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Mitos do Envelhecimento do Cérebro

Para descobrir qualquer nova promessa que o cérebro superior possa conter, temos primeiro de resolver um antigo mistério. Não há mais antigo — ou maior — mistério do que o envelhecimento. Até recentemente, só elixires mágicos, poções ou a fonte da juventude eram fugas possíveis à devastação da idade. O recurso à magia mostra quão perplexa estava a mente. O envelhecimento é universal, sem ninguém poupar, e, contudo, medicamente falando, nunca ninguém morre de velhice. A morte ocorre quando pelo menos um sistema-chave do organismo sucumbe, e o resto do corpo vai então atrás. O sistema respiratório está quase sempre envolvido: a causa imediata de morte para a maioria de nós será uma paragem respiratória. Mas pode-se igualmente morrer de falha cardíaca ou renal. Entretanto, virtualmente todo o material genético do corpo pode estar viável no momento em que falha o sistema-chave.

Como impedir que esse único sistema crítico deite tudo o resto abaixo? Ter-se-ia de prestar atenção a todo o corpo a vida inteira. A previsão é extremamente difícil. Diversos fatores impedem seja quem for de ver com antecedência onde levará em última análise o processo de envelhecimento.

Incerteza 1: O envelhecimento é muito lento.

Tem início por volta dos trinta anos e progride sensivelmente à razão de um por cento ao ano. Esta lentidão impede-nos de observar de facto uma célula a envelhecer. Vemos os efeitos apenas passados anos. Nem estes efeitos são uniformes. Para cada aspeto de deterioração mental e física, algumas pessoas melhoram de facto com a idade. Ao fazerem exercício bastante, podem tornar-se mais fortes do que eram em novas. Para umas poucas afortunadas, aos noventa anos a memória pode melhorar em vez de declinar. O envelhecimento é como um exército esfarrapado, no qual algumas células avançam diante das outras, mas todo o exército se move a passo de caracol e com grande furtividade.

Incerteza 2: O envelhecimento é único.

Toda a gente envelhece de maneira diferente. Gémeos idênticos que nascem com o mesmo ADN terão perfis genéticos completamente diferentes aos setenta anos de idade. Os seus cromossomas não terão mudado, mas décadas de experiência de vida terão levado a que a atividade dos seus genes tenha sido ligada e desligada num padrão único. A regulação de cada célula, minuto a minuto durante milhares de dias, faz com que os seus corpos envelheçam de formas imprevisíveis. Em geral, somos duplicados genéticos uns dos outros no momento do nascimento mas completamente únicos no momento da nossa morte.

Incerteza 3: O envelhecimento é invisível.

Os aspetos do envelhecimento que vemos no espelho — cabelo grisalho, rugas, pele fl ácida, e por aí adiante — indicam que algo se passa ao nível celular. Mas as células são imensamente complicadas, sujeitas a milhares de reações químicas por segundo. Estas reações são fixas e automáticas. Estabelecem-se ligações entre várias moléculas, dependentes das propriedades atómicas dos elementos que constituem o organismo, principalmente os grandes seis — carbono, hidrogénio, nitrogénio, oxigénio, fósforo e enxofre. Se estes átomos forem agitados num recipiente de laboratório, executarão reações automáticas em milionésimos de segundo. Por si só, o fósforo é tão volátil que numa inflamável colisão com oxigénio, explodirá. Mas ao longo de milhares de milhões de anos, os organismos vivos desenvolveram combinações incrivelmente intrincadas que impedem tão cruas interações. O fósforo nas suas células não é explosivo. Entra num químico orgânico conhecido por ATP, adenosina trifosfato, uma componente-chave na ligação de enzimas e transferência de energia.

Um biólogo poderia passar toda uma vida a estudar a forma como somente esta complexa molécula opera no interior da célula, e contudo o controlador de cada reação permanece invisível e desconhecido. Enquanto uma célula funcionar regularmente, ninguém precisa de ver o controlador.

Uma espécie de inteligência química está claramente em ação, e basta dizer que o ADN, porque contém o código da vida, é o princípio e o fim de tudo o que ocorre no interior de uma célula. Mas devido ao envelhecimento, as células param de funcionar com completa eficiência, e é então que o elemento invisível ergue a cabeça. Os átomos não têm a capacidade de descambar, mas as células têm. Porquê e como, não é previsível — isso apenas é detetado depois se se dar uma reviravolta errada.

Todas estas incertezas conduzem a uma única conclusão. Não há alternativa a prestar atenção ao seu corpo todo durante toda a sua vida. Mas essa é precisamente a coisa que a maior parte das pessoas acha quase impossível de fazer. As nossas vidas estão cheias de contrastes, e nós estamos viciados nos seus altos e baixos. Caminhar a direito sem desvios parece enfadonho. Implica uma espécie de sufocante puritanismo, em que a autonegação é regra e o prazer exceção. O verdadeiro desafio, tal como o vemos, é tornar toda uma vida de bem-estar tão desejável que deixe de ser uma penitência.

