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Meditação em tempos de crise

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Meditação

Você não consegue tornar o seu corpo flexível só por pensar que o vai tornar flexível. Só conseguirá fazer isso praticando; o próprio corpo tem de tornar o corpo flexível. Tal como a flexibilidade física tem de ser desenvolvida pelo nosso corpo, a flexibilidade mental – que é outro nome para a derradeira paz e felicidade – tem de ser criada pela nossa mente através do treino.

A meditação é um treino mental.

Meditar é uma técnica psicológica que serve para prevenir ideias erradas e para dar início a uma forma de pensar correta, que leva a um estado de paz, felicidade e harmonia. A palavra meditação soa a um qualquer tipo de termo religioso, mas, na verdade, trata-se da prática mais vasta de psicologia. Meditar protege a mente e mantém-na consciente da realidade.

Como podemos preencher o vazio que sentimos nos nossos corações? A resposta é meditar.

Dedicar-se a uma meditação genuína, a uma prática espiritual verdadeira, é transformar o sofrimento em felicidade – e isso depende da sua mente, da sua atitude.

Você terá de se esforçar para conseguir desenvolver a sua mente, gradualmente, de dia para dia e de ano para ano. Até poderá demorar eternidades. Afinal de contas, este tipo de treino mental é a prática da paciência.

Meditar é a forma de deixar a sua mente calma, livre e estável; é a forma de a impedir de lhe fazer mal. Meditar é uma forma de trazer paz; por fim, é a forma de parar de criar problemas. Mas não basta que apenas você tenha paz de espírito. O objetivo mais importante a atingir ao praticar a meditação é desenvolver o bom coração, bodhicitta – o desejo de fazer menos mal aos outros e de os beneficiar mais. No entanto, apesar de você ainda não ter desenvolvido a sua mente ao ponto de já ter parado por completo de prejudicar os outros e de ter passado a beneficiá-los, você deveria continuar a esforçar-se para aperfeiçoar o bodhicitta.

Esforce-se sempre para melhorar a sua mente, melhorar a sua atitude. Em vez de usar a sua inteligência e o vasto potencial que tem como ser humano para causar mais problemas a si próprio, desenvolva o bom coração, bodhicitta, e desenvolva a sabedoria. Treine a sua mente para que esta se torne cada vez menos furiosa e mais paciente, menos egoísta e mais afetuosa, mais compassiva e mais preocupada com a felicidade dos outros. Todavia, se não trabalhar ativamente para isto, a sua mente permanecerá simplesmente na mesma, ou tornar-se-á, mais provavelmente, pior, acumulando mais fúria, mais orgulho, mais desejo, mais descontentamento. É assim que se forma toda a violência.

A sabedoria significa, simplesmente, consciência da realidade.

A nossa mente é como água a ferver: a borbulhar com superstições, alucinações e muitos pontos de vista desnecessários e errados, que só fazem mal e não trazem paz alguma à sua vida.

Ao aprendermos métodos para apaziguarmos os nossos pensamentos inquietantes, para acalmarmos a nossa mente fervente, estamos a aproveitar a oportunidade para nos libertarmos a nós próprios das causas dos problemas e da infelicidade.

em Como Ser Feliz, Lama Zopa Rinpoche

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O que está errado não é o valor das criptomoedas, é o nosso olhar…

criptomoedas

Um dos assuntos mais populares no ecossistema das criptomoedas, é inevitavelmente a sua cotação. Por mais que se presenciamos um esforço dos intervenientes em valorizar características mais profundas numa moeda, a grande verdade é que o seu valor continua a ser aquilo que mais mexe com os sentimentos dos investidores ou fãs de criptomoedas.
Ao percorrer a maioria dos fóruns, sites, grupos de social media, ou conversações entre pessoas que partilham o gosto pelas criptomoedas, é esse o tópico número um. É também esse o tópico que gera sempre mais conversação e polémica. Principalmente quando se começam a esgrimir os argumentos de parte a parte, sobre quais as melhores moedas do momento, e quais as que têm os dias contados.
Vamos falar de Bitcoin, porque é a moeda que tem maior historial e, porque é também a moeda que tem mais influência na cotação das outras moedas. (uma vez que ainda é a moeda de referência e as suas subidas e quedas ainda afetam significativamente a cotação das restantes.) Mas a análise feita neste artigo, estende-se à maioria das moedas. Pelo menos daquelas que têm história suficiente para serem consideradas.

