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As criptomoedas não escolhem sexo

As criptomoedas não escolhem sexo

Quando me cruzei pela primeira vez com a palavra Bitcoin, estávamos no ano de 2012. Era uma palavra desconhecida e misteriosa. Passados 6 anos, é um tema quente. Infelizmente a informação que circula tem sido tão superficial que é mais “desinformação” do que “informação”. Como consequência, muita gente torce o nariz quando ouve a palavra Bitcoin ou Criptomoeda.

Quando decidi escrever o livro Bitcoin – Tudo o que precisa de saber sobre criptomoedas foi precisamente pela enorme carência de informação nesta área.

 

  • O livro Bitcoin foi o primeiro livro em Portugal sobre criptomoedas. Esteve 6 semanas no top 10 de vendas e continua no top 10 dos livros de economia.

 

Felizmente já há muita gente a querer aprender. Já não estamos numa sociedade onde nos podemos dar ao luxo de negar uma nova tecnologia sem primeiro tentar entendê-la. E sim: A Bitcoin e as criptomoedas, são uma tecnologia (entre outras coisas). Provavelmente são a invenção tecnológica mais importante desde os anos 90, e seguramente a tecnologia que mais vai mudar a nossa vida desde o aparecimento da internet. Mas vamos por partes.

Vamos ser claros: aquilo que é comentado nos media, diz respeito à compra e venda de criptomoedas. Essa atividade tem o nome de “trading”. Mas o trading, é algo que já existia muito antes das criptomoedas nascerem. Mais de 99% dos traders do mundo, faz trading com ações e produtos financeiros emitidos pelos bancos.

 

  • O objetivo de um trader, é comprar baixo e vender alto, ganhando dinheiro com essa diferença. Dada a elevada volatilidade no valor das criptomoedas, o trading de criptomoedas tornou-se atrativo para eles.

 

Mas o trading é uma atividade especulativa e as criptomoedas não nasceram para satisfazer os traders. Pelo contrário.

Há cerca de 30 anos, com a massificação progressiva da internet nasceu aquilo que chamámos de “Aldeia Global”. De um dia para o outro o mundo ficou ao alcance de um teclado. As comunicações, a economia, os negócios, as amizades, as notícias, foram globalizadas, mas a moeda não. Passámos a poder comprar coisas em todos os países do mundo (Ebay, Amazon, Ali Baba, etc), mas cada um tem a sua moeda.

 

  • Em 2008, no meio da enorme crise financeira mundial, Satoshi Nakamoto publicava a sua tese num fórum de internet, revelando ter descoberto uma forma de resolver todos os obstáculos à criação de uma moeda eletrónica: trocável diretamente entre pessoas, sem precisar de intermediários. Baseada em criptografia e gerida de forma descentralizada.

 

Mas isto é só a moeda. Há mais… muito mais.
Blockchain: essa palavra, que anda na boca do mundo e que serve de bandeira a todas as grandes empresas mundiais para mostrar que estão a entrar na modernidade.
ICO: A Blockchain e as criptomoedas permitiram a criação de muitos outros sistemas baseados na mesma ideia. Nasceram mais de 1600 criptomoedas diferentes. E não estamos a falar de empresas de vão de escada.

 

  • As ICO são uma forma de empreendedorismo que levanta capital usando criptomoedas como forma de financiamento. As ICO são um sistema semelhante ao crowdfunding, onde os investidores podem financiar qualquer empresa com base no projeto que a empresa se propõe a realizar. Isto permite transformar cada pessoa num Venture Capitalist, retirando o intermediário e retirando as suas enormes comissões de intermediação. Bem como, dando igual oportunidade a todos, (o que antes apenas estava disponível para os grandes investidores ou bancos.)

 

Só no ano de 2017, mais de 5,3 Mil Milhões de Dólares foram levantados por Startups através de ICO’s. Seria de pensar que com a queda de valor das criptomoedas o valor fosse menor este ano. Mas até 31 de Março de 2018 foram 6,8 Mil Milhões de Dólares. Isto significa um crescimento de mais de 500% previsto para este ano. Centenas de empresas nascem todos os meses usando valências e tirando proveito daquilo que as criptomoedas e a bockchain oferecem. Diversos países já estão a tirar partido e a estudar esta nova economia. Cursos estão a ser criados nas melhores universidades do mundo.

