhores professores e apliquei esse conhecimento na minha prática profissional. Infelizmente, vim a descobrir mais tarde que muito daquilo que aprendi com os chamados especialistas estava errado. Na minha opinião, além de todas as opiniões contraditórias, há outros dois culpados pela falta de informação: os livros e a investigação tendenciosa.

Digerir a verdade

Entre todas as opiniões antagónicas, livros desatualizados e investigação tendenciosa, eu sabia que não podia ser a única pessoa confusa. Queria encontrar uma forma de decidir por mim o que era útil e o que poderia ser prejudicial, o que era informação errada e o que era informação correta. Por isso, desenvolvi um sistema de três etapas para descobrir a verdade. Chamo-lhe: Descoberta, Instinto e Origem.

Não tem de ter qualquer conhecimento prévio sobre o mundo da saúde para fazer com que este sistema funcione para si. Pense nisto como uma espécie de método socrático. Fazendo‑se perguntas baseadas em três simples categorias — ciência (descoberta), senso comum (instinto) e o plano da nossa criação (origem) —, irá aprender a analisar rótulos, listas de ingredientes, «resultados» relevantes, práticas de empacotamento, etc. Irá conseguir fazer escolhas pessoais sobre aquilo que come e bebe e a suplementar a sua dieta sem confiar nas ideias de outras pessoas — especialistas ou não.

(…)

Este método será aplicado em todos os capítulos deste livro e, no final, o leitor terá um plano para determinar a validade do que aprendeu, que irá ajudá-lo a entender os factos relativamente à alimentação, à doença e aos logros que o impediram de atingir o seu ideal de saúde, bem-estar e longevidade.
Uma pessoa saudável é uma pessoa informada. O leitor está prestes a ser ambas. Consegue pôr este método em prática? Vamos, então, começar.

Dr. David Friedman
Em Afinal o que Raio Devemos Comer?

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Crumble de bagas

crumble

Crumble de bagas

Não há dúvida nenhuma de que esta fruta coberta com um pouco de crocante de aveia é um prazer, e não vejo motivo para que não o saboreie igualmente ao pequeno-almoço. Normalmente, as receitas clássicas para crumbles estaladiços exigem uma quantidade significativa de manteiga, mas aqui apenas um pouco de azeite de óleo de coco une os elementos na perfeição. Tanto pode usar bagas frescas ou congeladas, e qualquer combinação (eu gosto de guardar uma mistura congelada de morangos, mirtilos, framboesas e amoras para batidos ou sobremesas simples como esta), como uma única variedade. Doce e ácido, pegajoso e viscoso, crocante e torrado – estas bagas coroadas com crocante são fantásticas só por si, mas de certeza que, nestas circunstâncias, uma bola de gelado que derreta e crie uma mistura derretida no fundo é algo que se deseja.

Rende 4 crumbles:

  • ¹⁄2 chávena/58 g de flocos de aveia tradicionais
  • 3 colheres de sopa de farinha de aveia ou farinha de trigo integral branca
  • 2 colheres de sopa de açúcar demerara, dividido
  • 1 colher de sopa de gérmen de trigo
  • 1 colher de sopa de milhete seco
  • 1 colher de sopa de açúcar mascavado escuro
  • Pitada de sal marinho fino
  • 1/4 colher de chá de canela em pó
  • 2 colheres de sopa de azeite extra-virgem ou óleo vegetal
  • 2 colheres de sopa de óleo de coco, sólido
  • 456 g de bagas frescas ou congeladas (mistura ou uma única variedade)
  • 1 colher de sopa de sumo de laranja ou de limão acabado de espremer

Pré-aqueça o forno a 375 °F/190 °C.

Amontoe a aveia, duas colheres de sopa de farinha, uma colher de sopa de açúcar demerara, gérmen de trigo, milhete, açúcar mascavado, sal e canela numa taça média. Misture tudo muito bem. Agora, salpique com o azeite e junte o óleo de coco. Use os dedos para distribuir o azeite e o óleo pelos ingredientes secos, pressionando o óleo de coco com a farinha para criar pequenos grumos.

Numa taça média à parte, junte as bagas, salpique com o sumo e polvilhe a superfície com as restantes colheres de sopa de farinha e de açúcar demerara. Com uma espátula de borracha grande, envolva as bagas, distribuindo a farinha e o sumo. Divida a fruta entre taças próprias para ir ao forno ou formas, cerca de ³⁄4 chávena/113 g por taça.

Espalhe ¹⁄4 chávena generosa/35 g da mistura de aveia sobre as bagas nas taças. Coloque as taças num tabuleiro. Leve os crumbles ao forno durante 45 minutos, ou até um molho espesso e escuro começar a borbulhar e a colar-se aos lados da taça e a mistura crocante de aveia ficar bastante dourada.

Retire os crumbles e deixe repousar durante dez minutos antes de mergulhar neles. É altamente recomendável que remate cada porção com uma pequena colher de gelado de baunilha ou com iogurte frio e cremoso. (O iogurte tipo grego fica aqui muito bem, mas qualquer outro tipo de iogurte serve.)

