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Qual a melhor nutrição para mim? Premissas essenciais.

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Qual a melhor nutrição para mim? Premissas essenciais.

Há cerca de 12 anos atrás, fui diagnosticada com uma doença auto-imune que mudou a forma como escuto e nutro o meu corpo. A artrite reumatóide é uma doença inflamatória crónica que causa muito desgaste emocional e muita limitação quando está na fase aguda. Quando as dores são fortes e constantes, ficamos dependentes de ajuda externa para realizar gestos simples e diários como apertar um botão ou calçar os sapatos.

A doença está inativa há alguns anos porque eu escolhi assumir responsabilidade pela minha saúde e dediquei-me a estudar os possíveis gatilhos das doenças auto-imunes. Neste caminho eu descobri um dos fatores que contribuiu muito para a minha recuperação: a nutrição.

A informação à qual temos acesso hoje em dia é tanta e tão diferente, que por vezes sentimo-nos perdidos e confusos. O objetivo deste artigo é desmistificar este tema e criar linhas orientadoras de como escolher a melhor nutrição para nós.

A nutrição convencional seguiu durante décadas, uma abordagem com recomendações iguais para todos, independentemente da individualidade metabólica e genética e do histórico de saúde de cada um. Somos todos indivíduos únicos e não há uma dieta que seja saudável para todos. Um alimento pode beneficiar uma pessoa e pode prejudicar outra. Por esta razão, é importante uma nutrição individualizada tal como a nutrição funcional.

O objetivo da nutrição funcional é manter ou melhorar a saúde de uma pessoa usando informações relevantes para recomendar um plano específico de dieta e nutrição.

Existem várias considerações para determinar a melhor dieta para uma pessoa, tais como a saúde digestiva, a genética, o microbioma, o estilo de vida, os hábitos alimentares, a atividade física, os exames laboratoriais, as deficiências nutricionais, os sintomas que a pessoa sente e muito mais.

Um plano dietético personalizado pode ser útil no caso de doenças, para apoiar pessoas com necessidades nutricionais especiais como grávidas e séniores ou para quem pretende melhorar o seu bem-estar e energia.


Embora a nutrição funcional seja importante, não é necessário nem possível sermos todos especialistas no assunto para mantermos a nossa saúde. Existem algumas premissas básicas que todos devemos seguir:

  1. Há vários alimentos considerados inflamatórios, que devemos procurar reduzir ou eliminar. São eles: os açúcares, os hidratos de carbono refinados, as gorduras processadas e hidrogenadas, o peixe de aquicultura, a carne e os laticínios convencionalmente criados e alimentos processados. Estes alimentos são altamente inflamatórios e contribuem para o aparecimento de doenças crónicas (1), tais como: cancro, diabetes, doenças cardíacas, hipertensão, acidente vascular cerebral, doenças respiratórias, obesidade e doenças auto-imunes.
  2. Substituir produto alimentar por alimento. Quando escolhemos alimentos processados, estamos muitas vezes a ingerir calorias vazias, ou seja, são produtos alimentares que não contêm nutrientes o que fará com que o nosso corpo esteja constantemente com “fome”, pois não está a receber a matéria-prima que necessita para se reparar e regenerar. Como é que distinguimos produto alimentar de alimento? É muito fácil! O produto alimentar contém um ou vários alimentos que não estão na sua forma natural, ao passo que o alimento está na forma que o encontramos na natureza. Usar esta premissa numa ida às compras no supermercado, ajuda-nos a fazer escolhas mais saudáveis.
  3. A origem dos alimentos que consumimos, especialmente da carne e do peixe, determina se o alimento será benéfico ou o contrário. Devemos procurar consumir carne de pasto, do campo ou de animais selvagens e peixe do mar. Se o acesso a estes for difícil, é preferível reduzir a quantidade destas proteínas, substituindo-as por outras fontes.
  4. A quantidade de macronutrientes que consumimos também é determinante para a nossa saúde. E neste tema há vários mitos envolvidos, nomeadamente, sobre a gordura. O meu conselho para a generalidade da população portuguesa é seguir o conceito da dieta mediterrânica, a dieta mais estudada e comprovada de que promove a saúde e a longevidade. Do ponto de vista alimentar esta dieta caracteriza-se pelo consumo de produtos frescos, produzidos localmente, de acordo com as estações do ano. Os macronutrientes e as suas fontes vão variando consoante a localização, mas há um fator comum. Nesta dieta, o consumo de hidratos de carbono refinados é muito baixo o que, comparado com o cenário da alimentação atual, é muito diferente. E este é um dos grandes problemas da saúde mundial que está relacionado com várias doenças do foro metabólico como a obesidade.

