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Cérebro: 5 mitos a dissipar

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Uma das coisas únicas do cérebro humano é que pode fazer apenas o que pensa poder fazer. No momento em que diz “A minha memória já não é o que era” ou “Hoje não me lembro de uma só coisa”, está de facto a treinar o cérebro para corresponder às suas diminuídas expetativas. Baixas expetativas equivalem a baixos resultados. A primeira regra do supercérebro é que o seu cérebro está sempre a espiar os seus pensamentos. Assim escuta, assim aprende. Se lhe ensinar limitação, o seu cérebro ficará limitado. Mas, e se fizer o oposto? E se ensinar o seu cérebro a ser ilimitado?

Relacionar‑se com o seu cérebro de uma nova forma é o modo de mudar a realidade. Quanto mais os neurocientistas aprendem, mais parece que o cérebro tem poderes ocultos. O cérebro processa a matéria‑prima da vida, como um servo atento a qualquer desejo seu, qualquer visão que tenha. O mundo físico sólido não pode resistir a este poder, e contudo destrancá‑lo requer novas convicções. O seu cérebro não pode fazer o que pensa não poder fazer.
Cinco mitos em particular têm provado ser limitativos e obstrutores à mudança. Todos foram em tempos aceites como factos, nem há uma ou duas décadas.

Mito 1: O cérebro lesado não se pode autocurar.
Sabemos agora que o cérebro tem espantosos poderes de cura, de que no passado não se suspeitava sequer.

Mito 2: A cablagem fixa do cérebro não pode ser alterada.
De facto, a linha entre cablagem fixa e móvel está sempre a mudar, e a nossa capacidade de religarmos o nosso cérebro permanece intacta desde o nascimento até ao fim da vida.

Mito 3: O envelhecimento cerebral é inevitável e irreversível.
A contrariar esta crença obsoleta, surgem diariamente novas técnicas para manter o cérebro jovem e preservar a acuidade mental.

Mito 4: O cérebro perde milhões de células por dia, e os neurónios perdidos não podem ser substituídos.
De facto, o cérebro contém células estaminais capazes de amadurecer sob a forma de novos neurónios ao longo de toda a vida. O modo como perdemos ou ganhamos neurónios é uma questão complexa. A maior parte das descobertas são boas notícias para quem quer que tenha medo de perder a capacidade mental com a idade.

Mito 5: As reações primárias (medo, raiva, ciúme, agressividade) predominam sobre o cérebro superior.
Dado que o nosso cérebro tem impressa uma memória genética que atravessa milhares de gerações, o cérebro inferior continua connosco, gerando impulsos primitivos e frequentemente negativos como medo e raiva. Mas o cérebro está em constante evolução, e nós conquistámos a capacidade de controlar o cérebro inferior através da escolha e do livre-arbítrio. O novo campo da psicologia positiva está a ensinar‑nos a forma de melhor usar o livre-arbítrio para promover a felicidade e ultrapassar a negatividade.

É uma boa-nova a demolição destes cinco mitos. A antiga visão fazia o cérebro parecer fixo, mecânico e em constante deterioração. O que está longe de ser o caso. Você está a criar realidade neste preciso minuto, e se esse processo permanecer vivo e dinâmico, o seu cérebro será capaz de se manter a par, ano após ano.

do livro Supercérebro, de Deepak Chopra. Saiba mais aqui.

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Universo Humano uma realidade, o novo livro de Deepak Chopra

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“Há uma relação na nossa vida — na vida de toda a gente — que tem sido mantida secreta. Não sabemos quando começou e, ainda assim, dependemos dela para tudo. Se esta relação algum dia terminasse, o mundo desapareceria numa nuvem de fumo. Trata‑se da nossa relação com a realidade. Há um número imenso de coisas que têm de se combinar na perfeição para formarem a realidade e, contudo, fazem‑no inteiramente fora da nossa vista.

Pensemos na luz do Sol. É óbvio que o Sol não poderia brilhar se as estrelas não existissem, já que o nosso Sol é uma estrela de média dimensão que flutua para lá do centro da Via Láctea, a galáxia onde vivemos. Há poucos segredos ainda por descobrir acerca de como as estrelas se formam, da matéria de que são feitas e de como a luz é produzida no caldeirão escaldante em que consiste o âmago de uma estrela. O segredo não reside aí. A luz do Sol desloca‑se 150 milhões de quilómetros até à Terra, penetra na atmosfera e aterra algures no planeta.

Neste caso, o único local do planeta que nos interessa são os nossos olhos. Os fotões, os pacotes de energia que transportam a luz, estimulam a retina situada na parte de trás do olho e iniciam uma cadeia de acontecimentos que a levam ao cérebro e ao córtex visual.