Historicamente, a cotação da Bitcoin sempre foi caracterizada por uma grande volatilidade. Foi isso que atraiu os traders em primeiro lugar. Existe uma tendência de subida no longo prazo, configurando picos de valor súbitos, seguidos de quedas muito acentuadas. Isto aconteceu as vezes suficientes para que a curta memória da comunicação social, aproveitasse o momento para se referir à “grande bolha que são as criptomoedas”. Nem vou discutir o termo bolha, uma vez que consigo encontrá-lo em cada um dos segmentos da economia. Portanto, não considero que isso seja de modo algum um termo “depreciativo”. Passemos então à frente… A verdade… é que raro é o ativo financeiro, que conseguiu repetir bolhas tão grandes e tão constantes, recuperando delas com tanta facilidade. Hoje, os meios de comunicação mais informados, já conseguem entender que as bolhas de valor de Bitcoin, não significam necessariamente, que a Bitcoin em si, seja somente uma bolha. Mas também este, é outro assunto, que já não é novidade, e que já abordei no meu livro Bitcoin – Tudo o que precisa de saber sobre criptomoedas e noutros artigos. Neste momento, gostaria de falar concretamente de um outro assunto. Afinal, para lá de todas estas questões, como está a cotação hoje? Será que vai acontecer outra Bolha? Ou será que vai cair até zero e isto é só o começo de uma descida vertiginosa que não vai parar? Ou seja: Million Dollar Question: será que vamos ter outro pico de valor no final de 2018?

A maioria dos investidores, traders, e todas as pessoas interessadas por criptomoedas, aguarda ansiosamente por esse momento. Por vezes com um discurso tão profético, que mais parece uma oração. Ou um augúrio tão seguro de si próprio, que pode parecer uma daquelas verdades, que é verdade apenas até ao dia que não é… É claro que muita coisa pode correr mal nas criptomoedas. É também claro, que se algumas coisas correrem bastante mal ou demorarem demasiado tempo a acontecer, acabarão por reduzir a capacidade futura de a Bitcoin poder vir a ter valores perto dos que já atingiu. Se pensarmos apenas na Bitcoin como um investimento financeiro (e é assim que pensa muita gente que apenas releva a sua cotação) temos também que saber o que é um investimento financeiro. Os investimentos financeiros têm ciclos. Mas não são um ciclo eternamente repetido. E quando se trata de tecnologias disruptivas, todos os que investem há tempo suficiente para ter presenciado pelo menos uma outra tecnologia disruptiva, sabem que alguns ativos podem passar a valer zero. E a única coisa que depende disso pode ser apenas e só, um novo player no mercado. Aconteceu em todos os momentos da história, e poderá seguramente acontecer a muitas das criptomoedas. Ou a todas. Se olharmos apenas 18 anos para trás, podemos ver que inúmeras empresas que constituíam a promessa do futuro, hoje já nem existem. O mesmo pode acontecer a qualquer tecnologia. E para isso basta vir a seguinte.

Mas dito isto, vou fazer uma inversão sobre o tema.

É certo que no final de 2017, a escalada do valor da Bitcoin, atingiu valores nunca vistos. Apenas entre Outubro e Dezembro, subiu algo perto de 400%, e toda a gente que tinha um pé-de-meia começou a pensar que bastava apanhar a boleia para a Lua. “Up to the Moon!”, “Lambo” como tantas vezes se lê nas conversas acerca de criptomoedas.
Em finais de Dezembro (inícios de Janeiro de 2018 o valor teve a devida queda abrupta, iniciando depois descidas triangulares que a fizeram regressar a cotações (talvez) mais realistas, pelo menos tendo em consideração o seu ponto de partida.
É claro que isto arrefeceu os ímpetos de muitos investidores. Alguns dos quais deixaram de investir tão rápido que nem chegaram a investir. Uma espécie de Lucky Luke, mais rápido do que a sombra. Quando iam para comprar já foram tarde, e acabaram por refrear-se ao sentir as primeiras quedas. Ficou depois o confortável pensamento “ainda bem que não entrei… olha como está agora”…

Podíamos ficar algum tempo em volta destas ideias e do que elas realmente significam em termos de investimento. Mas gostava de fazer uma reflexão sobre aquilo que tem passado mais despercebido quando se fala de cotações.

O ambiente que vivemos é o ambiente do “não se preocupem.. isto vai melhorar… vamos aguardar, agora está mau mas não tarda nada vai subir a sério…
Então mas vamos falar de número: Já está a ser a sério! Se o que queremos é ver o valor de cotação da Bitcoin (ou outra moeda) subir, já está a ser MUITO A SÉRIO! Mais a sério do que qualquer a maioria dos ativos financeiros de wall street.

