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Estilo Pessoal: Sente que não tem um estilo definido?

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Estilo Pessoal: Sente que não tem um estilo definido?

Quer entre clientes, quer entre amigas, oiço muitas vezes afirmações como: “Preciso mesmo de definir um estilo!” ou “O meu estilo é uma confusão”.

A grande questão que se coloca é: “Qual é o meu Estilo Pessoal?” Não é fácil responder a esta questão de forma objectiva e concisa, o que gera alguma confusão e atrapalhação na escolha diária da roupa e nas compras.

Também é uma dúvida que se coloca constantemente? Sente que não tem um estilo pessoal bem definido e isso deixa-a frustrada e desanimada?

Essa sensação é muito mais comum do que pensa… Mas não fique desanimada, pois resolução para essa insegurança e frustração é mais fácil do que parece! Existe algo essencial a referir e que será o centro de toda esta questão:

Cada mulher é especial, com um Estilo Pessoal muito único e igual a nenhum outro!

O que é que isto quer dizer realmente? Na minha opinião não existe a necessidade de catalogar o Estilo Pessoal de cada mulher. Nem sequer é benéfico definir um estilo muito rígido e manter-se fiel para todo o sempre.

O Estilo Pessoal de cada uma de nós, na maioria das vezes, vai caracterizar-se por ser uma mistura de vários estilos, conjugada de acordo com a personalidade e estilo de vida. A esta mistura poderá chamar o seu Estilo pessoal.

Por isso, é muito natural que pense que o o seu “estilo é uma confusão”. Pois, na verdade, o seu Estilo Pessoal não é nada linear e objectivo. Assim sendo, pode identificar no seu guarda-roupa peças de vários estilos, podendo ou não haver um que seja predominante.

Além disso, é perfeitamente normal que possa ter peças bem diferentes para ocasiões diferentes, como por exemplo, o estilo a adoptar num emprego formal não deverá ser igual ao estilo que pode ter nas suas folgas. Ou o estilo que escolhe para uma festa não será igual ao estilo certo para uma reunião de negócios, etc, etc…

Tendo tudo isto em conta, a minha sugestão é:

Não tente definir um estilo único e rígido. Siga a sua personalidade e misture à vontade peças de diferentes estilos. No entanto, não se esqueça de avaliar com bom senso o local ou ocasião e escolha algo adequado.

O resultado final será o seu Estilo Pessoal, a sua marca no mundo!

Irá mostrará aos outros quão especial é!

Estilo Pessoal: uma mistura de diferentes estilos

Pode fazer misturas mais suaves, ou seja, entre estilos mais parecidos, por exemplo, conjugando umas calças de ganga casual com uns ténis desportivos; ou misturas mais contrastantes, ou seja, entre estilos mais distintos, conjugando um vestido feminino com blusão de cabedal mais roqueiro.

Use a imaginação, experimente várias coordenações e, principalmente, divirta-se!

Quer saber como pode criar o seu Estilo Pessoal único e especial?

Beijinhos,

Rita C.

Fonte das imagens: https://pt.pinterest.com/consultoriadeim/style-it/

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Estilo Pessoal inconfundível: 10 passos essenciais

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Workshop gratuito

Estilo Pessoal inconfundível: 10 passos essenciais

com Rita Completo

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Dia: 23 de março

Horário: 10h-12h

Valor por pessoa: gratuito

Local: Cowork da Praia

Morada: Praça do Junqueiro, nº3, Loja B, 2775-597 Carcavelos

Incrições: geral@vidaself.com

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Sente que não tem um Estilo Pessoal definido? Sente uma grande dificuldade na altura de escolher o que vestir todos os dias?

Este workshop é para si!

O seu Estilo Pessoal é uma forma de comunicar aos outros que é uma pessoa única e especial. É a sua marca pessoal e deve reflectir a sua personalidade e tudo que a tornam tão singular. Acima de tudo, e muito mais do que moda, o Estilo Pessoal é uma questão de atitude!

Neste workshop ficará a saber quais os 10 passos essenciais para que o seu estilo Pessoal seja verdadeiramente inconfundível e lhe possa dar a confiança que merece. Um verdadeiro guia passo-a-passo para que possa fazer este percurso com segurança e de forma certeira!