O cenário em Portugal

Segundo o Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) em 2018 existiam 3.9 milhões de portugueses (57,8% da população) com pelo menos uma doença crónica. Este aumento das doenças crónicas está amplamente relacionado à obesidade, que geralmente é o resultado de um estilo de vida pouco saudável e de uma dieta pobre.

O Retrato da Saúde 2018 é um documento do Sistema Nacional de Saúde que nos mostra dados alarmantes sobre a saúde dos portugueses e especialmente sobre a saúde das crianças. Neste documento podemos ler o seguinte:

  • 5,9 Milhões de portugueses têm excesso de peso e 25% destes são crianças;
  • 8 em cada 10 idosos apresentam excesso de peso;
  • Os indivíduos menos escolarizados apresentam, maior prevalência de excesso de peso e de obesidade abdominal;
  • Apenas 41,8% dos cidadãos apresenta uma prática regular de atividade física, desportiva e/ou de lazer programada
  • 17% da população portuguesa ingere pelo menos um refrigerante ou néctar por dia;
  • O contributo dos alimentos dos grupos doces, refrigerantes (não incluindo néctares), bolos (incluindo pastelaria), bolachas e biscoitos, cereais de pequeno-almoço e cereais infantis para o consumo de açúcares simples é de 30,7%;
  • Um em cada dois portugueses não ingere a quantidade de produtos hortícolas ou de fruta recomendada pela OMS;

Apesar de vivermos durante mais tempo graças aos avanços na medicina no sentido de uma melhor gestão das doenças, isto não significa que vivamos com mais qualidade de vida, pelo contrário. Estes estudos mostram-nos que é urgente cuidarmos da saúde dos portugueses e, pessoalmente, acredito que só se consegue através da informação e da educação. É importante valorizarmos a sabedoria ancestral que se perdeu e que nos permitiu sermos saudáveis durante milhares de anos, e passá-la às gerações mais novas para que possam semear a mudança.

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Leguminosas

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Feijão, grão, ervilhas, lentilhas. Leguminosas. Excelentes fontes de proteínas e de minerais. Eu sou fã.

Evitar cair na tentação de comprar já cozidas. Têm mais conservantes que nutrientes. É prático? Sim. Económico? Não! Saudável? Nem por isso. Portanto o meu conselho vai para comprar a leguminosa em grão seco. Biológico ainda melhor. Armazene em recipientes bem fechados, em locais escuros, secos e frescos. Duram imenso tempo. Contudo, atenção que com o tempo o grão vai ficando mais duro e como tal, o desafio de o cozinhar será maior.

Cozinhar em casa tem imensas vantagens. Rende imenso. As leguminosas aumentam imenso de tamanho, podemos aproveitar a água da cozedura e congelar em pequenas doses. Desta forma fica com doses que pode utilizar mais tarde conforme for necessitando. As propriedades estão lá, e sem conservantes.

Agora vamos ao problema que leva este incrível alimento a ser tão mal amado por muitos: digestão complicada e flatulência, são as amarguras causadas. E estas causas devem-se a um composto presente nas leguminosas e ainda em alguns cereais e frutos secos. FITATOS. Malditos. Existem truques para atenuar os seus efeitos indesejados. Daí que processo de demolhar seja tão importante. Não só ajuda a amolecer e hidratar o grão facilitando o processo de cozedura, como também ajuda a eliminar os malandros.

Cada grão tem as suas características. Portanto, o tempo de demolha, o tempo de cozedura, varia de grão para grão.

