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Salada de maçã com pevides e vinagrete de mel e sidra

Salada de maçã com pevides e vinagrete de mel e sidra

Doce e crocante, com sabor torrado e fumado, as texturas e os sabores desta salada simples elevam-na para lá do normal. Por ser tão pequena, a pevide, ou semente de abóbora, contém uma bomba surpreendente de nutrientes. Um punhado delas adiciona uma quantidade notável de proteína e ferro, mais zinco para a reparação e a fibra para manter o seu sistema a funcionar sem problemas.

Rende 4 porções:

  • ¹⁄2 chávena/129 g de pevides sem sal
  • 1 cabeça média de alface de folhas vermelhas, lavada, centrifugada até estar seca e rasgada em pedaços pequenos
  • 1 maçã média (pero ou maçã Gala, ou uma variedade igualmente crocante e doce), descaroçada, aos quartos e fatiada finamente
  • ¹⁄2 chávena/56 g de queijo cheddar fumado ralado
  • 2 ovos grandes
  • 1¹⁄2 colher de sopa de maionese
  • ¹⁄4 colher de chá de mostarda Dijon
  • 2 colheres de sopa de vinagre de vinho branco ou de vinagre balsâmico branco
  • ¹⁄2 cabeça média de alface romana, cortada em pedaços pequenos
  • 1 pepino pequeno, descascado, cortado ao meio na vertical, e fatiado em pedaços de 0,6 cm
  • ¹⁄2 chávena/72 g de azeitonas descaroçadas (niçoise ou a sua variedade preferida), picadas

Coloque uma pequena frigideira para saltear em lume médio e junte-lhe as pevides. Torre-as durante cerca de dois minutos e meio, ou até começarem a alourar um pouco e a cheirar a tostado. À medida que forem torrando, elas vão inchando e até mesmo saltando como pipocas, por isso, preste atenção às pevides saltitonas! Assim que estiverem torradas, espalhe-as num prato para arrefecerem.

Numa taça larga de servir, junte a alface com as maçãs, o queijo e as pevides já frias.

Numa taça pequena, misture a mostarda e o mel até obter uma pasta dourada e espessa. Adicione o vinagre e volte a mexer até se formar um líquido uniforme. Verta o azeite para a taça, num fio lento e constante, mexendo constantemente até se formar um vinagrete mais espesso. Junte uma pitada de sal e de pimenta e volte a mexer. Salpique a salada com o vinagrete e mexa para revestir a alface e as maçãs com o molho.

Se estiver a fazer a receita por completo para comer num ou dois dias, misture a alface e as maçãs num recipiente fechado hermeticamente, ou numa taça bem tapada com película aderente, e leve ao frigorífico, juntamente com o queijo ralado e o molho em recipientes separados. Conserve as pevides torradas à temperatura ambiente num frasco pequeno ou num saco de plástico com zip. Monte a salada por porção.

salada

 

NUTRIÇÃO POR PORÇÃO (1 SALADA)
Calorias 355 | Total de gorduras 29 g (saturadas 6 g, polinsaturadas 6 g, ómega 3 0,13 g, DHA 0,00 g, EPA 0,00 g, Mono 14 g) | Colesterol 15 mg | Proteína 11 g | Sódio 195 mg | Hidratos de carbono 16 g | Fibra 3 g | Açúcares 8 g | Vitamina A 267 mcg | Vitamina B6 0 mg | Vitamina B12 0 mcg | Vitamina C 5 mg | Vitamina D OIU | Colina 23 mg | Folato 39 mcg | Cálcio 138 mg | Ferro 3 mg

Veja esta e outras receitas no livro: Barriga Feliz

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Qual a melhor nutrição para mim? Premissas essenciais.

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Qual a melhor nutrição para mim? Premissas essenciais.

Há cerca de 12 anos atrás, fui diagnosticada com uma doença auto-imune que mudou a forma como escuto e nutro o meu corpo. A artrite reumatóide é uma doença inflamatória crónica que causa muito desgaste emocional e muita limitação quando está na fase aguda. Quando as dores são fortes e constantes, ficamos dependentes de ajuda externa para realizar gestos simples e diários como apertar um botão ou calçar os sapatos.

A doença está inativa há alguns anos porque eu escolhi assumir responsabilidade pela minha saúde e dediquei-me a estudar os possíveis gatilhos das doenças auto-imunes. Neste caminho eu descobri um dos fatores que contribuiu muito para a minha recuperação: a nutrição.

A informação à qual temos acesso hoje em dia é tanta e tão diferente, que por vezes sentimo-nos perdidos e confusos. O objetivo deste artigo é desmistificar este tema e criar linhas orientadoras de como escolher a melhor nutrição para nós.

A nutrição convencional seguiu durante décadas, uma abordagem com recomendações iguais para todos, independentemente da individualidade metabólica e genética e do histórico de saúde de cada um. Somos todos indivíduos únicos e não há uma dieta que seja saudável para todos. Um alimento pode beneficiar uma pessoa e pode prejudicar outra. Por esta razão, é importante uma nutrição individualizada tal como a nutrição funcional.

O objetivo da nutrição funcional é manter ou melhorar a saúde de uma pessoa usando informações relevantes para recomendar um plano específico de dieta e nutrição.

Existem várias considerações para determinar a melhor dieta para uma pessoa, tais como a saúde digestiva, a genética, o microbioma, o estilo de vida, os hábitos alimentares, a atividade física, os exames laboratoriais, as deficiências nutricionais, os sintomas que a pessoa sente e muito mais.

Um plano dietético personalizado pode ser útil no caso de doenças, para apoiar pessoas com necessidades nutricionais especiais como grávidas e séniores ou para quem pretende melhorar o seu bem-estar e energia.


