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A importância de umas férias 100%

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A importância de tirar umas férias 100% livres de trabalho

Como trabalhador, as férias dão-lhe o tempo merecido para desligar do trabalho. Já vários estudos demonstraram que as férias melhoram o nosso estado físico e mental, ao mesmo tempo que aumenta a nossa produtividade e capacidade de foco.

Umas férias 100% livres do trabalho (sem responder a emails e a telefonemas ou sms) aumenta ainda mais estes benefícios:

  1. Melhora a nossa performance. Pessoas que verdadeiramente tiram férias, tendem a ter uma melhor performance no trabalho;
  2. Impulsiona a nossa saúde. Um ano sem férias aumenta o risco de implicações a nível cardíaco;
  3. Aumenta a capacidade de foco. Quem tira férias e descansa volta mais concentrado e focado no trabalho;
  4. Estar de férias dá-nos novas perpectivas do nosso dia-a-dia e da nossa vida;
  5. Fazer férias permite-nos mudar rotinas;
  6. Novas experiências. Estar de férias permite abrir horizontes, conhecer e viver novas experiências;
  7. Crescimento pessoal. Nas férias temos oportunidade de investir no nosso desenvolvimento pessoal e competências sociais;
  8. Partilhar. As férias permite a partilha de experiências com família e amigos;
  9. As férias diminuem o risco de depressão;
  10. Nas férias temos oportunidade de reforçar laços familiares, comunicação e solidariedade;
  11. Não fique pelos 3-4 dias de descanso. Férias curtas não são suficientes para desligarmos;
  12. Com as férias irá voltar com mais energia e produtivo;
  13. Confie nos seus colaboradores e colegas: não esteja sempre em contacto para ver se está tudo bem no trabalho;
  14. Seja um exemplo para todos na empresa: usufrua a 100% do espírito das férias;
  15. Deixe a sua lista de to do’s em Stand By. A melhor maneira de tratar da sua lista de tarefas por fazer é descansar, e quando voltar pegar nela com energia renovada;
  16. Não perca nada das suas férias. Se pegar em alguma coisa durante as férias vai estar a perder momentos, aventura e descanso.

Adaptado de: Boston College Center for Work & Family

 

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Turistas com telhados de vidro

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Episódio #1

É Agosto e estou em Portimão, no Algarve. Eu e a minha mãe dirigimo-nos cedo para a paragem de autocarros mais próxima de casa. Queremos apanhar o Vai Vem das 8h26 para a Praia da Rocha. Quando chegamos à paragem, cinco ou seis pessoas aguardam já o pequeno autocarro, sentadas nos bancos. São todas da terra e vão trabalhar. Não fazem fila, mas mantemo-nos ambas atentas a quem está à nossa frente para respeitar a ordem de chegada. Depois de nós, chegam mais utentes e começa a formar-se uma fila tímida. Quando o autocarro chega, os utentes que estavam sentados dirigem-se para a porta e toda a gente começa a organizar-se para entrar respeitando a ordem de chegada.

Toda a gente, com exceção de um casal — ele bastante velho, ela nem tanto — que foi o último a chegar ao local, mas tenciona ser o primeiro a entrar no transporte. Perante as suas movimentações bruscas para chegar à porta do autocarro antes dos outros, a minha mãe chama-lhes a atenção para as pessoas que tinham chegado primeiro, ao que a senhora, com ar de espanto, pergunta: “Aqui fazem fila?!” Olho-a de esguelha e respondo “Aqui e em todo o lado” e ouço incrédula a seguinte réplica: “De onde eu venho só se faz fila nos consultórios médicos.” Neste momento toda a gente ouve a conversa, que começa a subir de tom, e ficamos entre o riso e a perplexidade.

