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O meu filho vai para o ensino superior e agora? (2ª parte)

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O meu filho vai para o ensino superior e agora? (2ª parte)

Na primeira parte deste artigo pudemos reflectir sobre vários tópicos: mais opções académicas, mudança do mercado de trabalho e profissões, conceito de carreira, perfil dos alunos e as competências para 2020.

Há ainda outro tópico que não foi abordado: muitos dos recrutadores nas empresas e até professores já são da geração millennials, ou seja, a forma de recrutar colaboradores e até de leccionar está a sofrer significativas alterações. É mais um factor a ter em conta e de reflexão sobre as alterações nesta área.

Hoje vamos incidir na parte prática. Para compreender e ajudar os jovens deixo as seguintes estratégias:

  • Pesquisar e conhecer mais sobre a Geração Z e iGen, estas teorias ajudam-nos a perceber melhor como funciona esta nova geração, logo poderemos dar melhores respostas;
  • Fomentar a curiosidade, autonomia e prática, será através destas três características que os jovens irão desenvolver as competências reveladas pelo Fórum Economico Mundial;
  • Para desenvolver soft skills, uma das melhores experiências, é o voluntariado ou estar envolvido em trabalho associativo. Dê o exemplo e vivam este desafio em conjunto;
  • Não pressionar pois tornar-se-á mais um critério de peso nesta tomada de decisão;
  • Estimular positivamente a consciencialização para o tema colocando-se no lugar do jovem;
  • Pergunte-se: se hoje tivesse que ingressar no ensino superior, com o novo leque de opções, com vista numa possível profissão, como seria o meu processo de tomada de decisão?
  • Mostrar-se genuinamente interessado e disponível para desenhar, em conjunto, várias soluções, partilhando as suas dúvidas e exemplos práticos no trabalho;
  • Quando necessitarem de um elemento externo para levantar novos pontos de vista recorrer a um acompanhamento profissional.

Estamos a viver uma transição desafiante e o papel de todos é relevante pois, esta geração que ingressa no ensino superior e mercado de trabalho, terá grandes desafios. Se os millennials fazem a ponte entre a geração anterior e a seguinte, é a Geração Z que estará encarregue de integrar todas as novas práticas e inovações na nossa sociedade.

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O meu filho vai para o ensino superior e agora? (1ª parte)

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O meu filho vai para o ensino superior e agora?

Nestes últimos meses, várias famílias têm procurado os meus serviços de coaching para ajudar os seus filhos a responder às seguintes questões: vou continuar a estudar? Que área e curso devo escolher? Como estará o mercado de trabalho quando terminar a minha formação?

É, sem dúvida, um momento fulcral e delicado, não só pelo caminho futuro a seguir como pelas sucessivas alterações nas opções académicas e de profissões.

Acredito que existem vários olhares sobre esta questão, começando por analisar a diferença entre o conceito de carreira há 10 anos atrás e actualmente. Antigamente, um dos critérios mais importante nesta escolha era a segurança do trabalho futuro, a ideia global era: tirar a formação, começar a estagiar e ser promovido ao longo dos anos, sempre no mesmo local. Hoje, muitos jovens são atraídos pelas experiências no local de trabalho e não pela segurança, logo, é natural que se imaginem em diversos locais a experimentar projectos e sensações diferentes.

Como consequência deste aspecto acredito que os perfis dos alunos se dividirão em dois: o aluno que quer aprofundar conhecimentos e prática na sua área de trabalho (p.e. investigadores) e o aluno que quer experimentar diversas áreas e funções (p.e. empreendedores). Assim sendo, consoante o seu perfil teremos duas opções principais:

Aluno especialista – seguir um percurso académico em instituições de renome com resultados extraordinários (saber-saber).

Aluno generalista – percorrer um percurso académico/ de formação onde se capacite com várias competências e ferramentas, impactando profissionalmente e no saber-ser/saber-fazer.

Segundo o Fórum Económico Mundial, estas são as 10 competências, que todos os profissionais devem desenvolver:

  1. Resolução de problemas complexos;
  2. Pensamento crítico;
  3. Criatividade;
  4. Gestão de Pessoas;
  5. Coordenação;
  6. Inteligência Emocional;
  7. Capacidade de julgamento e de tomada de decisão;
  8. Orientação para servir;
  9. Negociação;
  10. Flexibilidade cognitiva.