Embora a nutrição funcional seja importante, não é necessário nem possível sermos todos especialistas no assunto para mantermos a nossa saúde. Existem algumas premissas básicas que todos devemos seguir:

  1. Há vários alimentos considerados inflamatórios, que devemos procurar reduzir ou eliminar. São eles: os açúcares, os hidratos de carbono refinados, as gorduras processadas e hidrogenadas, o peixe de aquicultura, a carne e os laticínios convencionalmente criados e alimentos processados. Estes alimentos são altamente inflamatórios e contribuem para o aparecimento de doenças crónicas (1), tais como: cancro, diabetes, doenças cardíacas, hipertensão, acidente vascular cerebral, doenças respiratórias, obesidade e doenças auto-imunes.
  2. Substituir produto alimentar por alimento. Quando escolhemos alimentos processados, estamos muitas vezes a ingerir calorias vazias, ou seja, são produtos alimentares que não contêm nutrientes o que fará com que o nosso corpo esteja constantemente com “fome”, pois não está a receber a matéria-prima que necessita para se reparar e regenerar. Como é que distinguimos produto alimentar de alimento? É muito fácil! O produto alimentar contém um ou vários alimentos que não estão na sua forma natural, ao passo que o alimento está na forma que o encontramos na natureza. Usar esta premissa numa ida às compras no supermercado, ajuda-nos a fazer escolhas mais saudáveis.
  3. A origem dos alimentos que consumimos, especialmente da carne e do peixe, determina se o alimento será benéfico ou o contrário. Devemos procurar consumir carne de pasto, do campo ou de animais selvagens e peixe do mar. Se o acesso a estes for difícil, é preferível reduzir a quantidade destas proteínas, substituindo-as por outras fontes.
  4. A quantidade de macronutrientes que consumimos também é determinante para a nossa saúde. E neste tema há vários mitos envolvidos, nomeadamente, sobre a gordura. O meu conselho para a generalidade da população portuguesa é seguir o conceito da dieta mediterrânica, a dieta mais estudada e comprovada de que promove a saúde e a longevidade. Do ponto de vista alimentar esta dieta caracteriza-se pelo consumo de produtos frescos, produzidos localmente, de acordo com as estações do ano. Os macronutrientes e as suas fontes vão variando consoante a localização, mas há um fator comum. Nesta dieta, o consumo de hidratos de carbono refinados é muito baixo o que, comparado com o cenário da alimentação atual, é muito diferente. E este é um dos grandes problemas da saúde mundial que está relacionado com várias doenças do foro metabólico como a obesidade.

O cenário em Portugal

Segundo o Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) em 2018 existiam 3.9 milhões de portugueses (57,8% da população) com pelo menos uma doença crónica. Este aumento das doenças crónicas está amplamente relacionado à obesidade, que geralmente é o resultado de um estilo de vida pouco saudável e de uma dieta pobre.

O Retrato da Saúde 2018 é um documento do Sistema Nacional de Saúde que nos mostra dados alarmantes sobre a saúde dos portugueses e especialmente sobre a saúde das crianças. Neste documento podemos ler o seguinte:

  • 5,9 Milhões de portugueses têm excesso de peso e 25% destes são crianças;
  • 8 em cada 10 idosos apresentam excesso de peso;
  • Os indivíduos menos escolarizados apresentam, maior prevalência de excesso de peso e de obesidade abdominal;
  • Apenas 41,8% dos cidadãos apresenta uma prática regular de atividade física, desportiva e/ou de lazer programada
  • 17% da população portuguesa ingere pelo menos um refrigerante ou néctar por dia;
  • O contributo dos alimentos dos grupos doces, refrigerantes (não incluindo néctares), bolos (incluindo pastelaria), bolachas e biscoitos, cereais de pequeno-almoço e cereais infantis para o consumo de açúcares simples é de 30,7%;
  • Um em cada dois portugueses não ingere a quantidade de produtos hortícolas ou de fruta recomendada pela OMS;

Apesar de vivermos durante mais tempo graças aos avanços na medicina no sentido de uma melhor gestão das doenças, isto não significa que vivamos com mais qualidade de vida, pelo contrário. Estes estudos mostram-nos que é urgente cuidarmos da saúde dos portugueses e, pessoalmente, acredito que só se consegue através da informação e da educação. É importante valorizarmos a sabedoria ancestral que se perdeu e que nos permitiu sermos saudáveis durante milhares de anos, e passá-la às gerações mais novas para que possam semear a mudança.

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Crumble de bagas

crumble

Crumble de bagas

Não há dúvida nenhuma de que esta fruta coberta com um pouco de crocante de aveia é um prazer, e não vejo motivo para que não o saboreie igualmente ao pequeno-almoço. Normalmente, as receitas clássicas para crumbles estaladiços exigem uma quantidade significativa de manteiga, mas aqui apenas um pouco de azeite de óleo de coco une os elementos na perfeição. Tanto pode usar bagas frescas ou congeladas, e qualquer combinação (eu gosto de guardar uma mistura congelada de morangos, mirtilos, framboesas e amoras para batidos ou sobremesas simples como esta), como uma única variedade. Doce e ácido, pegajoso e viscoso, crocante e torrado – estas bagas coroadas com crocante são fantásticas só por si, mas de certeza que, nestas circunstâncias, uma bola de gelado que derreta e crie uma mistura derretida no fundo é algo que se deseja.

Rende 4 crumbles:

  • ¹⁄2 chávena/58 g de flocos de aveia tradicionais
  • 3 colheres de sopa de farinha de aveia ou farinha de trigo integral branca
  • 2 colheres de sopa de açúcar demerara, dividido
  • 1 colher de sopa de gérmen de trigo
  • 1 colher de sopa de milhete seco
  • 1 colher de sopa de açúcar mascavado escuro
  • Pitada de sal marinho fino
  • 1/4 colher de chá de canela em pó
  • 2 colheres de sopa de azeite extra-virgem ou óleo vegetal
  • 2 colheres de sopa de óleo de coco, sólido
  • 456 g de bagas frescas ou congeladas (mistura ou uma única variedade)
  • 1 colher de sopa de sumo de laranja ou de limão acabado de espremer

Pré-aqueça o forno a 375 °F/190 °C.

Amontoe a aveia, duas colheres de sopa de farinha, uma colher de sopa de açúcar demerara, gérmen de trigo, milhete, açúcar mascavado, sal e canela numa taça média. Misture tudo muito bem. Agora, salpique com o azeite e junte o óleo de coco. Use os dedos para distribuir o azeite e o óleo pelos ingredientes secos, pressionando o óleo de coco com a farinha para criar pequenos grumos.

Numa taça média à parte, junte as bagas, salpique com o sumo e polvilhe a superfície com as restantes colheres de sopa de farinha e de açúcar demerara. Com uma espátula de borracha grande, envolva as bagas, distribuindo a farinha e o sumo. Divida a fruta entre taças próprias para ir ao forno ou formas, cerca de ³⁄4 chávena/113 g por taça.

Espalhe ¹⁄4 chávena generosa/35 g da mistura de aveia sobre as bagas nas taças. Coloque as taças num tabuleiro. Leve os crumbles ao forno durante 45 minutos, ou até um molho espesso e escuro começar a borbulhar e a colar-se aos lados da taça e a mistura crocante de aveia ficar bastante dourada.