Lavar, Limpar, Demolhar, Cozer e Conservar

  1. LAVAR em água corrente.
  2. LIMPAR pequenos resíduos que existam, tal como pedrinhas e areias.
  3. DEMOLHAR – O tempo varia (ver tabela). E é aqui nesta parte que podemos recorrer a pequenos truques para atenuar aqueles efeitos indesejados. Por exemplo: na água coloque uma tirinha de Alga Kombu (já muito fácil de encontrar em qualquer loja de produtos naturais e biológicos). E também, ou em alternativa, uma fatia de gengibre. E nunca, NUNCA, coza o grão na água da demolha. Essa água é para deitar fora. Passe em água corrente antes de ir para a panela.
  4. COZER numa panela alta. Ou panela de pressão. Água em abundância, sem sal, sem temperos alguns. Lume brando. O grão deve ficar bem cozido mas não desfeito. No final da cozedura pode juntar sal.
  5. CONSERVAR – Colocar em recipientes bem fechados. No frigorifico até 1 semana. No congelador 6 meses.

E agora uma pequena cábula para ajudar neste desafio que lanço.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Evite as conservas. Faça você mesmo!

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Shots saudáveis para combater a inflamação do corpo

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Hoje sabe-se que a inflamação do nosso corpo está entre as causas para algumas das doenças mais comuns na sociedade ocidental. Mais do que ser um incómodo que causa inchaço, obstipação, também tem sido associada a doenças auto-imunes e até  ao cancro.

Fomos investigar em alguns sites e reunimos aqui receitas de shots saudáveis que nos ajudam a combater a inflamação do nosso corpo.

shotShots Dourado de Curcuma
Produz 8 porções

Ingredientes:

1/4 colher de chá de curcuma moída
1/4 colher de chá de pimenta preta moída fresca
500 ml. de leite de côco
1/8 colher de chá de pimenta caiena

Colocar tudo num mixer, agitar e beber.

 

Shots de Gengibre, limão e  Pimenta Caiena
Este shot, para além de ajudar a desintoxicar e a impulsionar o nosso metabolismo, tem pimenta caiena, que contém capsaicina, ajudando a diminuir a inflamação do nosso corpo.

Ingredientes:

1 pedaço de 5 cm. de gengibre
1/2 limão
1 pequena porção de pimenta caiena

Misture tudo no liquidificador. Está pronto a beber!

 

shotShot Verde
Este shot tem um alto teor alcalino e é ótimo para beber logo de manhã.

Ingredientes:

2 xícaras de espinafre (de preferência biológico)
¼ de mirtilos congelados (de preferência biológico)
1 pedaço de gengibre

Misture todos os ingredientes juntos no liquidificador. Adicione um pouco de água se quiser um pouco menos consistente. Este shot contém 10 gramas de proteína, vitamina C e B, e grande quantidade de potássio.

 

shotShots de vinagre de sidra, limão e gengibre

Ingredientes:
1 colher de sopa de sumo de limão fresco
1 colher de sopa de vinagre de sidra
Uma pitada de pimenta caiena
60 ml de água

O sumo de limão e o vinagre de sidra favorecem um nível de pH mais alcalino, enquanto a pimenta caiena impusliona o nosso metabolismo e ajuda na diminuição da inflamação. A água é importante porque o sumo de limão e o vinagre de sidra poderão se mais agressivos para o seu esófago e estômago.

Saiba mais sobre a inflamação do nosso corpo: Inflamação do nosso corpo: o que é, causas e efeitos

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Programados para Comer, o livro revolucionário de Robb Wolf

A Dieta Paleo ou outras abordagens são ferramentas poderosas, no entanto, são apenas um ponto de partida. Pesquisas recentes revelaram a necessidade de irmos para além da doutrina, a fim de encontrar o que funciona individualmente. No meu novo livro, Programados para Comer, vou mostrar-lhe como usar esta informação para criar o seu próprio plano de alimentação efetivo e personalizado, que pode mudar a sua vida e a sua saúde.

Como é possível? Em estudos recentes, centenas de pessoas foram alimentadas com uma variedade de alimentos e os seus níveis de glicose no sangue foram monitorizados individualmente durante um período de tempo. Para surpresa de todos, não havia uma “melhor dieta” adequada a todos, mas sim uma variação maciça, de pessoa para pessoa e no tipo de alimentos que cada indivíduo ingeriu e a que reagiu de forma favorável ou negativa. Isso é revolucionário porque indica que alguns alimentos criam uma resposta saudável em algumas pessoas e criam uma resposta negativa em outros. Isso mostra que podemos encontrar os alimentos que funcionam com a nossa fisiologia em vez de ir contra ela.