Mas não é só no volume de empresas e valores investidos que as criptomoedas revolucionam. É também no pensamento. Confesso que é um mundo fascinante, onde existe uma oportunidade a acreditarmos que podemos reconstruir muita coisa neste mundo. Corrigir muita coisa que está errada. Tornar muita coisa mais justa e equilibrada. Distribuir o poder e a riqueza pelas pessoas.

 

  • Existem ONG’s como a UNICEF, que recebem enormes donativos em criptomoedas, cujo objetivo é conseguir-se controlar de forma clara, exatamente a aplicação desses fundos no terreno.

 

Infelizmente, tal como na grande maioria das profissões tecnológicas, existem significativamente menos mulheres do que homens neste ecossistema. Nos estudos que li até hoje, as mulheres tendem a ser mais avessas a áreas tecnológicas (onde ocupam cerca de 17% do total). O que resulta num número ainda menor quando falamos de cripto e blockchain, onde são estimadas 6% de mulheres.

Ao contrário da maioria dos setores económicos e sociais, o ecossistema das criptomoedas tem um pensamento moderno na sua origem, e uma oportunidade para reconhecer a valia que as mulheres podem representar. E por esse motivo, embora esteja ainda na sua infância, já foram criados fundos e forças de trabalho com o objetivo de motivar, difundir e criar dinâmica junto das mulheres para trazer um equilíbrio que é visto por todos como algo mais rico e saudável. Há vários casos de sucesso de mulheres fundadoras de criptomoedas e promotoras de criptomoedas. Ser mulher não é obstáculo para nada. E num mundo cheio de gente despretenciosa, ambiciosa e sonhadora, não há lugar para sexismo ou pensamentos antiquados. Ser melhor é ser mais plural. As criptomoedas não escolhem sexo. Só escolhem talento.

 

  • Katie Elizabeth (fundadora da StellaEstou fascinada por este mundo, onde podemos trabalhar no campo mais moderno da economia mundial. E o mais fascinante é que esta indústria oferece às mulheres uma nova forma de disputar a liderança sem barreiras.

 

  • O número de mulheres com criptomoedas passou de 6% em Janeiro para 13% em Junho.

 

  • A criptomoeda TEZOS, levantou 232 Milhões de Dólares na sua ICO. De 3 fundadores, 2 são mulheres.

 

  • Maria Prusakova é um valor reconhecido nas criptomoedas. É co-fundadora da Cypto PR Lab, uma “boutique” de aconselhamento legal a blochain e projetos em criptomoedas. O seu networking é altamente valorizado e faz equipa com Karpova, uma business developer de grande experiência.

 

  • Organizações como Mogul’s Woman in Crypto events e Wonam in Blockchain Foundation têm feito esforços para envolver mais mulheres no espaço “crypto”.

 

  •  “Mulheres, estejam atentas às criptomoedas. Caso contrário os homens vão ficar com toda a riqueza outra vez…” – Alexia Bonatsos Venture Capitalist.

 

  • Brit Morin, uma empreendedora de Silicon Valley organizou uma conferência para mulheres que esgotou numa hora. Mudou-se para uma sala maior (para 500 pessoas) e esgotou novamente. E dessa vez emitiu esse evento livestream na internet e teve 16.000 espetadores a assistir.

 

A melhor maneira de aumentar a participação de mulheres no negócio, é falar do excelente trabalho que algumas delas estão a fazer: Athena Capital, com a fundadora Meltem Demirors, Boost VC com a Maddie Callender como diretora de operações. Catheryne Nicholson e Elizabeth Rossiello, respetivamente da BlockCypher e da BitPesa.

Infelizmente não poderei explicar tudo o que é a Bitcoin e a Blockchain neste artigo, mas deixarei os links para poderem acompanhar e saber mais sobre o assunto.

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Websummit!

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Websummit!

Há quase 3 anos, quando a Websummit surgiu em Portugal pela primeira vez, foi assunto para manchetes e entusiasmo mediático generalizado.

