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Porque não começa a meditar?

Sobre meditar, Buda falou sobre a consciência como sendo o caminho direto para a iluminação: «Este é o caminho direto para a purificação dos seres, para se ultrapassar a mágoa e o lamento, para o desaparecimento da dor e do pesar, para se obter êxito no Caminho.»

Podemos dar início à prática de meditar da consciência com a simples observação e o simples sentir de cada respiração. Ao inspirarmos, sabemos que estamos a inspirar; ao expirarmos, sabemos que estamos a expirar. É muito simples, mas não é fácil. Após algum tempo a fazer isto, começamos a saltar sobre um comboio de associações, perdendo-nos em planos, lembranças, julgamentos e fantasias. Às vezes parece que estamos numa sala de cinema, em que o filme está constantemente a mudar. É assim que funcionam as nossas mentes.

Nós não ficaríamos num cinema em que os filmes mudassem tão rapidamente, mas o que é que podemos fazer em relação à nossa sala de projeções interior?
Este hábito de devaneio da mente é muito forte, mesmo quando os nossos pensamentos não são agradáveis e talvez nem correspondam à verdade. Tal como Mark Twain se referiu a isto tão competentemente:

«Algumas das piores coisas da minha vida nunca aconteceram.» Temos de treinar as nossas mentes para que voltemos a prestar atenção à nossa respiração uma e outra vez e regressemos, simplesmente, ao início.

Algumas das piores coisas da minha vida nunca aconteceram.
Mark Twain

À medida que as nossas mentes se vão acalmando lentamente, começamos a sentir uma espécie de calma e paz interiores. É a partir deste sítio de grande tranquilidade que sentimos os nossos corpos de um modo mais direto e começamos a tornar-nos recetivos tanto às sensações agradáveis como às desagradáveis que poderão surgir.
Inicialmente poderemos resistir às desagradáveis, mas, de uma maneira geral, estas não duram muito. Elas permanecem durante algum tempo, nós sentimo-las, elas são desagradáveis – e depois desaparecem e chega outra coisa qualquer. E mesmo que elas surjam repetidas vezes durante um determinado período, nós começamos a ver a natureza impermanente e imaterial delas e a ter menos medo de as sentirmos.

Uma parte posterior do treino consiste em tornarmo-nos conscientes dos nossos pensamentos e emoções, das atividades mentais subtis, dos nossos corpos e das nossas vidas. Já alguma vez parou para pensar no que é um pensamento – não no conteúdo deste mas na própria natureza do pensamento? São poucas as pessoas que refletem sobre a pergunta «o que é um pensamento?» Em que é que consiste este fenómeno que ocorre tantas vezes por dia e ao qual prestamos tão pouca atenção?

Não estar consciente dos pensamentos que surgem nas nossas mentes, nem da natureza do próprio pensamento, possibilita que os pensamentos dominem as nossas vidas. Os pensamentos conduzem- nos frequentemente como se fôssemos escravos deles, dizendo-nos para fazer isto, dizer aquilo, ir ali, ir acolá. Por isso, porque não começa a meditar?

Joseph Goldstein
Em Um Coração Repleto de Paz

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Meditação em tempos de crise

meditação
Meditação

Você não consegue tornar o seu corpo flexível só por pensar que o vai tornar flexível. Só conseguirá fazer isso praticando; o próprio corpo tem de tornar o corpo flexível. Tal como a flexibilidade física tem de ser desenvolvida pelo nosso corpo, a flexibilidade mental – que é outro nome para a derradeira paz e felicidade – tem de ser criada pela nossa mente através do treino.

A meditação é um treino mental.

Meditar é uma técnica psicológica que serve para prevenir ideias erradas e para dar início a uma forma de pensar correta, que leva a um estado de paz, felicidade e harmonia. A palavra meditação soa a um qualquer tipo de termo religioso, mas, na verdade, trata-se da prática mais vasta de psicologia. Meditar protege a mente e mantém-na consciente da realidade.

Como podemos preencher o vazio que sentimos nos nossos corações? A resposta é meditar.

Dedicar-se a uma meditação genuína, a uma prática espiritual verdadeira, é transformar o sofrimento em felicidade – e isso depende da sua mente, da sua atitude.

Você terá de se esforçar para conseguir desenvolver a sua mente, gradualmente, de dia para dia e de ano para ano. Até poderá demorar eternidades. Afinal de contas, este tipo de treino mental é a prática da paciência.