Biografia da formadora:

Rita Completo – «Sou consultora de imagem e ajudo mulheres a criar um Estilo Pessoal inconfundível e mostrarem ao mundo (e a si próprias) a sua melhor versão! Conheci a Consultoria de Imagem quando eu própria senti que precisava de ter um Estilo Pessoal coerente com a minha personalidade. Uma imagem que reflectisse verdadeiramente a minha personalidade, o meu ser. O impacto em mim foi tão grande que, desde então, a minha missão é ajudar outras mulheres a conseguirem este equilíbrio entre a sua beleza interior e exterior, aumentando a sua auto-estima e confiança. Sou uma mulher prática, decidida, animada e optimista. Gosto imenso de conhecer outras pessoas e partilhar experiências e vivências… Aprender um pouco todos os dias!! Acima de tudo, adoro ajudar e consigo fazê-lo sendo consultora de imagem.»

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Guarda-roupa cápsula: construa o seu!

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Workshop
Guarda-roupa Cápsula: Construa o seu!
com Rita Completo

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Guarda-roupa Cápsula é um termo já muito falado nas redes sociais e cada vez mais as mulheres têm curiosidade em experimentar. Conhece este conceito?

A ideia é escolher um número restrito de peças para usar durante um período de tempo estabelecido, criando uma cápsula dentro do guarda-roupa total. O que faz bastante sentido, uma vez que, maior parte das mulheres, usa apenas uma pequena percentagem do seu guarda-roupa, sendo que o restante apenas está a ocupar espaço e a desconcentrar na altura da escolha, fazendo com que percam muito tempo a escolher e, no fim, acabam por usar as mesmas peças. O objectivo principal é descomplicar!!

Quem não quer ter um guarda-roupa simples, prático, funcional e que apela bastante à criatividade?? Quais os benefícios de um Guarda-Roupa Cápsula?

  • Guarda-roupa mais prático e fácil
  • Guarda-roupa mais versátil e económico
  • Facilidade de escolher os looks diários
  • Looks mais criativos e interessantes
  • Auto-estima melhorada
  • Poupar dinheiro em compras desnecessárias

Neste workshop vamos construir o SEU GUARDA-ROUPA CÁPSULA! Preparada?

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Dia: 6 de abril

Horário: 10h-12h

Valor por pessoa: 20 €

Local: Cowork da Praia

Morada: Praça do Junqueiro, nº3, Loja B, 2775-597 Carcavelos

Incrições: geral@vidaself.com

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Biografia da formadora:

Rita Completo – «Sou consultora de imagem e ajudo mulheres a criar um Estilo Pessoal inconfundível e mostrarem ao mundo (e a si próprias) a sua melhor versão! Conheci a Consultoria de Imagem quando eu própria senti que precisava de ter um Estilo Pessoal coerente com a minha personalidade. Uma imagem que reflectisse verdadeiramente a minha personalidade, o meu ser. O impacto em mim foi tão grande que, desde então, a minha missão é ajudar outras mulheres a conseguirem este equilíbrio entre a sua beleza interior e exterior, aumentando a sua auto-estima e confiança. Sou uma mulher prática, decidida, animada e optimista. Gosto imenso de conhecer outras pessoas e partilhar experiências e vivências… Aprender um pouco todos os dias!! Acima de tudo, adoro ajudar e consigo fazê-lo sendo consultora de imagem.»

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Gostar de mim

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‘Já percebi a importância de me pôr em primeiro lugar, de me amar e cuidar de mim, de me proteger e me nutrir de forma a fortalecer a minha autoestima, mas ainda não percebi como se faz.’ Este é o tipo de frase que oiço com frequência quando falamos no desejo de nos sentirmos bem connosco próprios e, consequentemente, na relação com os outros.

Costumo perguntar: ‘O que farias se a pessoa que mais amas na vida se encontrasse na situação em que sentes que devias pôr-te em primeiro lugar e não sabes como?’ Dou como exemplo uma pessoa que facilmente se repreende a si própria quando algo não corre como ela acha que devia ter corrido: ‘correu mal porque não me esforcei o suficiente, porque estava nervosa, porque não fui assertiva, porque sou insegura e não controlei as minhas emoções…’. Da autoagressão oscila para uma agressão externa: ‘se ele não me tivesse falado daquela forma eu não teria ficado nervosa; se ele tivesse sido amável e atento, eu teria dado a volta’, etc. Quer num caso, quer noutro, com este tipo de leitura estamos a fazer o contrário de cuidarmos de nós. A crítica, o julgamento, a repreensão e a culpa estão no oposto da aceitação, do perdão e da compaixão.