Retire os crumbles e deixe repousar durante dez minutos antes de mergulhar neles. É altamente recomendável que remate cada porção com uma pequena colher de gelado de baunilha ou com iogurte frio e cremoso. (O iogurte tipo grego fica aqui muito bem, mas qualquer outro tipo de iogurte serve.)

 

crumble

 

NUTRIÇÃO POR PORÇÃO (1 CRUMBLE)
Calorias 302 | Total de gorduras 16 g (saturadas 8 g, polinsaturadas 1 g, ómega 3 0,05 g, DHA 0,00 g, EPA 0,00 g, Mono 6 g) | Colesterol 0 mg | Proteína 4 g | Sódio 68 mg | Hidratos de carbono 40 g | Fibra 6 g | Açúcares 19 g | Vitamina A 0 mcg | Vitamina B6 0 mg | Vitamina B12 0 mcg | Vitamina C 16 mg | Vitamina D 0 IU | Colina 0 mg | Folato 17 mcg | Cálcio 23 mg | Ferro 1 mg

Veja esta e outras receitas no livro: Barriga Feliz

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Estufado de ervilhas amarelas e abóbora

Estufado de ervilhas amarelas e abóbora

Uma concha de estufado aquecido com especiarias e gengibre e engrossado com os próprios ingredientes saudáveis é o tipo perfeito de refeição para um estomagozito esfomeado que está a perder a favor de uma barriga em crescimento. Quando existe uma grande procura por espaço, uma taça deixá-la-á cheia sem que fique a abarrotar. Se ainda tiver algum espaço extra, o pão naan torrado fica excelente com este estufado e um pouco de iogurte natural apimentado com um pouco de gengibre acabado de ralar acrescenta ainda mais suculência. E para um valor nutritivo ainda maior, posso confirmar que não há melhor do que uma sandes de queijo gouda defumado grelhado num pão crocante de cereais integrais. O próprio estufado contém nutrientes saciantes, incluindo proteína vegetal, potássio e muita fibra, todos eles bons para si e para o seu docinho em crescimento.

Rende 6 porções:

  • 2 colheres de sopa de azeite extra-virgem
  • 1 colher de chá de sementes de cominhos
  • 1 chalota grande, picada
  • 4 dentes de alho, picados
  • 1 (5 cm) pedaço grande de gengibre fresco, descascado e ralado finamente com um ralador (1¹⁄2 colher de chá)
  • 1 batata Yukon dourada média, com casca, aos cubos pequenos
  • 1 cenoura grande, aos cubos pequenos
  • 8 chávenas/1,9 l de caldo de galinha (página 247, ou comprado, com baixo teor de sódio)
  • 1 lata (425 g) de puré de pura abóbora (não o puré de abóbora para recheio de tartes) (ou 1³⁄4 chávena/429 g de puré fresco de abóbora)
  • 1 chávena/226 g de ervilhas amarelas
  • ¹⁄2 colher de chá de coentros em pó
  • ¹⁄2 colher de chá de cominhos em pó
  • ¹⁄2 colher de chá de sal marinho fino
  • ¹⁄2 colher de chá de pimenta preta acabada de moer
  • ¹⁄2 chávena/15 g de folhas de coentros frescos, picadas

Aqueça o azeite numa panela de ferro grande, em lume médio-alto. Quando o azeite estiver quente, junte as sementes de cominhos e frite-as durante cerca de 30 segundos. Junte a chalota, o alho e o gengibre e salteie durante dois minutos, ou até a chalota amolecer muito ao de leve e cheirar tudo muito bem.

Adicione a batata e a cenoura e cozinhe-as durante cinco minutos, mexendo sem parar e usando uma colher de pau para raspar a crosta que se for formando no fundo devido aos amidos da batata.
Devagar, salpique com 1 chávena/237 ml de água e raspe eventuais pedacinhos do fundo da panela à medida que a água for crepitando e evaporando. Junte o caldo e a abóbora. Caso necessário, use um batedor para eliminar os grumos da abóbora. Acrescente as ervilhas, os coentros, o sal e a pimenta.

Aumente o lume para médio-alto e deixe o líquido ferver, o que demorará cerca de 10 a 15 minutos. Depois reduza para lume médio e deixe ferver brandamente durante 60 a 90 minutos, ou até as ervilhas ficarem tenras e tiverem engrossado o estufado substancialmente. Certifique-se de que a sopa não levanta uma fervura muito forte, o que faria evaporar demasiado líquido antes de os vegetais e as ervilhas terem tempo de amolecerem.

Misture os coentros, retifique o tempero ao seu gosto e sirva.

Deixe arrefecer as sobras e depois conserve no frigorífico, num recipiente fechado hermeticamente, até cinco dias, ou congele até seis meses. Descongele no frigorífico de um dia para o outro, ou apenas o suficiente para retirar o bloco congelado para dentro de uma caçarola. Adicione algumas colheres de sopa de água, tape a caçarola e mantenha-a em lume médio. Deixe ferver brandamente até aquecer por completo.

NUTRIÇÃO POR PORÇÃO (1¹⁄2 CHÁVENA/360 G)
Calorias 306 | Total de gorduras 8 g (saturadas 1 g, polinsaturadas 1 g, ómega 3 0,07 g, DHA 0,00 g, EPA 0,00 g, Mono 5 g) | Colesterol 0 mg | Proteína 18 g | Sódio 295 mg | Hidratos de carbono 44 g | Fibra 16 g | Açúcares 5 g | Vitamina A 543 mcg | Vitamina B6 0 mg | Vitamina B12 0 mcg | Vitamina C 13 mg | Vitamina D 0 IU | Colina 13 mg | Folato 6 mcg | Cálcio 51 mg | Ferro 3 mg

Veja esta e outras receitas no livro: Barriga Feliz

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Muffins de mel, amendoim e banana

Muffins

Muffins de mel, amendoim e banana

Durante a minha gravidez dos gémeos, e depois do período de intensos enjoos matinais durante o qual não conseguia comer praticamente nada, desenvolvi uma paixão pelos muffins do café do meu bairro. Nas primeiras vezes fiquei encantada com a capacidade de olhar para algo comestível com um ligeiríssimo sinal de desejo e obsequiei-me com o pequeno-almoço… ou com um segundo pequeno-almoço. Adorava cada pedacinho dos miolos amanteigados doces, mas pouco tempo depois costumava sentir-me miserável, assim que a minha glicemia caía a pique. E, apesar da minha necessidade legítima de adicionar calorias extra, admitia que não precisava que a origem dessas calorias fosse um superbolo em miniatura. Ainda assim, as mamãs também merecem comida saborosa que lhes faça bem. É por isso que existem estes muffins. É claro que as bananas doces, os cereais integrais e um pouco de migalhas crocantes transformam-se numa dúzia de prazeres matinais e preenchem quaisquer lacunas nutricionais que um muffin corpulento não preenche.