Esta nova abordagem é chamada de Nutrição Personalizada. Nutrição personalizada, em termos práticos, significa que você pode testar alimentos específicos para determinar quais são adequados para a sua perda de peso e para a sua saúde. Você descobrirá que pode haver alimentos considerados “maus” que você tem evitado há anos, como arroz ou batatas, que o seu corpo realmente tolera. Por outro lado, você também pode descobrir que há alimentos “saudáveis” que você come e que causam-lhe mais danos do que bem.

Até ao fim do livro, você perceberá os fatores genéticos e epigenéticos que controlam o modo como você está Programado para Comer, mas talvez ainda mais importante, você terá finalmente um plano personalizado para o seu corpo, para ajudá-lo a perder peso, recuperar sua saúde e viver a vida que quer viver.

A culpa não é sua.

Se fosse enfrenta dificuldades, sejam elas relacionadas com a sua saúde ou com o seu peso, a culpa não é sua. Se você vive numa sociedade ocidental moderna de lazer e relativa abundância, mas não é gordo, doente e diabético, você está, de uma perspectiva biológica, “desajustado”. A nossa espécie está aqui hoje porque os nossos genes estão Programados para Comer.

Relacionado com isto, há a expectativa, novamente registada nos nossos genes, de que o processo de busca de alimentos exige que sejamos ativos. Em termos inequívocos, nós estamos geneticamente programados para comer alimentos simples e não processados, e para gastar uma quantidade razoável de energia nesse processo (andar, correr, viver, carregar, dançar!). Mas a vida moderna dificilmente nos oferece a oportunidade de nos mexermos e, por outro lado, estamos constantemente cercados por uma variedade de alimentos deliciosos.

Aqui está o caminho para a perda de peso permanente.

Milhões de pessoas começam uma dieta todos os anos, mas a grande maioria não consegue alcançar os resultados que desejam. Porquê?? É uma falha moral da nossa parte, ou há mais na história do que uma “vontade fraca”? Em vez de lições de moral sobre a comida, talvez devamos considerar que vivemos num mundo desadequado à nossa genética, que a nossa alimentação, o nosso sono, o nosso movimento e as nossas relações sociais mudaram de tal maneira que os nossos corpos têm dificuldade em se adaptar. O programa no livro Programados para Comer irá ajudá-lo a reajustar o seu cérebro e apetite, permitindo que você controle melhor o nível de açúcar no sangue e determinar os alimentos que são adequados para a sua saúde e perda de peso.

Na Fase 1, você irá determinar quais são suas principais necessidades e objetivos (quem você é e para onde deseja ir) e, a partir disso, usaremos um simples, mas poderoso plano de 30 dias. Com isso, você irá descobrir se é resistente à insulina (ou não) e, com base nessa descoberta, ajustar a ingestão de hidratos de carbono para refletir na sua saúde metabólica.

Para conseguir abranger todas as pessoas, desenvolvi a Fase Dois, que consiste num plano de Teste de Hidratos de Carbono de 7 dias baseado na mais recente ciência sobre nutrição personalizada. Usando medidas subjetivas fáceis de entender, como por exemplo, a forma como você se sente após uma refeição, bem como uma monitorização da glicose no sangue, você poderá determinar com precisão quais as quantidades e tipos de hidratos de carbono e outros alimentos permitem que você mantenha o seu nível açúcar no sangue em intervalos saudáveis. Quando você descobrir os alimentos que funcionam consigo, você poderá manter um nível ótimo de glicemia enquanto assegura que a sua flora intestinal permanece saudável e forte.

Você vai acabar com a ânsia por comida, reprogramar o seu apetite para a perda de peso e, finalmente, dizer adeus às dietas “generalistas”.

por Robb Wolf, autor do livro Programados para Comer, Self.

Robb Wolf é um investigador na área da bioquímica, um especialista em saúde e autor do Best Seller do New York Times: “The Paleo Solution”.