Meditar é a forma de deixar a sua mente calma, livre e estável; é a forma de a impedir de lhe fazer mal. Meditar é uma forma de trazer paz; por fim, é a forma de parar de criar problemas. Mas não basta que apenas você tenha paz de espírito. O objetivo mais importante a atingir ao praticar a meditação é desenvolver o bom coração, bodhicitta – o desejo de fazer menos mal aos outros e de os beneficiar mais. No entanto, apesar de você ainda não ter desenvolvido a sua mente ao ponto de já ter parado por completo de prejudicar os outros e de ter passado a beneficiá-los, você deveria continuar a esforçar-se para aperfeiçoar o bodhicitta.

Esforce-se sempre para melhorar a sua mente, melhorar a sua atitude. Em vez de usar a sua inteligência e o vasto potencial que tem como ser humano para causar mais problemas a si próprio, desenvolva o bom coração, bodhicitta, e desenvolva a sabedoria. Treine a sua mente para que esta se torne cada vez menos furiosa e mais paciente, menos egoísta e mais afetuosa, mais compassiva e mais preocupada com a felicidade dos outros. Todavia, se não trabalhar ativamente para isto, a sua mente permanecerá simplesmente na mesma, ou tornar-se-á, mais provavelmente, pior, acumulando mais fúria, mais orgulho, mais desejo, mais descontentamento. É assim que se forma toda a violência.

A sabedoria significa, simplesmente, consciência da realidade.

A nossa mente é como água a ferver: a borbulhar com superstições, alucinações e muitos pontos de vista desnecessários e errados, que só fazem mal e não trazem paz alguma à sua vida.

Ao aprendermos métodos para apaziguarmos os nossos pensamentos inquietantes, para acalmarmos a nossa mente fervente, estamos a aproveitar a oportunidade para nos libertarmos a nós próprios das causas dos problemas e da infelicidade.

em Como Ser Feliz, Lama Zopa Rinpoche

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Dança Feminina

DancaFeminina
Dança Feminina, com Lisiane Moresco

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Dias: todas as 5as feiras

Horário: 19h-20h

Valor por pessoa: 35 €

Local: Cowork da Praia Hub (novo espaço no Alto dos Lombos, em Carcavelos)

Morada: Rua Nova (antigo lote 19) nº 1, Loja 1 B Alto dos Lombos 2775-674 Carcavelos (ao lado da clínica veterinária)

Incrições: geral@vidaself.com

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A dança é uma arte lúdica e efémera que tem a capacidade de envolver todo o ser na sua prática de forma intensa. Ela exige que nos expressemos através do nosso corpo, onde geralmente guardamos nossos bloqueios e crenças. Por esse motivo, essa arte nos pede abertura para libertar-nos para saborearmos prazer de soltar-se na dança, sentir-se pertencente a ela.

A dança desbloqueia o físico, o mental e o emocional, que estão ligados; Proporciona prazer consigo e com seu corpo;
Ativa os chakras – centros de energia vital;
Estimula a criatividade, entre outros benefícios como aumentar a capacidade respiratória e desenvolver os grupos musculares internos como o pilates, e a perda de peso e definição muscular inerentes a qualquer atividade física.

Esse projeto propõe um estudo de vários ritmos que são dedicados ao feminino para atingir esse grau de liberdade e disponibilidade corporal para viver a dança de forma prazerosa e transformadora.
• Danças Circulares
• Dança do Ventre
• Dança Flamenca ligada ao feminino
• Danças Africanas
• Dança Criativa

Os encontros terão início na quinta –feira dia 07 de Marco de 2019, como um presente pelo Dia Internacional da Mulher! Se presenteie! (09/03).

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Biografia da professora:

Formação Acadêmica:
Licenciatura em Dança;
Especialista em Projetos Sociais;
Especialista em Arte e Cultura Afro e Indígena brasileiras;

Experiência:
– 7 anos de experiência como professora de dança do ventre (em escolas e como personal);
– 6 anos como coreógrafa e bailarina no grupo Maracatu Truvão, em Porto Alegre;
– Simultaneamente, professora de escolas municipais atendendo a crianças de 6 a 9 anos;
– Criação e atuação como coreógrafa e bailarina do grupo Kwanzaa Danças Brasileiras que teve duração de 4 anos, sendo incorporado pela Secretaria de Educação no ano de 2016.