 

crumble

 

NUTRIÇÃO POR PORÇÃO (1 CRUMBLE)
Calorias 302 | Total de gorduras 16 g (saturadas 8 g, polinsaturadas 1 g, ómega 3 0,05 g, DHA 0,00 g, EPA 0,00 g, Mono 6 g) | Colesterol 0 mg | Proteína 4 g | Sódio 68 mg | Hidratos de carbono 40 g | Fibra 6 g | Açúcares 19 g | Vitamina A 0 mcg | Vitamina B6 0 mg | Vitamina B12 0 mcg | Vitamina C 16 mg | Vitamina D 0 IU | Colina 0 mg | Folato 17 mcg | Cálcio 23 mg | Ferro 1 mg

Veja esta e outras receitas no livro: Barriga Feliz

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12 formas de obter mais proteína na sua dieta

Luta diariamente para obter proteína suficiente na sua dieta? Então este artigo é para si.

Um adulto saudável requer 0,8-1,2 gramas de proteína por kg de peso corporal, sendo que esta quantidade terá de ser maior quando falamos de um adulto activo ou de um atleta. Simplificando, se alguém pesa 65 kgs necessita de 65 gramas de proteína por dia e não tem necessariamente de ser carne.

A proteína é encontrada em muitos alimentos diferentes, e ter um equilíbrio (e variedade!) de proteínas vegetais e animais na nossa dieta é imperativo para uma boa saúde.

Porque precisamos de proteínas?

Saciedade

A proteína é essencial para ficarmos saciados, o que significa que nos mantém cheios por mais tempo. Isso não é apenas fantástico para a perda de peso / redução de gordura, mas também para o controlo dos níveis de glicose no sangue. Quando comemos uma refeição rica em proteínas, mantemos níveis de glicose no sangue estáveis. Isso, em conjunto com uma refeição rica em fibra, também evita desejos de açúcar.

Humor

A proteína é composta de aminoácidos, que são necessários para criar neurotransmissores no nosso cérebro. O neurotransmissor mais conhecido é a serotonina (há muitos mais) que é importante para a regulação do humor, ansiedade e sono.

Qualquer pessoa que sofra de distúrbios de sono ou de mudanças de humor deve sempre olhar para o que ingere, começando pelas proteínas. Tente adicionar algum tipo de proteína nas suas refeições para aumentar a produção de neurotransmissores.

Função imune

Alguns dos aminoácidos que compõem as proteínas estimulam a função imune, reduzindo  riscos de infecção. A massa muscular saudável também é fundamental para a capacidade do nosso organismo combater infecções e doenças.

Reparação muscular e saúde

Ingerir proteínas não dá músculos, no entanto, em conjunto com o exercício correto, pode ajudar no seu crescimento e é essencial para a sua reparação. Os músculos dão-nos força e energia para nos movermos. Quanto mais tivermos músculos livres de gordura, mais gordura queimaremos no geral (mesmo a dormir!). Os músculos são como pequenas fontes de energia no nosso corpo. As proteínas também são um componente estrutural importante das células, cabelo e pele.

 

Como obter proteínas?

1 – Adicionar quinoa à sua salada

Você sabia que a quinoa contém mais proteínas do que carboidratos? Cozinhar quinoa é muito simples (é como cozinhar arroz) e, uma vez cozida, você pode mantê-la no frigorífico para adicionar a saladas.

2 – Coma ovos

Um dos melhores alimentos de todos os tempos são os ovos. São como mini cápsulas de vitamina e são versáteis, baratos, fáceis de preparar e repletos de proteínas. Não tem muito tempo para cozinhar? Coza na noite anterior e leve para o trabalho.

3 – Snacks de nozes e sementes

Estas preciosidades são ricas em proteínas e gorduras boas, para não mencionar que são fáceis de transportar. Idealmente, opte pela variedade ‘crua’ e, experimente-as com ervas e especiarias.

4 – Melhore o seu smoothie

Os smoothies são neste momento muito populares. Eles podem ser uma maneira fantástica de obter muitos nutrientes num só copo. No entanto, muitas vezes eles não possuem proteínas. Juntar proteína de boa qualidade em pó para melhorar o conteúdo do seu smoothie mantê-lo-á cheio por muito mais tempo.

5 – Faça uma super salada

Polvilhe nozes e sementes na sua salada para adicionar sabor, textura e proteínas.

6 – Carne e vegetais

Às vezes voltar ao básico é a maneira mais fácil de obter os nutrientes que precisa rapidamente. Cozinhar carne (ou peixe) e vegetais para o jantar é rápido e nutritivo! Opte por uma grande variedade de vegetais.

7 – Troque o arroz branco pelo integral

Tão simples – apenas faça a troca! O arroz integral contém mais proteínas do que o seu parceiro branco.

8 – Adicionar leguminosas

Está a fazer uma sopa? Adicione lentilhas. Está a fazer burritos? Adicione feijões. As leguminosas são versáteis, deliciosas, fáceis de preparar e repletas de proteínas.

9 – Apaixone-se pelo hummus

Tão barato e fácil de fazer, este alimento é delicioso e pode ser usado para barrar, como molho ou snack.