Se o teu filho, o teu companheiro, o teu amigo, o teu irmão – imagina a pessoa que mais amas neste mundo – experienciasse o mesmo tipo de situação, o que lhe dirias? ‘Que não faz mal, que talvez da próxima corra melhor e que estarei sempre aqui para ele, aconteça o que acontecer’. Porque não dizemos isso a nós próprios? Porque somos tão críticos e exigentes connosco quando conseguimos ser tão amorosos com o outro?

Colocarmo-nos em primeiro lugar, olhar para o que sentimos e pensamos antes de olharmos para o outro, não é um ato de egoísmo. É um ato de amor. Para connosco e para com o outro. Colocarmo-nos em primeiro lugar no que se refere a cuidarmos de nós e nutrirmo-nos é, antes de mais, assumir a responsabilidade da própria vida e desresponsabilizar o outro de o fazer. Ninguém tem a obrigação de satisfazer as nossas necessidades, ninguém tem a obrigação de nos compreender e resolver os nossos problemas. Partir desse princípio é importante para relações saudáveis, adultas, de genuinidade e liberdade. Se o outro quiser cuidar de nós que o faça porque nos ama e isso lhe dá prazer, não porque pedimos e/ou exigimos. Em crianças era obrigação dos pais zelar pelo nosso bem-estar psicofísico, em adultos somos nós a ter a honra dessa tarefa.

Em termos práticos, o que é que isso significa? Tracy McMillan, numa TedEx que muito me inspira para esta temática, baseia-se nos votos de um casamento tradicional para expor o que é casar-se consigo próprio, o que é tornarmo-nos a pessoa mais importante da nossa vida:

Prometo amar-te e respeitar-te…

  • Na alegria e na tristeza: quando estamos alegres gostamos de nós e apreciamos o nosso humor; e quando estamos tristes? Será que nos mimamos, nos respeitamos ou, pelo contrário, procuramos uma fuga ao que sentimos?
  • Na saúde e na doença: quando estamos bem somos funcionais, mas quando estamos doentes quantas vezes nos irritamos, nos desrespeitamos (até vamos trabalhar com febre)? Quantas vezes chegamos a dormir pouco por falta de tempo, a comer mal por impaciência, a adiar uma ida à casa-de-banho para não interromper uma tarefa? Como cuidamos do nosso corpo, o templo que habitamos?
  • Na riqueza e na pobreza: nos sucessos e nos fracassos, será que festejamos ambos como passos num percurso de aprendizagem e crescimento? Será que nos sentimos gratos pelo que temos ou vivemos na insatisfação do que não temos?
  • Todos os dias da nossa vida até que a morte nos separe: será que nos amamos hoje e todos os dias, independentemente das circunstâncias, como gostaríamos de ser amados? Será que nos aceitamos hoje, tal como somos, no que são as nossas potencialidades e vulnerabilidades, com as nossas forças e os nossos medos?

Uma relação de compromisso connosco próprios não é uma questão de experimentar para ver se funciona: os princípios do respeito, da aceitação, da proteção, do cuidado e da nutrição emocional devem ser a nossa prioridade sempre, tal como gostaríamos que os outros fizessem connosco. Numa situação que nos provoca dor ou desconforto, responder a determinadas questões pode servir de orientação:

  • Estou consciente do que o outro me faz sentir?
  • Na resposta que dou à situação, estou a respeitar-me?
  • Estou a proteger-me?
  • Estou a identificar as minhas necessidades?
  • Estou a cuidar de mim e a nutrir-me?

Colocar-se em primeiro lugar, na sequência de sentirmos que a nossa vida tem valor e merece ser honrada, faz desvanecer sentimentos de culpa – o foco deixa de ser ‘magoar o outro’ e passa a ser ‘cuidar de nós’ (como faríamos com o ser que mais amamos) – e faz aumentar a nossa autoestima – ao cuidarmos de nós sentimos que temos valor, pelo que o ciclo se autorreforça.

Enquanto nos movimentarmos na vida em busca de sermos amados pelo outro, como se tivéssemos um vazio possível de ser colmatado apenas pelo amor de outra pessoa, vamos focar a nossa atenção em satisfazer as suas necessidades na esperança que nos ame e satisfaça as nossas. Se, pelo contrário, focarmos a nossa atenção em nós, numa atitude de curiosidade e exploração do que (não) gostamos, do que (não) faz sentido, do que (não) queremos, então tornamo-nos os protagonistas da nossa história.