O milagre da visão reside no mecanismo de processamento da luz pelo cérebro, sobre isso não há dúvidas. E, porém, o passo que mais importa, o que converte a luz do Sol na visão, é totalmente misterioso. Seja o que for que vejamos no mundo — uma maçã, uma nuvem, uma montanha ou uma árvore —, é a luz do Sol a refletir‑se no objeto que o torna visível. Mas como? Ninguém o sabe realmente, mas a fórmula secreta inclui a visão, pois a visão é uma das formas básicas de sabermos que um objeto é real.(…)

Atualmente, ninguém consegue explicar como a transformação de fotões invisíveis em reações químicas e em ténues impulsos elétricos dentro do cérebro cria a realidade tridimensional que todos tomamos como garantida. Os eletroencefalogramas detetam a atividade elétrica, e é por isso que uma ressonância magnética funcional contém manchas de brilho e de cor. Alguma coisa se passa no cérebro. Mas a verdadeira natureza da visão é misteriosa. Contudo, uma coisa é certa. A visão é criada por nós. Sem nós, o mundo inteiro — e o vasto universo que se estende em todas as direções — não poderia existir. (…)

É por isso que a tal relação secreta é a mais importante que temos ou que alguma vez teremos. Nós somos os criadores da realidade e, todavia, não fazemos ideia de como a criamos — é um processo passivo. Quando vemos, a luz ganha o seu brilho. Quando ouvimos, as vibrações do ar transformam‑se em sons audíveis. A atividade do mundo à nossa volta, em toda a sua riqueza, depende de como nos relacionamos com ela.

Este conhecimento profundo não é novo. Na Índia antiga, os sábios védicos declararam «Aham Brahmasmi», que pode ser traduzido como «Eu sou o universo» ou «Eu sou tudo». Chegaram a esta conclusão mergulhando profundamente na sua própria consciência, onde fizeram descobertas espantosas. Foram Einsteins da consciência que ficaram perdidos para a memória coletiva, mas cujo génio era comparável ao do Einstein que revolucionou a física no século XX.

Hoje, exploramos a realidade através da ciência, e não pode haver duas realidades. Se «Eu sou o universo» for verdade, a ciência moderna terá de fornecer provas que sustentem esta afirmação — e fá‑lo. Embora a ciência convencional funcione através de medições externas, dados e experiências, que constroem um modelo do mundo físico e não do mundo interior, existem inúmeros mistérios que as medições, os dados e as experiências não podem explicar. (…)

Um universo consciente reage a como pensamos e sentimos. Obtém de nós a sua forma, cor, som e textura. Por isso, parece‑nos que a melhor designação para ele é universo humano, e que é este o universo real, o único que temos.

Mesmo aqueles para quem a ciência é novidade, ou que não se interessem muito por ela, não poderão deixar de querer saber como funciona a realidade. Claro que a forma como vemos a nossa vida é importante para nós, e a vida de toda a gente está integrada na matriz da realidade. O que significa ser‑se humano? Se somos partículas insignificantes no vasto vazio negro do espaço intergaláctico, essa realidade terá de ser aceite. Se, em vez disso, somos criadores da realidade vivendo num universo consciente que responde às nossas mentes, essa realidade também terá de ser aceite.”

Deepak Chopra e Menas Kafatos em Universo, Self. Conheça o livro aqui.

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Potenciar o seu cérebro: Supercérebro

supercérebroEntrámos numa era de ouro para a pesquisa do cérebro , mas todas essas novas descobertas chegam até nós. No entanto, há grandes descobertas que tornam possível a todos melhorarem o seu cérebro, baseando-se nestas premissas:

– O seu cérebro está a renovar-se constantemente;
– O seu cérebro pode curar as feridas do passado;
– Experiência muda o seu dia a dia;
– Os inputs que você der ao seu cérebro faz com que ele forme novas vias neurais;
– Quanto mais positivos forem os inputs, melhor funciona o seu cérebro;

No seu novo livro , Super Cérebro, Deepak Chopra e o seu co-autor, o professor Rudolf Tanzi , da Harvard Medical School, ajudam a expandir a neurociência por trás desses resultados gerais. A antiga visão do cérebro como algo estanque para a vida, perdendo neurónios e declínio das suas funções está hoje abolido. O novo cérebro é um processo, não é uma coisa , e esse processo direcciona-se para os objectivos que você estabelecer. Um monge budista meditando sobre compaixão desenvolve os circuitos do cérebro que traz a compaixão para a realidade. Dependendo do input que recebe, você pode criar um cérebro compassivo, um cérebro artístico, um cérebro sábio, ou qualquer outro tipo.

No entanto, o agente que faz com que essas possibilidades se tornem realidade, é a mente. O cérebro não cria o seu próprio destino. A parte mais recente do cérebro, o neocórtex , é onde o campo de possibilidades realmente está. Aqui é onde as decisões são tomadas. Se você considerar que a sua experiência quotidiana como input para o seu cérebro, e as suas ações e pensamentos como o output, estamos perante um ciclo. Experiências tóxicas moldam o cérebro de forma bastante diferente de experiências positivas e sãs. Isto parece ser senso comum, mas a neurociência uniu forças com a genética para revelar que até ao nível de DNA, este ciclo que envolve a mente e o corpo é profundamente alterado pelos estímulos, inputs processados pelo cérebro.»

Deepak Chopra e Rudolph E. Tanzi, co-autores do livro Supercérebro.

Saiba mais sobre o livro AQUI.