Foram 4 milhões de visualizações no Facebook live, foram mais de 53 mil participantes em 3 dias, 19 mil jovens com bilhetes “bonificados” e 42% deles eram mulheres. Mais de 600 oradores, 21 palcos e 1500 startups a marcarem presença. Em terra onde o futebol é rei, não podia deixar de haver convidados especiais neste campo, e Luís Figo marcou presença como se não bastasse Ronaldinho. O Pavilhão Altice Arena tornava-se assim anfitrião de um dos mais bem sucedidos eventos mundiais na área de tecnologias. Citando a revista Forbes “A melhor conferência tecnológica do mundo”.

Quando isto aconteceu, vivia-se um ambiente de entusiasmo. Vivia-se a confirmação de que “de facto somos um país a ter em conta”. Algumas manchetes celebravam “Vitória!”(Observador.pt), “Portugal Ganhou!” (Dinheiro Vivo), até se fundaram grupos de facebook e medias sociais para seduzir os líderes da Websummit a vir para Portugal.

Lisboa e Portugal orgulhavam-se de ver reconhecido o seu valor e o seu potencial como “país ideal para organizar eventos internacionais”. “O bom tempo, a boa comida, o saber receber e gostar de receber”. Lisboa estava no mapa do empreendedorismo tecnológico.

“Vencer” a concorrência

Este ano, antes do Websummit vivia-se aquele clima de “se calhar acabou”. Depois de 2 anos a crescer e a fascinar o mundo, acreditou-se que poderia existir demasiada concorrência de outros países a querer “levar-nos” a Websummit. Para alegria nossa e da economia local (e nacional), acabámos por voltar a “vencer” a concorrência e conseguimos aparentemente fazer aquilo que tantas vezes fizemos de forma ineficiente na nossa história. Chegámo-nos à frente, e decidimos investir 11 milhões por ano num evento que deu importantes passos da sua própria história em Portugal. Soubemos agarrar aquilo que ajudámos a construir e mostrámos que temos uma nova mentalidade. A mentalidade de pensar como os “grandes”.

A proposta de 10 anos de Websummit em Portugal é extremamente ousada e ambiciosa. É uma proposta de trabalho, de acreditar, de crescer.

Infelizmente, surgiram logo inúmeras vozes a minimizar o Websummit. Aquilo que antes era um deslumbre e depois passou a ser só excelente, de repente passou a ser ocasionalmente “trivial”.

Pessoalmente deixa-me desgostoso que as conquistas, (depois de conquistadas) passem a ser triviais e a “não ser nada de especial”. Se o objetivo se esgotar em realizar o Websummit, então compreendo a falta de entusiasmo. Mas se tivermos em mente que, com a vinda do Websummit podemos sincronizar estratégias para aproveitar essa “rampa de lançamento” para o reconhecimento internacional, então sim: o saldo parece-me francamente positivo.

Impacto positivo

Só quem já presenciou e frequentou o Websummit pode compreender o impacto positivo que ele traz. Não trouxesse mais nada do que isso, poderíamos ver uma organização exemplar, uma coordenação de esforços e uma lógica de implementação impecável, na qual tudo foi fluído, fácil, simpático, confortável, e (confesso) bonito de se ver.

Parabéns Websummit por conseguirem colocar mais de 70 mil pessoas a circular de uma forma incrível e sem desconfortos de nota.

 

 

 

 

António Vilaça Pacheco, autor do livro Bitcoin, da Vida Self Editora.

Saiba mais sobre o autor deste artigo e o seu livro aqui:

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Web Summit Lisbon 2018

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Web Summit 2018

A Web Summit é o evento tecnológico de referência este ano. A conferência, de relevo mundial, é novamente em Portugal e a Vida Self vai lá estar para reportar o que de mais relevante acontecer.

A Web Summit é uma empresa de Dublin, Irlanda, que realiza eventos por todo o mundo: Web Summit em Lisboa, Collision em Toronto, RISE em Hong Kong e MoneyConf em Dublin.

A Forbes refere-se a este evento como “a melhor conferência sobre tecnologia no planeta”; a The Atlantic diz que a Web Summit é “onde o futuro vai para nascer”; o The New York Times fala do evento como um “conclave massivo que reúne os mais importantes cardeais da indústria tecnológica.”

