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Petiscos

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Organizar uma refeição para um grupo grande pode-se transformar num verdadeiro pesadelo. Não vamos falar das tentativas de acertar com um dia e hora ideal para todos. Nem vamos falar de tentar encontrar um local ideal… para todos. Vamos partir do princípio que já existe o dia, hora e local. E esse, é a sua casa. UPSSS!!!

Vegetarianos. Vegan. Paleo. Intolerantes ao glúten, lactose e frutos secos. Finalmente outros há que estão de dieta… sempre !!

Ou bem que somos muito descontraídos ou então é o PÂNICO! Normalmente é o pânico… Porquê?

Porque gostamos de convidados felizes e satisfeitos. Porque gostamos de mimar os nossos convidados. Porque gostamos de transmitir que pensamos em cada um deles individualmente e nas suas necessidades. Porque gostamos que se sintam acarinhados. E porque queremos que recordem esse dia, lá em casa, como um dia espectacular. E que isso seja motivo de muitas conversas futuras.

É difícil? Sim, pode ser difícil. Principalmente se o grupo for grande e com múltiplas “dietas” alimentares. Sempre podemos tentar restringir ao máximo o número de pessoas e dividir por grupos. “Hoje fazemos com estes. Os outros ficam para outra altura.” Hmmmm… Tentadora opção, certo? Ou então vamos directamente à seleção natural. Por exemplo: “Malta, vou fazer cabrito assado lá em casa, quem alinha?” Excluímos automaticamente os vegan e vegetarianos. Estou a brincar… (mais ou menos)!

Depois, passamos ainda à parte do receio de a comida não ficar bem. Connosco, os humanos, não os chef´s ou especialistas do instagram e pinterest, é normal o resultado não ficar sempre o melhor. O stress não é o melhor amigo das claras em castelo ou da maionese. Normalmente… talha ! Já para não falar do receio de a quantidade não ser o suficiente. Gostamos de barrigas cheias!

Portanto, já temos uma serizita de problemazitos que nos faz pensar duas vezes antes de nos voluntariarmos para organizar um encontro. Agradar a todos. Ficar bom e apresentável. Não faltar comida. Para não falar do investimento. Uiiiii… Sim meus amigos, preparem a carteira! Neste parágrafo da crónica já estão a pensar. “Bolas! Vou mas é pedir para cada um trazer um salgado ou um doce”, certo?

Não é preciso. Existem soluções. Eu sou fã do modelo petisco. Podem fazer em modelo brunch ou mesmo o lanche ajantarado (sofisticadamente apelidado do slunch). Ambas podem ser soluções bastante interessantes. Da forma que faço, e que agora partilho, é rápido, criativo, democrático, pode ser bastante económico e com gosto… fica muito bonito.

Atenção: o truque não é fazer grandes quantidades, mas sim variedade. E um pouco para todos os gostos. Petiscos com carne, peixe e vegetais. Opte por confecção mais de forno, excluído ao máximo os fritos. Mais saudável e prático. Evite ou assinale os pratos que possam conter ovos, farinhas e lácteos. Faça descontraidamente uma rápida apresentação dos pratos para que todos saibam o que contem cada um. Toca a deitar cá para fora o anfitrião que existe dentro si.

Como por tudo isto em prática? Simples. Para não se perder opte por um tema. Ou seja: mediterrâneo, asiático, nórdico, latino e na loucura… português. Digo na loucura, porque talvez seja a escolha menos saudável. Mas petisco português é o que é.

Depois de seleccionado um tema, juntamos produtos e pratos que estejam relacionados com a nossa escolha. Vou começar por exemplificar com a opção nacional.

Esta é uma escolha segura para qualquer ocasião. Indicada para qualquer tipo de grupo: amigos, colegas, família. Uma excelente escolha para receber alguém que eventualmente podemos convidar por cortesia, ou seja, cuja relação ainda não seja muito grande. Ideal para dar as boas-vindas a convidados estrangeiros. E porque o que é nacional é bom, ninguém pode apontar defeitos.

Nesta mesa podemos incluir no cardápio uma selecção de enchidos assados como farinheira, alheira, morcela, linguiça. Presunto e enchidos fatiados. Queijo da Serra amanteigado. Queijos secos. Azeitonas. Picles. Saladinha de polvo. Saladinha de bacalhau. Saladinha algarvia. Carapauzinhos fritos. Peixinhos da horta. Arrozinho de feijão. Tudo com um belo pão rústico e uma bela broa. Capriche numa sangria branca para receber os amigos e um vinho tinto para acompanhar.

Agora, se quiser juntar ao grupo de amigos descontraídos umas gargalhadas e um derby transmitido na televisão… Chamemos à mesa um menu de influência sul americana: guacamole, nachos com queijo, jalapeños, milho grelhado, fajitas de frango, chili (que pode ser vegetariano), picanha fatiada, arroz salteado com legumes. Receber todos com Margueritas e continuar com Coroñas.

Mesa mediterrânica. Tanto para partilhar sobre esta mesa: colorida e fresca, a cheirar a saudável. Mesmo em dias frios consegue transmitir a alegria dos dias de verão. Queijos frescos e meio curados. Não se esqueçam da famosa feta ou halloumi grelhado regado com azeite, tomilho e tudo salpicado com pimentão doce. Presunto e enchidos. Saladinhas frescas de tomate e pepino com hortelã e limão. Legumes grelhados com cogumelos, espargos, beringela, curgetes e tomates cherry. Húmus e pastas de vegetais como a de pimento vermelho assado. Pimentos assados. Azeitonas e pickles. Amêndoas e nozes. Fruta fresca como uvas e figos. Pode arriscar nas conservas como as de sardinhas, anchovas ou ainda corações de alcachofras. Receba com um gin tónico e continue….