Mas vamos então ilustrar o tópico com números concretos.
Dia 24 de agosto de 2017, a Bitcoin estava cotada ao valor de $4362,47. Passado exatamente um ano, (a 24 agosto 2018), o valor da Bitcoin era de $6456,16. Quer isto dizer, que a valorização de Bitcoin no espaço de 1 ano, foi de 48%. Agora devemos olhar para este número e ver no mercado financeiro ou em qualquer outro mercado, o que significa uma valorização de 48%.
A verdade, é que para onde quer que olhemos, uma valorização de 48% é extremamente incomum, e é unanimemente considerada uma valorização incrível para qualquer fundo de investimentos, por mais bem sucedido que ele seja.
Para dar uma noção comparativa, um ativo, seja ele corpórea ou incorpóreo, que valorize acima de 10% no prazo de um ano, é sempre considerado um sucesso entre investidores. 10%, ou 12%, são geralmente os números a atingir quando se trabalha com o património financeiro. Algo acima de 15 ou 20% é um sucesso. Se temos 48% na Bitcoin, porque havemos de achar que estamos perante um mau valor atual? Apenas porque entretanto existiu um pico de $19.000? Se olharmos para o gráfico total da Bitcoin desde que ela existe, este movimento já havia acontecido. E não foi motivo para não investirmos, certo?

Para onde quer que olhemos, o valor atual da bitcoin é ótimo numa perspectiva de valorização. É certo que não se está a repetir agora, a escalada de valor que levaria alguns a nunca mais trabalharem. (Ou a comprar o Lamborghini.) Mas acho importante colocar esta mensagem a circular de forma clara. As criptomoedas não estão pela rua da amargura. E se não acontecer uma escalada súbita, é importante que continue a existir entusiasmo.
Não sou fã do entusiasmo de “basta fazer HODL que vou ficar rico. Mas sim o entusiasmo de sabermos que temos um ativo que valorizou 48% em 12 meses. Quando a alternativa de colocar este ativo num outro investimento passivo, era talvez de 1 a 3%.

E nesta altura, gostaria de voltar ao título deste artigo, para dizer que o que está errado não é o valor da Bitcoin. O que está errado, é existir uma expectativa de que as criptomoedas têm obrigatoriamente que ter frequentemente subidas de 400%. Até poderá voltar a acontecer. Diria que todos os detentores de Bitcoin ficariam extremamente agradados. O ponto é apenas a preparação para que caso não aconteça, continuemos todos muito seguros de que foi um excelente investimento. Um investimento de 48% num ano. E se quisermos chocar alguém, podemos também dizer que é um investimento com rentabilidade de cerca de 1130% em 2 anos. Já que o valor de 24 de Agosto de 2016 era cerca de $570.
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A Bitcoin é má para o ambiente?

ambiente

A Bitcoin e o ambiente, é um tema que é abordado no livro Bitcoin – tudo sobre criptomoedas, em mais de um capítulo de forma mais explicativa. Mas vamos tentar resumir algumas ideias.

Quando foi criada a Bitcoin era possível de ser minerada por computadores portáteis, exigindo consumos de eletricidade muito baixos. Mas à medida que se adicionam recursos à rede, mais difícil fica de minerar. Este aumento de dificuldade, é o que dá segurança à rede da Bitcoin. É isto que a torna na rede mais poderosa e segura à face da terra.

O motivo pelo qual o mining se tornou numa indústria, é porque é rentável e porque a Bitcoin é tão valiosa.

Mas olhemos para o lado positivo. Esta indústria está na sua infância. À medida que o tempo passa, o normal é que os miners procurem desenvolver a sua atividade onde a eletricidade é mais barata. Afinal de contas, o mining é um negócio e a eletricidade é a sua matéria prima. Os lugares onde a eletricidade é mais barata são lugares (regra geral) com excesso de oferta energético. O que acaba por não ser assim tão pouco ecológico, mau para o ambiente e podendo inclusivamente viabilizar projetos de energia alternativa.

Outro fator que melhora o aspeto deste consumo energetico, são os estudos feitos à atividade de mining (ou mineração), que mostram frequentemente que a atividade de mining está assente neste momento em fontes de energia quase 100% renováveis. Quer isto dizer que não é o “colosso poluidor”  e inimigo do ambiente que muita gente pensa ser.

Ainda que este sistema da Bitcoin seja alvo de alguns ambientalistas que não tenham validado está informação, nunca podemos olhar para uma coisa isoladamente sem compreender qual a sua alternativa. Neste momento o sistema das moedas FIAT (euros, dólares e todas as moedas do mundo) não é propriamente ecológico. Muitos recursos energéticos são gastos em data centers, edifícios, terminais, impressoras, ramais, e muitos outros no setor bancário.

Só a reserva federal americana gasta 700 milhões por ano a imprimir notas de dólar.

O que faz da Bitcoin um alvo fácil, é o facto de ser muito fácil e direto de calcular os seus custos de funcionamento.

A bem da verdade, se juntarmos toda a pegada ecológica das notas e moedas atuais, juntando a isso o suporte dos seus sistemas de transferência, a conta será seguramente mais desfavorável.

Seja qual for o assunto, nunca se esqueça de não deixar que comparem alhos com bogalhos.