Numa época de grandes incertezas para a indústria em geral e para o mundo, a Web Summit reúne fundadores e CEO’s da empresas tecnológicas, startups em rápido crescimento exponencial, políticos e chefes de Estado, investidores influentes e jornalistas de topo para perguntar algo muito simples: para onde seguimos?

Neste evento onde se fará um extenso networking (mais de 70 000 pessoas irão à WS) aprender será a palavra base: em tempos incertos para negócios e tecnologia, irão discursar aqueles  que passam diariamente por grandes desafios e mudanças, indo os tópicos desde deep tech e data science, passando pelo design e sustentabilidade ambiental.

A exposição deste evento é global e estarão presentes mais de 2,500 journalistas de todo o mundo, desde publicações como a Bloomberg, Financial Times, Forbes, CNN, CNBC, e The Wall Street Journal.

 

Datas e horas

05 a 08 de novembro de 2018, no Altice Arena & FIL, em Lisboa.

Horários dos eventos aqui.

Cobertura de imprensa da Self

A Self vai lá estar e vai dar-vos toda a informação sobre o que se está a passar, com reportagens, entrevistas, vídeos, e fotografias, para que não vos escape nada. Fiquem atentos e acompanhem de perto o nosso site e facebook!  Como não poderia deixar de ser, a nossa presença lá terá um foco especial em criptomoedas, sistemas de pagamentos e inovação da blockchain, visto que o autor António Vilaça Pacheco estará bastante envolvido na área de MoneyConf e CryptoConf (no Web Summit).

Novidades em breve!

 

Saiba mais sobre o autor e o livro aqui:

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Blockspot Conference Europe 2018

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Blockspot Conference Europe 2018

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Este é o evento obrigatório do ano da Blockchain . É em Portugal e a Vida Self vai lá estar!

Blockchain é uma tecnologia revolucionária usada numa ampla gama de indústrias. A moeda digital Bitcoin é o seu principal representante e está a fazer concorrência ao sistema monetário mundial. Smart Contracts, ICOs, criptomoedas e uma Web descentralizada estão a transformar a nossa sociedade tão profundamente como o fez a Internet quando apareceu.

Isto está a criar novas áreas de estudo, como a Criptoeconomia. A Conferência Blockspot é um ponto de encontro para quem está a lidar com todas essas mudanças.

Datas e hora

Sexta-feira, 09/11/2018, 08h30

Terça-feira, 13/11/2018, 19h00 CST

Compre os seus bilhetes aqui.

Cobertura de imprensa da Self

A Self vai lá estar e vai dar-vos toda a informação sobre o que se está a passar, com reportagens, entrevistas, vídeos, e fotografias, para que não vos escape nada.

Fiquem atentos e acompanhem de perto o nosso site e facebook!  O António Vilaça Pacheco, autor do livro Bitcoin, da Vida Self Editora vai contar-vos tudo o que por lá acontece…

Saiba mais sobre o autor e o livro aqui:

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ABC SUMMIT em Lisboa, em setembro

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A primeira cimeira do ABC em Portugal, dedicado a projetos blockchain e ICO apoiados por ativos – 28 e 29 de setembro.

Lisboa receberá em setembro o ABC Summit. Será um evento dedicado às soluções blockchain que estão a ser adotadas por indivíduos, empresas e governos em todo o mundo. Blockchain é uma tecnologia que permite simplificar e executar processos complexos transparentes e invioláveis, como transações financeiras ou mesmo eleições.

Através de um smart contract que determine as regras de operações na Internet, qualquer processo iniciado com blockchain pode ter um perfil descentralizado, que é validado em cadeia por toda a rede participante em vários níveis.

A blockchain tem o potencial de se tornar a próxima infra-estrutura de comunicação e comércio e de introduzir novas possibilidades, ao mesmo tempo que simplifica a conformidade e a interoperabilidade universal. É uma revolução científica que pode significar uma mudança fundamental e radical nos níveis social, económico, financeiro e até mesmo político.