Ferramentas Complementares:
– Reikiana
– Taróloga

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9 hábitos matinais que a vão preparar para o dia

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9 hábitos matinais que a vão fazer sentir-se preparada para enfrentar qualquer dia

Conciliar família, com trabalho é cada vez mais exigente e rapidamente percebemos que o ritmo frenético e a exaustão constante dos nossos dias não são sustentáveis. Esse sentimento é ainda mais predominante durante as férias, quando as nossas obrigações domésticas parecem multiplicar-se e transbordar mais rapidamente do que as conseguimos acompanhar.

O importante é não desistir. Vai ver que não é difícil. Só requer disciplina e resiliência. São nove coisas de que precisa para ficar calma e encarar o dia com alegria, sem pensar demasiado no que a espera.

  1. Levantar da cama assim que acorda.

Quando acordar, levante-se. Desligar continuamente o despertador que vai tocando só a atrasa e faz com que se sinta ainda mais sonolenta. Mais alguns minutos na cama não nos ajudam a sentir mais despertos. O que realmente acontece é que tem o efeito oposto.

  1. Hidrate-se cedo e frequentemente.

Quando dormimos, passamos sete a nove horas sem beber água. Assim que acorda, o seu corpo precisa de se refrescar e, por isso, beba um copo de água com limão o que a revitaliza e impulsiona.

  1. Fale positivamente.

Pense e diga para si mesma algo que a faça feliz. Começar o dia com uma declaração destas inflama a sua alegria. Pode ser uma afirmação, uma meditação, uma devoção – qualquer coisa que conecte a sua mente ao seu propósito, paixão e presença. Este é o seu modo de dar permissão ao corpo para entrar em ação.

  1. Mexa-se com intenção.

Exercitar-se é o melhor modo para se preparar para o dia que começa. Quando estiver com pressa, reserve alguns minutos para movimentos simples como abdominais, pranchas, agachamentos, lunges ou flexões e que pode fazer em casa. Concentre toda a sua energia, fazendo um exercício inteiro por minuto. E já está!

  1. Coma comida verdadeira.

O nosso corpo está em jejum a noite toda, e fica com sede. A fim de obter excelentes resultados durante todo o dia, deve nutrir o seu corpo com alimentos saudáveis. Por isso comece o dia com frutas frescas, ovos e um pouco de abacate. Um pequeno-almoço equilibrado reabastece o nosso corpo.

  1. Comece com uma gratidão silenciosa.

Canalize os seus pensamentos num diário onde escreve tudo aquilo pelo que está grata, todos os dias. Começar o dia com uma prática de gratidão ilumina cada momento. A gratidão ajuda-nos a ignorar o barulho do mundo e encoraja-nos a criar o dia nos nossos próprios termos.

  1. Planeie com antecedência.

Planear e preparar tudo o que quer realizar num dia é uma estratégia de sucesso. Não há grandes dúvidas. Aproveite e nessa lista inclua algo daquelas coisas que tem vindo a adiar. Verá que sentir-se-á realizada por estar a fazer aquilo que é importante mas que vai adiando ou deixando para segundo plano.

  1. Procure a sabedoria.

Alimentar a mente é tão vital quanto nutrir o corpo. Enquanto se prepara de manhã, ou vai nos transportes, ouça um podcast, leia um livro. Abrir horizontes, perceber as dificuldades e realidades dos outros ajudam-nos a relativizar os obstáculos que encontramos, a encontrar soluções ou a ter ideias criativas.As nossas mentes estão menos desordenadas pela manhã, então uso esse tempo para absorver todas as possibilidades que consigo.

  1. Sorria.

Uma boa manhã não está completa sem um sorriso. Sim, um sorriso deixa o otimismo brilhar.

 

Desde que incorporo estas nove coisas na minha rotina matinal, os meus dias têm mais força e energia. Por que não começa também o dia nos seus próprios termos?

 

 

Fonte: https://www.mindbodygreen.com

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Estratégias para curar a ansiedade

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O ataque

De repente o seu coração começa a bater descompassado. Sente-o a bater no peito, na cabeça e nas pernas. O barulho ritmado domina a sua atenção. Parece que o seu peito vai explodir.

Já alguma vez teve um ataque de pânico?

O suor reveste a palma das suas mãos. Sente um desejo de as sacudir – como se isso soltasse o sentimento desconfortável. Sacode-as. Uma sensação tóxica atravessa o seu estômago como uma estrela cadente. Sente-se doente. Não consegue respirar. Está a reagir a uma ameaça. Não de um feroz tigre-dente-de-sabre. Não, esta ameaça é psicológica. É ansiedade. Na verdade, nem é real.