Saiba mais aqui: Bitcoin- tudo sobre criptomoedas

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O preço da Bitcoin é muito elevado?

preço

Uma das muitas afirmações que são feitas sobre a Bitcoin é de que o seu preço ou valor é muito elevado.

Como poderíamos usar uma moeda que vale 7.000 euros? Ou 20.000 euros?

O preço unitário de uma moeda é irrelevante para a sua capacidade de troca.

Se pensarmos em termos de nomenclatura ou uso verbal, tradicionalmente esses termos são adaptados e evolutivos. Quando tínhamos o escudo, também estávamos habituados e fazer referência ao dinheiro em várias ordens de valor com termos diferentes: Centavos, Escudos, Contos.

Quando falávamos da compra de uma casa não falávamos nunca em escudos embora a moeda fosse escudos. Mas com a inflação e desvalorização do escudo, criou‐se o termo “contos” para definir cada unidade de mil escudos. Nunca isso foi uma confusão.

Quando falamos de ouro, ele também é uma unidade de troca. Mas também não nos referimos ao valor do ouro em barras de ouro nem trocamos barras de ouro inteiras cada vez que fazemos uma troca. As trocas são feitas em pequenas partes unitárias de uma referência de valor maior.

A Bitcoin, até pela sua natureza, é muito mais facilmente divisível do que uma barra de ouro. No caso da Bitcoin, até já existe uma unidade denominada de Satoshi (em honra ao seu inventor Satoshi Nakamoto) que representa uma Bitcoin dividida em 100 milhões de unidades. Imaginando que uma Bitcoin são 10.000 euros, mil satoshis são um cêntimo.

Rapidamente passamos a ter uma unidade “convertível”. Se rapidamente quisermos inventar uma nova unidade apenas para exemplo, podemos dizer que um Nakamoto seriam 10.000 satoshis. E assim tínhamos uma unidade de “conversação” exatamente proporcional ao euro hoje.

Um Nakamoto seria um Euro se assim fosse conveniente. O valor/preço de uma moeda não é a sua unidade verbal, mas sim a sua capitalização de mercado.

EQUIVALÊNCIAS ENTRE SATOSHI-EUR-BITCOIN
Satoshi
Eur
1 BTC
100000000
10000
1
100
0,01
0,000001
1000
0,1
0,00001
10000
1
0,0001

 

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Os números surpreendentes sobre a Bitcoin

números

Actualmente, mais de 30 notícias por dia surgem nos media portugueses sobre a Bitocoin ou criptomoedas. Em 2017 “O que é a Bitcoin” foi o segundo termo mais pesquisado no Google. Estes e outros factos traduzem números surpreendentes sobre o fenómeno das Criptomoedas e da revolução que representam

Saia mais em: Bitcoin – tudo sobre criptomoedas

 

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Bitcoin – o tema quente dos últimos tempos

bitcoin

Muito se tem falado sobre criptomoedas nos últimos meses. Ao longo dos últimos anos, o tema surge sempre com mais frequência quando existe uma valorização acentuada das criptomoedas, provocando uma consequente “corrida ao ouro” e um entusiasmo de investidores de oportunidade.

De igual modo, aumenta a frequência de notícias quando as criptomoedas sofrem uma correção acentuada, e os apóstolos da desgraça voltam a decretar o fim da Bitcoin (como tem acontecido ao longo dos últimos 9 anos da sua existência.

Mas há uma grande falta de informação do que é efetivamente a Bitcoin e as outras criptomoedas. E num mundo de polaridades, as opiniões extremistas dos que ainda não reconhecem ou não compreendem o valor das criptomoedas, levam a Bitcoin e as criptomoedas frequentemente para um território estranho, aparentando mais ser um “elemento do submundo” do que uma inovação tecnológica que permitirá alterar completamente o mundo financeiro tal como o conhecemos.

O descrédito e a desinformação são constantes, e uma das causas para isso é a falta de acesso à informação, que leva frequentemente a uma construção de opinião baseada em informação pobre e profundamente desvirtuada. Na verdade, as criptomoedas não facilitam a vida ao jornalismo e aos media, porque o entendimento das mesmas também não se consegue nos outros media internacionais de renome. (Já que também eles têm pouco estudo e pouco acesso à informação organizada relativamente a este mercado.)

O resultado desta fase, ainda com pouca informação acessível, é a criação de ideias erradas e mitos que são tratados como certezas, e geram consequentemente a desconfiança e a atitude negativa face às criptomoedas. Para tentar esclarecer alguns dos pontos mais comummente tratados de forma errada ou simplista, resolvemos começar o nosso trabalho com a publicação de alguns FAQ, que vêm desmistificar, clarificar e detalhar alguns dos “defeitos” apontados à Bitcoin e às criptomoedas.