Como começar? Independentemente da abordagem que você faça ao antienvelhecimento, o seu cérebro está envolvido. Nenhuma célula do organismo é uma ilha — todas recebem um fluxo ininterrupto de mensagens do sistema nervoso central. Certas mensagens são boas para as células, e outras são más. Comer um cheeseburger todos os dias envia um tipo de mensagem; comer brócolos cozidos a vapor envia outra. Estar casado e feliz envia uma mensagem diferente de estar só e isolado. Você quer claramente enviar mensagens que digam a cada célula para não envelhecer. Aí reside a promessa. Se conseguir maximizar as mensagens positivas e minimizar as negativas, o antienvelhecimento torna-se uma possibilidade real.

Acontece que o antienvelhecimento é um gigantesco circuito de retroalimentação que dura toda uma vida. O termo circuito de retroalimentação é recorrente neste livro pois a ciência está cada vez mais a descobrir a forma como estes circuitos funcionam.

Em 2010 um excitante estudo conjunto da Universidade da Califórnia em Davis e da UC em São Francisco revelou que a meditação leva ao aumento de uma enzima crucial chamada telomerase. Na extremidade de cada cromossoma está uma estrutura química repetitiva chamada telómero, que atua como ponto final no fim de uma frase — encerra o ADN do cromossoma e ajuda a mantê-lo intacto.

Nos últimos anos, o desgaste dos telómeros tem sido ligado ao colapso do organismo à medida que envelhece. Devido a uma divisão celular imperfeita, os telómeros ficam mais curtos, e surge o risco de que o stress degrade o código genético de uma célula. Parece ser importante ter telómeros saudáveis, e portanto é uma boa notícia o facto de que a meditação pode aumentar a enzima que reabastece os telómeros, a telomerase.

Esta investigação soa altamente técnica, sobretudo do interesse de biólogos celulares. Mas o estudo da UC foi um passo mais longe e demonstrou que os benefícios psicológicos da meditação estão ligados à telomerase. Elevados níveis de telomerase, que parecem ser igualmente suportados por exercício e uma dieta saudável, fazem parte de um circuito de retroalimentação que resulta, por surpreendente que pareça, numa sensação de bem-estar pessoal e na capacidade de fazer face ao stress.

Esta descoberta única ajuda a cimentar o princípio mais básico da medicina mente-corpo: o de que cada célula espia o cérebro. Uma célula renal não pensa por palavras; não diz para consigo própria: Tive um dia horrível no trabalho. O stress está a matar-me. Mas participa sem palavras desse pensamento. A meditação traz uma sensação de bem-estar à mente, ao mesmo tempo que passa a mesma sensação, através de um químico como a telomerase, ao seu ADN. Nada é excluído do circuito de retroalimentação. A conexão mente-corpo é real, e as escolhas fazem a diferença. Com esses dois factos assentes, o cérebro antienvelhecimento contém indizível promessa.

Prevenção e Riscos

Sem saber porque envelhecemos, a medicina fez a abordagem de que o envelhecimento é como uma doença. Os germes causam danos celulares, e o mesmo faz o envelhecimento. É sensato que se foque em manter o seu corpo saudável e a funcionar. O lado físico do antienvelhecimento é similar a programas de prevenção para qualquer distúrbio resultante do estilo de vida. Façamos uma revisão dos pontos principais. Soarão familiares após décadas de campanhas de saúde pública — e contudo não deixam de ser uma parte vital do seu bem-estar físico.

COMO REDUZIR OS RISCOS DE ENVELHECIMENTO

Faça uma alimentação equilibrada, cortando nas gorduras, açúcar e alimentos processados. A dieta preferida é a mediterrânica: azeite em vez de manteiga, peixe (ou fontes de proteínas à base de soja) em vez de carne vermelha, cereais integrais, legumes, mistura de frutos secos, fruta fresca e vegetais integrais que providenciem muita fibra.

Evite comer em excesso.

Pratique exercício moderado pelo menos uma hora três vezes por semana.

Não fume.

Beba álcool, de preferência vinho tinto, com moderação, ou nenhum de todo.

Use cinto de segurança.

Tome precauções para evitar acidentes domésticos (desde chãos escorregadios, escadas íngremes, riscos de incêndio, passeios gelados, etc.).

Durma uma boa noite de sono. Pode ser igualmente proveitoso com o avançar da idade fazer uma pequena sesta à tarde.

Mantenha hábitos regulares.