10 – Faça “bolinhas energéticas”

São um snack delicioso, e essencialmente você só precisa de juntar no seu liquidificador nozes e sementes, juntamente com frutos secos, tahine e/ou mel! Mantenha um recipiente hermético no frigorífico e aproveite.

11 – Adicionar atum

Se não tem tempo e tudo o que consegue fazer é comprar uma salada para o almoço, então percorra o supermercado e compre uma lata de atum de boa qualidade (e porque não de origem sustentável?). O atum é cheio de proteínas e gorduras boas e dará ao seu almoço, pobre em nutrientes, a energia que o fará aguentar-se até ao fim do dia.

12 – Os falafels são nham!

São uma ótima comida para manter no seu  frigorífico e adicionar às refeições para melhorar o conteúdo proteico. Tem tempo para fazer o seu próprio falafel? Melhor ainda! Adicione-o às suas saladas ou snacks.

Planeie com tempo

A chave para uma boa dieta é planear com antecedência. Faça grandes compras e planeie as suas refeições. Isso evitará que escolha alimentos pobres em nutrientes.

Seguir algumas destas dicas pode ajudar a melhorar os seus níveis de energia, mantê-lo saciado por mais tempo e reduzir o seu desejo por alimentos doces e processados.

 

 

 

 

Fonte: www.foodmatters.com

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A Beleza Natural

beleza
A Beleza

Na nossa vida quotidiana, encontramos, inevitavelmente, a palavra beleza. Se levantarmos os olhos enquanto fazemos compras encontraremos diversos corredores atafulhados de produtos que prometem tornar‑nos mais belos. Existem incontáveis revistas e websites dedicados à beleza, que nos ensinam diversas maneiras de perder peso, escolher o batom perfeito, criar olhos esfumados  e copiar as últimas tendências. Se pararmos e olharmos em volta, para a nossa cultura, o conceito de beleza parece muito importante. Mas o que é, exatamente, a beleza, e, quando pensamos nesta palavra, o que significa para nós?

Hoje, procura-se ir mais além da imagem e Beleza está relacionada com bem-estar por dentro e por fora. Deepak Chopra e Kimberly Snyder juntaram-se e criaram um programa baseado em seis pilares de vida saudável:

  • Alimentação
  • Cuidados com o corpo
  • Sono
  • Uma vida mais em sintonia com a natureza
  • Movimento
  • Espiritualidade
O livro, as receitas e os tratamentos caseiros

No livro Beleza Natural,  editado pela Self, os autores dão-nos receitas saudáveis e nutritivas, dicas para melhorar a nossa digestão, como desintoxicar ou proteger o nosso fígado e formas de reduzir os produtos químicos tóxicos, radiações e poluição no corpo.

No cuidado exterior, aprendemos a fazer tratamentos caseiros e outros cuidados com ingredientes naturais, para tratar desde o acne às rugas, passando pelo cuidado com o cabelo, unhas, entre outros.

O sono e o bem-estar

É importante percebermos a ligação entre o sono, a beleza e o bem‑estar. Os efeitos de um sono insuficiente passam por um maior envelhecimento, especialmente da pele, uma maior probabilidade de desequilibro hormonal, ansiedade e um sistema imunitário fragilizado. Segundo os autores é importante criar uma rotina e mecanismos que nos ajudem a dormir o número de horas que o nosso corpo necessita e um sono com qualidade.

Conectarmo-nos com a natureza, fazermos algum exercício e meditação são algumas práticas que nos ajudarão a atingir a saúde plena e a sentirmo-nos bem e bonitas, por dentro e por fora.

A Beleza Natural tem a ver com ver‑se a si mesmo na luz, que é onde todos os pensamentos positivos têm origem.

O espírito nunca se esqueceu da forma como você é, e sempre foi, bela.

 

 

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O que é a dieta Paleolítica? por Robb Wolf

O que é a dieta Paleolítica?

A dieta Paleolítica é a forma mais saudável de se alimentar porque é a ÚNICA abordagem nutricional que funciona em conjunto com a nossa genética para ajudar a manter-nos magros, fortes e cheios de energia! Pesquisas em Biologia, Bioquímica, Oftalmologia, Dermatologia e muitas outras disciplinas indicam que a nossa dieta moderna, rica em comidas refinadas, gorduras trans e açúcar, é a raiz de doenças degenerativas como a obesidade, o cancro, a diabetes, as doenças do coração, o mal de Parkinson, a doença de Alzheimer, a depressão e a infertilidade. – Robb Wolf

Construir uma Dieta Paleolítica saudável

Proteínas magras
Proteínas magras sustentam músculos fortes, ossos saudáveis e um sistema imunológico ideal. A proteína também nos mantém satisfeitos durante as refeições.

Frutas e vegetais
Frutas e vegetais são ricos em antioxidantes, vitaminas, minerais e fitonutrientes que já provaram diminuir a probabilidade de desenvolver um número de doenças degenerativas incluindo cancro, diabetes e declínio cerebral.