É editor no Journal of Nutrition and Metabolism e Journal of Evolutionary Health. É ainda diretor da clínica médica Specialty Health em Nevada e é consultor no Programa de Resiliência do Comando Naval de Operações Especiais da Marinha dos Estados Unidos.

 

Fonte do artigo: https://www.mindbodygreen.com/0-29409/why-healthy-foods-may-be-doing-you-more-harm-than-good.html

 

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Inflamação do nosso corpo: o que é, causas e efeitos

Inflamação

Hoje sabe-se que a inflamação do nosso corpo está entre as causas para algumas das doenças mais comuns na sociedade ocidental. O que é a inflamação do nosso corpo, quais as causas, consequências e quais os alimentos anti-inflamatórios são alguns dos temas que vamos abordar nos próximo artigos.

Antigamente quando se falava em alimentos, o objectivo era emagrecer, melhorar a imagem do nosso corpo, ou ter uma alimentação correcta à luz da Roda dos Alimentos. Hoje nutrição é saúde. Sabe-se mais sobre as características e nutrientes de cada alimento, os seus efeitos colaterais e começa-se a desmistificar algumas crenças enraizadas na sociedade atual.

O que é a inflamação no nosso corpo?

A inflamação é uma reacção do nosso sistema imunitário. O nosso sistema imunitário reage sempre que identifica uma ameaça ao nosso corpo: uma bactéria, vírus, químicos ou células danificadas. É o seu processo de cura. É este processo que faz com que o nosso corpo seja capaz de ultrapassar uma gripe ou de fazer a cicatrização de uma ferida. Quando por exemplo, batemos com a perna na esquina da mesa, despoleta-se um processo bioquímico que liberta as Citocinas, proteínas que irão regular a resposta do nosso corpo, e reunir hormonas e nutrientes do nosso corpo necessários para “reparar” os tecidos danificados.

Há dois tipos de inflamação: aguda ou crónica. Elas diferem em questões como a sua duração ou que a originou.

Inflamação Aguda

A inflamação aguda é a reacção do nosso sistema imunitário e o seu processo de cura face a ameaças como as referidas anteriormente: uma bactéria, um vírus, um corte que fizemos na pele, uma parte dorida do corpo fruto de uma queda. Normalmente é uma reacção imediata e intensa mas temporária e os seus efeitos demoram no máximo alguns dias a passar.

Inflamação crónica

A inflamação crónica é um processo prolongado no tempo, pode durar meses ou até anos.  Surge quando o sistema imunitário não consegue eliminar a ameaça, quando sofremos de doenças autoimunes, quando estamos expostos a algum químico, em doses muito baixas. Asma, Sinusite crónica, Osteoartrite e Artrite reumatóide, Úlceras, Doença de Crohn e Doença Inflamatória Intestinal são algumas das doenças cujo um dos efeitos é a inflamação.

No entanto, há outros fatores que influenciam a inflamação prolongada do nosso corpo: o stress, uma alimentação desequilibrada ou desadequada (por exemplo, se formos intolerantes a algum alimento ou comermos muitos alimentos que causam inflamação), o excesso de peso, a falta de exercício, a poluição, fumar ou o consumo excessivo de álcool.

Possíveis consequências da Inflamação crónica

A investigação sobre os seus efeitos está longe de estar terminada mas há já alguns riscos que médicos e cientistas sabem estar relacionados com a Inflamação crónica.

Riscos Cardiovasculares

Um estudo da Universidade de Standford concluiu que as doenças coronárias estão relacionadas com genes associados à inflamação do organismo. Por outro lado, a inflamação leva  a que o corpo procure reparar os vasos sanguíneos inflamados e é nesta conjugação e processo bioquímico que por vezes se formam coágulos e lesões coronárias.

Diabetes

Já vários estudos concluíram que doentes com Diabetes tipo 2 tinham também níveis de Citocinas elevados. Conclusão: excesso de gordura corporal, especialmente no abdómen é sinal de inflamação crónica e esta desregula os indicadores de insulina, aumenta a resistência à insulina e leva à doença. Torna-se um ciclo vicioso. O corpo torna-se menos sensível à insulina, o que pode levar a excesso de peso e aumento da inflamação crónica.