Em termos de prevenção, o lado físico do antienvelhecimento está sempre a ser refinado. Tome a questão da obesidade, que atingiu agora proporções epidémicas na América e Europa Ocidental. O excesso de peso é desde há muito reconhecido como fator de risco para muitos distúrbios, incluindo doença cardíaca, hipertensão e diabetes Tipo 2. Mas agora um tipo específico de gordura, a gordura abdominal, está a ser apontado como o tipo mais nocivo. A gordura não é inerte como a gordura de uma barra de manteiga. Está constantemente ativa, e a gordura abdominal envia sinais hormonais que são nocivos ao organismo, bem como alteradores do equilíbrio metabólico. Infelizmente, o exercício por si só não nos livra da gordura abdominal. É necessário um programa geral de perda de peso e exercício; ingerir bastante fibra parece igualmente ajudar a combater a gordura abdominal.

Dada a nossa profusão de refinado conhecimento, o verdadeiro problema jaz noutro lado, na conformidade. Saber o que é bom para nós e fazê-lo são duas coisas diferentes. O exercício é um constante batucar dos conselhos de prevenção, e contudo estamos a tornar-nos uma sociedade cada vez mais sedentária. Menos de 20% dos adultos fazem a quantidade de exercício recomendada para uma boa saúde; uma em cada dez refeições é ingerida no McDonald’s, onde a comida é rica em gordura e açúcar e quase desprovida de fibras e vegetais.

A conformidade é difícil quando o seu cérebro está programado para fazer as escolhas erradas. Certos sabores, por exemplo — especialmente salgados, doces e ácidos —, são tão imediatamente atrativos que gravitamos direitos a eles. Com a repetição, estes sabores tornam-se os nossos preferidos. Com repetição suficiente, tornam-se os sabores a que deitamos mão automaticamente, vitimizados por um hábito inconsciente. (A indústria de snacks tem um termo — ritmo de mascar — para descrever a forma automática como as pessoas metem na boca pipocas, batatas fritas ou amendoins sem parar até a embalagem ficar vazia. Este é o suprassumo do comportamento inconsciente, considerado altamente desejável entre fornecedores deste tipo de comida mas desastroso para a dieta de qualquer um.)

É inútil que os peritos de saúde censurem o público ano após ano para que mude de hábitos e depois esperem conformidade. Menos eficaz ainda é você censurar-se a si próprio. Quanto pior se sentir consigo mesmo, mais probabilidades terá de se deixar desencorajar. Uma vez desencorajado, acontecem duas coisas. Primeiro, vai ficando entorpecido, farto de se debater consigo próprio. Segundo, procura um paliativo para o seu desconforto, usualmente através de distrações. Vê televisão ou procura rápidas fontes de gozo comendo snacks doces e salgados. Desta forma, o esforço de fazer melhor acaba por fazer pior. Se a censura resultasse realmente, os Estados Unidos seriam uma nação de praticantes de jogging acotovelando-se para chegar à secção de produtos orgânicos do supermercado.O envelhecimento é um processo muito longo. Um curso de gestão de stress, uns quantos meses de ioga, tornar-se vegetariano durante uns tempos — são todos pontos no ecrã no que toca ao lento arrastar da idade. Claramente, para prevenir o envelhecimento, temos de solucionar o problema da não conformidade.

Deepak Chopra em Supercérebro

Foto de Keren Perez em Unsplash

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Treino de força na 3ª idade pode trazer inúmeros benefícios!

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Valorizar o papel do exercício físico

Temos de continuar a valorizar o papel do EXERCÍCIO FÍSICO NA SAÚDE das pessoas e reforçar o carácter interdisciplinar que deve existir entre médicos, fisiologistas do exercício e fisioterapeutas! De seguida apresento uma entrevista que dei para a JustNews, Jornal Médico, que tem estado sempre na vanguarda da comunicação de sinergias entre os médicos e outras profissões relacionadas com a Saúde. Obrigado!

Muitas alterações fisiológicas da 3.ª idade devem-se mais à falta de prática de exercício físico do que ao avançar dos anos, afirma Rodrigo Ruivo, diretor do Centro de Formação da Clínica das Conchas. “O exercício físico e o treino de força, em particular, são aliados imprescindíveis”, assegura o fisiologista do exercício e doutorado em Motricidade Humana, na especialidade de Comportamento Motor, pela Faculdade de Motricidade Humana. Em declarações à Just News, o responsável afirma que o “Treino de Força na 3.ª idade” será um dos temas que serão debatidos no 7º Congresso Ibérico de Atividade Física e Desporto (7º CIAFD). O evento, organizado pelo Centro de Formação da Clínica das Conchas e pelo Instituto Politécnico de Beja (IPB), decorre no final deste mês, nas instalações do IPB.