Gorduras saudáveis de nozes, sementes, abacate, azeite, óleo de peixe e carne de animais de pastoreio
Pesquisas científicas e estudos epidemiológicos mostram que dietas ricas em gorduras monoinsaturadas e ômega-3 reduzem drasticamente os casos de obesidade, cancro, diabetes, doenças do coração e declínio cognitivo.

A gordura saturada tem sido demonizada pelas autoridades de saúde e pela comunicação social. Qual é a base para essa posição contra a gordura saturada? As recomendações atuais para uma quantidade de gordura saturada TÃO baixa são justificáveis? Quanto de gordura saturada (e que tipos) uma pessoa deve ingerir? Sem uma perspectiva histórica e científica, essas questões são quase impossíveis de responder.

Uma das maiores divergências da nossa dieta ancestral é a quantidade e os tipos de gordura encontrados em animais modernos que comem grãos versus a quantidade e os tipos de gordura encontrados em animais de pastoreio e animais, aves e peixes selvagens. O que nós observamos é que a carne de animais selvagens (de caça) é notavelmente magra e tem uma baixa quantidade de gordura saturada, ao mesmo tempo que fornece quantidades significativas de gorduras ómega-3 como EPA e DHA. Neste artigo, o Prof. Cordain e sua equipa analisam o perfil completo de ácidos gordos de várias espécies de veados e alces selvagens. A conclusão principal é que a carne de animais alimentados com pasto (animais criados livres) é muito mais saudável do que a carne convencional: A análise de ácidos gordos de tecidos de ruminantes selvagens: implicações revolucionárias para a redução de doenças crónicas relacionadas com a dieta.

Benefícios de uma Dieta Paleolítica para a saúde
Para a maioria das pessoas, o facto de a dieta Paleolítica oferecer melhores resultados, basta. A melhoria dos lípidios no sangue, perda de peso e a redução de dor em doenças autoimunes é prova suficiente. Contudo, muitas pessoas não gostam de seguir recomendações cegamente, sejam elas relativas à nutrição ou a exercícios físicos. Algumas pessoas gostam de saber o PORQUÊ. Felizmente, a dieta Paleolítica aguentou não só o teste do tempo, mas também os rigores da investigação científica.

paleo

A sério?! Os nossos ancestrais viveram uma vida curta e difícil. A Dieta Paleolítica não faz sentido.
O conceito Paleolítico é novo para a maioria das pessoas e essa novidade pode despertar muitas questões. Gostamos que as pessoas não só leiam e se eduquem sobre esse assunto mas também que “comecem e façam”. Experiência é, talvez, a melhor forma de aprender e geralmente esclarece qualquer dúvida.

Funciona para diabetes?
Uma ótima pergunta a se fazer é “A dieta Paleolítica funciona?” Vários estudos mostram que em diabéticos tipo 2, a dieta paleolítica REVERTEU os sinais e sintomas de resistência à insulina.

Doença cardiovascular
De acordo com a CDC, a doença cardiovascular é a causa número um de mortes nos Estados Unidos. Curiosamente, os nossos ancestrais paleolíticos e os caçadores-coletores estudados nos dias atuais praticamente não mostraram sinal de ataque cardíaco ou de derrame cerebral.

Auto imunidade
Auto imunidade é um processo no qual o nosso próprio sistema imunológico “nos ataca”. Normalmente, o sistema imunológico protege-nos de infecções bacterianas, virais e parasitárias. O sistema imunológico identifica um invasor estrangeiro, ataca-o e, idealmente, combate a infecção. Uma boa analogia para auto imunidade é o caso da rejeição de tecidos depois de uma doação de órgãos. Se alguém precisa de um coração novo, pulmão, rim ou fígado devido a uma doença ou lesão, o órgão de um dador pode ser uma opção. O primeiro passo do processo é tentar encontrar um tecido “compatível”. Todos nós temos moléculas nos nossos tecidos que são usados pelo nosso sistema imunológico para distinguir os nossos tecidos dos outros.

Se um órgão doado não é parecido o suficiente com o tipo de tecido do beneficiário, o sistema imunológico irá atacar e destruir o órgão. Em auto imunidade, um processo parecido ocorre quando o próprio tecido de um indivíduo é confundido como algo de fora e o sistema imunológico ataca esse tecido que não foi “reconhecido”. Formas comuns de auto imunidade incluem esclerose múltipla, artrite reumatóide, lúpus e vitiligo (perda gradual da pigmentação da pele), só para citar uma pequena fracção das doenças auto imunes. É possível que elementos de auto imunidade afectem condições aparentemente não relacionadas como esquizofrenia, infertilidade e várias formas de cancro.

Curiosamente, todas essas doenças aparentemente não relacionadas partilham uma causa comum: dano ao revestimento intestinal que permite partículas grandes de alimentos não digeridas entrarem no corpo. Isso é conhecido como “intestino permeável e a resposta autoimune”. Aqui você encontra uma série de vídeos com 7 partes pelo Prof. Loren Cordain descrevendo a etiologia da esclerose múltipla. E, por favor, veja este vídeo TED talk by Dr. Terry Wahls, MD em que ela descreve como reverteu a sua esclerose múltipla com a dieta Paleolítica. Se você tem uma doença autoimune, você deveria considerar o protocolo autoimune da dieta Paleolítica.