Qual é o meu papel enquanto responsável e como posso ajudar? Sugiro que faça uma reflexão aprofundada sobre os tópicos apresentados e partilhe as suas conclusões com o jovem em fase de transição. Pode ser um começo para introduzir as estratégias apresentadas no próximo artigo.

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Como evitar um esgotamento

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Gerir seu próprio negócio é um processo muito complexo e contínuo. Precisará de usar muitos “chapéus”, e é fácil acabar a trabalhar muito mais do que sendo funcionário por conta de outrem. Mas o risco é chegarmos a um esgotamento.

O pior da nossa crescente tendência para trabalhar longas horas é que, na verdade, isso não é bom para nós – para a nossa saúde ou para os nossos negócios. Trabalhar longas horas aumenta nosso risco de acidente vascular cerebral, como descobriu um estudo da University College London. O estudo foi realizado em três continentes, e os participantes que trabalharam mais de 55 horas por semana tiveram uma hipótese maior de 33% de terem um AVC, em comparação com aqueles que trabalharam 35-40 horas. Houve também 13% mais de hipóteses de doenças coronárias.

Longas horas de trabalho também podem levar à fadiga, falta de saúde geral e, claro, esgotamento. Mas também é mau para a produtividade. Um estudo com operários britânicos durante a Segunda Guerra Mundial descobriu que a produção tinha resultados cada vez menores por cada hora trabalhada além de 49 horas, cada semana.

Um estudo de 2011 analisou dados de países pertencentes à organização internacional de comércio OECD, a partir de 1950. Este estudo encontrou um resultado semelhante: à medida que o número de horas ia aumentando, a produtividade ia diminuindo.

Ou seja, o excesso de trabalho é mau para o negócio.

Mas pode ser mais fácil falar do que fazer, principalmente quando é do seu próprio negócio que falamos. Vamos ver como é que algumas das pessoas mais bem-sucedidas do mundo não têm esgotamentos mesmo trabalhando arduamente.

 

Pare nos 80%

O escritor e marketer Justin Jackson adora trabalhar. Mas ele percebeu que adora um pouco demais:

«Durante anos, eu ia ao escritório de manhã e gastava toda a energia criativa que tinha. Dei tudo até não ter mais nada. Se tivesse tempo extra, começava um novo projeto.»

Não foi apenas trabalho. Jackson era pai pela primeira vez,  fazia voluntariado, tinha criado um negócio e iniciado o seu mestrado. Tudo florescia e ele assumiu que poderia continuar assim para sempre.

Inevitavelmente, teve um esgotamento.

«O problema de andar no limite é que as pessoas não conseguem lidar com nada novo. Eu não consegui encaixar mais nada. Apertei a minha agenda, as minhas finanças, a minha energia e a minha família até o limite absoluto. E então veio uma crise: o negócio em que tinha investido correu mal. E eu não tinha espaço extra para lidar com uma crise: todos aqueles pratos que eu estava a girar desabaram.»

A abordagem de Jackson para começar de novo foi usar o conceito hara hachi bu, que é a ideia de comer apenas até que esteja 80% cheio. A ilha de Okinawa tem 3 vezes mais pessoas com mais de 100 anos do que os EUA. Acredita-se que essa longevidade vem (parcialmente) da prática de hara hachi bu, que restringe quantas calorias se ingere por dia.

Jackson adotou essa abordagem e adaptou-a para o trabalho:

«Tornei-me consciente da quantidade de energia que gastei no escritório. Eu deliberadamente acalmava-me para gastar apenas 80% da minha energia mental ao longo do dia.»

Obviamente, é difícil dizer exactamente onde está a marca dos 80%, mas, de acordo com Jackson, é apenas uma questão de estar atento e não de estimular demais o cérebro. Ele tende a escolher duas ou três grandes tarefas para realizar cada dia, e não mais.

