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5 livros de encher o coração e que serão uma otima prenda de Natal

Os livros contam-nos histórias, alimentam-nos os sonhos e dão-nos esperança. Quando fazemos uma boa escolha o livro que oferecemos pode ser uma óptima companhia, um confidente, um exemplo.

Na Self seleccionamos 5 livros que adoramos. Foram 5 livros que nos encheram o coração e por isso quisemos publicá-los. Leia o resumo de cada um deles. Pode ser uma boa prenda para alguém… ou para si.

O Fim é o meu Início, de Tiziano Terzani

Um pai conta ao filho a grande viagem da vida. Uma vida dedicada a perceber e a contar o mundo…e também a enviar uma profunda mensagem de paz.

TizianoTiziano Terzani, ao saber que chegou ao fim do seu percurso, fala com o filho Folco acerca do que foi a sua vida e do que é
a vida. Assim, em Orsigna, debaixo de uma árvore a dois passos da sua casa de meditação em estilo tibetano, num estado de ânimo maravilhoso, conta a sua vida passada a viajar pelo mundo à procura da verdade. Procurando o sentido das muitas coisas que fez e das muitas pessoas que foi, traça um afresco das grandes paixões do seu tempo. Recorda, em especial aos jovens, a importância da fantasia, da curiosidade pelo que é diferente e da coragem por uma vida livre e verdadeira.

A sua risada inconfundível e a sua voz, cuja tonalidade é impossível de imitar, deixam transparecer a serenidade de quem já não luta, de quem é feliz por uma existência fortunada, rica de aventuras e de amor. «Se me perguntares o que é que eu deixo, deixo um livro que talvez possa ajudar alguém a ver o mundo de uma forma melhor, a desfrutar mais a própria vida, a vê-la num contexto mais amplo, como aquele que eu hoje sinto de forma mais intensa.» Um texto que é o seu último presente: o livro de Tiziano Terzani.

TizianoTiziano Terzani nasce em Florença em 1938 e durante trinta anos vive com a mulher e os dois filhos na Ásia. Como  correspondente do semanal alemão Der Spiegel vive em Singapura, Hong Kong, Pequim, Tóquio, Banguecoque e Nova Deli, de onde colabora também com La Repubblica, L’Espresso e Il Corriere della Sera. Ao longo da sua vida asiática publica muitos livros, traduzidos em várias línguas, sobre as grandes histórias de que é testemunha: a guerra no Vietname, a China do pós-Mao, ou a queda da União Soviética. Em 2002, as Lettere contro la guerra alertam para o perigo do recurso à violência para a sobrevivência da humanidade. No seu último livro, O fim é o meu Início, Terzani coloca-se uma série de perguntas sobre o sentido da existência. Morre em Orsigna em julho de 2004.

A vida contada de A. J. Fikry, de Gabrielle Zevin

Este livro é uma carta de amor ao mundo dos livros e dos livreiros que muda as nossas vidas, dando-nos as histórias que abrem os nossos corações e iluminam nossas mentes. No sinal desbotado da Ilha dos livros pendurado sobre a varanda da casa de campo vitoriana está o lema “Nenhum homem é uma ilha; Todo livro é um mundo. “A. J. Fikry, o dono irascível, está prestes a descobrir exatamente o que isso realmente significa.

A vida de J. Fikry não é o que ele esperava. Vive sozinho, a sua livraria está a passar pelo seu pior momento da história e, agora, a sua preciosidade mais valiosa, uma coleção rara de poemas Poe, foi roubada. Lentamente, ele vai-se isolando de todas as pessoas da Ilha Alice. Os livros deixaram de o cativar.  A.J. só consegue vê-los como um sinal de como o mundo que está mudar a muito rapidamente.

Um dia, chega uma misteriosa encomenda à livraria. É um pacote pequeno, mas pesado. É essa chegada inesperada que dá a A. J. Fikry a oportunidade de refazer a vida dele, a capacidade de ver tudo com novos olhos. Não demora muito para que os locais percebam a mudança de A.J …. A vida contada de A. J. Fikry, é um conto inesquecível de transformação e segundas hipoteses, uma afirmação irresistível do motivo pelo qual lemos e do motivo pelo qual amamos.

A Felicidade de Perseguir os Seus Sonhos, de Chris Guillebeau

Um livro que o vai inspirar, e abrir horizontes.  Um livro que revela como pessoas comuns conseguem feitos extraordinários.

Quando Chris Guillebeau se propôs a visitar todos os países do planeta aos 35 anos, nunca imaginou que a maior revelação da sua viagem seria a descoberta de inúmeras pessoas que, com ele, procuravam ultrapassar um desafio que haviam colocado a si próprias. Os desafios eram tão diversos quanto a diversidade humana: a busca pela excelência desportiva ou artística, a luta contra a injustiça, pobreza ou ameaças ambientais. Ou apenas viver uma vida diferente.