Rende 12 muffins:

  • ¹⁄2 chávena/13 g de rodelas de banana desidratada, esmigalhadas (veja a dica)
  • ¹⁄3 chávena/43 g amendoins torrados salgados, esmigalhados ou picados grosseiramente (veja a dica)
  • 3 bananas médias muito maduras
  • 1 ovo grande, batido
  • ¹⁄2 chávenas/118 ml de mel
  • 3 colheres de sopa de azeite extra-virgem, mais um pouco caso seja necessário para a forma
  • 1 colher de chá de extrato de baunilha
  • 1¹⁄4 chávenas/162 g farinha de trigo integral para bolos
  • 1 chávena/128 g farinha não branqueada vulgar
  • 3 colheres de sopa de gérmen de trigo
  • 1 colher de chá de bicarbonato de sódio
  • 1 colher de chá de fermento em pó
  • ¹⁄2 colher de chá de sal marinho fino

Pré-aqueça o forno a 350 °F/175 °C. Coloque as forminhas de papel para muffins numa forma normal para 12 muffins ou unte cada copinho da forma com uma gota de azeite.Misture as rodelas de banana esmigalhadas e os amendoins numa taça pequena e reserve.

Numa taça grande, esmague muito bem as bananas com um garfo, um esmagador de batatas ou um cortador de massas até as bananas ficarem numa pasta espessa com alguns pedaços. Mexa o ovo, o mel, o azeite e a baunilha, até os ingredientes líquidos ficarem totalmente misturados.

Numa taça média, misture a farinha de trigo integral para bolos, a farinha vulgar, o gérmen de trigo, o bicarbonato de sódio, o fermento em pó e o sal.

Polvilhe um terço dos ingredientes secos por cima dos ingredientes líquidos e depois use uma espátula de borracha grande para envolver tudo várias vezes. Repita mais duas vezes com o resto dos ingredientes secos. Continue a envolver tudo numa massa espessa, para evitar quaisquer bolhas de ingredientes secos ocultas, incluindo os que ficaram no fundo da taça.

Divida a massa uniformemente por entre as forminhas para muffins, enchendo cada uma até cerca de dois terços. Polvilhe duas colheres de chá de amendoins e rodelas de bananas esmigalhados por cima de cada muffin, pressionando os pedacinhos ao de leve para dentro da massa com as costas da colher (isto ajudá-los-á a ficar presos aos muffins e a não caírem enquanto estes vão ao forno).

Leve ao forno durante 25 a 30 minutos, ou até os muffins estarem sólidos e um palito inserido no centro de vários muffins sair limpo. Deixe-os arrefecer na forma durante cinco minutos e depois remova-os para um tabuleiro para que arrefeçam por completo.

Conserve-os num recipiente fechado hermeticamente até uma semana. Conserve-os no frigorífico durante o tempo mais quente para evitar a formação de bolor. Envolva-os bem em plástico e congele-os num saco com zip ou num recipiente fechado hermeticamente até três meses. Descongele-os dentro do frigorífico ou à temperatura ambiente, ou remova-os do plástico e coloque-os no forno a 350 °F/175 °C, durante cerca de dez minutos, até descongelarem.

Dica: Para esmigalhar as rodelas de banana e os amendoins, ponha as duas coisas dentro de um saco plástico com zip, pressione o ar para fora do saco e feche o zip. Pouse o saco na bancada e use um rolo da massa para passar com ele por cima do saco cinco ou seis vezes, até as rodelas de banana e os amendoins estarem em pedacinhos que deem para polvilhar os muffins, mas não reduzidos a pó.

Muffins

NUTRIÇÃO POR PORÇÃO (1 MUFFIN)
Calorias 236 | Total de gorduras 8 g (saturadas 2 g, polinsaturadas 1 g, ómega 3 0,04 g, DHA 0,00 g, EPA 0,00 g, Mono 4 g) | Colesterol 16 mg | Proteína 5 g | Sódio 267 mg | Hidratos de carbono 39 g | Fibra 3 g | Açúcares 14 g | Vitamina A 8 mcg | Vitamina B6 0 mg | Vitamina B12 0 mcg | Vitamina C 4 mg | Vitamina D 3 IU | Colina 19 mg | Folato 49 mcg | Cálcio 42 mg | Ferro 1 mg
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(Barras de) mistura de frutos secos

Frutos

Vamos comer saudável?

Que tal aproveitar o novo ano para fazer pequenas mudanças na sua alimentação, comendo snacks saborosos e ao mesmo tempo saudáveis e nutritivos para o seu corpo? Veja esta receita de Barritas de mistura de frutos secos.

(Barras de) mistura de frutos secos

A mistura de frutos secos, o lanche nutritivo para longas caminhadas no bosque, ajudou-me muito durante as duas gravidezes. Gosto da doçura salgada e de como me ocupa as mãos e a boca durante algum tempo, à medida que vou comendo. Uma chávena de café expresso é o recipiente perfeito para uma única porção (¹⁄4 chávena/28 g). Como alternativa, pode transformar a mistura em barras pegajosas, salgadas e doces, unidas por manteiga de amendoim e mel. Pode trocar por qualquer outra manteiga de frutos de casca rija, incluindo manteiga de sementes de girassol, com a mesma medida da manteiga de amendoim. Qualquer uma das versões desta confeção é uma fonte considerável de proteína e açúcares naturais que ajudarão a manter os seus níveis de glicemia equilibrados à medida que o seu dia for avançando.

Rende 9 porções de mistura de frutos secos ou 12 barras:

  • ¹⁄3 chávena/28 g de rodelas de banana
  • 1 chávena/0,18 g de cereais integrais tufados sem açúcar
  • ¹⁄3 chávena/57 g de amendoins torrados, salgados
  • ¹⁄3 chávena/62 g uvas-passas (experimente kamut ou trigo)
  • ¹⁄4 chávena/70 g de manteiga de amendoim cremosa natural (se quiser fazer barras)
  • ¹⁄4 chávena/42 g de pedaços de chocolate amargo (60% a 70% de cacau)
  • 3 colheres de sopa de mel (se quiser fazer barras)

Para fazer a mistura de frutos secos, parta ou triture as rodelas de banana em pedaços grandes e coloque-as numa taça grande. Junte os amendoins, as uvas-passas, o chocolate e os cereais.