Ou talvez tenha começado na sua cabeça desta vez. A sua mente está presa como um disco riscado, repassando obsessivamente um futuro imaginário. Está a tentar geri-lo. Mas o futuro não pode ser gerido. Os seus pensamentos ansiosos desencadeiam a resposta de luta / fuga, e o cortisol e a adrenalina fluem por todo o corpo. Eles causam a sua reação física, preparando-o para fugir daquele tigre. Mas na realidade está apenas sentado ali, a tentar lidar com o que está para vir, o que é impossível no momento presente, quando pensa nisso.

Então a sua mente capta o modo como os químicos o fazem sentir: o coração acelerado, as mãos suadas e o corpo trémulo. O pânico instala-se e a sua mente está a mil. E então mais químicos são libertados e sente-se ainda mais ansioso. Mais pensamentos ansiosos seguem-se e você entra numa espiral descendente até explodir num ataque de ansiedade total. Sente que vai desmaiar, ou pior, morrer.

O tigre da ansiedade comeu-o vivo. Mas pode aprender como recuperar o controlo. Pode libertar-se. Mesmo se a ansiedade for menos intensa. Acredite ou não, pode usar a sua ligação mente-corpo para superar a sua ansiedade.

Recuperar o controlo

Se já teve um ataque de pânico, sabe exactamente do que estamos a falar. Há quem já tenha tido vários e superou. Ansiedade social, ansiedade generalizada, perturbação pósstress traumático (PPST) , agorafobia, ataques de pânico, assim como medo de cães ou medo falar em público, etc. E foi usando as ferramentas de que falamos mais abaixo e percebendo o modo como o seu corpo funciona que as permitiu libertar-se. É um verdadeiro triunfo da mente sobre a matéria que requer confiança e, além disso, uma ligação com o corpo físico. Quando usamos as nossas mentes para nos conectarmos com os nossos corpos, podemos controlar o sistema nervoso e, por sua vez, a nossa ansiedade.

Agora é a sua vez. Da próxima vez que sentir ansiedade ou se aperceber do seu pensamento ansioso, tente estas cinco coisas.

A playlist contra ataques de ansiedade
  1. Esfregue a barriga.

A ansiedade está no futuro e os nossos corpos estão no presente. Então, quando fazemos algo físico, algo no “agora”, temos uma maior capacidade de afastar a nossa atenção da ansiedade no futuro e colocá-la no momento. Podemos começar usando o corpo como âncora.

Experimente esfregar a barriga, ou as mãos ou as coxas. De seguida, traga a sua atenção para o local onde as mãos encontram a barriga. Quando se concentra nesta conexão física, está a salvo de pensamentos ansiosos e está focado no momento presente. Pode parecer estranho ao início, mas quanto mais tentar isto, mais facilmente conseguirá deixar ir os pensamentos ansiosos.

  1. Respire fundo três vezes.

Concentrar-se na respiração talvez seja a melhor maneira de sair da espiral do pensamento ansioso porque a nossa respiração está sempre no momento presente, e respirar profundamente ativa o nosso sistema nervoso parassimpático, que literalmente acalma os nervos. É o nosso sistema nervoso simpático que nos leva a “lutar ou fugir” e sentir os sentimentos ansiosos através da libertação de adrenalina e cortisol. E ativar o nosso sistema nervoso parassimpático interrompe o sistema nervoso simpático e interrompe a libertação adicional dessas substâncias químicas que se manifestam como ansiedade.

Inspire profundamente pelo nariz. Concentre-se no ar que vai entrando por ele adentro. De seguida, ponha a sua atenção no ar que vai saindo das narinas enquanto expira. Tente fechar os olhos e ver se isso o ajuda a concentrar-se mais na respiração. Continue a esfregar a barriga se isso estiver a ajudar. Quanto mais respirações profundas e conscientes fizer, mais estará a guiar o corpo para se acalmar.

  1. Conte as respirações.

Vamos espreitar os nossos cérebros por um segundo. Quando é ativado, o nosso centro emocional – a amígdala – está essencialmente a  sobrepor-se à nossa área racional e lógica do cérebro (o neocórtex). Assim, durante essa reação de luta ou fuga, quando os produtos químicos do stress estão a ser libertados, a nossa amígdala, de certo modo, “sequestrou” o  neocórtex. Para ajudar a travar esta inundação de químicos, precisamos de ativar o neocórtex. E tão simples quanto parece, contar é uma excelente maneira de fazer isso.