Obviamente que nem tudo pode ser explicado de uma vez, e certos conceitos serão mais difíceis de entender para quem não souber ainda nada sobre Bitcoin. Mas felizmente continuaremos a publicar explicações sobre as temáticas de criptomoedas abordando sempre o tema de uma forma clara, explicada e acessível a todos.

bitcoinO livro Bitcoin – tudo o que precisa de saber sobre criptomoedas, será sempre o ponto de partida ideal para ficar esclarecido sobre criptomoedas.

Mas sinta-se à vontade para primeiro ler alguns dos temas do livro para avaliar o seu interesse. Leia mais aqui.

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O Verdadeiro Plano, Yogi Cameron Alborzian

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Yogi Cameron deixou o mundo de alta moda em 1998 para encontrar um caminho mais espiritual. Ele começou os seus estudos de Ayurveda em Arsha Yoga Vidya Peetam Trust na Índia sob a orientação de seu guru Sri Vasudevan depois de já ter frequentado o Instituto Integral de Yoga em Nova York e no Yogaville de Sri Satchidananda. Desde então, Yogi Cameron trabalhou com pessoas de todo o mundo, transmitindo-lhes métodos antigos para viver vidas mais saudáveis, mais naturais e mais espirituais, de acordo com o Ayurveda e Yoga.

Usando uma combinação de tratamentos, meditação, remédios naturais e orientação dietética, Yogi Cameron ajuda a tratar condições específicas e coloca os seus clientes num caminho para uma maior saúde mental, física e espiritual. O principal objetivo desse caminho é ajudar cada pessoa a encontrar o seu propósito e prática.

CameronCameron também levou o Yoga e a meditação para o Afeganistão como parte do programa de reintegração para preparar o país para a retirada de tropas nos anos seguintes e trabalha com jovens resgatadas das práticas de tráfico sexual no Cambodja em coordenação com a Fundação Somaly Mam.

Yogi Cameron foi apresentado no The Dr. Oz Show, The Ellen DeGeneres Show, The Today Show, Extra e Martha, entre outros. Ele também foi destaque no The New York Times, Men’s Journal, Wall Street Journal, The London Times e a revista ELLE, e é um contribuidor regular para o Huffington Post e Sharecare, um portal de saúde que faz parte do programa de divulgação do Dr. Oz para especialistas em saúde e estilo de vida.

O  Desperte o Guru que Há em Si, o seu primeiro livro, foi publicado pela Self em 2017. Este último livro, O Verdadeiro Plano publicado em 2018 fornece uma abordagem realista aos ensinamentos de Patanjali projetados para penetrar todo o seu ser e resultar numa transformação positiva de sua vida.

Através do Verdadeiro Plano, Yogi Cameron traduz estes complexos e intrincados ensinamentos em tarefas diárias práticas, rotinas e sistemas que podem ser facilmente incorporados na vida quotidiana para melhorar a  sua saúde física, mental e espiritual.

Texto adaptado de um artigo do Huffington Post.

Saiba mais aqui: O Verdadeiro Plano, Self.

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Então você acha que quer ser empreendedor…

empreendedores

“Antes de ser mãe, disseram‑me que os primeiros cinco anos são os mais difíceis para os pais. Aquela pessoa em miniatura está dependente de nós desde o momento da conceção até ao dia em que a enviamos na carrinha do infantário. O nosso trabalho não acaba quando os nossos filhos vão para a escola a tempo inteiro, mas, por essa altura, as crianças já conseguem fazer algumas coisas sozinhas.
O mesmo se aplica a uma pequena empresa. Se acha que agora trabalha muito, espere só até se tornar o seu próprio patrão. Vai perceber o que significa a palavra «sacrifício». Vai deixar de comer fora com tanta frequência, de comprar as engenhocas mais recentes e ir às compras sempre que lhe apetecer. Vai cozinhar em casa e eliminar todos os gastos desnecessários. Sim, aquele merecido bife do seu restaurante preferido é agora uma despesa desnecessária. Normalmente, as pequenas empresas demoram doze a dezoito meses a recuperar o investimento e três anos a gerar qualquer lucro. É no quarto ano que um negócio se transforma numa entidade autossustentável. Vai precisar de todo o seu entusiasmo e energia para tornar o seu negócio numa empresa viável, com uma poderosa marca com presença nas redes sociais.
Para ser um empreendedor de sucesso, também é preciso ter paciência. Terá de ser paciente consigo mesmo, com os seus funcionários e, acima de tudo, com os seus clientes. As vendas não surgirão tão depressa como você acha que devem surgir, mas se conseguir aguentar‑se, ser empreendedor poderá ser a sua experiência profissional mais gratificante.

Por isso, o primeiro passo é decidir se foi feito para este tipo de vida.