Em todos os lugares Chris encontrou pessoas comuns que trabalhavam para atingir objetivos extraordinários, chegando cada vez mais próximas dos seus sonhos. Entre estas pessoas encontrou uma mãe dos subúrbios que perseguia um sonho culinário altamente ambicioso, um DJ que almejava produzir a maior sinfonia do mundo, um autodidata a arrasar num curso avançado do M.I.T., um nerd que se transformou num verdadeiro James Bond e muitas outras pessoas que deixaram a sua marca em livros de recordes.

Quanto mais explorava, mais compreendia que viver a perseguir um sonho é uma forma de ser feliz. Através de centenas de entrevistas com estas pessoas ambiciosas, Chris estudou as motivações delas, os critérios de seleção, o papel assumido por amigos e família, e a importância de documentar tudo.

Desse estudo extraiu conselhos preciosos. Chris não esqueceu o lado menos atraente de perseguir os sonhos, como a perceção constante da nossa mortalidade, a luta contra a monotonia e o vazio que fica após atingirmos os nossos objetivos. O que é que acontece após subirmos a montanha, após
batermos o recorde, após salvarmos a comunidade “em risco”?
Um livro que nos desafia a tomar controlo, a dar um sentido à nossa vida sem nunca esquecer o compromisso que daí advém, A Felicidade de Perseguir os Seus Sonhos é um manual de instruções que irá inspirar qualquer leitor, seja qual for a sua idade ou objetivo.

Era uma vez na Linha do Equador…, de Marta Lourenço

Era uma vez na Linha do Equador… uma história de amor.

No Alentejo ou na Linha do Equador, uma história de amor é sempre feita de palavras e silêncios, de brilhos secretos e de perfumes inesperados.

Esta é a história de uma menina, Flor da Manhã, e de um menino, Vertigem de Puma, pertencentes à tribo que se equilibrava na Linha do Equador.

É também a história de uma avó contadora de histórias e de uma neta que, deliciada a ouvi-la debaixo do céu estrelado do Alentejo, vai aprendendo que a vida é feita de escolhas e o amor é a melhor de todas.

7 Dias Sem…, de Monika Peetz

Na sua viagem anual, cinco amigas muito diferentes mas com interesses comuns, decidem que chegou o momento de fazerem umas férias invulgares. Objetivo: relaxar, purificar, adelgaçar, assim é a ordem do dia. E há um lugar ideal para isto: o isolado Hotel do Castelo de Achenkirch, para uma terapia de jejum. Sete dias sem distrações. Sem telefone, internet, homens, exigências familiares e obrigações profissionais.

Infelizmente, serão também sete dias sem comer. Pelo menos, na teoria. Fome agonizante, regras rígidas e problemas posteriores originam novos segredos e colocam em risco o êxito da terapia.

Em vez de descontração surgem mal-entendidos, discussões e noites sem dormir. Mas é Eva quem terá de passar pela maior provação. Por detrás dos muros do castelo, dedicar-se-á à procura do seu pai, que nunca conheceu. Acabará por descobrir que há muitos segredos familiares em que é melhor não tocar…

 

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A revolução das microempresas

“Imagine que vive uma vida em que dedica todo o seu tempo àquilo que gosta de fazer.
Imagine que dedica quase toda a sua atenção a um projeto criado por si, em vez de ser uma simples peça numa engrenagem que existe para enriquecer os outros. Imagine que hoje é o seu último dia a trabalhar para outrem. E se, muito brevemente – e não num futuro distante e indefinido –, se visse preparando‑se para trabalhar ligando um computador portátil no escritório de sua casa; dirigindo‑se a uma loja aberta por si; telefonando a um cliente que confia nos seus conselhos úteis ou fazendo o que o leitor quiser, e não o que os outros o mandam fazer?

Milhares de pessoas fazem exatamente isto por todo o mundo, e de formas diferentes. Estão a reescrever as regras do trabalho, tornando‑se patroas de si mesmas e criando um novo futuro. O novo modelo de negócio está a desenvolver‑se a bom ritmo para estes empreendedores inesperados, a maior parte dos quais nunca se viram como homens ou mulheres de negócios. Trata‑se de uma revolução no universo das microempresas; de uma forma de obter bons proventos enquanto construímos uma vida independente e com objetivos.

A revolução no universo das microempresas está a acontecer um pouco por todo o lado, com as pessoas dizendo «não, obrigado» aos empregos tradicionais e escolhendo traçar o seu próprio rumo e criar o seu futuro. As pequenas empresas não são uma realidade nova, mas nunca antes tantas oportunidades se conglomeraram nos locais certos, no momento exato. O acesso à tecnologia tem aumentado exponencialmente, pelo que podemos testar as nossas ideias em termos de mercado imediatamente, sem termos de esperar vários meses para percebermos como é que os clientes potenciais responderão a determinada oferta. É possível, por exemplo, abrir uma conta no site da PayPal em cinco minutos e receber pagamentos de clientes localizados em mais de 180 países.