O velhote, curvado e com pernas mirradas, aproveita a estupefação geral e, lampeiro, acaba mesmo por ser o primeiro a entrar no autocarro. Mas o resto dos passageiros entra por ordem de chegada e a senhora que acompanhava o velhote é a última a subir, como lhe compete. Não percebi exatamente em que terra só se fazem filas nos consultórios médicos, mas o que era claro é que a senhora falava com uma acentuada pronúncia do norte e um sotaque afrancesado. Ao sentar-se junto do velhote, alardeia que o companheiro é “handicapé” (deficiente, em francês) e que no dia seguinte trará a bengala para ser o primeiro a entrar no autocarro.

Não quis perder tempo a explicar-lhe que teria de fazer fila na mesma e só depois beneficiar dos assentos reservados aos “handicapés”, até porque a senhora rapidamente dispara nova pérola: “Venho para aqui gastar o meu dinheiro para vos dar de comer e sou tratada assim? Para o ano não venho e comem merda!”. Um enorme “Oh!” percorre o autocarro cheio de portimonenses enojados com o que ouvem.

Levanta-se um coro de protestos, muitos abanares de cabeças, críticas veementes àquela atitude deplorável e uma outra passageira, que tinha fisgado o sotaque afrancesado da energúmena, arrisca: “Olhe que eu também já fui emigrante e sei que lá fora se fazem filas em todo o lado”, ao que a possidónia tem a lata de responder “Deve ter sido lá na terra dos arábes (dito assim mesmo, com sotaque afrancesado), que são todos iguais a vocês.” Ainda lhe atiro um “Não só é mal educada como é xenófoba!” e depois o motorista, oriundo do leste da Europa, é que põe ordem na coisa, levantando-se e explicando alto e bom som que nas paragens dos autocarros deve-se fazer uma fila única. “Um atrás do outro, atrás do outro, atrás do outro” diz, enfatizando tudo com as mãos e os braços.

Mais tarde, nessa mesma manhã, e também nos dias seguintes, era ver o suposto handicapé a fazer longas caminhadas no areal da Praia da Rocha, cheio de gás nas pernas e sem bengala.

Episódio #2

É Agosto e estou na praia da Rocha, em Portimão. Como sempre, chegamos cedo, eu e a minha mãe. Ainda não são 9h quando pomos os pés no areal deserto e espetamos a sombrinha na fronteira entre a areia seca e a areia molhada. As gaivotas dormitam, pousadas, e o silêncio é balsâmico. Depois as horas vão passando e os outros vão chegando. Por volta das 10h30 já estamos rodeadas de gente que também quer espetar a sombrinha na fronteira entre a areia seca e a areia molhada, mas que mantém uma distância respeitável em relação a nós porque ainda há espaço.

Mas há quem queira dormir até tarde, e queira chegar à praia por volta do meio-dia e, ainda assim, achar ter direito ao melhor lugar para o espetáculo, qualquer coisa como um assento no fosso da orquestra, ainda que esse lugar não tenha mais de um metro quadrado e a família seja de quatro e haja duas sombrinhas e quatro cadeiras e quatro toalhas para acomodar, mesmo que coladas aos pés ou ao nariz do vizinho, que terá de se amanhar porque a vida é uma selva e só se salvam os chicos-espertos. Tudo isto, ainda que haja 700 metros de areia desocupada para trás, entre o lugar sobrelotado e a falésia… É nessa altura que o arraial se torna insuportável e decidimos levantar âncora.

Pela primeira vez em quase 45 anos de praia (na minha terra ou noutra terra qualquer) vejo uma família, portuguesa com certeza, correr na nossa direção e — sem esperar sequer que nos vestíssemos, sacudíssemos as toalhas e arrumássemos o guarda-sol — pousar toda a sua tralha aos nossos pés. E depois ficam ali especados, de pé, a olhar para nós como quem diz “Então, ainda demoram muito?” Perante a minha expressão de repulsa e indignação, o pai de família olha-me com candura (ou estaria apenas a fazer-se de parvo?) e tem a real lata de me dizer: “Esteja à vontade”. “À vontade estava eu antes de vocês chegarem”, respondo com maus modos e a controlar a vontade de lhe apertar o pescoço.