Então, ao respirar fundo, conte. Conte até 5 enquanto inala e continue contando até 10 ao expirar. Comece de novo com 1, 2, 3, 4, 5 na próxima inspiração e 6, 7, 8, 9, 10 na próxima expiração. Continue a contar e concentre-se na respiração, tendo a certeza de que estas simples ferramentas são a chave para parar a espiral descendente de ansiedade.

  1. Solte os seus músculos.

Quando as nossas mentes estão tensas, os nossos corpos ficam igualmente tensos. E vice-versa: um corpo tenso leva a uma mente presa. Então, quando conscientemente relaxamos o nosso corpo, também ajudamos a relaxar a nossa mente.

Por isso, solte os ombros, usando toda a sua atenção para os relaxar. De seguida, abra a boca e relaxe os músculos do rosto. Finalmente, procure no seu corpo qualquer tensão acumulada e vá relaxando cada zona à medida que o vai percorrendo.

  1. Aponte tudo.

Se a sua mente ainda está a mil, apesar dos seus melhores esforços, pegue numa caneta e papel e comece a escrever o que lhe vier à mente. Não se preocupe se as coisas fazem sentido; simplesmente deite tudo cá para fora, seja um fluxo de consciência, uma lista de tarefas para fazer ou um ensaio de 10 páginas. Obter no papel os pensamentos que lhe estão a surgir pode ajudar a libertá-los da sua mente. É especialmente útil escrevê-los fisicamente, em vez de os digitar (num computador por exemplo), porque o cérebro processa-os melhor.

Continue com as respirações profundas e conscientes. E com a contagem. E com o esfregar da barriga. Cada vez que as pratica, está a concentrar-se – a sua moeda mais valiosa – para o momento presente. Estas ferramentas estão a fortalecer o seu “músculo da atenção”, o que precisa de fortalecer a fim de reprimir a ansiedade e retornar ao presente. À medida que a sua capacidade de recuperação mental aumentar, aumentará também a sua liberdade mental.

Continue. O seu cérebro pode mudar. O nosso já mudou. Atire-se a eles, tigre!

 

Fonte: https://www.mindbodygreen.com

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“O importante é ajudar a pessoa a criar ferramentas para si mesma” Conversas com Cristina Coelho

Estivemos à Conversa com Cristina Coelho, professora de Yoga. Para a Cristina o Yoga tornou-se o seu equilíbrio. Ao invés de uma filosofia, um modo de vida, o Yoga tornou-se parte de si.

Cristina, és Osteopata, especializada em osteopatia visceral, craniana, ginecológica, gestacional e pediátrica e és formadora e massagista de massagem terapêutica, desportiva, ayurvédica e indiana. Como é que nasce o teu caminho com o Yoga?

A formação de Massagem Ayurvédica (massagem originaria da India) abriu-me a mente e despertou a minha curiosidade sobre tudo o que vinha daquele país.

A própria massagem tem uma componente de alongamentos passivos que fazemos ao paciente, que vem de posturas de Yoga. Daí começar a pesquisar e escolhi tirar um curso de Professor de Yoga e Yogaterapeuta, inicialmente para utilizar as ferramentas que o Yoga possui para as minhas terapias.

Rapidamente comecei a dar aulas pois a vontade de poder passar o conhecimento e bem estar às pessoas à minha volta foi sempre uma preocupação minha.

Acho importante ajudar as pessoas com as minhas terapias, sejam elas consultas de Osteopatia ou massagem. Mas acho que o mais importante é não criar dependências, mas sim ajudar a pessoa a criar ferramentas para ela própria, para autoconhecimento.

Podemos dizer que o Yoga significa algo diferente de pessoa para pessoa? O que significa Yoga para ti?

O Yoga é sem duvida uma prática individual. Muita gente procura o yoga por razões físicas, outras emocionais, espirituais e algumas porque houve “um médico que disse que me faria bem” .

Cada pessoa tem o seu objetivo porque o Yoga é completo. Trabalha toda a componente física, mental e espiritual. A própria palavra Yoga significa “União”.

Para mim o Yoga foi o meu equilíbrio na minha vida. A prática de meditação diária, o trabalho físico das posturas aliado às técnicas de respiração, permite me todos os dias um autoconhecimento mais profundo, um equilíbrio emocional e mental, saúde e bem estar, e principalmente uma paz interior que hoje em dia não é fácil manter.