Com espaço mental extra para lidar com eventos inesperados, Jackson não se sente mais em risco de esgotamento. Também está a trabalhar melhor: “Em vez de ser superestimulada, a minha mente está mais concentrada. Ao reconhecer os meus limites, gasto os meus recursos com mais sabedoria ”.

Fique de olho nos seus níveis de energia e tente parar quando chegar aos 80%. Economize 20% extra para a família, amigos, hobbies e lidar com eventos inesperados.

Uma abordagem semelhante é o conceito de “satisfação”. Discutida num artigo do Dr. Barry Schwartz, é a ideia de fazer – ou escolher – o que é bom ou suficiente, em vez do que é absolutamente o melhor. É o oposto da maximização que determina que você só aceita o melhor e inflige stress a si mesmo tentando constantemente obter o resultado máximo de qualquer trabalho que você faça ou escolha fazer.

A pesquisa de Schwartz descobriu que os satisfeitos são mais felizes que os maximizadores. Ele também encontrou satisfeitos que muitas vezes acabam a maximizar só porque sim. Por exemplo, ao fazer uma escolha, os satisfeitos irão olhar para diferentes opções até encontrarem uma que seja boa o suficiente, enquanto o maximizador continuará a pesquisar até que esteja absolutamente certo de que eles têm a melhor escolha – e frequentemente continuam a preocupar-se com as outras opções, mesmo depois de fazer sua escolha.

Mas, depois de tomar uma decisão, o satisfeito às vezes irá para uma opção melhor se ela aparecer. Sem ir à procura da melhor opção disponível, eles acabarão por maximizar de qualquer maneira – mas sem o stress de que um maximizador normalmente sofre.

Se você tende a concentrar-se em alcançar o melhor resultado possível em tudo que faz, tente pôr de lado algumas dessas expectativas. Poderá surpreender-se com os resultados do seu trabalho quando este não é pincelado por stress e expectativas.

 

Mantenha-se focado no seu objectivo

Angela Benton, co-fundadora do acelerador de startups NewME, usa a meditação para evitar o esgotamento.

Depois de se mudar para São Francisco para gerir o NewME, Benton parou de se exercitar regularmente e muitas vezes esqueceu-se de comer porque estava muito ocupada. Ela estava a gostar do seu trabalho, mas sentia os sinais de esgotamento a surgirem: “Eu estava exausta. Desconectei-me da razão por que estava a fazer o que fazia, e para quem estava a fazer. ”

Para Benton é essencial ficar centrado no que é importante e porquê. Vinte minutos de meditação todas as manhãs ajudam-na a manter o foco.

Para algumas empresas, o mindfullness melhorou a produtividade e reduziu a rotatividade de funcionários. De acordo com Rich Fernandez, co-fundador e presidente da Wisdom Labs:

«Na Aetna, uma das terceiras maiores empresas de seguro de saúde dos EUA, 12.000 funcionários participaram num programa de mindfullness. E, em média, temos 62 minutos de aumento de produtividade por funcionário, com uma economia adicional de 3.000 dólares por funcionário.»

E no iOpener Institute, Fernandez diz que a introdução do mindfullness no trabalho levou a uma redução de 46% nos custos da empresa devido à rotatividade de funcionários, redução de 19% no custo de baixas médicas e um aumento de 12% no desempenho e produtividade.

Tente alguns minutos de meditação cada manhã para o ajudar a se concentrar no que é mais importante.

 

Olhe para o custo de oportunidade

Tina Martini, sócia do escritório de advogados DLA Piper, diz que não conseguir dizer não é seu maior desafio quando se trata de combater o esgotamento: “É difícil dar um passo para trás e dizer: “Isso é o que eu já tenho no meu prato.”

Quando Martini lutou contra um esgotamento, há alguns anos, ela contratou um executive coach para ajudá-la a voltar ao rumo certo. Uma das coisas com que a coach da Martini mais a ajudou foi compreender que “em todas as oportunidades, há um custo de oportunidade”.

Martini diz que é útil ter “uma conversa consigo próprio sobre o que é importante, dar um passo atrás para olhar sua vida holisticamente”. Isso torna mais fácil focarmo-nos no que realmente importa, diz ela, e ver quando o custo da oportunidade não vale a pena. Se você está a fazer uma coisa, está a renunciar a outra.