Quando nos sentimos os verdadeiros protagonistas da nossa história, deixa de interessar se o outro gosta de nós, pois o que interessa é se nós gostamos do outro. Não interessa o que é nós lhe fazemos sentir, mas o que ele nos faz sentir a nós. A nossa escolha será tanto mais genuína e nutridora quanto livre de expectativas e medos: ‘quero uma relação contigo porque gosto do que sinto na tua presença’ é diferente de ‘preciso de estar contigo porque sem ti fico perdido e vazio’. No primeiro caso há liberdade, no segundo há dependência. E enquanto houver dependência não há espaço para uma relação de partilha.

Cuidarmos de nós porque gostamos mesmo de quem somos, numa primeira fase, é excluir o outro da equação, para depois o incluir na partilha. As relações são o que de mais importante temos na vida, mas a primeira relação a dar atenção e a acarinhar é aquela que temos connosco próprios, pois as outras vão apenas ser uma consequência desta. Quando gostamos de nos fazer companhia, quando nos apaixonamos pelo processo de autoamor, quando vemos o outro por aquilo que ele é – e não em função do que queremos que nos dê –, então estamos a tratar-nos bem.

No entanto, deixo um alerta! Ficarmos pela paixão por nós próprios pode-nos fazer cair na armadilha do narcisismo, em que vemos o mundo apenas em função de nós. Conseguir ir além é entrar na partilha de quem somos (não do que fazemos), pois é na vulnerabilidade do nosso ser que se cria o vínculo e a possibilidade de uma relação saudável.

www.rossana-appolloni.pt

Fotografia de Bernardo Conde www.bernardoconde.com

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Filhos: criar uma autoestima sólida

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Na maior parte dos casos, os adolescentes passam a vida a comparar‐se uns aos outros, construindo identidades falsas para agradarem e serem aceites nos respetivos grupos e meios sociais. Na verdade, os adultos também são, muitas vezes, acossados por este tipo de conflitos internos. Regulamos, demasiadas vezes, a nossa maneira de ser de acordo com aquilo que os outros acham que somos.

Muitas vezes, adolescentes e adultos esquecem que é precisamente no nosso interior que se encontra o amor que tanto desejamos, escondido sob o nome «autoestima».
A autoestima define‐se pela forma como nos valorizamos e pela consideração que temos pelos nossos valores, sentimentos e projetos. É uma necessidade básica de todo o ser humano. Não obstante, esta necessidade é, demasiadas vezes, mal compreendida.

De que forma podemos ajudar os nossos filhos adolescentes a adquirir uma autoestima sólida? O primeiro passo consiste em prepararmo‐nos com doses enormes de paciência. Tudo começa com o esforço para os criticarmos menos e começarmos a apoiá‐los e valorizá‐los pelas pessoas que são e não pelas que achamos que deveriam ser. Os objetivos desta tarefa árdua são que aprendam a aceitar‐se melhor, que desenvolvam o seu próprio pensamento crítico — porque sentem que os ouvimos e respeitamos quando falam — e que vão desenvolvendo gradualmente o seu sentido de responsabilidade. Se se sentirem seguros, conseguirão aceitar melhor o que vão descobrindo sobre quem e como são. Deste modo, tomarão consciência das suas capacidades e potencialidades e poderão aprender a aceitar as suas limitações, sem as negarem mas também sem se recriarem nelas.

Que recursos temos que nos permitam ajudar a desenvolver a autoestima dos nossos filhos:

  • Demonstrar que os amamos. Não basta dizê-lo. Temos de agir em conformidade, o que pressupõe dedicarmos‐lhes o tempo necessário, desenvolver atividades em conjunto e empregar ao máximo a comunicação assertiva e a audição empática;
  • Apoiá-los nas suas preocupações e aos seus interesses. É muito importante que se sintam apoiados por nós, pois isso encoraja‐os a partilharem mais das suas vidas connosco e aumenta‐lhes a sensação de segurança;
  • Ajudá-los a estabelecer metas e celebrar com eles as suas vitórias. Podemos, ainda, recordar‐lhes de vez em quando que estamos orgulhosos deles e especificar o(s) motivo(s). Encorajá‐los a praticar desporto é mais uma boa estratégia, especialmente se se tratar de um desporto de equipa, pois este tipo de desportos fomenta o companheirismo e inclui a cultura do esforço;
  • Por fim, abandonar a crítica e começar a falar dos aspetos que podem ser melhorados. Não se trata de os menosprezar, mas de os ensinar a procurar formas novas e mais eficazes de fazerem as coisas.
A construção de uma autoestima sólida é um elemento-chave no estabelecimento de relações saudáveis com as pessoas que nos rodeiam, relações essas que devem basear‐se no respeito mútuo. Para que os nossos filhos consigam isto, temos de os ensinar a alcançar a autoconfiança, que é o melhor antídoto contra o medo de avançar, que os paralisa.