Percebo, contudo, que se estão a borrifar para o que eu sinto, inebriados pela conquista do dia, quiçá de todas as férias ou até do ano: um mísero lugar ao sol, provavelmente pago a muito custo e onde desfrutarão da delícia que é estar-se promiscuamente entalados entre estranhos.

Episódio #3

É Agosto e estou na praia da Rocha, em Portimão. Eu e a minha mãe chegamos, de novo, antes das 9h, ocupamos um lugar na fronteira entre a areia seca e a areia molhada e vamos assistindo à chegada lenta dos outros que, ignorando ostensivamente o gigantesco areal deserto que fica para trás, nos vão espartilhando, espartilhando, espartilhando. A minha mãe faz notar que não vê ninguém de Portimão na praia. Por entre os milhares de caras, não reconhece ninguém. De novo, chega uma família portuguesa de quatro — pai, mãe, filho e filha adolescentes — e decidem montar o estaminé onde achámos que ninguém ousaria instalar-se, por não haver espaço para estender uma toalha sequer. Comento em voz alta: “Olha, agora somos todos primos” e a minha mãe solta um “Isto é inacreditável!”

Pouco depois, quando nos vamos embora, o pater famílias levanta a voz e, tratando a minha mãe por tu, desfere um “Vai-te embora, vai procurar uma praia só para ti!” Antes de notar a falta de respeito para com a minha mãe e a boçalidade do homem, penso no triste exemplo que dá aos filhos.

Estes três episódios são míseros apontamentos no meio de milhares e milhares de outros episódios semelhantes, testemunhados ano após ano por quem vive em locais que despertam o apetite dos turistas nacionais, nomeadamente nas zonas costeiras, sejam elas a sul ou a norte. Quem lá vive o ano inteiro, há muito que suporta comportamentos incivilizados, egoístas e arrogantes de quem arriba por duas semanas em modo veni vidi vici, “e que se lixem os outros, sejam eles da terra ou turistas. Sonhei com isto o ano todo e ninguém me vai estragar as férias a que tenho direito e com tudo a que tenho direito, até porque se não viesse gastar o meu dinheiro os desgraçados que aqui vivem não tinham onde cair mortos”. Um clássico…

E nós, os locais, a observá-los e a fazer do assunto tema de conversa todos os anos, por entre gargalhadas escarninhas, porque demasiadas vezes não conseguimos entender sequer porque sai aquela gente de casa e gasta dinheiro se — apesar do sol garantido, do mar quente e dos dias longos longe do trabalho — chegam a bufar e continuam a bufar durante todas as férias:

descarregam a impaciência nas buzinas dos carros como se ainda estivessem no IC19, reclamam da lentidão nas filas dos supermercados como se ainda estivessem no Continente da Senhora da Hora, aconchegam-se bem uns aos outros nos areais como quem tem saudades do open space onde partilham uma secretária atravancada com os colegas da repartição, disputam mesas em esplanadas e restaurantes como se fossem as últimas coca-colas no deserto e passam parte do dia a rogar pragas por não encontrarem onde estacionar o carro, de preferência à porta da casa alugada ou mesmo junto ao acesso à praia. Incapazes de relaxar, perpetuam o ciclo vicioso stressante, porque é nele que se sentem confortáveis sem que disso tenham consciência. Obviamente, partem a bufar.

Nos idos anos noventa, quando fui de Portimão estudar para Lisboa, era comum ouvir por lá o discurso de que fazer férias no Algarve era demasiado caro para a fraca qualidade oferecida. Muitos portugueses preferiam a costa e as ilhas espanholas, com preços mais acessíveis. Achei sempre piada a essas queixas por parte de quem só tencionava ir ao Algarve duas semanas por ano, quando aos algarvios cabe viver com uma carestia transversal, que demasiadas vezes implica repensar o que se põe na mesa para comer por causa dos preços que quase triplicam em certas épocas do ano.