Antes de dizer sim a um novo projeto, avalie o tempo e foco de que precisará de reservar para se comprometer com ele.

 

Tire férias

De acordo com Tony Schwartz, autor de The Way We Work Isn’t Working: “Terá mais trabalho realizado a um nível mais alto de qualidade se tirar férias”.

Quando a CEO da Yahoo! Marissa Mayer foi vice-presidente de Produtos de Pesquisa e Experiência do Usuário do Google em 2006, ela disse à Fortune que tinha cerca de 70 reuniões por semana. “Eu tiro uma semana de férias a cada quatro meses de trabalho”, disse ela.

Richard Branson concorda com a importância das férias:

«Garanto que desligo, deixando meu smartphone em casa ou no quarto do hotel o maior tempo possível – dias, se puder – e levando um caderno e uma caneta comigo. Livre das tensões diárias da minha vida profissional, acho que tenho mais hipóteses de ter novas soluções sobre problemas antigos e novos momentos de inspiração.»

Para Branson, as férias são mais do que apenas descanso e recuperação: “Quando uma pessoa vai de férias, a sua rotina é interrompida; os lugares que frequenta e as novas pessoas que conhece podem inspirá-lo de formas inesperadas. ”

Planeie as suas próximas férias num lugar onde possa ficar longe do stress da vida diária. Seja num país totalmente novo que quer explorar ou simplesmente num local tranquilo na praia mais próxima – tente afastar-se da tecnologia e deixe sua mente esvaziar.

Com toda a pressão que vem de gerir o seu próprio negócio, ter um esgotamento é a última coisa com que se quer preocupar. Reserve algum tempo agora para colocar um plano em prática para cuidar de si mesmo. É melhor ter um pouco de tempo agora para a sua saúde e sanidade, do que ir de férias forçadas mais tarde quando perceber que não consegue acompanhar o ritmo.

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Mudanças de carreira bem sucedidas

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Quer mudar ou mudou recentemente de carreira?

Normalmente por detrás de uma necessidade ou vontade de mudar de carreira estão as mais diversas razões.

Os objectivos ou valores que tínhamos para a nossa vida profissional mudaram, descobrimos novos interesses, não vemos perspectivas de progressão ou oportunidades de crescimento profissional/pessoal, queremos melhores condições de remuneração, procuramos outra cultura empresarial, procuramos um trabalho mais flexível… Numeramos alguns motivos mas haverão muitos mais.

Mudar de carreira tem sempre algum risco e sobretudo é sempre um momento stressante. Por isso, é fundamental fazermos o trabalho de casa para garantir que minimizamos o risco de tomarmos uma decisão errada e também para garantir que é uma mudança bem sucedida.

 

Antes de mudar de carreira, faça o trabalho de casa. Saiba exactamente a situação em que está. Analise a sua necessidade de mudança. Veja se é possível mudar alguma coisa na sua função actual que vá ao encontro do que pretenda. Caso isso não seja possível, identifique prós e contra de uma mudança. Sobretudo, não tome nenhuma decisão precipitada nem baseada em pressupostos pouco claros.

Depois,  vá em frente.

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Lá fora, o mundo

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Como encontrar o trabalho perfeito. Este é o título de um pequeno livro que li há um par de anos e que embora não me tenha feito revelações bombásticas, sistematiza uma série de factos e ideias de uma forma que achei muito útil. A determinada altura o autor, Roman Krznaric, cita uma ex-engenheira aerospacial que abandonou a NASA para se dedicar ao planeamento urbano. Que reviravolta, não é? Do seu testemunho retive a seguinte frase, que sublinhei a lápis: “(…) o que me facilitou realmente o mudar de carreira foi que nunca me passou pela cabeça limitar-me a uma profissão. Há tantas áreas interessantes, por que razão haveríamos de nos limitar a uma só? Acho que toda a gente se devia despedir pelo menos uma vez na vida”.

Quando li este livro havia mais de um ano que questionava seriamente a minha vida profissional. De tudo, o que mais me angustiava era a certeza de que tinha deixado de aprender coisas realmente novas. E a par disso, a cultura da empresa não me deixava antever grandes possibilidades de progressão. Queria, portanto, mudar. Isso era certo. Mas para onde, para fazer o quê e em que moldes?