O Summit (onde ABC significa Asset Backed Crypto) servirá como um show de negócios para várias startups das mais diversas áreas que têm em comum o facto de que as suas atividades serem apoiadas por ativos, ou adicionarem projetos de valor real.

Usando os seus critérios, a organização está a selecionar empresas que procuram financiamento por meio da emissão de criptomoedas próprias – Initial Coin Offer (ICO). ABC Summit também visa esclarecer o público sobre ICOs.

Haverá painéis de informação e debate com vários especialistas em soluções de tecnologia de consenso distribuído e Inteligência Artificial, mas também oradores bem conhecidos com outras ideias, como finanças, economia ou impacto social. A inclusão financeira e a responsabilidade social também serão alvos de compreensão na discussão.

A organização do evento prestará atenção às mentes dos jovens e suas habilidades enquanto nos visitam na capital portuguesa.

Haverá um programa durante todo o evento com o objetivo de atender às necessidades e aspirações de estudantes universitários e outros jovens dispostos a aprender mais sobre o blockchain. Desde oficinas com profissionais da área até ideias num concurso para captar o interesse dos investidores, a ABC Summit também terá uma secção específica para aqueles que procuram oportunidades de emprego com startups e outras empresas que trabalham com essa abordagem tecnológica.

Datas da Cimeira, descontos nos bilhetes e apresentação do livro Bitcoin

A Cimeira da ABC será realizada no Centro de Congressos de Lisboa dias 28 e 29 de setembro de 2018.

António Vilaça Pacheco marcará presença no evento, apresentando o seu livro Bitcoin – Tudo o que precisa de saber sobre criptomoedas, esperando integrar um evento de classe mundial.

Para os que estiverem interessados, deixamos um código de desconto que pedimos para os seus seguidores em Portugal: AntonioVilacaPachecoABC40

Se usar este código, terá um desconto de 20% na aquisição dos bilhetes. Deixamos aqui o link para poderem clicar diretamente e comprar já com os descontos atuais:

https://www.eventbrite.fr/e/the-first-abc-summit-in-portugal-dedicated-to-blockchain-projects-and-ico-backed-by-assets-tickets-47506196312

Existem bilhetes para estudantes desde 25 € a 600 € bilhete vip com acesso total. O desconto de 20% que oferecemos acima aplica-se a todos os bilhetes.

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Quer divulgar o seu projeto na ABC Summit?

Gostaria de divulgar o seu projeto na ABC Summit de Lisboa? Torne-se um expositor ou torne-se um patrocinador.

Poderá enviar um email para António Vilaça Pacheco: bitcointalkspodcast@gmail.com  e ele colocar-vos-há em contacto com a pessoa certa na organização do evento.

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Um abraço e vemo-nos lá!

 

António Vilaça Pacheco é autor do livro Bitcoin, da Editora Self.

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A Bitcoin é má para o ambiente?

ambiente

A Bitcoin e o ambiente, é um tema que é abordado no livro Bitcoin – tudo sobre criptomoedas, em mais de um capítulo de forma mais explicativa. Mas vamos tentar resumir algumas ideias.

Quando foi criada a Bitcoin era possível de ser minerada por computadores portáteis, exigindo consumos de eletricidade muito baixos. Mas à medida que se adicionam recursos à rede, mais difícil fica de minerar. Este aumento de dificuldade, é o que dá segurança à rede da Bitcoin. É isto que a torna na rede mais poderosa e segura à face da terra.

O motivo pelo qual o mining se tornou numa indústria, é porque é rentável e porque a Bitcoin é tão valiosa.

Mas olhemos para o lado positivo. Esta indústria está na sua infância. À medida que o tempo passa, o normal é que os miners procurem desenvolver a sua atividade onde a eletricidade é mais barata. Afinal de contas, o mining é um negócio e a eletricidade é a sua matéria prima. Os lugares onde a eletricidade é mais barata são lugares (regra geral) com excesso de oferta energético. O que acaba por não ser assim tão pouco ecológico, mau para o ambiente e podendo inclusivamente viabilizar projetos de energia alternativa.