A MENTALIDADE EMPREENDEDORA

  • Acha sempre que há uma forma melhor de fazer as coisas;
  • Preferia estar ao comando da empresa;
  • Acha que o seu chefe geralmente não sabe o que faz;
  • Sente que o seu potencial não é aproveitado pelos seus supervisores e está insatisfeito com o seu emprego;
  • Sabe que faria as coisas de forma diferente, se a empresa fosse sua;
  • Senta‑se à sua secretária a calcular o quanto rende ao seu empregador e a pensar que devia estar a trabalhar por conta própria;
  • Está convencido de que poderia sair‑se melhor do que os seus colegas que estão acima de si.

Os empreendedores são líderes natos. São pessoas criativas e com iniciativa. Conseguem tomar decisões rapidamente e mantê‑las. Os empreendedores são visionários, trabalhadores esforçados e extremamente perspicazes. Normalmente, têm personalidades exigentes e extrovertidas. Não têm receio de correr riscos e estão sempre a tentar melhorar a situação em que se encontram.

No reverso da medalha, estas pessoas são por vezes teimosas e impacientes. Os empreendedores nem sempre são bons ouvintes nem fáceis de ensinar e podem ser territoriais.
Se algum destes pontos lhe parece familiar, se acha que possui estas qualidades, então o empreendedorismo talvez seja o ideal para si. Mas antes de abrir um negócio, há seis coisas que não lhe podem faltar:

1. Um plano de vida
2. Uma ideia de negócio sólida
3. Crédito excecional
4. Um plano de negócio
5. Uma família ou cônjuge compreensivos
6. Fé

O EMPREENDEDORISMO É PARA SI?

Se depois de ler a secção acima, pousar este livro e deixar o seu sonho de empreendedorismo na prateleira, não se sinta mal; nem todos foram feitos para ser empreendedores. Mas se leu até aqui e a sua paixão, empenho e fé continuam firmes… avance!”

Melinda F. Emerson, no livro Startup em 12 Meses, Self.

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Programados para Comer, o livro revolucionário de Robb Wolf

A Dieta Paleo ou outras abordagens são ferramentas poderosas, no entanto, são apenas um ponto de partida. Pesquisas recentes revelaram a necessidade de irmos para além da doutrina, a fim de encontrar o que funciona individualmente. No meu novo livro, Programados para Comer, vou mostrar-lhe como usar esta informação para criar o seu próprio plano de alimentação efetivo e personalizado, que pode mudar a sua vida e a sua saúde.

Como é possível? Em estudos recentes, centenas de pessoas foram alimentadas com uma variedade de alimentos e os seus níveis de glicose no sangue foram monitorizados individualmente durante um período de tempo. Para surpresa de todos, não havia uma “melhor dieta” adequada a todos, mas sim uma variação maciça, de pessoa para pessoa e no tipo de alimentos que cada indivíduo ingeriu e a que reagiu de forma favorável ou negativa. Isso é revolucionário porque indica que alguns alimentos criam uma resposta saudável em algumas pessoas e criam uma resposta negativa em outros. Isso mostra que podemos encontrar os alimentos que funcionam com a nossa fisiologia em vez de ir contra ela.

Esta nova abordagem é chamada de Nutrição Personalizada. Nutrição personalizada, em termos práticos, significa que você pode testar alimentos específicos para determinar quais são adequados para a sua perda de peso e para a sua saúde. Você descobrirá que pode haver alimentos considerados “maus” que você tem evitado há anos, como arroz ou batatas, que o seu corpo realmente tolera. Por outro lado, você também pode descobrir que há alimentos “saudáveis” que você come e que causam-lhe mais danos do que bem.

Até ao fim do livro, você perceberá os fatores genéticos e epigenéticos que controlam o modo como você está Programado para Comer, mas talvez ainda mais importante, você terá finalmente um plano personalizado para o seu corpo, para ajudá-lo a perder peso, recuperar sua saúde e viver a vida que quer viver.

A culpa não é sua.

Se fosse enfrenta dificuldades, sejam elas relacionadas com a sua saúde ou com o seu peso, a culpa não é sua. Se você vive numa sociedade ocidental moderna de lazer e relativa abundância, mas não é gordo, doente e diabético, você está, de uma perspectiva biológica, “desajustado”. A nossa espécie está aqui hoje porque os nossos genes estão Programados para Comer.

Relacionado com isto, há a expectativa, novamente registada nos nossos genes, de que o processo de busca de alimentos exige que sejamos ativos. Em termos inequívocos, nós estamos geneticamente programados para comer alimentos simples e não processados, e para gastar uma quantidade razoável de energia nesse processo (andar, correr, viver, carregar, dançar!). Mas a vida moderna dificilmente nos oferece a oportunidade de nos mexermos e, por outro lado, estamos constantemente cercados por uma variedade de alimentos deliciosos.