Quando exercemos durante muito tempo as mesmas funções num mesmo lugar sofremos de dois efeitos perniciosos: primeiro passamos a achar que não há mais onde trabalhar senão ali; depois julgamos que nunca mais seremos capazes de fazer outra coisa. Se a juntar a isto tivermos a sorte (ou o azar!) de integrar uma empresa sólida e estável, ficamos acomodados e, logo, tolhidos. Como diz um grande amigo meu, “o conforto pode ser uma coisa lixada!”.

Nesta fase da minha vida ter-me-ia dado jeito ler um outro pequeno livro — com o título Como mudar o mundo — onde o autor explica que um dia, para ter uma noção mais concreta das suas aptidões, elaborou uma lista com a sua “experiência profissional, incluindo também aquilo que havia feito apenas como passatempo, trabalho de férias e ainda tarefas desgastantes”. Ironicamente, li o livro e fiz minha lista há poucos dias, depois de me ter despedido pela terceira vez na vida. E confesso que o exercício contribuiu para aumentar bastante a minha autoestima.

Houve momentos em que me senti menor por nunca ter sido uma pessoa orientada para a construção de uma carreira. À minha volta há muita gente empenhada nisso, na carreira. Eu não estou e só há pouco tempo é que me apaziguei com esse facto. Com o facto de me ter deixado vogar ao sabor das oportunidades que surgem e das paixões que estas me espoletam.

Gosto de trabalhar, preciso de trabalhar para me sentir sã e válida e é através do trabalho que consigo duas das coisas que me são mais importantes: aprender continuamente e melhorar enquanto ser humano. Mas, embora trabalhe com brio e empenho até ao último dia, o trabalho nunca foi a minha prioridade. O trabalho é, no que me diz respeito, um meio que me permite alcançar outros fins. E para mim, os outros fins, os que verdadeiramente importam, têm estado sempre fora das quatro paredes de um escritório.

Não me arrependo de ter passado quase quinze anos na mesma empresa. Fui feliz no meu trabalho. E não só. Nesses quase quinze anos casei-me, fiz amigos para a vida, adoeci com uma leucemia, entrei em remissão graças a um autotransplante de medula óssea, divorciei-me, mudei de casa pela 13ª vez, intensifiquei o número de viagens, aprendi a fotografar, criei o Acordo Fotográfico, descobri o prazer da escrita e meti uma licença sem vencimento de seis meses para fazer uma volta ao mundo de mochila às costas.

Depois dessa grande viagem, alguns dos aspetos da minha rotina deixaram de fazer sentido. Como era de esperar, a forma como trabalhava e o estilo de vida que o trabalho implicava — picar o ponto e passar horas a fio entre quatro paredes, sentada na frente um computador — tornaram-se difíceis de suportar. No dia em que assinalei os seis meses do regresso a Portugal, resgatei da estante Projetar a Felicidade, o livro onde Paul Dolan afirma: “(…) enquanto poupar dinheiro para um dia que não chega é triste, desistir da felicidade agora para esperar a felicidade que nunca chega é verdadeiramente trágico”. Demiti-me um mês mais tarde.

Nos próximos textos é sobre tudo isto que quero refletir. Sobre as transformações, as mudanças, os rompimentos que nos permitem renascer e reinventarmo-nos, as viagens e os livros que nos abrem os horizontes, a família e os amigos que são os nossos pilares, os exemplos inspiradores que vêm dos outros e o mundo deslumbrante que, com todos os seus defeitos assustadores, espera por nós lá fora.
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Qual o melhor manual de sempre sobre sucesso?

Talvez não saiba, mas a Bíblia é o melhor manual sobre o sucesso já escrito até hoje. A sua sabedoria milenar continua extremamente atual, indicando os caminhos para que qualquer pessoa, religiosa ou não, se possa sair bem no mercado de trabalho e na gestão de empresas. O objetivo deste livro é revelar-lhe esse conhecimento.

A eficácia destas lições já foi comprovada por muitos profissionais respeitados que declararam ter construído uma carreira vitoriosa com base nas leis, nos princípios e nos valores da Bíblia.