(adaptado do artigo: https://robbwolf.com/e-dieta-paleolitica/)

Robb Wolf é o autor do nosso livro: Programados para Comer. Saiba mais aqui. Ou consulte o livro aqui.

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Leguminosas

leguminosas

Feijão, grão, ervilhas, lentilhas. Leguminosas. Excelentes fontes de proteínas e de minerais. Eu sou fã.

Evitar cair na tentação de comprar já cozidas. Têm mais conservantes que nutrientes. É prático? Sim. Económico? Não! Saudável? Nem por isso. Portanto o meu conselho vai para comprar a leguminosa em grão seco. Biológico ainda melhor. Armazene em recipientes bem fechados, em locais escuros, secos e frescos. Duram imenso tempo. Contudo, atenção que com o tempo o grão vai ficando mais duro e como tal, o desafio de o cozinhar será maior.

Cozinhar em casa tem imensas vantagens. Rende imenso. As leguminosas aumentam imenso de tamanho, podemos aproveitar a água da cozedura e congelar em pequenas doses. Desta forma fica com doses que pode utilizar mais tarde conforme for necessitando. As propriedades estão lá, e sem conservantes.

Agora vamos ao problema que leva este incrível alimento a ser tão mal amado por muitos: digestão complicada e flatulência, são as amarguras causadas. E estas causas devem-se a um composto presente nas leguminosas e ainda em alguns cereais e frutos secos. FITATOS. Malditos. Existem truques para atenuar os seus efeitos indesejados. Daí que processo de demolhar seja tão importante. Não só ajuda a amolecer e hidratar o grão facilitando o processo de cozedura, como também ajuda a eliminar os malandros.

Cada grão tem as suas características. Portanto, o tempo de demolha, o tempo de cozedura, varia de grão para grão.

Lavar, Limpar, Demolhar, Cozer e Conservar

  1. LAVAR em água corrente.
  2. LIMPAR pequenos resíduos que existam, tal como pedrinhas e areias.
  3. DEMOLHAR – O tempo varia (ver tabela). E é aqui nesta parte que podemos recorrer a pequenos truques para atenuar aqueles efeitos indesejados. Por exemplo: na água coloque uma tirinha de Alga Kombu (já muito fácil de encontrar em qualquer loja de produtos naturais e biológicos). E também, ou em alternativa, uma fatia de gengibre. E nunca, NUNCA, coza o grão na água da demolha. Essa água é para deitar fora. Passe em água corrente antes de ir para a panela.
  4. COZER numa panela alta. Ou panela de pressão. Água em abundância, sem sal, sem temperos alguns. Lume brando. O grão deve ficar bem cozido mas não desfeito. No final da cozedura pode juntar sal.
  5. CONSERVAR – Colocar em recipientes bem fechados. No frigorifico até 1 semana. No congelador 6 meses.

E agora uma pequena cábula para ajudar neste desafio que lanço.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Evite as conservas. Faça você mesmo!

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Programados para Comer, o livro revolucionário de Robb Wolf

A Dieta Paleo ou outras abordagens são ferramentas poderosas, no entanto, são apenas um ponto de partida. Pesquisas recentes revelaram a necessidade de irmos para além da doutrina, a fim de encontrar o que funciona individualmente. No meu novo livro, Programados para Comer, vou mostrar-lhe como usar esta informação para criar o seu próprio plano de alimentação efetivo e personalizado, que pode mudar a sua vida e a sua saúde.

Como é possível? Em estudos recentes, centenas de pessoas foram alimentadas com uma variedade de alimentos e os seus níveis de glicose no sangue foram monitorizados individualmente durante um período de tempo. Para surpresa de todos, não havia uma “melhor dieta” adequada a todos, mas sim uma variação maciça, de pessoa para pessoa e no tipo de alimentos que cada indivíduo ingeriu e a que reagiu de forma favorável ou negativa. Isso é revolucionário porque indica que alguns alimentos criam uma resposta saudável em algumas pessoas e criam uma resposta negativa em outros. Isso mostra que podemos encontrar os alimentos que funcionam com a nossa fisiologia em vez de ir contra ela.

Esta nova abordagem é chamada de Nutrição Personalizada. Nutrição personalizada, em termos práticos, significa que você pode testar alimentos específicos para determinar quais são adequados para a sua perda de peso e para a sua saúde. Você descobrirá que pode haver alimentos considerados “maus” que você tem evitado há anos, como arroz ou batatas, que o seu corpo realmente tolera. Por outro lado, você também pode descobrir que há alimentos “saudáveis” que você come e que causam-lhe mais danos do que bem.

Até ao fim do livro, você perceberá os fatores genéticos e epigenéticos que controlam o modo como você está Programado para Comer, mas talvez ainda mais importante, você terá finalmente um plano personalizado para o seu corpo, para ajudá-lo a perder peso, recuperar sua saúde e viver a vida que quer viver.

A culpa não é sua.