Se acreditarmos neles e nas suas potencialidades, transmitir‐lhes‐emos a noção de que também podem confiar em si próprios. Talvez deixem de se sentir tão presos às opiniões alheias a partir desse momento e sejam capazes de tomar as rédeas da sua própria vida, responsabilizando‐se pelos seus atos e decisões.

Mais do que escondermo‐nos atrás da máscara do que julgamos agradar aos outros, a autoestima permite‐nos ser os verdadeiros protagonistas das nossas vidas, e aos nossos filhos permite‐lhes tornarem‐se os protagonistas das suas.

Em Esta casa não é um hotel, Irene Orce, Self

Irene Orce: Leciona na Faculdade de Economia da Universidade de Barcelona (UB) no mestrado de Desenvolvimento Pessoal e Liderança. Desde jovem que iniciou a sua jornada de autoconhecimento, adquirindo conhecimentos e formando-se com ferramentas como o Eneagrama e a Programação Neurolinguística. Em 2009 concluiu o seu mestrado em Liderança e Coaching Pessoal na UB, no seguimento do qual criou a “Metodologia Metamorfosis”. Este método destina-se a acompanhar profissionalmente as pessoas que querem desenvolver o seu potencial para construir uma vida mais coerente com os seus verdadeiros valores e necessidades.

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A nossa imagem, a autoestima e a influência da sociedade

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A imagem. Quanto mais olhamos para as imagens perfeitas em que a nossa sociedade assenta mais procuramos esses ideais em nós mesmos e se não os encontramos, pior nos sentimos.

Crescemos moldados pelos parâmetros e ideais da sociedade, provavelmente mais do que aquilo que achamos. Começa quando somos ainda crianças, com a nossa família e a escola. E já mais tarde pelas interações que vamos tendo. Hoje mais do que antigamente, não só através das pessoas com quem nos relacionamos mas também através dos media.

Os media tornaram-se num veículo para o reforço das crenças e valores sociais, definindo e projetando o ideal de imagem. Como deveríamos ser como pessoa: fisicamente e personalidade. Se calhar inconscientemente, quase todos nós fazemos parte deste ciclo: avaliamos e somos avaliados.

Dizem-nos que estas imagens irrealistas e estes corpos perfeitos é que são o normal, o desejável e o objetivo a alcançar.
Assistimos a uma intolerância no que diz respeito à diversidade do corpo. Ser magra, tonificada, ter uma pele radiante e um cabelo perfeito, são associados a persistência, trabalho árduo, sucesso, confiança e disciplina. Os nossos valores e personalidade passaram a estar assentes na nossa imagem física.

Como sair deste ciclo e criar uma imagem forte e positiva?
  • A nossa aparência física e a preocupação que temos com ela deve estar totalmente assente num único princípio: a nossa saúde. Não vamos fazer dieta e desporto por uma imagem como a da Kim Kardashian. Vamos sim comer bem  e fazer exercício pelo nosso bem-estar. Porque teremos menos problemas físicos, sentiremos mais energia, estaremos melhor psicológica e emocionalmente;
  • Nem tudo são números. O peso na balança não deve ser uma obsessão. É um fator indicativo e que varia de pessoa de pessoa;
  • Aceitar o nosso tipo de corpo. Podemos estar em forma, comer saudável, mas há características próprias do nosso corpo. Devemos respeitar e amar o nosso corpo;
  • Acabar com as comparações. Os nossos objetivos deverão ser estabelecidos por nós e pela nossa felicidade, tendo em conta o que somos e a nossa realidade. Não devem ser definidos por estereótipos ou por uma foto de alguém. Muitas vezes por detrás dessa foto está uma pessoa mais infeliz que nós!;
  • Assentar a nossa autoestima no nosso amor-próprio e não em modelos/aceitação externos. Estarmos sólidos do nosso valor e de aquilo que somos é um trabalho pessoal e interior. Não é negarmos o que somos e querermos ser o que está na moda;
  • Aceitar as diferenças. Não avaliarmos alguém pela sua aparência. Formas e tamanhos não são definições de carácter, inteligência e valores.
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Lá fora, o mundo

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Como encontrar o trabalho perfeito. Este é o título de um pequeno livro que li há um par de anos e que embora não me tenha feito revelações bombásticas, sistematiza uma série de factos e ideias de uma forma que achei muito útil. A determinada altura o autor, Roman Krznaric, cita uma ex-engenheira aerospacial que abandonou a NASA para se dedicar ao planeamento urbano. Que reviravolta, não é? Do seu testemunho retive a seguinte frase, que sublinhei a lápis: “(…) o que me facilitou realmente o mudar de carreira foi que nunca me passou pela cabeça limitar-me a uma profissão. Há tantas áreas interessantes, por que razão haveríamos de nos limitar a uma só? Acho que toda a gente se devia despedir pelo menos uma vez na vida”.