Não importa se é um empresário, um gerente ou um  empregado, os ensinamentos bíblicos são como chaves: funcionam para todos. Se utilizar a chave certa, poderá abrir as portas da excelência, da credibilidade e do sucesso.

Se estiver a perguntar-se porque quase não se fala dessas lições profissionais tão valiosas, a resposta é simples: em geral, a Bíblia é vista apenas como um livro religioso, por isso a maioria das pessoas faz um uso limitado dela, seguindo somente as suas orientações espirituais. E aqueles que não se interessam por religião acabam por nem sequer prestar atenção a importantes ensinamentos que poderiam mudar o rumo das suas carreiras. Estes equívocos custam caro, pois a sabedoria bíblica pode ajudar a resolver muitos dos desafios do mercado de trabalho de hoje.

Um dos homens mais ricos do mundo, o empresário Eike Batista – que assina o prefácio deste livro – ensina que o “sucesso profissional é uma meta que pode ser alcançada de diferentes maneiras. Uma parte dos resultados é consequência direta das convicções e dos valores que cada um traz dentro de si”. Ele menciona vários: disciplina, força de vontade, capacidade de crescer com as dificuldades, inteligência, criatividade, coragem, determinação e autocontrolo.

Todos estes valores, expressos na Bíblia, serão apresentados aqui. Obviamente, as Escrituras não são o único lugar onde se encontram princípios úteis para a vida, mas, quando o assunto é trabalho e carreira, é o livro que, com certeza, reúne a maior quantidade de conselhos de qualidade.

Saiba mais sobre o livro AQUI.

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“Mulheres às Avessas”

A maioria das mulheres ainda se põe no fim da fila — e parece confortável com isso. Poucas são as felizardas que se acham merecedoras dos aplausos que recebem. Sentimos que existe sempre um dedo a apontar a «farsa» que somos, acusando-nos de que poderíamos ter feito melhor.

Os pequenos prazeres do dia a dia também são afetados pela nossa neurose. Se, num dia, nos permitimos saborear um maravilhoso churrasco e degustar uma deliciosa sobremesa, programamos mentalmente uma ementa de prisão gastronómica para o período seguinte: duas semanas à base de alface e água! Também pagamos caro pela «futilidade»: pedir ao pai dos nossos filhos que tome conta deles enquanto vamos ao cinema, ao teatro, passear no centro comercial ou, simplesmente, descansar um pouco da vida de mãe é praticamente uma heresia. A penitência? Usufruir de cada um desses momentos sob a agonia da culpa.

Mulheres… tão amáveis, tão heróicas e tão contraditórias!

(…) A mesma intensidade que costuma tornar a mulher aberta às necessidades alheias torna-a uma verdadeira carrasca de si mesma. Como começou tudo isto? Quando foi o mundo feminino invadido por tanta tirania e autocrítica? Porque trocou aquela menina sonhadora o seu olhar curioso por um semblante preocupado e um sorriso amarelo?

Está na hora de questionarmos a nossa necessidade de perfeição e aprovação. Conquistámos muitas coisas e ainda temos muitas outras para demandar. No entanto, devemos rever a maneira como vamos conduzir essa demanda daqui para a frente.»

Saiba mais sobre o livro AQUI.

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Você está presente na sua vida?

«Os seus filhos têm piano, futebol, aulas particulares. Você trabalha 45 horas (e mais algumas) por semana. Os seus amigos querem que você vá à festa em casa deles. Você coordena uma acção de caridade. Você cuida dos seus pais, dos seus compromissos, das suas finanças e da ida da família aos médicos. O seu carro precisa de ir à oficina. E a propósito, tem de pagar os impostos.

Onde quer que vamos, ouvimos que é hora de desligar, tomar um fôlego, e relaxar. Podemos até ouvir esse conselho. Mas a verdade é que as férias passam a voar, não temos tempo para nós e as nossas tentativas para meditar, orar ou simplesmente descansar passam para último plano. Estamos sempre a “apagar incêndios”. Nós achamos que podemos “fazer acontecer” o sucesso, o amor, a felicidade… Mas você está disposto a considerar que é esta nossa “ocupação” que nos impede de alcançar a verdadeira alegria e paz?