Aqui está o caminho para a perda de peso permanente.

Milhões de pessoas começam uma dieta todos os anos, mas a grande maioria não consegue alcançar os resultados que desejam. Porquê?? É uma falha moral da nossa parte, ou há mais na história do que uma “vontade fraca”? Em vez de lições de moral sobre a comida, talvez devamos considerar que vivemos num mundo desadequado à nossa genética, que a nossa alimentação, o nosso sono, o nosso movimento e as nossas relações sociais mudaram de tal maneira que os nossos corpos têm dificuldade em se adaptar. O programa no livro Programados para Comer irá ajudá-lo a reajustar o seu cérebro e apetite, permitindo que você controle melhor o nível de açúcar no sangue e determinar os alimentos que são adequados para a sua saúde e perda de peso.

Na Fase 1, você irá determinar quais são suas principais necessidades e objetivos (quem você é e para onde deseja ir) e, a partir disso, usaremos um simples, mas poderoso plano de 30 dias. Com isso, você irá descobrir se é resistente à insulina (ou não) e, com base nessa descoberta, ajustar a ingestão de hidratos de carbono para refletir na sua saúde metabólica.

Para conseguir abranger todas as pessoas, desenvolvi a Fase Dois, que consiste num plano de Teste de Hidratos de Carbono de 7 dias baseado na mais recente ciência sobre nutrição personalizada. Usando medidas subjetivas fáceis de entender, como por exemplo, a forma como você se sente após uma refeição, bem como uma monitorização da glicose no sangue, você poderá determinar com precisão quais as quantidades e tipos de hidratos de carbono e outros alimentos permitem que você mantenha o seu nível açúcar no sangue em intervalos saudáveis. Quando você descobrir os alimentos que funcionam consigo, você poderá manter um nível ótimo de glicemia enquanto assegura que a sua flora intestinal permanece saudável e forte.

Você vai acabar com a ânsia por comida, reprogramar o seu apetite para a perda de peso e, finalmente, dizer adeus às dietas “generalistas”.

por Robb Wolf, autor do livro Programados para Comer, Self.

Robb Wolf é um investigador na área da bioquímica, um especialista em saúde e autor do Best Seller do New York Times: “The Paleo Solution”.

É editor no Journal of Nutrition and Metabolism e Journal of Evolutionary Health. É ainda diretor da clínica médica Specialty Health em Nevada e é consultor no Programa de Resiliência do Comando Naval de Operações Especiais da Marinha dos Estados Unidos.

 

Fonte do artigo: https://www.mindbodygreen.com/0-29409/why-healthy-foods-may-be-doing-you-more-harm-than-good.html

 

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Os três passos para definir uma intenção

intenção

Saiba como definir objectivos ou uma intenção e de como garantir que é eficaz.

O processo seguinte vai mostrar‑lhe como definir uma intenção útil e específica para tentar alcançar outros objetivos. Na verdade, quanto mais praticar o ato de definir intenções, mais irá compreender o propósito destes objetivos.

1º Passo – Pergunte a si mesmo:
Porque é que vale a pena gerar mudança?

Um componente importante deste processo consiste em determinar porque é que você quer mudar, para começar. Determinar porque é que quer mudar é como construir os alicerces de uma casa; se não os construir como deve ser, o resto da estrutura acabará por cair.

Ao longo dos anos, fui abordado por clientes com diversos objetivos, e colaborei com eles para descobrirmos as suas intenções. Cada um deles tinha intenções diferentes e, para trabalharmos juntos, tínhamos de descobrir a razão pela qual eles tinham este objetivo de se aperfeiçoar a si próprios. Para implementar e sustentar a mudança, as nossas razões para os nossos objetivos têm de ser específicas.

2º Passo – Contemple a sua razão

«Contemplação» parece muitas vezes uma palavra estrangeira, não é? Muitos de nós têm uma noção de contemplação que inclui um ancião de túnica e sandálias, sentado no cimo de uma montanha do Tibete, a refletir sobre a humanidade em geral. Contudo, talvez fique surpreendido ao saber que a contemplação é provavelmente uma das partes mais fáceis de compreender de toda esta prática. Na sua definição mais simples, a contemplação consiste apenas em pôr de parte uma pergunta durante um determinado período de tempo e deixar que a resposta se revele por si mesma.

Um dos motivos pelos quais a contemplação parece intimidante é que esta exige‑nos que abdiquemos tanto do desejo de saber imediatamente a resposta, como do nosso controlo para a encontrar sem mais demoras. Estamos tão habituados a encontrar instantaneamente outros tipos de respostas através de motores de busca da Internet, como o Google, que esperamos encontrar imediatamente todas as nossas respostas.

