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Terapia de Grupo

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O que é a Terapia de Grupo?

A terapia de grupo respeita o mesmo método e objetivos da psicoterapia individual, mas organiza-se através de um contexto em grupo onde aumentam as oportunidades de a pessoa se conhecer mediante a relação com os outros. O contexto emotivo-afetivo pautado pela confiança e pelo respeito mútuo facilita a consolidação de um sentimento de segurança e de pertença, diminui a resistência à mudança e expande a capacidade de aprofundar as relações interpessoais.
A experiência de grupo pode reforçar o espírito social e relacional, promover o processo de comunicação e reduzir as tensões. Mas o resultado mais notável reside porventura na mudança que introduz ao nível do comportamento da pessoa fora do grupo, na medida em que a ajuda a conhecer, expressar e expandir a sua verdadeira natureza.

Horário

Terças-feiras das 19.30 às 21.30
Início: 5 de setembro

Valor: 60 € mensais

Para participar é necessária uma entrevista prévia com a terapeuta Rossana Appolloni (marcações por email rossana.appolloni@gmail.com)

Testemunhos

“Embarcar nesta experiência foi o melhor investimento que alguma vez fiz em mim mesma! Com muito medo e insegurança apostei em desafiar-me e sair da zona de conforto. Através da partilha em grupo e do grupo encontrei espaço para sentir e através dos vários sentires, encontrei respeito, conforto, acolhimento, compaixão, ternura e sobretudo ACEITAÇÃO. Neste grupo, onde me sinto parte integrante, encontrei espaço para ser EU mesma, sem condicionalismos ou reservas! Eternamente GRATA!”
R.F.

“Tem sido um percurso de auto conhecimento muito enriquecedor, onde me fui desafiando a olhar para mim com verdade, onde se torna inevitável distinguir o que é meu do que não é (na esfera do sentir e do pensar) e onde vou aprendendo a respeitar e honrar o que não queria ver, o que não queria aceitar em mim. Sempre com amparo, acolhimento e ternura de todo o grupo, sobretudo nas alturas de maior desconforto. É sentir aconchego na dor e alegria na conquista.”
V.C.

“Num momento da minha vida que precisava de parar, criar tempos para mim e olhar para dentro para me redescobrir; iniciei um percurso terapêutico individual. Com paciência, sensibilidade e muito carinho foi-me lançado o desafio de fazer esse percurso em grupo. Foi um grande desafio, mas encontrei neste grupo uma confiança, apoio e aceitação que me têm ajudado, tornando o percurso menos só, e enriquecido, tornando esta experiência mais sentida e vivida. Não só por ter espaço e tempo para partilhar de mim, mas também por ao sentir as outras partilhas, acabar por entrar em contacto com outras partes de mim – o que a sós não seria possível. Ao descobrir o Outro, tenho-me descoberto muito, tendo no grupo um espaço sereno onde a autenticidade pode fluir naturalmente. Obrigada por partilharem comigo este percurso.”
S.L.

Sobre a Rossana Appoloni
Após uma primeira formação académica em Cinema na ESTC de Lisboa, Rossana Appolloni foi para Itália, onde conheceu a Psicossíntese, um modelo psicoterapêutico de natureza humanista-existencialista. É licenciada em Linguística e mestre em Psicolinguística pela Faculdade de Letras e Filosofia da Universidade de Perúgia (Itália) e diplomada em Counselling pela Società Italiana di Psicosintesi Terapeutica de Florença, da qual é membro. É ainda mestre em Psicologia Clínica pela Universidade Lusófona de Lisboa e, além de dar formação, dedica-se à prática do counselling individual e de dinâmicas de grupo.

É autora dos livros “Ousar Ser feliz – Dá trabalho mas compensa!” e “Do Sofrimento à Felicidade“, publicados pela Self.
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Sozinho ou acompanhado

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Se queres ir rápido vai sozinho, se queres ir longe vai acompanhado!

As relações interpessoais são um dos pilares mais importantes para uma vida feliz. Uma vida feita em conjunto com os outros ganha mais sentido, pois enriquece consideravelmente a experiência vivida. Se queres ir rápido vai sozinho, se queres ir longe vai acompanhado, diz um provérbio africano. De facto, as vivências têm sabores diferentes consoante caminhamos sozinhos ou acompanhados. Não é uma questão de certo ou errado, é uma questão do que sentimos ser fundamental para cada um de nós, em coerência com os nossos sonhos, desejos e necessidades mais profundas.

Se queremos uma vida rica e intensa do ponto de vista humano em termos de afetos, de aprendizagens, de partilhas, o importante não é ir rápido, mas sim longe, o mais longe possível. Ir rápido implica focar-se numa meta e querer chegar lá depressa, independentemente do ritmo dos outros; ir longe significa que a meta não é o mais importante, mas sim o caminho. E pelo caminho encontramos tudo o que precisamos para um percurso de crescimento humano, de desenvolvimento pessoal, de exploração de todo o nosso potencial para fazer frente às tempestades e às bonanças que naturalmente existem. Se queremos atravessá-las rápido talvez não consigamos captar o seu propósito no nosso percurso; se queremos chegar longe, tentamos integrá-las e com elas crescermos.

Chegar longe requer o cuidado de olhar para os que estão à nossa volta e de deixarmos que olhem para nós. No olhar recíproco está o reconhecimento e a valorização de uma relação.

As relações dão-nos o melhor que a vida nos pode dar. Por vezes basta um sorriso, um olhar, e sentimo-nos embebidos por um shot de energia e boa disposição que nos faz voar pela magia do universo. Mas também nos dão o pior, quando nos sentimos arrasados e tristes por uma desilusão, fruto de uma expectativa que criámos. A ausência de expectativa nas relações é o verdadeiro e tão difícil segredo para que através delas consigamos sentir o poder de voar, sem medos nem exigências. É maravilhoso dar a quem sabemos que não nos vai retribuir senão um sorriso, pois será um dar genuíno, não esperamos nada em troca. E é maravilhoso receber de quem não estávamos nada à espera, por vezes até um desconhecido é quem mais nos surpreende!

Se conseguíssemos olhar verdadeiramente para as pessoas que nos estão mais próximas com esse tal olhar inocente de um desconhecido, com um olhar de quem não está à espera de nada e de quem não se sente obrigado a dar nada, cada gesto seria sentido com infinita gratidão e maravilha. Deixaríamos que o encanto das relações, a genuinidade do dar e receber, a autenticidade de se ser quem se é, aflorasse a cada momento de interação.

Dar simplesmente porque sim, porque nos faz bem, porque é inevitável quando se é feliz. Permitir-se receber porque se merece, porque nos faz sentir importantes, porque valoriza a nossa existência. E neste dar e receber faz-se uma caminhada juntos, onde ninguém vai mais à frente nem mais atrás, mas sim lado a lado, porque é juntos que chegaremos longe, o mais longe possível.

Porém, só é possível ir lado a lado quando ninguém se puxa, se empurra, se pendura, quando ninguém exige, pressiona, chantageia; só é possível ir lado a lado quando cada um caminha por si próprio, na alegria de não estar sozinho.