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Guarda-roupa minimalista: será que consigo?

Guarda-roupa
Guarda-roupa minimalista: O que é isto? Faz sentido para mim? Será que consigo?

Guarda-roupa

O minimalismo é um conceito que visa a utilização de apenas elementos mínimos e básicos, eliminando o supérfluo. Reflecte uma forma de vida que apela à dedicação ao que realmente importa, descartando tudo o que não é essencial à realização pessoal.

Menos é mais.” Esta frase super curta diz tudo!!

Este conceito de minimalismo está a despertar consciência nas pessoas e cada vez mais nos apercebemos que não precisamos de muito para sermos verdadeiramente felizes.

Não sou defensora fervorosa desta filosofa, por assim dizer, mas acredito realmente que devemos desapegar-nos daquilo que não nos traz felicidade e só desvia a nossa atenção do que é realmente importante. Concorda comigo?

Quando falamos em minimalismo, nós mulheres pensamos logo no guarda-roupa, não é?!

Temos tendência a acumular tantas peças ao longo dos anos, roupa, malas, sapatos, bijuteria, etc. E quando pensamos que queremos desapegar-nos de algumas coisas, a cabeça começa a dar voltas e começamos a pensar: Como vou escolher o que fica? E se eu volto a emagrecer? E se volta a estar na moda?

Identifica-se com esta situação?

Não desespere!! Não é assim tão complicado e eu vou dar aqui algumas dicas para a ajudar a ter o seu guarda-roupa minimalista.

 

Guarda-roupa minimalista: O que é isto?

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Quando uso este termo de guarda-roupa minimalista, maior parte das minhas clientes começa a ficar preocupada, pois pensa que tem de ter um número rígido de peças e tudo de tons neutros (branco, preto e cinza). Nada disso!!

Não é necessário definir um número rígido de peças. Muitas vezes as pessoas perguntam-me como eu consigo ter apenas 30 peças?? Eu respondo porque quer apenas ter 30 peças? E porque não 38? ou 41?

Quanto às cores, claro que é muito útil ter peças de cores neutras, pois são mais fáceis de conjugar. No entanto, não é de todo “obrigatório” ter apenas estas cores.

A escolha das peças não tem a ver com um número ou cores, mas sim com com o seu significado.

Resumindo, um guarda-roupa minimalista é composto por apenas as peças que:

  • Realmente adora
  • Favorecem o seu tipo de corpo
  • Adaptam-se à sua realidade e rotinas do dia-a-dia
  • São versáteis e fáceis de conjugar entre si

 

Guarda-roupa minimalista: Vantagens

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Quantas vezes se encontra a olhar para o seu guarda-roupa sem saber o que vestir? Tem imensa roupa, mas a escolha parece tão difícil!!

Maior parte das mulheres tem peças que já não usa, pois, inconscientemente, sabe que não a favorece, mas acham que precisarão em alguma ocasião, ficando o guarda-roupa cheio e de difícil acesso (físico e emocional).

Sabia que maior parte das mulheres usa apenas 20% do seu guarda-roupa?

Nunca sentiu que, apesar de ter bastantes peças, usa sempre os mesmos conjuntos?

Neste caso eu aconselho uma solução combinada:

  1. Reduzir o seu guarda-roupa às peças que realmente fazem sentido (detox)
  2. Aprender a conjugar melhor o que tem, rentabilizando ao máximo cada peça (Restyle)

Assim, ficará com um guarda-roupa minimalista!!

Acima de tudo, ficará com um guarda-roupa funcional, prático, fiel ao seu gosto e económico.

Terá também mais facilidade em escolher os looks diários, aumenta a sua criatividade e vai poupar imenso dinheiro a comprar roupa que não faz sentido.

Só vantagens, não é?

Deixe-me também dizer-lhe que criar um guarda-roupa minimalista dá algum trabalho inicialmente e pode não ficar “perfeito” à primeira. Mas vai-se tornando cada vez mais fácil e intuitivo e valerá bem a pena o esforço!!

 

Quer aprender a criar o seu guarda-roupa descomplicado? Saiba como!

Um beijinho,
Rita C.

Origem das fotos em: https://www.pinterest.pt/consultoriadeim/closet/

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Estratégias para curar a ansiedade

ansiedade
O ataque

De repente o seu coração começa a bater descompassado. Sente-o a bater no peito, na cabeça e nas pernas. O barulho ritmado domina a sua atenção. Parece que o seu peito vai explodir.

Já alguma vez teve um ataque de pânico?