Misture tudo e distribua de modo uniforme. Conserve a mistura num frasco de vidro, ou noutro recipiente fechado hermeticamente, até duas semanas. Tire porções de ¹⁄4 chávena/28 g com uma colher.

Para fazer as barras de mistura de frutos secos, comece por forrar um pirex quadrado com papel manteiga, de modo a que o papel cubra a base e chegue, pelo menos, até meio dos lados.

Coloque os pedaços de banana, os amendoins, os pedaços de chocolate e os cereais num robô de cozinha e triture 20 a 30 vezes, para transformar tudo numa mistura grossa. Verta-a para uma taça média.

Coloque a manteiga de amendoim e o mel numa caçarola pequena em lume médio e derreta-os, mexendo constantemente, até ficar com uma pasta quente, viscosa e que possa ser manuseada com uma colher. Raspe a manteiga de amendoim e o mel para dentro da mistura de frutos secos triturada e use uma espátula de madeira grande para envolver e mexer tudo, cobrindo a mistura minuciosamente com a pasta.

Raspe a mistura para o pirex forrado com papel manteiga e espalhe-a da forma mais uniforme possível. Leve ao frigorífico durante, pelo menos, uma hora, para que a manteiga de amendoim una tudo.

Quando a mistura estiver fria e sólida, corte doze barras (três filas de quatro). Tape e conserve no frigorífico até uma semana.

Frutos

 

NUTRIÇÃO POR PORÇÃO DE MISTURA DE FRUTOS SECOS (¹⁄4 CHÁVENA/28 G)
Calorias 108 | Total de gorduras 6 g (saturadas 3 g, polinsaturadas 1 g, ómega 3 0,00 g, DHA 0,00 g, EPA 0,00 g, Mono 2 g) | Colesterol 0 mg | Proteína 3 g | Sódio 45 mg | Hidratos de carbono 12 g | Fibra 2 g | Açúcares 7 g | Vitamina A 0 mcg | Vitamina B6 0 mg | Vitamina B12 0 mcg | Vitamina C 0 mg | Vitamina D 0 IU | Colina 5 mg | Folato 10 mcg | Cálcio 11 mg | Ferro 1 mg
NUTRIÇÃO POR PORÇÃO (1 BARRA)
Calorias 128 | Total de gorduras 8 g (saturadas 2 g, polinsaturadas 1 g, ómega 3 0,00 g, DHA 0,00 g, EPA 0,00 g, Mono 2 g) | Colesterol 0 mg | Proteína 3 g | Sódio 55 mg | Hidratos de carbono 13 g | Fibra 2 g | Açúcares 8 g | Vitamina A 0 mcg | Vitamina B6 0 mg | Vitamina B12 0 mcg | Vitamina C 0 mg | Vitamina D 0 IU | Colina 4 mg | Folato 8 mcg | Cálcio 8 mg | Ferro 1 mg

Veja esta e outras receitas no livro: Barriga Feliz

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Brownies de creme de chocolate duplo, tâmaras e caju

Brownies de creme de chocolate duplo, tâmaras e caju

Escuros, densos, esponjosos e de um sabor extremamente achocolatado, estes são brownies a sério. Adoro juntar um retângulo grosso com um copo de leite frio, mas o meu marido aquece o dele no fundo de uma taça e depois cobre-o com uma bola de gelado de baunilha. Seja como for, este é o antídoto para os desejos intensos de chocolate que só é possível vencer com o verdadeiro chocolate. Tal como provam os ingredientes e o método desta receita, existe mais do que uma única rota para alcançar prazeres satisfatórios. As tâmaras pegajosas, os cajus doces e as farinhas de cereais integrais mostram na perfeição como bons ingredientes podem conferir um valor nutritivo e uma complexidade impressionante muito para lá daquilo que uma caixa de algo previamente preparado nos pode fornecer.

Rende 1 dúzia de brownies:

  • ¹⁄4 chávena/56 g de manteiga sem sal, cortada em pedaços pequenos, mais 1 colher de chá para a assadeira
  • ¹⁄2 chávena/48 g de cacau em pó sem açúcar
  • ¹⁄3 chávena/36 g de farinha de aveia
  • ¹⁄3 chávena/48 g de farinha de trigo integral para bolos
  • 1 colher de chá de fermento em pó
  • ¹⁄4 colher de chá de sal marinho fino
  • ¹⁄2 chávena/75 g de cajus torrados (sem sal ou com pouco sal)
  • 2 ovos grandes
  • 8 tâmaras (cerca de 112 g), abertas a meio e descaroçadas (certifique-se de que remove e deita fora todos os talos duros que possam ter ficado)
  • ¹⁄3 chávena/70 g de açúcar mascavado escuro
  • ¹⁄2 chávena/118 ml de leite meio-gordo ou gordo
  • 1 colher de chá de extrato de baunilha
  • ¹⁄2 chávena/85 g de pepitas de chocolate amargo, ou um pedaço de 85 g (60% a 70% de cacau) cortado em pedaços

Pré-aqueça o forno a 350 °F/175 °C. Espalhe a colher de chá de manteiga pelo fundo e pelos lados de uma assadeira quadrada com 20 cm.

Misture o cacau, a farinha de aveia, a farinha de trigo integral para bolos, o fermento em pó e o sal numa taça média. Reserve.

Coloque os cajus num robô de cozinha de tamanho-padrão e triture durante cerca de um minuto, ou até terem sido picados em pedacinhos pequenos e o som muito ruidoso dos frutos de casca rija a bater contra a taça passar a ser um mero zumbido da lâmina do robô contra os pedacinhos triturados. Continue por mais 30 segundos a um minuto, ou até se formar uma manteiga de pedaços minúsculos de caju (se espremer um pouco da substância, parecerá uma manteiga seca e arenosa de frutos de casca rija entre os seus dedos).

Raspe os lados e as beiras interiores da taça do robô. Adicione os ovos e misture-os durante 30 segundos, ou até se formar um líquido cremoso e grosso amarelo-claro. Junte as tâmaras e triture durante um minuto inteiro, ou até os pedaços pequenos da fruta pegajosa ficarem distribuídos por todo o creme de caju e ovo. Acrescente o açúcar mascavado, o leite e a baunilha e triture a mistura uma última vez durante 30 segundos, ou até estar tudo perfeitamente misturado num líquido grosso. Raspe o líquido para uma taça grande.