Se fosse enfrenta dificuldades, sejam elas relacionadas com a sua saúde ou com o seu peso, a culpa não é sua. Se você vive numa sociedade ocidental moderna de lazer e relativa abundância, mas não é gordo, doente e diabético, você está, de uma perspectiva biológica, “desajustado”. A nossa espécie está aqui hoje porque os nossos genes estão Programados para Comer.

Relacionado com isto, há a expectativa, novamente registada nos nossos genes, de que o processo de busca de alimentos exige que sejamos ativos. Em termos inequívocos, nós estamos geneticamente programados para comer alimentos simples e não processados, e para gastar uma quantidade razoável de energia nesse processo (andar, correr, viver, carregar, dançar!). Mas a vida moderna dificilmente nos oferece a oportunidade de nos mexermos e, por outro lado, estamos constantemente cercados por uma variedade de alimentos deliciosos.

Aqui está o caminho para a perda de peso permanente.

Milhões de pessoas começam uma dieta todos os anos, mas a grande maioria não consegue alcançar os resultados que desejam. Porquê?? É uma falha moral da nossa parte, ou há mais na história do que uma “vontade fraca”? Em vez de lições de moral sobre a comida, talvez devamos considerar que vivemos num mundo desadequado à nossa genética, que a nossa alimentação, o nosso sono, o nosso movimento e as nossas relações sociais mudaram de tal maneira que os nossos corpos têm dificuldade em se adaptar. O programa no livro Programados para Comer irá ajudá-lo a reajustar o seu cérebro e apetite, permitindo que você controle melhor o nível de açúcar no sangue e determinar os alimentos que são adequados para a sua saúde e perda de peso.

Na Fase 1, você irá determinar quais são suas principais necessidades e objetivos (quem você é e para onde deseja ir) e, a partir disso, usaremos um simples, mas poderoso plano de 30 dias. Com isso, você irá descobrir se é resistente à insulina (ou não) e, com base nessa descoberta, ajustar a ingestão de hidratos de carbono para refletir na sua saúde metabólica.

Para conseguir abranger todas as pessoas, desenvolvi a Fase Dois, que consiste num plano de Teste de Hidratos de Carbono de 7 dias baseado na mais recente ciência sobre nutrição personalizada. Usando medidas subjetivas fáceis de entender, como por exemplo, a forma como você se sente após uma refeição, bem como uma monitorização da glicose no sangue, você poderá determinar com precisão quais as quantidades e tipos de hidratos de carbono e outros alimentos permitem que você mantenha o seu nível açúcar no sangue em intervalos saudáveis. Quando você descobrir os alimentos que funcionam consigo, você poderá manter um nível ótimo de glicemia enquanto assegura que a sua flora intestinal permanece saudável e forte.

Você vai acabar com a ânsia por comida, reprogramar o seu apetite para a perda de peso e, finalmente, dizer adeus às dietas “generalistas”.

por Robb Wolf, autor do livro Programados para Comer, Self.

Robb Wolf é um investigador na área da bioquímica, um especialista em saúde e autor do Best Seller do New York Times: “The Paleo Solution”.

É editor no Journal of Nutrition and Metabolism e Journal of Evolutionary Health. É ainda diretor da clínica médica Specialty Health em Nevada e é consultor no Programa de Resiliência do Comando Naval de Operações Especiais da Marinha dos Estados Unidos.

 

Fonte do artigo: https://www.mindbodygreen.com/0-29409/why-healthy-foods-may-be-doing-you-more-harm-than-good.html

 

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Uma experiência ayurvédica

No início deste ano, servi de cobaia. Calma, não andei a experimentar drogas estranhas nem curas milagrosas. Fui cobaia de uma aluna finalista do curso de Ayurveda. Tudo começou com um teste de diagnóstico, com cerca de 50 perguntas, que vão desde os nossos hábitos de sono e características físicas, até à nossa cor preferida. É um método de diagnóstico totalmente diferente daquilo a que estamos habituados na medicina ocidental. Confesso que inicialmente estava cética, sem perceber muito bem o que é que o formato do meu nariz ou o tamanho das minhas sobrancelhas pode dizer acerca da minha saúde. Na realidade, não é tão simples como isso. Mas vamos por partes: afinal, o que é o Ayurveda?

O Ayurveda, também conhecido como a Ciência da Vida, é o sistema ancestral de medicina indiana. Segundo este sistema, todos temos uma natureza ou constituição básica, chamada prakruti, que determina uma série de fatores: desde o nosso tipo de corpo, à cor de cabelo, aos nossos hábitos, problemas de saúde, preferências pessoais, etc.

Este prakruti divide-se em três tipos de energia, ou doshas. São eles Vata, Kapha e Pitta. Ora, uma pessoa que tenha características maioritariamente Kapha terá não só um tipo diferente de constituição de uma pessoa Vata ou Pitta, como terá até passatempos diferentes, pois terá tendência para se sentir atraída por atividades diferentes, visto não ser tão enérgica como as outras duas.

Além disso, pode haver ainda desequilíbrios nos doshas, o que significa que uma pessoa Pitta pode estar em determinado momento com um elevado nível de energia Kapha e, como tal, sentir-se mais letárgica (ou uma pessoa Kapha estar com um excesso de energia Vata e, por causa disso, não conseguir dormir). Segundo o Ayurveda, são estes desequilíbrios que levam às doenças e a problemas de saúde.