O suor reveste a palma das suas mãos. Sente um desejo de as sacudir – como se isso soltasse o sentimento desconfortável. Sacode-as. Uma sensação tóxica atravessa o seu estômago como uma estrela cadente. Sente-se doente. Não consegue respirar. Está a reagir a uma ameaça. Não de um feroz tigre-dente-de-sabre. Não, esta ameaça é psicológica. É ansiedade. Na verdade, nem é real.

Ou talvez tenha começado na sua cabeça desta vez. A sua mente está presa como um disco riscado, repassando obsessivamente um futuro imaginário. Está a tentar geri-lo. Mas o futuro não pode ser gerido. Os seus pensamentos ansiosos desencadeiam a resposta de luta / fuga, e o cortisol e a adrenalina fluem por todo o corpo. Eles causam a sua reação física, preparando-o para fugir daquele tigre. Mas na realidade está apenas sentado ali, a tentar lidar com o que está para vir, o que é impossível no momento presente, quando pensa nisso.

Então a sua mente capta o modo como os químicos o fazem sentir: o coração acelerado, as mãos suadas e o corpo trémulo. O pânico instala-se e a sua mente está a mil. E então mais químicos são libertados e sente-se ainda mais ansioso. Mais pensamentos ansiosos seguem-se e você entra numa espiral descendente até explodir num ataque de ansiedade total. Sente que vai desmaiar, ou pior, morrer.

O tigre da ansiedade comeu-o vivo. Mas pode aprender como recuperar o controlo. Pode libertar-se. Mesmo se a ansiedade for menos intensa. Acredite ou não, pode usar a sua ligação mente-corpo para superar a sua ansiedade.

Recuperar o controlo

Se já teve um ataque de pânico, sabe exactamente do que estamos a falar. Há quem já tenha tido vários e superou. Ansiedade social, ansiedade generalizada, perturbação pósstress traumático (PPST) , agorafobia, ataques de pânico, assim como medo de cães ou medo falar em público, etc. E foi usando as ferramentas de que falamos mais abaixo e percebendo o modo como o seu corpo funciona que as permitiu libertar-se. É um verdadeiro triunfo da mente sobre a matéria que requer confiança e, além disso, uma ligação com o corpo físico. Quando usamos as nossas mentes para nos conectarmos com os nossos corpos, podemos controlar o sistema nervoso e, por sua vez, a nossa ansiedade.

Agora é a sua vez. Da próxima vez que sentir ansiedade ou se aperceber do seu pensamento ansioso, tente estas cinco coisas.

A playlist contra ataques de ansiedade
  1. Esfregue a barriga.

A ansiedade está no futuro e os nossos corpos estão no presente. Então, quando fazemos algo físico, algo no “agora”, temos uma maior capacidade de afastar a nossa atenção da ansiedade no futuro e colocá-la no momento. Podemos começar usando o corpo como âncora.

Experimente esfregar a barriga, ou as mãos ou as coxas. De seguida, traga a sua atenção para o local onde as mãos encontram a barriga. Quando se concentra nesta conexão física, está a salvo de pensamentos ansiosos e está focado no momento presente. Pode parecer estranho ao início, mas quanto mais tentar isto, mais facilmente conseguirá deixar ir os pensamentos ansiosos.

  1. Respire fundo três vezes.

Concentrar-se na respiração talvez seja a melhor maneira de sair da espiral do pensamento ansioso porque a nossa respiração está sempre no momento presente, e respirar profundamente ativa o nosso sistema nervoso parassimpático, que literalmente acalma os nervos. É o nosso sistema nervoso simpático que nos leva a “lutar ou fugir” e sentir os sentimentos ansiosos através da libertação de adrenalina e cortisol. E ativar o nosso sistema nervoso parassimpático interrompe o sistema nervoso simpático e interrompe a libertação adicional dessas substâncias químicas que se manifestam como ansiedade.

Inspire profundamente pelo nariz. Concentre-se no ar que vai entrando por ele adentro. De seguida, ponha a sua atenção no ar que vai saindo das narinas enquanto expira. Tente fechar os olhos e ver se isso o ajuda a concentrar-se mais na respiração. Continue a esfregar a barriga se isso estiver a ajudar. Quanto mais respirações profundas e conscientes fizer, mais estará a guiar o corpo para se acalmar.

  1. Conte as respirações.

Vamos espreitar os nossos cérebros por um segundo. Quando é ativado, o nosso centro emocional – a amígdala – está essencialmente a  sobrepor-se à nossa área racional e lógica do cérebro (o neocórtex). Assim, durante essa reação de luta ou fuga, quando os produtos químicos do stress estão a ser libertados, a nossa amígdala, de certo modo, “sequestrou” o  neocórtex. Para ajudar a travar esta inundação de químicos, precisamos de ativar o neocórtex. E tão simples quanto parece, contar é uma excelente maneira de fazer isso.