Ossos

A inflamação crónica pode levar à perda de massa óssea, uma vez que interfere na regeneração dos tecidos ósseos e diminui a capacidade de absorção de nutrientes importantes para a saúde óssea como o cálcio e a vitamina D.

Depressão

Médicos e cientistas ainda não conseguiram identificar a relação directa entre a Inflamação crónica e a depressão, mas alguns estudos já concluíram que pessoas que sofrem de depressão apresentam um nível de inflamação no cérebro cerca de 30% superior do que pessoas que não sofrem desta doença. Por outro lado a Inflamação crónica está relacionado com sintomas como perda de apetite, tristeza ou dificuldades em dormir.

Vários estudos ainda verificaram que pessoas com acne, psoríase, problemas de sono, dificuldade em perder peso apresentavam também níveis de inflamação superiores à média. Não se conseguiu concluir que é a causa mas que é um factor comum.

Nos próximos artigos iremos falar sobre como diminuir o nível de inflamação do nosso corpo, que tipo de alimentos aumentam o nível de inflamação do nosso corpo e quais os alimentos Anti-inflamatórios.

 

Principais Fontes:

https://www.livescience.com/52344-inflammation.html

https://www.medicalnewstoday.com/articles/248423.php#what-is-inflammation?

https://www.prevention.com/health/signs-chronic-inflammation

http://www.health.com/health/gallery/0,,20898778,00.html#it-damages-bones–0

 

 

 

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Barriga Feliz: receitas e nutrientes para mamãs e bebés saudáveis

A nutrição é algo crucial durante a gravidez e afeta mães e bebés, mais do que provavelmente imagina. Existem falhas na educação e conhecimento sobre os benefícios proporcionados por boa comida fresca para a saúde dos nossos corpos e das nossas crianças por nascer. Na verdade, este livro de culinária lembra-me de passar mais tempo a exercer aconselhamento nutricional às minhas pacientes grávidas. Para que elas entendam e adotem um estilo de vida em que comam bem, não somente durante estas quarenta semanas mas durante os anos seguintes.

Barriga Feliz oferece dicas e truques para que o cozinhar e a alimentação saudáveis se tornem numa simples prioridade. Estes meses de gravidez estão repletos de inspiração em tomar boas decisões para a alimentação do seu bebé. Optar por alimentos frescos e cozinhá-los estimulará um peso saudável e aumentará o valor nutricional das refeições.

Além disso, estes gestos simples podem prevenir muitos dos problemas relacionados com a nutrição e o peso que nos atormentam. Muitos de nós fazem demasiadas refeições em restaurantes ou em viagem, recorrendo a drive-ins de restaurantes de fast food. Estão a perder-se aptidões de cozinha que costumavam ser passadas de geração em geração. Hoje em dia, a refeição familiar caseira tradicional deixou de ser a regra para passar a ser a exceção. Este livro de culinária fornece ideias realistas e acessíveis para uma alimentação saudável durante e depois da gravidez.

O Barriga Feliz encoraja os pais a arranjarem tempo para cuidarem dos seus e dá esperança para o regresso da tradicional refeição familiar caseira. A parte «Cozinha cheia: abastecer-se para um apetite de grávida» foi pensada especialmente para futuras mães que tendem a passar o dia a correr, sem parar para planear as refeições. Não há nada pior do que estar grávida e exausta e sentir que não tem nada em casa. O Barriga Feliz mostra-lhe como é fácil ingerir comida saudável sem ter de passar horas na cozinha. Mais, dominar a arte de planear uma boa alimentação é uma prática formidável para os dias mais agitados da maternidade!

O Barriga Feliz também lhe dá dicas importantes para diferentes etapas da gravidez. As náuseas do primeiro trimestre fazem com que muitas mulheres se limitem ao que quer que se mantenha no estômago. Estas doze semanas iniciais são a altura crucial para o desenvolvimento do feto. As sugestões para se livrar do enjoo matinal no capítulo «O que comer quando não se quer comer» são inestimáveis. Mais tarde, quando o seu bebé em crescimento começar a apoderar-se do seu espaço digestivo, as receitas para refeições mais leves e as ideias para porções mais pequenas em todos os seis capítulos ajudá-la-ão a manter-se confortável e ainda assim bem alimentada.