A função do Ayurveda consiste então em elaborar um diagnóstico altamente personalizado para cada pessoa, através da observação do paciente e de um questionário detalhado, com perguntas bastante pessoais e minuciosas. Depois é determinado um ou vários tratamentos adequados, que vão desde massagens a mudanças na alimentação, alterações de hábitos, aromoterapia, entre outros.

No meu caso, sendo que estava apenas a ajudar uma aluna a terminar o curso (e a saciar a minha própria curiosidade), fiz apenas um tratamento de uma semana, com algumas recomendações para mais tarde continuar em casa. Tive a sorte de o meu tratamento consistir de três massagens com óleos: duas à cabeça e uma de corpo inteiro.

A massagem indiana à cabeça, ou Shiro Abhyanga, foi provavelmente uma das experiências mais relaxantes que alguma vez tive. Entrei, com algum receio, para uma sala com luz suave, uma cadeira e mantas. Ao lado, uma vela mantinha o óleo quente, e uma flor de lótus compunha o cenário. Sentei-me na cadeira, tapei-me com a manta e, pouco depois, a terapeuta começou a massajar-me e humedecer-me a cabeça com pedacinhos de algodão embebidos em lavanda e óleo de sésamo quente. Depois de o couro cabeludo estar bem humedecido, o resto da massagem foi feito com as duas mãos em simultâneo, abrangendo cabeça, rosto, pescoço e ombros, durante quase uma hora. O aroma do óleo era inebriante e, a dada altura, devo ter adormecido ou sonhado acordada, pois fechei os olhos e cheguei a esquecer-me de onde estava.

Na massagem de corpo inteiro, ou Massagem Ayurvédica Completa (Abhyanga), foram usados outros óleos, e os movimentos foram rápidos e vigorosos. Esta durou mais de uma hora e, no fim, sentia-me tão revitalizada que o meu corpo parecia não ter peso.

O que retirei desta experiência? Acima de tudo, uma aprendizagem e um alargar de horizontes. Não digo que vá recorrer sempre a este sistema ou alterar totalmente os meus hábitos, pois as minhas origens estão bem enraizadas e confio bastante na ciência e medicina ocidentais, mas acima de tudo aprendi que estas não são as únicas formas de tratamento e diagnóstico que funcionam, que há alternativas por aí que vale a pena explorar, sempre com bom senso.

Já agora, a minha principal queixa era o sono agitado e, verdade seja dita, durante toda aquela semana, esta cobaia dormiu como um anjo!

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10 razões para usar Spirulina

spirulina

Com o nosso abastecimento de nutrientes empobrecido e estilo de vida moderno ocupado, muitos de nós procuram maneiras fáceis de abraçar uma nutrição mais completa na nossa dieta.  Alguns alimentos ajudam-nos a colmatar essas carências. A Spirulina é um deles. Descubra porque é que esse superalimento é digno desse elogio, e como ele pode beneficiar a sua saúde!

O que é Spirulina?

A spirulina é um tipo de alga azul-verde. Mais tecnicamente, é classificada como uma “cianobactéria” e cria a sua própria energia através da luz solar, da mesma forma que as plantas.

É cultivada e colhida em todo o mundo, do México, África, Japão, Havai, até a Austrália. Cresce em águas de baixo nível alcalino, mas pode sobreviver em fontes de água doce e fresca.

Mas não é apenas uma mera “alga da lagoa” glorificada! pode ser um dos alimentos mais densos em nutrientes no planeta. É uma fonte rica em: proteína, vitaminas B, vitaminas C, D, E e ferro. Além disso, apenas uma colher de sopa de spirulina em pó fornece 21% de Dose Diária Recomendada de cobre e boas quantidades de manganês, magnésio e potássio.

História do uso da Spirulina

Registros iniciais indicam que os aztecas antigos gostavam de spirulina e venderam “bolos de spirulina” já no século XVI. Acredita-se que oferecia uma boa fonte de proteína na antiga dieta asteca, e o Lago Texcoco ainda hoje é uma fonte rica de spirulina.

Mais recentemente, a NASA investigou este alimento como fonte de nutrição para os astronautas!

 

Top 10 Benefícios do uso de Spirulina

1 – É uma maneira simples de impulsionar os seus verdes!

Nem sempre tem tempo de comer as porções recomendadas de vegetais? Não está sozinho! As estatísticas mostram que a maior parte das pessoas não ingere vegetais suficientes nas suas dietas diárias.

Ao adicionar uma pequena colher de spirulina num copo de água ou sumo fresco, você pode aumentar a sua quota verde em menos de um minuto!

2 – A Spirulina pode ajudar a desintoxicar metais pesados, particularmente arsénio

O corpo humano é agredido por toxinas de muitas fontes: o ar que respiramos, a comida que comemos e a água que bebemos é muitas vezes poluída por produtos químicos potencialmente prejudiciais para a saúde humana.

Em particular, a Organização Mundial de Saúde (OMS) identificou que a América é afetada por níveis anormalmente altos de arsénio inorgânico. Milhões de pessoas no Médio Oriente também são afetadas por envenenamento por arsênio.