Segundo o docente da Escola Superior de Desporto de Rio Maior, “as alterações negativas apresentadas em estudos nesta faixa etária devem-se muito mais ao desuso e falta de exercício físico”, daí que “vários estudos já reportaram que o treino de força pode trazer inúmeros benefícios”.  E apontou alguns exemplos: “Aumento na área de secção transversa do músculo e melhoria dos níveis de força; prevenção e diminuição das quedas; melhoria da composição corporal, da sensibilidade à insulina e da densidade mineral óssea.” Em suma, como acrescentou, “a perda de massa muscular e de funcionalidade não é uma inevitabilidade do processo de envelhecimento”. Rodrigo Ruivo faz também questão de sublinhar que, “naturalmente, o treino nesta faixa etária, como noutras, obriga a conhecimento específico e a respeito pelos princípios do treino, tais como o da progressividade e da individualidade, que inclui conhecimento do historial clínico.”

Mitos da prescrição e prevenção de lesões

Outra temática a ser debatida nas jornadas é a da prevenção das lesões. Rodrigo Ruivo salientou a importância de se fazer uma avaliação da condição física. “Deve realizar-se inicialmente uma cuidada avaliação da condição física, que inclua a avaliação de saúde, com anamnese clínica, avaliação postural e funcional, entre outras, para que se possa prescrever um plano de treino individualizado”, frisou. Desta forma, é possível assim respeitar “os princípios de treino (progressividade, individualidade, etc.), os rácios de força funcionais ideais e privilegiar a boa execução técnica dos vários exercícios”.

Para que estes pressupostos sejam tidos em conta na prática diária, Rodrigo Ruivo disse que se vai debater no evento os “mitos da prescrição do exercício físico”, nomeadamente o treino mais indicado para a perda de massa gorda, os exercícios mais eficazes para treino dos músculos abominais, fazer treino cardiovascular antes ou depois do treino de força, entre outros. O diretor do Centro de Formação da Clínica das Conchas sublinha que há uma mensagem-chave: “Deve-se procurar informar cada vez mais as pessoas que lidam diretamente com a avaliação e prescrição do exercício, começando logo ao nível das licenciaturas de Ciências do Desporto e depois, na continuidade, nas formações pós-graduadas.”

As jornadas, que se realizaram dia 26 de maio, destinam-se a profissionais ligados às áreas do Exercício Físico e Saúde, tais como fisiologistas do exercício, fisioterapeutas e médicos.

 

Rodrigo Ruivo

Clínica das Conchas | In Just News

Rodrigo Ruivo é autor do Novo Manual de Avaliação e Prescrição de Exercício, da Editora Self.

 

 

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A Beleza Natural

beleza
A Beleza

Na nossa vida quotidiana, encontramos, inevitavelmente, a palavra beleza. Se levantarmos os olhos enquanto fazemos compras encontraremos diversos corredores atafulhados de produtos que prometem tornar‑nos mais belos. Existem incontáveis revistas e websites dedicados à beleza, que nos ensinam diversas maneiras de perder peso, escolher o batom perfeito, criar olhos esfumados  e copiar as últimas tendências. Se pararmos e olharmos em volta, para a nossa cultura, o conceito de beleza parece muito importante. Mas o que é, exatamente, a beleza, e, quando pensamos nesta palavra, o que significa para nós?

Hoje, procura-se ir mais além da imagem e Beleza está relacionada com bem-estar por dentro e por fora. Deepak Chopra e Kimberly Snyder juntaram-se e criaram um programa baseado em seis pilares de vida saudável:

  • Alimentação
  • Cuidados com o corpo
  • Sono
  • Uma vida mais em sintonia com a natureza
  • Movimento
  • Espiritualidade
O livro, as receitas e os tratamentos caseiros

No livro Beleza Natural,  editado pela Self, os autores dão-nos receitas saudáveis e nutritivas, dicas para melhorar a nossa digestão, como desintoxicar ou proteger o nosso fígado e formas de reduzir os produtos químicos tóxicos, radiações e poluição no corpo.

No cuidado exterior, aprendemos a fazer tratamentos caseiros e outros cuidados com ingredientes naturais, para tratar desde o acne às rugas, passando pelo cuidado com o cabelo, unhas, entre outros.

O sono e o bem-estar

É importante percebermos a ligação entre o sono, a beleza e o bem‑estar. Os efeitos de um sono insuficiente passam por um maior envelhecimento, especialmente da pele, uma maior probabilidade de desequilibro hormonal, ansiedade e um sistema imunitário fragilizado. Segundo os autores é importante criar uma rotina e mecanismos que nos ajudem a dormir o número de horas que o nosso corpo necessita e um sono com qualidade.

Conectarmo-nos com a natureza, fazermos algum exercício e meditação são algumas práticas que nos ajudarão a atingir a saúde plena e a sentirmo-nos bem e bonitas, por dentro e por fora.

A Beleza Natural tem a ver com ver‑se a si mesmo na luz, que é onde todos os pensamentos positivos têm origem.

O espírito nunca se esqueceu da forma como você é, e sempre foi, bela.