Você está preso no ciclo frenético de “fazer”? Constantemente ansioso, cansado fisicamente ou emocionalmente esgotada? É a sua agitada agenda a prejudicar seu desempenho no trabalho, com os seus filhos, na sua vida amorosa, nas suas amizades ou o mais importante a prejudicar a sua própria saúde e bem-estar?

Se assim for, você precisa perguntar a si mesmo: “Eu sinto-me presente na minha própria vida?” (…)

A nossa dependência da ocupação na verdade decorre do medo. Temos medo de perder algo, de sermos vistos como improdutivo, egoísta, preguiçoso, um mau pai, que não somos bons o suficiente ou, que sejamos ignorados e deixados para trás. Aqui está a verdade… Nós podemos permanecer perpetuamente em movimento para evitar os nossos sentimentos de indignidade. Se nos mantermos incrivelmente ocupados com as coisas pequenas, podemos adiar a pensar nos nossos verdadeiros problemas. A nossa “ocupação” dá-nos uma desculpa para escapar da responsabilidade de ser os nossos eus autênticos e de mudar a nossa vida.

O Divino habita em cada parte de sua experiência – até mesmo na sua ocupação. Você tem acesso a tudo o que você precisa em cada momento. Pare a corrida a confusão e a preocupação. Apenas respire. Tire um tempo para estar no momento presente a cada dia. Mesmo tarefas mundanas podem ser realizadas com plena consciência. Cozinhar o jantar com presença. Mudar a caixa de areia do gato com presença. Encher o depósito de combustível com presença. (…)

Deixe ir, esteja presente e deixe fluir a sua vida bela. Não há pressa. Você tem todo o tempo do mundo.»

Saiba mais sobre o livro AQUI .

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Ser bem-sucedido é a única opção…

sucesso

segredosHoje em dia, quase todos trabalhamos em algum tipo de emprego ou carreira e, em média, passamos entre 50% e 90% do tempo em que estamos acordados no trabalho. Como tal, ser bem-sucedido no trabalho equivale praticamente a sermos bem-sucedidos na vida, não sendo esta última normalmente possível se não conseguirmos sobressair na nossa vida profissional. Assim, para ter uma vida fantástica, é imperativo que esteja disposto a esforçar-se por sobressair no seu trabalho.

A natureza do trabalho no século XXI está também a evoluir rapidamente: os tempos em que se tinha um «emprego para a vida» pertencem ao passado e muito poucos de nós passarão a vida a trabalhar numa só organização, no mesmo cargo e na mesma localização. Atualmente, podemos trabalhar a partir de casa ou partilhar uma área de trabalho com colegas, podemos ter patrões e colegas estabelecidos noutros locais que só conhecemos online em videoconferências, muitos de nós têm horários de trabalho flexíveis e, neste mundo sobrecarregado de informação e em que comunicamos 24 horas por dia, sete dias por semana, podemos sentir-nos impelidos a estar sempre a trabalhar. No trabalho, somos pressionados constantemente para ter um bom desempenho e para nos esforçarmos mais; ser simplesmente mediano ou satisfatório não é suficiente, visto que as organizações reduzem a sua mão de obra e suspendem contratos de trabalho regularmente para poupar em custos e eficiência. Em consequência, espera-se que todos nós façamos e alcancemos mais, em menos tempo, com menos colegas e recursos a ajudar-nos.

À exceção daqueles que doam o seu tempo de forma voluntária ou pro bono, todos trabalhamos para receber algum tipo de salário ou remuneração e, em troca desse valor, espera-se que tenhamos um bom desempenho. Os nossos empregadores esperam que nos esforcemos por ser bem-sucedidos no nosso trabalho e, se não o conseguirmos, arriscamo-nos a perder o emprego ou a deixar passar oportunidades de promoção ou aumentos de salário. Para muitos de nós, tentar ser bem-sucedidos é a única opção. Todas estas mudanças no local de trabalho levaram a que a gama de aptidões necessárias para se ter sucesso esteja também a mudar e a evoluir.

Saiba mais sobre o livro AQUI.