Outro fator que melhora o aspeto deste consumo energetico, são os estudos feitos à atividade de mining (ou mineração), que mostram frequentemente que a atividade de mining está assente neste momento em fontes de energia quase 100% renováveis. Quer isto dizer que não é o “colosso poluidor”  e inimigo do ambiente que muita gente pensa ser.

Ainda que este sistema da Bitcoin seja alvo de alguns ambientalistas que não tenham validado está informação, nunca podemos olhar para uma coisa isoladamente sem compreender qual a sua alternativa. Neste momento o sistema das moedas FIAT (euros, dólares e todas as moedas do mundo) não é propriamente ecológico. Muitos recursos energéticos são gastos em data centers, edifícios, terminais, impressoras, ramais, e muitos outros no setor bancário.

Só a reserva federal americana gasta 700 milhões por ano a imprimir notas de dólar.

O que faz da Bitcoin um alvo fácil, é o facto de ser muito fácil e direto de calcular os seus custos de funcionamento.

A bem da verdade, se juntarmos toda a pegada ecológica das notas e moedas atuais, juntando a isso o suporte dos seus sistemas de transferência, a conta será seguramente mais desfavorável.

Seja qual for o assunto, nunca se esqueça de não deixar que comparem alhos com bogalhos.

Saiba mais aqui: Bitcoin- tudo sobre criptomoedas

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O valor da Bitcoin não é demasiado volátil para investir?

volátil

Uma das questões mais debatidas relativamente à Bitcoin é de que o seu preço é extremamente volátil.

Não há dúvida de que o preço é volátil. Mas isso acontece por bons motivos. Pela primeira vez na história existe uma moeda descentralizada, criptográfica, imutável, global, e não manipulável por bancos centrais, governos ou outras instituições. Como tal, não existe nenhum elemento artificial de estabilização para que a mesma tenha um valor estático.

A volatilidade das criptomoedas depende apenas da lei da procura e da oferta e, como tal, fruto de ser ainda um mercado relativamente pequeno, a volatilidade de entrada e saída de detentores de Bitcoin (compradores e vendedores desta criptomoeda) oscila ao sabor de um mercado pequeno. Da mesma forma que a água de um pequeno copo oscila com qualquer tremor da nossa mão e que a água de um balde inteiro já tende a oscilar menos com o tremor dessa mesma mão.

A Bitcoin, tenderá a estabilizar‐se quando a sua capitalização global (ou seja, o valor global do mercado de criptomoedas) for significativo face à capitalização das moedas com as quais compete. (Moedas Fiat como o Euro, o Dólar, o Yuan, ou mesmo o Ouro).

Explicando um pouco melhor, com a generalização da adoção da Bitcoin por mais pessoas, a Bitcoin tenderá a estabilizar o seu preço. Provavelmente estabilizando num valor muito superior ao que tem hoje.

Devemos entender que neste momento estamos na infância destas criptomoedas. Ainda existem fatores que influenciam pesadamente as variações, dado que apenas uma parte muito pequena do capital ingressou na Bitcoin. Isto faz com que esse capital seja intensamente afetado por variáveis que, com o decorrer do tempo, embora continuem a influenciar o valor, tendem a esbater o seu impacto, criando ondas de impacto cada vez menores.

A causar pressão de valorização da moeda, temos o aumento de pessoas a adquirirem Bitcoin. Dado que a Bitcoin tem uma emissão controlada e definida desde a sua criação, uma procura elevada tenderá a gerar aumento do valor da moeda.

A causar pressão de desvalorização temos o fator medo. O medo causa sempre pressão negativa nos preços dos ativos financeiros, e as declarações de muitos líderes de opinião funcionam como pressões que geram descrédito e portanto medo e desvalorização no mercado. Com esse medo dá-se a saída de “investidores” nesta moeda. O que provoca a queda do seu valor.

O que vivemos no presente, é um sentimento de incerteza. A incerteza tem sempre um efeito oscilante e, enquanto estamos nesta fase de “infância”, muita coisa é colocada em causa quando surge alguma notícia menos positiva ou alguma opinião mais conservadora.

Portanto se tem criptomoedas, tenha em conta estas dicas e não se assuste só porque o mercado oscila. As criptomoedas são voláteis por natureza. Mas isso não é necessariamente uma coisa má. Aliás, são uma oportunidade para ganhar dinheiro com essas oscilações ao fazer trading.