Apesar do caos urbanístico que dificilmente poderá ser revertido — quem se atreveria a correr a costa sul a buldózer? —, julgo que se percorreu um longo e ascendente caminho no respeitante aos serviços disponibilizados aos turistas (ainda haverá restaurantes sem ementas em português?) e só isso explica que insistam em regressar ao Algarve ano após ano. Mas para quem lá vive os desafios permanecem, e talvez se tenham até agudizado. É por isso que alguns optam por fazer as suas férias longe da costa, em paragens mais pacatas, e muitos se fecham em casa, evitam as praias e os centros das suas cidades, esperando pacientemente pelo desafogo de Setembro.

Não quero com este discurso parecer vingativa, dizer com soberba, aos que agora começam a conviver com hordas de turistas, “bem-vindos ao nosso mundo”. Não, não é isso. Primeiro porque cresci com o turismo de massas à porta de casa e habituei-me a ele; segundo porque não quero cair no erro de diabolizá-lo — o turismo tem, definitivamente, coisas muito boas; terceiro porque o desafio colocado aos lisboetas e aos portuenses é mais exigente: escapadinhas nas cidades fazem-se todo o ano, faça chuva ou faça sol; ir à praia é que nem por isso, o que dá azo a folgas retemperadoras.

Quero, com isto, recordar-lhes que o assunto não é novo em Portugal, nem começou com o advento das companhias aéreas low cost que aterram na Portela e em Pedras Rubras. Quero recordar-lhes que estamos sempre a tempo de corrigir e de melhorar, sobretudo se aprendermos com os erros cometidos pelos que começaram a lidar com este desafio há várias décadas. E, principalmente, quero recordar-lhes que todos nós somos turistas. Julgo, por isso, que será conveniente pormos a mão na consciência, pararmos por uns minutos de criticar os “açambarcadores” que vêm de fora transtornando as nossas rotinas, e pensarmos primeiro sobre a forma como nós, portugueses, nos comportamos enquanto turistas cá dentro.
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A produtividade das férias

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Provavelmente todos nós já ouvimos dizer que quando vamos de férias ficamos restabelecidos e no regresso somos mais produtivos. A verdade é que apesar de estarmos conscientes dos benefícios de desligar completamente do trabalho durante as nossas férias, nem sempre o fazemos. No meu caso, sempre cultivei o hábito de tentar desligar 100%. Mas… nem sempre é fácil. Por vezes precisamos que as condições exteriores nos preguem uma partida. Dizem que à medida que as nossas carreiras vão sendo mais exigentes, vamos perdendo a “luxúria” de nos podermos afastar do trabalho. A verdade é que acima de tudo, o que perdemos é a capacidade de dizer NÃO. A vida continua e não temos que estar presentes em tudo o que acontece. Essa é a verdade nua e crua.

Este mês, gostava de partilhar a história de umas férias que, embora de forma não planeada, acabaram por ser extremamente revigorantes e desligadas do “mundo real”. Não foram num resort nem num retiro sabático. Foram numa autocaravana, sem destino e sem luxos.

A história é esta…

Um amigo comprou uma autocaravana. Por coincidência, eu tinha marcado férias para essa altura. Durante 10 minutos em que almocei com esse amigo, traçámos todo o nosso plano de férias. Que se resumia ao seguinte: “Então saímos daqui na sexta depois de almoço e vamos em direção a Sul. Depois… voltamos no outro domingo seguinte.” Este era todo o nosso plano de férias: 2 casais, uma caravana, e muita boa disposição.

Olhando com mais atenção, sobressaem aqui 3 características que todos prezamos: a liberdade, o “descompromisso”, e a capacidade de estar confortável na incerteza. A nossa única certeza era de que estaríamos bem independentemente do percurso. Ficaríamos os dias que quiséssemos, onde quiséssemos, não queríamos sequer o compromisso de tomar decisões. Não há nada de especial neste conceito. No entanto… há algo de muito especial neste conceito.

Quando pensamos em férias bem conseguidas, existem 5 tópicos (no máximo) que as descrevem em termos de qualidade. Em frente a cada necessidade, coloco o processo que deve ser conquistado:

1 – Repousar e recuperar energias de uma vida agitada ou de uma profissão exigente. –  Exige que se reduza o ritmo a que as coisas acontecem durante o dia.