Saiba mais sobre o livro AQUI.
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Superalimentos

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Superalimentos são os melhores alimentos que podemos comer pois possuem antioxidantes, vitaminas e todos os nutrientes essenciais que precisamos para uma vida com saúde e vitalidade. Os superalimentos tornam-nos mais saudáveis uma vez que o nosso organismo precisa de proteínas, minerais, vitaminas, carboidratos e gorduras boas, antioxidantes e muito mais para funcionar de forma ideal. Quantas vezes já se perguntou quais os melhores alimentos para a sua saúde? Ou qual o melhor pequeno-almoço que o ajude a ter energia e vitalidade para o resto do dia? No dia-a-dia acabamos por ter pouco tempo para comer de forma adequada e consciente. Sabermos previamente quais os alimentos onde conseguimos obter todos os nutrientes que necessitamos é fundamental para a nossa saúde.

Algumas curiosidades:

– Sabia que 100g de mirtilos contêm tantos oxidantes como duas chávenas de espinafres? Além disso comprar mirtilos não tem se ser uma opção cara. Os mirtilos congelados estão sempre disponíveis e a preços mais acessíveis.

– Os cogumelos, considerados um alimento saudável pelos chineses durante milénios, são hoje muito apreciados no ocidente. Está provado que uma dose diária de apenas 100mg reduz o risco de cancro da próstata e da mama.

– As nozes são um excelente alimento para o cérebro. Uma dose de 30g dá-nos 90% da dose diária recomendada de ácidos gordos ómega 3. Tem um elevado teor de vitaminas B e D, além de ácido fólico.

No livro Superalimentos encontra informação sobre o Top 50 dos alimentos com dicas sobre como comprar, armazenar e cozinhar. Este livro contém tudo que você precisa para fazer a sua vida com saúde e vitalidade.

Saiba mais sobre o livro AQUI.

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Enzimas e estrutura física

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Se recuarmos até à época do Antigo Egito, verificaremos que, nesse tempo, escreviam-se livros sobre os diferentes tipos de corpos. A medicina aiurvédica, que teve a sua origem na Índia há mais de cinco mil anos, também se baseia nas diferentes estruturas físicas. Por isso, o facto de estabelecermos uma relação entre os diferentes tipos de corpo (body types) e as diversas doenças e respetivos tratamentos, tanto dietéticos como enzimáticos, não é nada de novo. Porém, neste livro, para além de estabelecermos as tabelas dietéticas saudáveis para cada body type, relacioná-las-emos com os défices enzimáticos e com o desenvolvimento de determinadas doenças ou desequilíbrios que estes défices provocam. (…)

Se observarmos bem, veremos que existem pessoas que acumulam mais gordura na região abdominal, outras nas ancas, outras ainda na parte superior do tronco, etc. De facto, existem, por exemplo, mulheres com peitos grandes e costas largas e que, por outro lado, quase não têm cintura e têm as pernas bastante magras. E existem homens que não conseguem abotoar as calças mas têm ancas assaz estreitas. Herdamos estes traços físicos dos nossos  antepassados e as diferenças daqui resultantes permitem-nos identificar quatro tipos de corpo. Veremos, em seguida, que cada tipo de corpo tem as suas próprias necessidades alimentares e um potencial enzimático diverso. É por causa destas diferenças que não podemos estabelecer uma dieta saudável única, que resulte para toda a gente. É esta a base do tratamento para o antienvelhecimento a que se deu o nome de Transformation (Houston, E.U.A.): a elaboração de tabelas alimentares e enzimáticas o mais precisas possível.

Para isso, identificamos quatro tipos de corpo (ou body types) diferentes.

É possível que algumas pessoas sintam que fazem parte de mais do que um grupo por apresentarem traços físicos, preferências alimentares, etc., que poderiam encaixar-se em mais do que uma tipologia. No entanto, no nosso corpo predomina sempre um dos tipos em relação a todos os outros. É o que se chama de «corpo primário», aquele com que nascemos e que, depois, possivelmente vai sofrendo mudanças ocasionadas pelos nossos hábitos alimentares e higiénicos, como sejam o exercício, a variedade alimentar, o stresse, os períodos de descanso, etc.»

Conheça os segredos e benefícios das Enzimas mediterrânicas.

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