Derreta o chocolate e a manteiga, juntos, numa taça pequena no micro-ondas (um minuto com uma potência de 70%, mexendo a meio do tempo) ou em banho-maria (encha um terço de uma panela com água e misture o chocolate e a manteiga numa panela que colocará por cima da primeira), em lume médio. Mexa o chocolate derretido rapidamente para o arrefecer só um bocadinho. Verta o chocolate para cima do líquido cremoso de caju e misture com cuidado, mexendo todo o creme achocolatado.

Peneire o cacau e a mistura de farinha por cima da superfície dos ingredientes líquidos três vezes, envolvendo os ingredientes secos com uma espátula de borracha grande entre cada uma dessas vezes, para criar uma massa grossa e escura de chocolate. (Em vez de peneirar, mexa os ingredientes secos vigorosamente e depois polvilhe-os em três doses por cima do líquido.)

Raspe a massa para a assadeira untada com manteiga e espalhe-a numa única camada uniforme. Leve ao forno durante 20 a 25 minutos, ou até quando espetar um palito no centro e ele sair quase limpo. Tenha cuidado para não cozer demasiado estes brownies, o que os deixará secos.

Deixe-os arrefecer, pelo menos um pouco, antes de cortar em doze retângulos (três filas de quatro brownies cada). Os sabores tornar-se-ão mais intensos à medida que forem arrefecendo por completo. Tape a assadeira muito bem com película aderente e conserve à temperatura ambiente durante até uma semana (eles não durarão tanto tempo, mas…).

brownies

NUTRIÇÃO POR PORÇÃO (1 BROWNIE)
Calorias 211 | Total de gorduras 11 g (saturadas 6 g, polinsaturadas 1 g, ómega 3 0,04 g, DHA 0,00 g, EPA 0,00 g, Mono 3 g) | Colesterol 42 mg | Proteína 4 g | Sódio 112 mg | Hidratos de carbono 28 g | Fibra 3 g | Açúcares 17 g | Vitamina A 54 mcg | Vitamina B6 0 mg | Vitamina B12 0 mcg | Vitamina C 0 mg | Vitamina D 14 IU | Colina 31 mg | Folato 10 mcg | Cálcio 58 mg | Ferro 1 mg
Veja esta e outras receitas no livro: Barriga Feliz
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Ajude o seu corpo a desintoxicar

intoxicado

A maior parte de nós faz o seu melhor para ter cuidado com aquilo que ingere, mas a verdade é que o que eliminamos é igualmente importante. Para a nossa saúde, temos de fomentar constantemente a remoção de toxinas das células.

intoxicado

Existem dois tipos de toxinas: as toxinas exógenas, que vêm de poluentes e produtos químicos presentes no ambiente, e as toxinas endógenas, que são os subprodutos normais derivados do metabolismo e são criados dentro do nosso corpo.

As nossas células são renovadas diariamente por dois processos opostos, o de construção (anabolismo) e o de desconstrução (catabolismo). Consequentemente, o organismo tem de eliminar uma enorme quantidade de detritos celulares todos os dias. Se isto não for feito eficazmente, pode sobrecarregar o corpo e contribuir para a acumulação de toxicidade.

A desintoxicação acontece naturalmente, mas podemos tomar medidas para aumentar o seu nível de eficácia.

Apoiar os processos diários de desintoxicação do nosso corpo é crucial.

 

 

Reduza os alimentos processados e alimente-se, tanto quanto possível, de produtos orgânicos

Todos os conservantes, pesticidas, corantes artificiais e produtos químicos que entram na composição dos alimentos embalados podem distorcer os processos metabólicos do fígado.

Coma mais legumes

Aumente o seu consumo de frutos e, especialmente, de legumes, que são muito nutritivos para o fígado. Isto é fácil de conseguir bebendo o Batido Verde Radiante, comendo saladas maiores às refeições e mantendo à mão legumes frescos e cortados para ir petiscando.

Comece o dia bebendo água com limão

A água ajuda a eliminar os resíduos e dá apoio ao fígado, assim como ao funcionamento de todo o corpo. Água quente com limão ajuda a purificar e a estimular o fígado e liquidifica a bílis, ao mesmo tempo que inibe o excesso de fluxo de bílis. Por outro lado, auxilia a digestão e até tem uma composição atómica semelhante à da saliva e do ácido clorídrico, que são usados na digestão.

Beba chá benéfico para o fígado com Cardo Mariano

Vários estudos sugerem que há substâncias no cardo mariano (especialmente um flavonoide chamado silimarina) que protegem o fígado das toxinas, embora as investigações sobre este tema tenham sido limitadas, divergentes e preliminares.

Se esta erva é nova para si, tenha o cuidado de, antes de a consumir, consultar o seu profissional de saúde.

Evite alimentos fritos

Isto inclui, em especial, alimentos preparados em óleos vegetais aquecidos (como as batatas fritas). Os óleos cozinhados, reutilizados e deteriorados podem ser um fardo pesado para o fígado e a digestão em geral. Nas investigações laboratoriais, demonstrou‑se que até o azeite cozinhado a altas temperaturas causa stress oxidativo ao fígado. É melhor cozinhar com óleo de coco, que suporta bem temperaturas altas.

Adote uma abordagem característica da medicina chinesa

Na Medicina Tradicional Chinesa, se alguém tem «deficiência de yin no fígado», o fígado não funciona bem. Isto leva à queda de cabelo e pele flácida. Para fortalecer o fígado, este antigo sistema médico asiático recomenda o consumo de curgetes, abóbora, batatas, batatas doces, feijão‑verde, beterraba, cogumelos, tomates, espinafres, cenouras, salsa, maçãs, bananas, amoras, mangas, cocos, pêssegos, líchias, melões, aveia, tempeh e sementes de sésamo preto.

Coma mais abacate

O abacate é uma excelente fonte de um antioxidante chamado glutationa, que o fígado usa para filtrar toxinas e resíduos prejudiciais.

Opte por nozes

Como o abacate, as nozes são também ricas em glutationa e em ácidos gordos ómega‑3, e por isso podem auxiliar as funções purificantes do fígado.

Experimente o açafrão

O açafrão é uma especiaria que não só presta um extraordinário auxílio anti‑inflamatório, como pode também ajudar a desintoxicar o fígado, estimulando a produção de bílis para ajudar o corpo a digerir melhor as gorduras. Comece por incluí‑lo nos seus cozinhados e aproveite esta receita de Tónico para o Fígado de Beleza Natural:

 

– TÓNICO PARA O FÍGADO –

Sente-se intoxicado?