De várias histórias inspiradoras sobressaem três lições úteis a quem gere, ou pretende fundar, microempresas:

Lição n.º 1: Convergência

A convergência consiste na intersecção entre algo que gostamos especialmente de fazer, ou em que somos especialmente competentes (convém que se reúnam as duas premissas), e aquilo por que os outros demonstram interesse. A forma mais fácil de entender este conceito é considerá‑lo o denominador comum entre aquilo que desperta o nosso interesse e aquilo em que as outras pessoas estão dispostas a gastar o seu dinheiro.
Atentemos na seguinte imagem:

startups

Nem tudo aquilo que desperta as nossas paixões ou para que nos sentimos especialmente vocacionados interessa ao resto do mundo ou é comercializável. Por exemplo, eu posso ser louco por pizas, mas ninguém me vai pagar para as comer. Da mesma forma, também não há ninguém que seja capaz de providenciar soluções para todos os problemas ou de despertar o interesse de toda a gente, mas as microempresas podem prosperar no espaço de intersecção dos dois círculos acima, onde a paixão ou a competência se cruzam com a utilidade.

Lição n.º 2: Correlação de competências

Muitos negócios foram iniciados por pessoas que revelavam competências correlacionadas com as que requeriam os ditos projetos e não exatamente as mais utilizadas nas respetivas áreas. A forma mais fácil de compreender a correlação de competências é pensarmos que, provavelmente, somos bons em mais de uma tarefa. Kat Alder, de origem alemã, era empregada de mesa em Londres quando alguém lhe disse que devia ser muito boa em RP. Não tinha quaisquer conhecimentos nesta área – nem sequer tinha a certeza que RP fosse a sigla para relações públicas –, mas tinha a consciência de que era uma boa empregada de mesa, pois conseguia sempre boas gorjetas e deixava os clientes satisfeitos sugerindo‑lhes itens do menu que sabia que lhes iriam agradar.

Quando foi dispensada de mais um trabalho temporário, desta feita na BBC, lembrou‑se do que lhe tinham dito. Continuava sem conhecer bem a área das RP, mas conseguiu o primeiro cliente no espaço de um mês e acabou por perceber como aquilo funcionava. Agora, passados quatro anos, a sua firma emprega cinco pessoas e opera em Londres, Berlim, Nova Iorque e na China. Kat foi uma excelente empregada de mesa e aprendeu a utilizar as mesmas competências de «relacionamento interpessoal» na publicidade aos seus clientes, criando assim um negócio mais lucrativo, sustentável e divertido do que trabalhar para outrem e repetir ad aeternum a mesma lista de especialidades do dia.

Ao contrário do que se costuma pensar, o empreendedorismo bem‑sucedido não implica necessariamente que sejamos os melhores em qualquer atividade específica. Para sermos bem‑sucedidos em qualquer projeto empresarial, sobretudo naqueles que despertam as nossas paixões, é bom analisarmos cuidadosamente todas as nossas capacidades que podem ser úteis a outros e, em particular, a sua combinação.

Lição n.º 3: A Fórmula Mágica

Se juntarmos as duas ideias anteriores, descobrimos a alquimia das microempresas através da seguinte equação não tão secreta quanto isso:

Paixão ou competência + utilidade = sucesso.

Jaden Hair construiu uma carreira como apresentadora de Steamy Kitchen, um programa e website sobre cozinha asiática. O seu investimento inicial de cerca de 150 euros levou‑a a escrever livros de culinária e rendeu‑lhe propostas para apresentação de programas na televisão e patrocínios de empresas, tudo isto por ter juntado à sua paixão a utilidade para os outros. As receitas que Jaden partilha diariamente com uma vasta comunidade são fáceis de confecionar, saudáveis e muito populares. Aliás, a multidão de admiradores que reúne é de tal forma numerosa que, quando a encontrei – num evento que organizara em Austin –, mal consegui cumprimentá‑la.

Noutro local, Brandon Pearce exercia a atividade de professor de piano e debatia‑se com a parte administrativa do seu trabalho. O seu passatempo favorito era a programação informática, pelo que criou um software para o ajudar a organizar os ficheiros referentes aos seus alunos, aos horários e aos pagamentos. «Completei o projeto sem qualquer intenção de o transformar num negócio», disse‑me, «mas os outros professores começaram a revelar interesse e ocorreu‑me que poderia ganhar algum dinheirito extra com aquilo». Mas o «dinheirito extra» acabou por se transformar num ordenado de funções a tempo inteiro – e até mais! –, situando‑se atualmente em cerca de 23.000 euros por mês. Natural do Utah, Brandon vive agora, com a família, na sua segunda casa, na Costa Rica. Isto quando não andam a viajar pelo resto do mundo.”

Leia mais histórias inspiradoras de pequenos negócios e microempresas no livro Startup, de Chris Guillebeau. Clique aqui.