Às segundas e quartas dás aulas de Yoga, no nosso espaço em Carcavelos. Que benefícios, impacto pode ter a prática do Yoga na nossa vida?

A prática regular de Yoga tem imensos benefícios, mas eu resumiria da seguinte maneira: melhora o funcionamento do corpo e proporciona maior equilíbrio emocional, tranquilidade e alegria de viver.

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A ciência por detrás de Meditação e Mindfulness

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A Meditação e o Mindfulness tornaram-se moda quando celebridades começaram a revelar que estas duas práticas faziam parte da sua rotina. Meditar fazia parte de um estilo moderno, de sucesso e atual. Mas por detrás da meditação há estudos que comprovam cientificamente os seus benefícios.

Meditação é muito mais do que uma paisagem bonita, um ar sereno e desprendido. Cada sessão de meditação é sempre diferente. Depende do nosso estado de espírito, do ambiente que nos rodeia. E mesmo para quem  medita há muito tempo, há momentos em que meditar é só uns minutos de sossego, porque nesse dia, é o melhor que conseguimos. Meditar é hoje uma prática fundamental, com benefícios comprovados para o corpo e mente.

1. A meditação reduz o stress e a ansiedade

A meditação é incrivelmente eficaz na redução do stress e da ansiedade. Um estudo descobriu que as meditações reduzem significativamente o stress quando praticadas durante um período de três meses. Outro estudo revelou que a meditação reduz a densidade do tecido cerebral associado à ansiedade e preocupação. Se você deseja que seus níveis de stress diminuam, a meditação pode ser a resposta. Um estudo feito com indíviduos com distúrbios de ansiedade revelou que, após a prática de meditação durante algumas semanas, todos apresentavam uma redução significativa do seu estado de ansiedade.

2. A meditação reforça o sistema imunitário e reduz a pressão arterial

Acredite ou não, vários tipos de meditação, desde a atenção plena ao yoga, demonstraram fortalecer o sistema imunológico humano e torná-lo mais resistente a vírus e infecções. Por outro lado, estudo comprovaram que tanto a atenção plena quanto a Meditação Transcendental, reduzem a pressão arterial, melhoram a sua saúde cardiovascular e reduzem seu risco de doença cardíaca.

3. A meditação ajuda na prevenção e tratamento da depressão

De acordo com a American Psychological Association, o MBCT é um programa de 8 semanas que combina elementos de meditação e mindfulness com terapia cognitivo-comportamental. As pessoas em risco de depressão lidam com muitos pensamentos, sentimentos e crenças negativas sobre si mesmos, e isso pode levar facilmente para uma recaída depressiva. Foi realizado um estudo que concluiu que este programa ajuda a prevenir a recorrência da depressão tão efetivamente quanto a medicação antidepressiva.

4. A meditação aumenta a confiança e aceitação

Alguns estudos mostraram que a prática regular de meditação reduz significativamente os sentimentos de insatisfação corporal, vergonha e auto-estima. A meditação ajuda-nos a aumentar a nossa auto-compaixão e na apreciação do que somos. Reforçao nosso sentimento de conexão, pertença e empatia.

5. A meditação melhora a nossa disposição e reduz o cansaço

A meditação não só muda o cérebro, mas também altera a nossa percepção e sentimentos subjetivos. Um estudo descobriu que, após a prática de meditação, assistiu-se a mudanças nas áreas cerebrais ligadas ao humor e à excitação e e os participantes disseram sentir melhorias no seu bem-estar psicológico.

6. A meditação aumenta o foco e a facilidade de concentração

A investigação mostra que a meditação melhora a cognição e aumenta a sua capacidade de realizar tarefas que requerem foco. Um estudo testou diferentes tipos de meditação, incluindo Meditação Transcendental, Vipassana, Meditação Budista Tibetana, Meditação Sufi e Meditação Hindu, e descobriram que todos eles melhoram o foco em diferentes graus.
Num estudo de Harvard, os investigadores relataram que “as células cerebrais usam frequências particulares, ou ondas, para regular o fluxo de informações da mesma forma que as estações de rádio transmitem em frequências específicas. Após algumas semanas de meditação, verificou-se que os participantes mostravam mais atividade da frequência ritmo alfa. Esta frequência é particularmente ativa na camada mais externa do cérebro, chamado córtex, onde ajuda a reprimir sensações irrelevantes ou distrativas e a regular o fluxo de informações sensoriais entre regiões cerebrais.”