Esta bebida tonificante, purificante e anti‑inflamatória pode ser feita em qualquer momento para ajudar a nutrir o organismo e para estimular o fígado:

  • 1 pedaço de gengibre com 2,5 cm, finamente fatiado
  • Água filtrada (o suficiente para encher uma caneca de chá)
  • Sumo de meio limão
  • 2 colheres de sopa de mel cru (ou de açúcar ou néctar de coco)
  • ¼ de colher de sopa de açafrão em pó
  • Uma pitada de pimenta‑de‑caiena
  • Uma pitada de pimenta preta

Coloque as fatias de gengibre numa caneca de chá. Aqueça a água numa chaleira ou numa caçarola e deite‑a sobre as fatias de gengibre, deixando‑as em infusão durante cerca de 3 minutos. Junte os restantes ingredientes e misture bem. Beba imediatamente.

Fonte: livro Beleza Natural, Deepak Chopra, SELF, 2018. Saiba mais aqui.

 

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Bolachinhas de gengibre

gengibre

Em épocas festivas, e apesar da tradição, é sempre bom encontrarmos alternativas que nos saciem e que sejam boas para a nossa saúde.

No livro Barriga Feliz, Tara Desmond que vivenciou uma gravidez complicada, com a contribuição de uma nutricionista desenhou receitas com um valor nutricional importante e equilibrado não só para grávidas, mas para quem quer aproveitar o melhor da comida, mas sabendo que está também a dar o melhor para a saúde do seu corpo.

Como exemplo, temos estas bolachas de Gengibre, deliciosas e muito nutritivas.

Bolachinhas de gengibre

Durante a minha primeira gravidez, uma amiga minha deu-me um saco grande dos seus biscoitos perfeitos de gengibre para lanchar numa viagem de avião que fiz de costa a costa a caminho da nossa escapadinha antes do nascimento do bebé. Ela fazia os biscoitos dela com a forma de pequenas meias-luas e a doçura crocante deles, com um cheirinho ao sabor apimentado do gengibre, sabia-me tão bem. Segui a receita dela, mas experimentei com uma mistura de farinhas de cereais integrais que complementam os sabores e as texturas dos biscoitos clássicos. Em vez de manteiga, o óleo de coco derretido empresta o aroma suave e o sabor distinto deste fruto a estas bolachas de exterior crocante e interior macio. Uma combinação de gengibre em pó e de gengibre fresco ralado oferece as suas propriedades calmantes a este doce.

Rende 3 dúzias de bolachas:

  • ¹⁄2 chávena/67 g de farinha vulgar
  • ¹⁄3 chávena/46 g de farinha de trigo integral para bolos
  • ¹⁄4 chávena/28 g de farinha de centeio
  • 1 colher de bicarbonato de sódio
  • ¹⁄4 colher de chá de sal marinho fino
  • 11/2 colher de chá de gengibre em pó
  • 1/2 colher de chá de canela em pó
  • 1 ovo grande
  • ¹⁄3 chávena/84 g de óleo de coco, derretido, se for sólido, e ligeiramente arrefecido
  • ¹⁄4 chávena/59 ml de melaço (não blackstrap)
  • ¹⁄3 chávena/71 g de açúcar demerara
  • 1 colher de chá de gengibre fresco ralado finamente

Pré-aqueça o forno a 375 °F/190 °C. Forre dois tabuleiros de levar ao forno com papel manteiga.

Numa taça grande, misture a farinha vulgar, a farinha de trigo integral para bolos, a farinha de centeio, o bicarbonato de sódio, o sal, o gengibre em pó e a canela.

Num copo medidor grande, bata o ovo com o óleo, o melaço, o açúcar e o gengibre fresco. Verta os ingredientes líquidos por cima dos secos e envolva com uma espátula de borracha grande, até se formar uma massa quase líquida. Certifique-se de que não existem bolhas de ingredientes secos escondidas por entre a massa ou no fundo da taça.

Tape a massa e leve ao frigorífico durante, pelo menos, duas horas, ou até ficar fria e firme. Retire colheres de chá bem cheias e enrole a massa em bolas. Coloque as bolinhas em tabuleiros forrados com papel manteiga, com cerca de 5 cm de distância umas das outras, e leve ao forno durante 10 a 15 minutos, dependendo se gosta das suas bolachas mais estaladiças ou mais fofas. Passados dez minutos, as bolachas terão um exterior estaladiço e um interior fofo assim que arrefecerem. Depois de 15 minutos no forno e de terem arrefecido por completo, estarão estaladiças por dentro e por fora. Deixe repousar nos tabuleiros durante dois minutos depois de os tirar do forno. A seguir, transfira-as para outro tabuleiro para que arrefeçam por completo.

Como alternativa, faça algumas bolachas e congele parte da massa para fazer as bolachas noutra altura. Isto dá jeito, se estiver a passar por um dia particularmente maldisposto e se, para si, o gengibre for um antídoto. Depois de fazer as bolas, coloque-as num tabuleiro de ir ao forno (ou em qualquer outra superfície com espaço suficiente para as bolas de massa de bolacha numa única camada e que caiba no seu congelador) e conserve no congelador até a massa ficar muito firme; pelo menos durante 30 minutos.

Transfira as bolas de massa congeladas para um recipiente fechado hermeticamente ou para um saco plástico de congelação com zip. Conserve-as no congelador até três meses.

Para levar a massa congelada ao forno, coloque as bolas num tabuleiro de ir forno, forrado com papel manteiga, com cerca de 5 cm de distância entre elas, e leve ao forno a 350 °F/175 °C durante cerca de 15 minutos.
Conserve-as num recipiente fechado hermeticamente até duas semanas.

gengibre

NUTRIÇÃO POR PORÇÃO (1 BOLACHA)
Calorias 49 | Total de gorduras 3 g (saturadas 2 g, polinsaturadas 0 g, ómega 3 0,00 g, DHA 0,00 g, EPA 0,00 g, Mono 0 g) | Colesterol 5 mg | Proteína 1 g | Sódio 53 mg | Hidratos de carbono 6 g | Fibra 0 g | Açúcares 3 g | Vitamina A 2 mcg | Vitamina B6 0 mg | Vitamina B12 0 mcg | Vitamina C 0 mg | Vitamina D 1 IU | Colina 5 mg | Folato 4 mcg | Cálcio 6 mg | Ferro 0 mg

Veja esta e outras receitas no livro: Barriga Feliz

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O que é a dieta Paleolítica? por Robb Wolf

O que é a dieta Paleolítica?