Fazemos parte de uma cultura que adora intelectualizar e analisar e sentimo-nos gratificados quando percebemos as coisas. Esforçamo‑nos imenso por discutir tudo até à exaustão, dissecar e bater na mesma tecla até o assunto perder o interesse. Contudo, todas estas ações são o oposto da contemplação, e podemos dar em loucos ao esforçarmo‑nos cada vez mais por encontrar respostas que continuam a ser elusivas. Se fôssemos realmente contemplar uma questão, simplesmente deixávamo‑la em paz até que a resposta estivesse pronta para se revelar.

Imaginemos que está a tentar escolher uma pré‑primária para o seu filho frequentar, e até pesquisou vários lugares. Descobriu que tem de tomar uma decisão até um mês antes do primeiro dia de escola, para conseguir cumprir os vários requisitos de admissão dos programas escolares. Se, no tempo que lhe resta entre pesquisar escolas e optar por uma, você continuar a reler brochuras, perguntar a amigos sobre as experiências dos filhos deles e imaginar uma dúzia de cenários possíveis que implicam que o seu filho não tenha uma boa formação, está a intelectualizar a questão e não a contemplá‑la.

Em vez disso, para contemplar esta questão, faça primeiro a sua pesquisa e depois pare totalmente de pensar nas várias escolas. Talvez tenha de pôr a questão de parte por uns dias ou um mês até que a sensação certa o oriente para a melhor decisão. Por mais tempo que demore, a decisão irá acontecer na altura certa. É provável que encontre exatamente a escola certa para o seu filho, e isso acontecerá por não se esforçar tanto. A contemplação inclui relaxar a mente e permitir que um sentimento mais elevado assuma o controlo. Quando isto acontece, a sua espontaneidade e energia virão à tona, e as coisas acabarão por correr ainda melhor do que aconteceria se a mente intelectual estivesse a controlar.

Assim que tiver perguntado a si mesmo porque quer encetar uma prática espiritual, ser‑lhe‑á útil contemplar a sua resposta antes de avançar. Não há um limite definido para o tempo que esta contemplação deve durar, mas se estiver ansioso por começar, recomendo que espere pelo menos uns dias para não pensar no assunto antes de avançar para o passo seguinte.

3º Passo – Pergunte a si mesmo:
Está a ser sincero em relação às respostas que encontrou?

Depois de ter perguntado a si mesmo porque é que está a fazer algo e ter contemplado as suas respostas possíveis, está então na altura de observar se está a ser ou não sincero perante as respostas que encontrou. Tal como o ato da contemplação, este ato de observar a verdade poderá parecer intimidante, mas na verdade consiste apenas em perguntar a si mesmo se realmente sente que é verdade o que declarou como motivo para realizar a atividade.

Se decidiu começar esta prática porque queria ser mais saudável e melhorar o relacionamento com o seu cônjuge, assim que a tiver começado terá de ponderar se está a ser honesto em relação às suas intenções. Por exemplo, digamos que através desta experiência melhorou a sua saúde física e está a sentir um pico de energia; se em vez de simplesmente desfrutar da sua nova vitalidade, disser a alguém para mudar de vida de forma semelhante, então as suas ações não estão honestamente a refletir intenções úteis.

Este passo não é tão definitivo como os anteriores, pois irá observar‑se não apenas durante um período de tempo fixo, como ao longo da sua prática. Tendo em conta o espaço de tempo mais alargado, pondere definir um lembrete para si mesmo, de forma a perder alguns minutos a cada duas semanas ou todos os meses para refletir sobre as suas intenções originais. Talvez já tenha reparado que não forneço um método para decidir se está ou não a ser sincero relativamente às suas intenções; isto acontece pois a única pessoa que o pode saber é você, e não há qualquer resposta de sim ou não. Você tem a responsabilidade de observar a importância dos seus pensamentos e ações. Na próxima parte do livro, aprofundaremos a questão do ato de observação e como este pode ser usado para concretizar o nosso equilíbrio e felicidade de forma mais completa.

A definição de uma intenção para si mesmo não só estabelece a base para a sua prática, como também o ajuda a investigar a verdade por trás das suas ações e a descobrir se está ou não a beneficiar‑se com as decisões que toma. Inicialmente, certas decisões poderão parecer mais difíceis e outras serão tão fáceis de tomar que ficará a pensar porque é que nunca tinha encontrado essas respostas. Começará a dar‑se conta de que quando define as intenções adequadas para si mesmo, tudo se tornará uma expressão da sua prática. Passará a fazer as coisas porque o ajudam a si e aos outros a sentirem‑se bem e continuará a evoluir a cada dia, para o resto da sua vida. Por sua vez, a sua prática tornar‑se‑á uma expressão de quem você é.

em “Desperte o Guru que há em si”, Yogi Cameron, Self. Saiba mais aqui.