Mas se quiser algo mais clássico e tranquilo com um jazz ou uma bossa nova como música de fundo, opte pelos prazeirosos e melancólicos clássicos franceses: queijos, queijos fundidos, enchidos. Tanto nos queijos como enchidos procure variedades francesas. Mel e Marmelada. Frutos secos. Figos e uvas. Azeitonas e pickles. Legumes grelhados. Baguetes e uma variedade imensa de tostas. Espumante para receber. Vinho tinto ou branco para acompanhar. Oficialmente o meu eleito. Mas também porque adoro queijo.

A ideia neste conceito é servir tudo ao mesmo tempo, em pequenas porções, espalhadas ao longo da mesa. Escolha recipientes diferentes e pequenos para servir. Tábuas. Fica maravilhoso. E atenção: assegure-se de que ao longo da mesa aparecem os mesmos petiscos. Se for um grupo grande, coloque um conjunto de petiscos em cada 4/6 pessoas e separe com cestinhos de pão, por exemplo.

Não é necessário perder horas na cozinha, ficar em stress, gastar rios de dinheiro e passar toda a refeição a questionar-se se está bom e se é o suficiente. Aqui o mais importante é mesmo sentar-se e saborear o momento. A comida faz o resto.

Bons convívios!!!

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Terapia de Grupo

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O que é a Terapia de Grupo?

A terapia de grupo respeita o mesmo método e objetivos da psicoterapia individual, mas organiza-se através de um contexto em grupo onde aumentam as oportunidades de a pessoa se conhecer mediante a relação com os outros. O contexto emotivo-afetivo pautado pela confiança e pelo respeito mútuo facilita a consolidação de um sentimento de segurança e de pertença, diminui a resistência à mudança e expande a capacidade de aprofundar as relações interpessoais.
A experiência de grupo pode reforçar o espírito social e relacional, promover o processo de comunicação e reduzir as tensões. Mas o resultado mais notável reside porventura na mudança que introduz ao nível do comportamento da pessoa fora do grupo, na medida em que a ajuda a conhecer, expressar e expandir a sua verdadeira natureza.

Horário

Terças-feiras das 19.30 às 21.30
Início: 5 de setembro

Valor: 60 € mensais

Para participar é necessária uma entrevista prévia com a terapeuta Rossana Appolloni (marcações por email rossana.appolloni@gmail.com)

Testemunhos

“Embarcar nesta experiência foi o melhor investimento que alguma vez fiz em mim mesma! Com muito medo e insegurança apostei em desafiar-me e sair da zona de conforto. Através da partilha em grupo e do grupo encontrei espaço para sentir e através dos vários sentires, encontrei respeito, conforto, acolhimento, compaixão, ternura e sobretudo ACEITAÇÃO. Neste grupo, onde me sinto parte integrante, encontrei espaço para ser EU mesma, sem condicionalismos ou reservas! Eternamente GRATA!”
R.F.

“Tem sido um percurso de auto conhecimento muito enriquecedor, onde me fui desafiando a olhar para mim com verdade, onde se torna inevitável distinguir o que é meu do que não é (na esfera do sentir e do pensar) e onde vou aprendendo a respeitar e honrar o que não queria ver, o que não queria aceitar em mim. Sempre com amparo, acolhimento e ternura de todo o grupo, sobretudo nas alturas de maior desconforto. É sentir aconchego na dor e alegria na conquista.”
V.C.

“Num momento da minha vida que precisava de parar, criar tempos para mim e olhar para dentro para me redescobrir; iniciei um percurso terapêutico individual. Com paciência, sensibilidade e muito carinho foi-me lançado o desafio de fazer esse percurso em grupo. Foi um grande desafio, mas encontrei neste grupo uma confiança, apoio e aceitação que me têm ajudado, tornando o percurso menos só, e enriquecido, tornando esta experiência mais sentida e vivida. Não só por ter espaço e tempo para partilhar de mim, mas também por ao sentir as outras partilhas, acabar por entrar em contacto com outras partes de mim – o que a sós não seria possível. Ao descobrir o Outro, tenho-me descoberto muito, tendo no grupo um espaço sereno onde a autenticidade pode fluir naturalmente. Obrigada por partilharem comigo este percurso.”
S.L.

Sobre a Rossana Appoloni
Após uma primeira formação académica em Cinema na ESTC de Lisboa, Rossana Appolloni foi para Itália, onde conheceu a Psicossíntese, um modelo psicoterapêutico de natureza humanista-existencialista. É licenciada em Linguística e mestre em Psicolinguística pela Faculdade de Letras e Filosofia da Universidade de Perúgia (Itália) e diplomada em Counselling pela Società Italiana di Psicosintesi Terapeutica de Florença, da qual é membro. É ainda mestre em Psicologia Clínica pela Universidade Lusófona de Lisboa e, além de dar formação, dedica-se à prática do counselling individual e de dinâmicas de grupo.

É autora dos livros “Ousar Ser feliz – Dá trabalho mas compensa!” e “Do Sofrimento à Felicidade“, publicados pela Self.