 

A parte mais difícil da atenção e da meditação é torná-lo um hábito diário. Já sabemos que é benéfico, mas ter a informação para essas práticas é muito diferente do que realmente se envolver nela.

Se você está curioso sobre  meditação, comprometa-se com uma prática diária. Comece com um prazo que você pode alcançar facilmente (por exemplo, 2-10 minutos por dia). Depois de praticar durante uma semana, reavalie e veja se gostaria de meditar mais (ou talvez mais curto). A prova mais poderosa de saber se estas práticas “funcionam” não é um estudo, mas uma experiência pessoal. Por isso, experimente e veja por si mesmo.
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O que a respiração pode fazer por nós

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«Gerir emoções e pensamentos, estados de espírito que vão oscilando ao longo do dia através da respiração. A grande vantagem da respiração é que está sempre connosco, aliás sem ela não existimos, e podemos utilizá-la com vários propósitos, tornando-a nossa companheira inseparável.

O poder de observarmos a respiração

A respiração pode ser uma aliada muito importante no nosso dia-a-dia. Quando nos predispomos a observar de forma consciente a respiração estamos a parar e a dar atenção a nós próprios. Através da respiração, ligamo-nos às sensações que temos no corpo, às emoções e aos pensamentos. Experimenta observar agora a tua respiração. Que sensação notas? Como te sentes? Observar a respiração é mesmo uma paragem que nos possibilita estarmos atentos a nós, percebermos melhor o que se passa connosco face às situações que nos rodeiam e responder com mais assertividade.

Também a forma como respiramos (rápida ou lenta, com ou sem interrupções, recorrendo mais aos músculos da região torácica ou abdominal) permite apercebermo-nos do nosso estado. Quem é que quando está nervoso, nunca notou a respiração mais rápida e a acontecer principalmente ao nível do tórax?

Tornar a respiração um acto consciente

Na prática do yoga tenta-se que a respiração esteja sempre presente de forma consciente e se, para um praticante iniciado, pode parecer difícil coordenar respiração e movimento, à medida que a prática vai sendo integrada, a respiração torna-se o seu ‘motor’ onde cada movimento flui ao ritmo da inspiração ou da expiração. Este fluir onde se conjugam movimento e respiração traz-nos uma sensação de bem-estar, faz-nos centrar e ligar a nós próprios. Se não sentes o que estou a dizer, experimenta fazer um exercício muito simples: coloca-te de pé com os braços para baixo. Quando inspirares sobe os braços, pelo lado, acima da cabeça e quando expirares baixa os braços, pelo lado de modo a voltarem à posição inicial. Repete as vezes que te apetecer. Notaste alguma diferença na forma como te sentias antes e depois do exercício?

Alterar a forma da nossa respiração para nosso benefício

Se conseguirmos parar para observar a nossa respiração, bem como apercebermo-nos do nosso estado de espírito, podemos alterar a forma como estamos a respirar para nos ajudar a lidar com a situação. Por exemplo, quando estamos sob stress, lembramo-nos de respirar mais lenta e profundamente recorrendo à respiração abdominal? Desta forma, preparamo-nos para responder com maior controlo e assertividade.

No yoga existem práticas especificas de respiração, designadas por Pranayama (Prana – energia vital; ayama- controlo, expansão), onde a forma como inspiramos e expiramos (de forma mais rápida ou mais lenta, com ou sem retenção da respiração, por uma ou ambas as narinas) nos permite, dependendo de cada caso, aquecer ou arrefecer o corpo, revigorar a mente, tornar a mente mais calma melhorando a clareza e concentração mental, libertar tensões, estimular a circulação sanguínea, limpar as vias respiratórias e inclusive aumentar a capacidade pulmonar. Estas práticas são muito eficazes e notam-se os seus benefícios de imediato no corpo e mente, sendo que estes efeitos são transportados, para além da prática, para a nossa vida do dia-a-dia.

​Sugestão:

Experimenta focar-te na respiração várias vezes ao longo do dia, fazendo mini paragens (por exemplo de 1s) que te permitem desligar do que estás a fazer e tomar consciência de ti próprio. Vê como te sentes ao longo do dia e como está o teu nível de energia ao fim do dia.»

Joana Reis, instrutora de Yoga