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O preço da Bitcoin é muito elevado?

preço

Uma das muitas afirmações que são feitas sobre a Bitcoin é de que o seu preço ou valor é muito elevado.

Como poderíamos usar uma moeda que vale 7.000 euros? Ou 20.000 euros?

O preço unitário de uma moeda é irrelevante para a sua capacidade de troca.

Se pensarmos em termos de nomenclatura ou uso verbal, tradicionalmente esses termos são adaptados e evolutivos. Quando tínhamos o escudo, também estávamos habituados e fazer referência ao dinheiro em várias ordens de valor com termos diferentes: Centavos, Escudos, Contos.

Quando falávamos da compra de uma casa não falávamos nunca em escudos embora a moeda fosse escudos. Mas com a inflação e desvalorização do escudo, criou‐se o termo “contos” para definir cada unidade de mil escudos. Nunca isso foi uma confusão.

Quando falamos de ouro, ele também é uma unidade de troca. Mas também não nos referimos ao valor do ouro em barras de ouro nem trocamos barras de ouro inteiras cada vez que fazemos uma troca. As trocas são feitas em pequenas partes unitárias de uma referência de valor maior.

A Bitcoin, até pela sua natureza, é muito mais facilmente divisível do que uma barra de ouro. No caso da Bitcoin, até já existe uma unidade denominada de Satoshi (em honra ao seu inventor Satoshi Nakamoto) que representa uma Bitcoin dividida em 100 milhões de unidades. Imaginando que uma Bitcoin são 10.000 euros, mil satoshis são um cêntimo.

Rapidamente passamos a ter uma unidade “convertível”. Se rapidamente quisermos inventar uma nova unidade apenas para exemplo, podemos dizer que um Nakamoto seriam 10.000 satoshis. E assim tínhamos uma unidade de “conversação” exatamente proporcional ao euro hoje.

Um Nakamoto seria um Euro se assim fosse conveniente. O valor/preço de uma moeda não é a sua unidade verbal, mas sim a sua capitalização de mercado.

EQUIVALÊNCIAS ENTRE SATOSHI-EUR-BITCOIN
Satoshi
Eur
1 BTC
100000000
10000
1
100
0,01
0,000001
1000
0,1
0,00001
10000
1
0,0001

 

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Bitcoin – o tema quente dos últimos tempos

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Muito se tem falado sobre criptomoedas nos últimos meses. Ao longo dos últimos anos, o tema surge sempre com mais frequência quando existe uma valorização acentuada das criptomoedas, provocando uma consequente “corrida ao ouro” e um entusiasmo de investidores de oportunidade.

De igual modo, aumenta a frequência de notícias quando as criptomoedas sofrem uma correção acentuada, e os apóstolos da desgraça voltam a decretar o fim da Bitcoin (como tem acontecido ao longo dos últimos 9 anos da sua existência.

Mas há uma grande falta de informação do que é efetivamente a Bitcoin e as outras criptomoedas. E num mundo de polaridades, as opiniões extremistas dos que ainda não reconhecem ou não compreendem o valor das criptomoedas, levam a Bitcoin e as criptomoedas frequentemente para um território estranho, aparentando mais ser um “elemento do submundo” do que uma inovação tecnológica que permitirá alterar completamente o mundo financeiro tal como o conhecemos.

O descrédito e a desinformação são constantes, e uma das causas para isso é a falta de acesso à informação, que leva frequentemente a uma construção de opinião baseada em informação pobre e profundamente desvirtuada. Na verdade, as criptomoedas não facilitam a vida ao jornalismo e aos media, porque o entendimento das mesmas também não se consegue nos outros media internacionais de renome. (Já que também eles têm pouco estudo e pouco acesso à informação organizada relativamente a este mercado.)

O resultado desta fase, ainda com pouca informação acessível, é a criação de ideias erradas e mitos que são tratados como certezas, e geram consequentemente a desconfiança e a atitude negativa face às criptomoedas. Para tentar esclarecer alguns dos pontos mais comummente tratados de forma errada ou simplista, resolvemos começar o nosso trabalho com a publicação de alguns FAQ, que vêm desmistificar, clarificar e detalhar alguns dos “defeitos” apontados à Bitcoin e às criptomoedas.