Como existem poucas soluções existentes para tratar esta intoxicação em escala global, os pesquisadores estudaram a ação  da spirulina. Um pequeno estudo com pessoas com envenenamento por arsénio descobriu que o extrato de spirulina, em conjunto com um suplemento de zinco, diminuiu os níveis fisiológicos de arsénio em 47%.

3 – Pode baixar a inflamação

Crê-se que a spirulina oferece bons benefícios anti-inflamatórios. O principal motor por trás desse benefício foi atribuído à sua ação antioxidante. Os radicais livres podem danificar as nossas células e DNA e este dano pode levar à inflamação e a numerosas doenças. No entanto, as propriedades antioxidantes da spirulina podem ajudar a evitar que esse dano.

4 – A Spirulina pode ajudar com a recuperação muscular

É atleta ou sofre de músculos doloridos após um treino?

Parte da razão para a fadiga dos músculos durante e após o exercício deve-se a um fenómeno chamado “dano oxidativo induzido pelo exercício”.  Os antioxidantes podem ajudar a reduzir esse processo!

Alguns estudos mostraram que pode aumentar a resistência e atrasar o tempo de fadiga. Acredita-se que isso seja devido ao seu alto teor de antioxidantes.

5 – A Spirulina pode ajudar a equilibrar seus níveis de açúcar no sangue

Embora a pesquisa seja preliminar e de pequena escala, há evidências iniciais que sugerem que a spirulina pode auxiliar na regulação do açúcar no sangue.

Estudos iniciais mostraram que a Spirulina melhorou os níveis de açúcar no sangue e HbA1C (um marcador de sangue que controla os níveis de glicose no sangue). No entanto, são necessárias mais pesquisas para fundamentar esta relação.

6 – A Spirulina pode ajudar a tratar candidíase

O crescimento excessivo de Candida é um problema comum de saúde que afeta muitas pessoas no mundo ocidental. Os pesquisadores acreditam que uma maior ingestão de açúcar, dieta ácida / processada e o uso excessivo de drogas antifúngicas / antibióticas podem estar a contribuir para este aumento.

A candidíase tem sido associada a doenças como a Síndrome do Intestino Permeável,  problemas digestivos e, possivelmente, até doenças auto-imunes.

Numerosos estudos demonstraram que a Spirulina tem propriedades antimicrobianas e pode ser um tratamento complementar útil para a candida. Além disso, a Spirulina também parece aumentar os níveis de bactérias saudáveis dentro do microbioma, o que pode inibir ainda mais o crescimento da candida.

7 – É uma tintura verde natural!

Esqueça os aditivos artificiais e as cores químicas… um pouco de pó de spirulina pode ser usado para colorir bolos e cupcakes!

Dica: A spirulina tem um sabor ligeiramente amargo e de terra. Isso geralmente pode ser mascarado com um pouco de pasta orgânica de vagem de baunilha e edulcorante natural.

8 – A Spirulina pode ajudar a prevenir o cancro

Há algumas pesquisas que sugerem que  tem um efeito positivo no sistema imunológico e pode aumentar o número de anticorpos e células que combatem o cancro.

Um estudo também destacou que a spirulina é uma boa fonte de compostos tetrapirrolicos, que possuem ações antioxidantes e antiproliferativas.

9 – A Spirulina pode significar boas notícias para o seu coração!

A spirulina mostrou ter efeitos favoráveis sobre o colesterol, reduzindo o colesterol “mau” e aumentando as coisas boas! Outras pesquisas descobriram que apenas uma grama de spirulina diariamente pode baixar os triglicerídos em 16,3%.

Coletivamente, isso pode ajudar a reduzir seu risco de doença cardíaca.

10 – Complementos com Spirulina podem ajudar até nas alergias

Muitas pessoas sofrem de sinusite crónica e de rinites alérgicas. Alguns especialistas acreditam que a rinite pode ser desencadeada por inflamação. E a ótima notícia é que a spirulina pode diminuir essa inflamação! Alguns estudos descobriram que a spirulina pode reduzir a secreção nasal, congestionamento, comichão e espirros.

 

Que Spirulina devo tomar?

Dado que cresce na água, é tão pura quanto a água de onde vem.

Verifique com os fabricantes de produtos se a spirulina foi cultivada em água pura e não contaminada. Além disso, procure marcas orgânicas certificadas, pois geralmente possuem padrões de qualidade mais rigorosos.

A Spirulina é segura para todos usarem?

A spirulina pura e não contaminada geralmente é considerada como segura de usar. No entanto, como em tudo, existem algumas exceções.

Em primeiro lugar, como mencionado acima, certifique-se de que está a escolher spirulina de boa qualidade. A spirulina contaminada tem sido causadora de problemas digestivos, danos ao fígado e arritmia.

Além disso, alguns especialistas dizem que crianças e mulheres grávidas não devem comer produtos de algas, incluindo a spirulina.

Se não gostar do sabor da spirulina em pó, tomar spirulina em cápsulas poderá ser uma boa alternativa.

Fonte: www.foodmatters.com