2 – Recuperar do stress da vida urbana, e da pressão das decisões profissionais ou pessoais a que o dia a dia obrigam. – Exige que não exista pressão e que as decisões sejam fáceis e confortáveis. Devem privilegiar-se as escolhas sem sacrifícios. Tomar decisões é mentalmente desgastante quando há consequências no resultado. Quantas menos consequências houver sobre as decisões, mais flui o bem-estar.

3 – A vontade de trazer uma história para contar. – Exige que tenhamos oportunidade de acrescentar alguma coisa à nossa experiência de vida. A origem não importa. Este é dos tópicos mais relativos. Coisas como: ler mais livros, ver mais filmes, visitar lugares distantes ou próximos, conhecer pessoas e culturas novas, aprender um novo desporto, criar uma horta em casa, e por aí fora… constituem uma nova história para a nossa vida. Algo que nos acrescentou. Por vezes a dificuldade é sabermos valorizar essas pequenas coisas no nosso interior. É importante “saber olhar”.

4 – Passar tempo com os que amamos – Exige ter tempo mas, acima de tudo, saber desfrutá-lo. Desfrutar, implica estar envolvido com o momento presente. Saber estar perto dos que amamos e passar tempo com eles. Mesmo que seja em silêncio, a partilhar um pôr do sol com a nossa cara metade ou os nossos maravilhosos filhos. Queremos estar inteiros, no simples acto de “estar” com os que amamos.

5 – Sentir boas emoções. – Exige que saibamos ter prazer nos momentos presentes. Permitir que “o agora” nos preencha por completo. E sermos inteiros no que fazemos. Este ponto está em cada um dos pontos anteriores. É o prazer.

Estas férias despreocupadas pontuaram muito alto em todos os tópicos que referi. O que me leva a dizer: adorei estas férias e sinto-me ótimo e revigorado.

A vida numa caravana acontece devagar. Durante estes 10 dias, ninguém usou expressões como “depressa” ou “estamos atrasados”. Nunca estávamos atrasados porque não tínhamos que chegar a lado nenhum. Nunca tínhamos pressa porque o prazer era o presente e não o “amanhã” ou o “chegar lá”. Não tínhamos sequer etapas, (já que podíamos dormir em qualquer lugar que nos parecesse bonito).

O resultado foi que estivemos juntos. Visitámos barragens e praias, terras do Sudeste português e serras da Andaluzia Espanhola e absorvemos as paisagens. Fizemos yoga num parque natural e caminhadas de 3 horas por escarpas nas montanhas. Relaxei com as paisagens poéticas e fiquei ansioso com as minhas vertigens! Sentámo-nos em esplanadas a beber cañas e deitámo-nos com a mais maravilhosa paisagem em pano de fundo. Fomos divertir-nos para as festas da cidade de Córdoba e descobrimos as pequenas aldeias dos “pueblos blancos“. Estivemos em silêncio na viagem ou a jogar setas num bar à noite em Espanha. Apanhámos um dia inteiro de chuva que mal deu para sair da caravana… mas acabámos a jogar às cartas e a cozinhar algo diferente.

É impressionante a quantidade de coisas que podem ser feitas apenas em 10 dias, mesmo quando nada se planeou. E é incrível a sensação de estarmos a fazer tudo devagar quando a nossa casa segue connosco para todo lado.

Uma autocaravana é um grande passo para simplesmente “estar”. Mas depois, é preciso saber estar.

Claro que podíamos ter procurado locais com internet. Mas de repente escolhemos todos o NÃO. Não à internet, não a whatsapps, não a facebooks e não a telemóveis e emails. Nestas férias dei uma oportunidade ao “acaso” e dei um merecido descanso à minha mente.

Por 150 euros e 10 dias… Deixo os hotéis de luxo para quem os valoriza mais do que eu.

Na simplicidade é que está o ganho…