Quando li este livro havia mais de um ano que questionava seriamente a minha vida profissional. De tudo, o que mais me angustiava era a certeza de que tinha deixado de aprender coisas realmente novas. E a par disso, a cultura da empresa não me deixava antever grandes possibilidades de progressão. Queria, portanto, mudar. Isso era certo. Mas para onde, para fazer o quê e em que moldes?

Quando exercemos durante muito tempo as mesmas funções num mesmo lugar sofremos de dois efeitos perniciosos: primeiro passamos a achar que não há mais onde trabalhar senão ali; depois julgamos que nunca mais seremos capazes de fazer outra coisa. Se a juntar a isto tivermos a sorte (ou o azar!) de integrar uma empresa sólida e estável, ficamos acomodados e, logo, tolhidos. Como diz um grande amigo meu, “o conforto pode ser uma coisa lixada!”.

Nesta fase da minha vida ter-me-ia dado jeito ler um outro pequeno livro — com o título Como mudar o mundo — onde o autor explica que um dia, para ter uma noção mais concreta das suas aptidões, elaborou uma lista com a sua “experiência profissional, incluindo também aquilo que havia feito apenas como passatempo, trabalho de férias e ainda tarefas desgastantes”. Ironicamente, li o livro e fiz minha lista há poucos dias, depois de me ter despedido pela terceira vez na vida. E confesso que o exercício contribuiu para aumentar bastante a minha autoestima.

Houve momentos em que me senti menor por nunca ter sido uma pessoa orientada para a construção de uma carreira. À minha volta há muita gente empenhada nisso, na carreira. Eu não estou e só há pouco tempo é que me apaziguei com esse facto. Com o facto de me ter deixado vogar ao sabor das oportunidades que surgem e das paixões que estas me espoletam.

Gosto de trabalhar, preciso de trabalhar para me sentir sã e válida e é através do trabalho que consigo duas das coisas que me são mais importantes: aprender continuamente e melhorar enquanto ser humano. Mas, embora trabalhe com brio e empenho até ao último dia, o trabalho nunca foi a minha prioridade. O trabalho é, no que me diz respeito, um meio que me permite alcançar outros fins. E para mim, os outros fins, os que verdadeiramente importam, têm estado sempre fora das quatro paredes de um escritório.

Não me arrependo de ter passado quase quinze anos na mesma empresa. Fui feliz no meu trabalho. E não só. Nesses quase quinze anos casei-me, fiz amigos para a vida, adoeci com uma leucemia, entrei em remissão graças a um autotransplante de medula óssea, divorciei-me, mudei de casa pela 13ª vez, intensifiquei o número de viagens, aprendi a fotografar, criei o Acordo Fotográfico, descobri o prazer da escrita e meti uma licença sem vencimento de seis meses para fazer uma volta ao mundo de mochila às costas.

Depois dessa grande viagem, alguns dos aspetos da minha rotina deixaram de fazer sentido. Como era de esperar, a forma como trabalhava e o estilo de vida que o trabalho implicava — picar o ponto e passar horas a fio entre quatro paredes, sentada na frente um computador — tornaram-se difíceis de suportar. No dia em que assinalei os seis meses do regresso a Portugal, resgatei da estante Projetar a Felicidade, o livro onde Paul Dolan afirma: “(…) enquanto poupar dinheiro para um dia que não chega é triste, desistir da felicidade agora para esperar a felicidade que nunca chega é verdadeiramente trágico”. Demiti-me um mês mais tarde.

Nos próximos textos é sobre tudo isto que quero refletir. Sobre as transformações, as mudanças, os rompimentos que nos permitem renascer e reinventarmo-nos, as viagens e os livros que nos abrem os horizontes, a família e os amigos que são os nossos pilares, os exemplos inspiradores que vêm dos outros e o mundo deslumbrante que, com todos os seus defeitos assustadores, espera por nós lá fora.