Obviamente que nem tudo pode ser explicado de uma vez, e certos conceitos serão mais difíceis de entender para quem não souber ainda nada sobre Bitcoin. Mas felizmente continuaremos a publicar explicações sobre as temáticas de criptomoedas abordando sempre o tema de uma forma clara, explicada e acessível a todos.

bitcoinO livro Bitcoin – tudo o que precisa de saber sobre criptomoedas, será sempre o ponto de partida ideal para ficar esclarecido sobre criptomoedas.

Mas sinta-se à vontade para primeiro ler alguns dos temas do livro para avaliar o seu interesse. Leia mais aqui.

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Blockchain and Bitcoin Conference Gibraltar

 

No âmbito da área de gestão e empreendedorismo, a Vida Self foi fazer a cobertura da Blockchain and Bitcoin Conference Gibraltar 2018. Vamos lançar alguns artigos nos próximos dias, que são inspirados na nossa Road Trip e em toda a experiência durante a conferência, mas o primeiro reporte que queremos dar aos nossos leitores é acerca da experiência no geral.

Chegámos bem cedo à conferência, depois de uma entrada fronteiriça de La Linea (Espanha) para Gibraltar (Reino Unido). É quase romântico o pensamento que nos invade quando refletimos sobre como foi possível ao longo de tantos anos manter um território tão pequeno e tão distante da sua pátria. Ao mostrar o passaporte numa fila de pessoas cujo trajecto diário cumpre esse ritual, foi inevitável para nós, elementos de fora desta matriz, refletir sobre os desafios que este pedaço de terra isolada terá passado para ainda hoje poder afirmar a sua identidade como pertencente ao Reino Unido. Foram 28 minutos de caminhada saudável, pelo fresco da manhã (atravessando inclusive uma pista de aeroporto a pé!), para entrarmos num calor humano com uma dinâmica inacreditável.

Assim que colocámos os nossos pés no luxuoso iate onde a conferência teve lugar (sim… é verdade, a conferência teve lugar num iate-hotel de 5 estrelas), fomos abordados pelas agradáveis e simpáticas hospedeiras da Smile Expo. Cuja simpatia fez jus ao nome “smile”. A boa disposição e a atitude solícita foi transversal. A organização foi primorosa. O flow começou no check in e estendeu-se para o pequeno-almoço de networking. E que networking

Servirmo-nos do café da manhã e a sala ainda não estava composta com os visitantes. Mas não foram sequer minutos até à dinâmica apaixonada desta conferência nos engolir no seu positivismo. As pessoas circulavam frenéticas e animadas, trocando apertos de mão, apresentações e trocas de cartões, que se foram sucedendo a um ritmo alucinante durante todo o resto do dia.

Good vibe e energia. Foi isso que sentimos em cada poro do nosso corpo. É claro que estamos a falar de um tema quente na atualidade empreendedora. É claro que estamos a falar de um tema curioso e frenético. Mas a organização do evento tem certamente muito a ver com este ambiente saudável, amigável, energético e dinâmico.

Parabéns à Smile Expo pela organização excelente à qual nada pareceu faltar. E não temos dúvidas de que os empresários, curiosos e estudiosos da Blockchain sentiram que nada lhes faltou para acelerarem a fundo com as suas ideias e networking.

Na sala sentia-se que todos respirávamos a mesma energia. A energia de estarmos juntos numa sala onde se pensava o futuro. Partilhavam-se ideias sobre o que cada um estava a fazer, sobre investidores, sobre que aplicações poderia ter a blockchain, como melhorar os nossos negócios e o que iríamos revolucionar com este pensamento disruptível.

As conferências começaram bem cedo com uma abertura entusiasta. Vamos abordar em posts específicos as aprendizagens desta conferência. Mas, desde já, uma salva de palmas para a Smile Expo e a todas as pessoas envolvidas na organização.

Bom painel, bons speakers, boas ICO convidadas e excelente organização. Querem saber mais? Leiam os artigos que continuaremos a publicar aqui nos próximos dias! Congrats!