A dieta Paleolítica é a forma mais saudável de se alimentar porque é a ÚNICA abordagem nutricional que funciona em conjunto com a nossa genética para ajudar a manter-nos magros, fortes e cheios de energia! Pesquisas em Biologia, Bioquímica, Oftalmologia, Dermatologia e muitas outras disciplinas indicam que a nossa dieta moderna, rica em comidas refinadas, gorduras trans e açúcar, é a raiz de doenças degenerativas como a obesidade, o cancro, a diabetes, as doenças do coração, o mal de Parkinson, a doença de Alzheimer, a depressão e a infertilidade. – Robb Wolf

Construir uma Dieta Paleolítica saudável

Proteínas magras
Proteínas magras sustentam músculos fortes, ossos saudáveis e um sistema imunológico ideal. A proteína também nos mantém satisfeitos durante as refeições.

Frutas e vegetais
Frutas e vegetais são ricos em antioxidantes, vitaminas, minerais e fitonutrientes que já provaram diminuir a probabilidade de desenvolver um número de doenças degenerativas incluindo cancro, diabetes e declínio cerebral.

Gorduras saudáveis de nozes, sementes, abacate, azeite, óleo de peixe e carne de animais de pastoreio
Pesquisas científicas e estudos epidemiológicos mostram que dietas ricas em gorduras monoinsaturadas e ômega-3 reduzem drasticamente os casos de obesidade, cancro, diabetes, doenças do coração e declínio cognitivo.

A gordura saturada tem sido demonizada pelas autoridades de saúde e pela comunicação social. Qual é a base para essa posição contra a gordura saturada? As recomendações atuais para uma quantidade de gordura saturada TÃO baixa são justificáveis? Quanto de gordura saturada (e que tipos) uma pessoa deve ingerir? Sem uma perspectiva histórica e científica, essas questões são quase impossíveis de responder.

Uma das maiores divergências da nossa dieta ancestral é a quantidade e os tipos de gordura encontrados em animais modernos que comem grãos versus a quantidade e os tipos de gordura encontrados em animais de pastoreio e animais, aves e peixes selvagens. O que nós observamos é que a carne de animais selvagens (de caça) é notavelmente magra e tem uma baixa quantidade de gordura saturada, ao mesmo tempo que fornece quantidades significativas de gorduras ómega-3 como EPA e DHA. Neste artigo, o Prof. Cordain e sua equipa analisam o perfil completo de ácidos gordos de várias espécies de veados e alces selvagens. A conclusão principal é que a carne de animais alimentados com pasto (animais criados livres) é muito mais saudável do que a carne convencional: A análise de ácidos gordos de tecidos de ruminantes selvagens: implicações revolucionárias para a redução de doenças crónicas relacionadas com a dieta.

Benefícios de uma Dieta Paleolítica para a saúde
Para a maioria das pessoas, o facto de a dieta Paleolítica oferecer melhores resultados, basta. A melhoria dos lípidios no sangue, perda de peso e a redução de dor em doenças autoimunes é prova suficiente. Contudo, muitas pessoas não gostam de seguir recomendações cegamente, sejam elas relativas à nutrição ou a exercícios físicos. Algumas pessoas gostam de saber o PORQUÊ. Felizmente, a dieta Paleolítica aguentou não só o teste do tempo, mas também os rigores da investigação científica.

paleo

A sério?! Os nossos ancestrais viveram uma vida curta e difícil. A Dieta Paleolítica não faz sentido.
O conceito Paleolítico é novo para a maioria das pessoas e essa novidade pode despertar muitas questões. Gostamos que as pessoas não só leiam e se eduquem sobre esse assunto mas também que “comecem e façam”. Experiência é, talvez, a melhor forma de aprender e geralmente esclarece qualquer dúvida.

Funciona para diabetes?
Uma ótima pergunta a se fazer é “A dieta Paleolítica funciona?” Vários estudos mostram que em diabéticos tipo 2, a dieta paleolítica REVERTEU os sinais e sintomas de resistência à insulina.

Doença cardiovascular
De acordo com a CDC, a doença cardiovascular é a causa número um de mortes nos Estados Unidos. Curiosamente, os nossos ancestrais paleolíticos e os caçadores-coletores estudados nos dias atuais praticamente não mostraram sinal de ataque cardíaco ou de derrame cerebral.

Auto imunidade
Auto imunidade é um processo no qual o nosso próprio sistema imunológico “nos ataca”. Normalmente, o sistema imunológico protege-nos de infecções bacterianas, virais e parasitárias. O sistema imunológico identifica um invasor estrangeiro, ataca-o e, idealmente, combate a infecção. Uma boa analogia para auto imunidade é o caso da rejeição de tecidos depois de uma doação de órgãos. Se alguém precisa de um coração novo, pulmão, rim ou fígado devido a uma doença ou lesão, o órgão de um dador pode ser uma opção. O primeiro passo do processo é tentar encontrar um tecido “compatível”. Todos nós temos moléculas nos nossos tecidos que são usados pelo nosso sistema imunológico para distinguir os nossos tecidos dos outros.

Se um órgão doado não é parecido o suficiente com o tipo de tecido do beneficiário, o sistema imunológico irá atacar e destruir o órgão. Em auto imunidade, um processo parecido ocorre quando o próprio tecido de um indivíduo é confundido como algo de fora e o sistema imunológico ataca esse tecido que não foi “reconhecido”. Formas comuns de auto imunidade incluem esclerose múltipla, artrite reumatóide, lúpus e vitiligo (perda gradual da pigmentação da pele), só para citar uma pequena fracção das doenças auto imunes. É possível que elementos de auto imunidade afectem condições aparentemente não relacionadas como esquizofrenia, infertilidade e várias formas de cancro.

Curiosamente, todas essas doenças aparentemente não relacionadas partilham uma causa comum: dano ao revestimento intestinal que permite partículas grandes de alimentos não digeridas entrarem no corpo. Isso é conhecido como “intestino permeável e a resposta autoimune”. Aqui você encontra uma série de vídeos com 7 partes pelo Prof. Loren Cordain descrevendo a etiologia da esclerose múltipla. E, por favor, veja este vídeo TED talk by Dr. Terry Wahls, MD em que ela descreve como reverteu a sua esclerose múltipla com a dieta Paleolítica. Se você tem uma doença autoimune, você deveria considerar o protocolo autoimune da dieta Paleolítica.

(adaptado do artigo: https://robbwolf.com/e-dieta-paleolitica/)

Robb Wolf é o autor do nosso livro: Programados para Comer. Saiba mais aqui. Ou consulte o livro aqui.