Então, ao respirar fundo, conte. Conte até 5 enquanto inala e continue contando até 10 ao expirar. Comece de novo com 1, 2, 3, 4, 5 na próxima inspiração e 6, 7, 8, 9, 10 na próxima expiração. Continue a contar e concentre-se na respiração, tendo a certeza de que estas simples ferramentas são a chave para parar a espiral descendente de ansiedade.

  1. Solte os seus músculos.

Quando as nossas mentes estão tensas, os nossos corpos ficam igualmente tensos. E vice-versa: um corpo tenso leva a uma mente presa. Então, quando conscientemente relaxamos o nosso corpo, também ajudamos a relaxar a nossa mente.

Por isso, solte os ombros, usando toda a sua atenção para os relaxar. De seguida, abra a boca e relaxe os músculos do rosto. Finalmente, procure no seu corpo qualquer tensão acumulada e vá relaxando cada zona à medida que o vai percorrendo.

  1. Aponte tudo.

Se a sua mente ainda está a mil, apesar dos seus melhores esforços, pegue numa caneta e papel e comece a escrever o que lhe vier à mente. Não se preocupe se as coisas fazem sentido; simplesmente deite tudo cá para fora, seja um fluxo de consciência, uma lista de tarefas para fazer ou um ensaio de 10 páginas. Obter no papel os pensamentos que lhe estão a surgir pode ajudar a libertá-los da sua mente. É especialmente útil escrevê-los fisicamente, em vez de os digitar (num computador por exemplo), porque o cérebro processa-os melhor.

Continue com as respirações profundas e conscientes. E com a contagem. E com o esfregar da barriga. Cada vez que as pratica, está a concentrar-se – a sua moeda mais valiosa – para o momento presente. Estas ferramentas estão a fortalecer o seu “músculo da atenção”, o que precisa de fortalecer a fim de reprimir a ansiedade e retornar ao presente. À medida que a sua capacidade de recuperação mental aumentar, aumentará também a sua liberdade mental.

Continue. O seu cérebro pode mudar. O nosso já mudou. Atire-se a eles, tigre!

 

Fonte: https://www.mindbodygreen.com

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Universo Humano uma realidade, o novo livro de Deepak Chopra

realidade

“Há uma relação na nossa vida — na vida de toda a gente — que tem sido mantida secreta. Não sabemos quando começou e, ainda assim, dependemos dela para tudo. Se esta relação algum dia terminasse, o mundo desapareceria numa nuvem de fumo. Trata‑se da nossa relação com a realidade. Há um número imenso de coisas que têm de se combinar na perfeição para formarem a realidade e, contudo, fazem‑no inteiramente fora da nossa vista.

Pensemos na luz do Sol. É óbvio que o Sol não poderia brilhar se as estrelas não existissem, já que o nosso Sol é uma estrela de média dimensão que flutua para lá do centro da Via Láctea, a galáxia onde vivemos. Há poucos segredos ainda por descobrir acerca de como as estrelas se formam, da matéria de que são feitas e de como a luz é produzida no caldeirão escaldante em que consiste o âmago de uma estrela. O segredo não reside aí. A luz do Sol desloca‑se 150 milhões de quilómetros até à Terra, penetra na atmosfera e aterra algures no planeta.

Neste caso, o único local do planeta que nos interessa são os nossos olhos. Os fotões, os pacotes de energia que transportam a luz, estimulam a retina situada na parte de trás do olho e iniciam uma cadeia de acontecimentos que a levam ao cérebro e ao córtex visual.

O milagre da visão reside no mecanismo de processamento da luz pelo cérebro, sobre isso não há dúvidas. E, porém, o passo que mais importa, o que converte a luz do Sol na visão, é totalmente misterioso. Seja o que for que vejamos no mundo — uma maçã, uma nuvem, uma montanha ou uma árvore —, é a luz do Sol a refletir‑se no objeto que o torna visível. Mas como? Ninguém o sabe realmente, mas a fórmula secreta inclui a visão, pois a visão é uma das formas básicas de sabermos que um objeto é real.(…)

Atualmente, ninguém consegue explicar como a transformação de fotões invisíveis em reações químicas e em ténues impulsos elétricos dentro do cérebro cria a realidade tridimensional que todos tomamos como garantida. Os eletroencefalogramas detetam a atividade elétrica, e é por isso que uma ressonância magnética funcional contém manchas de brilho e de cor. Alguma coisa se passa no cérebro. Mas a verdadeira natureza da visão é misteriosa. Contudo, uma coisa é certa. A visão é criada por nós. Sem nós, o mundo inteiro — e o vasto universo que se estende em todas as direções — não poderia existir. (…)

É por isso que a tal relação secreta é a mais importante que temos ou que alguma vez teremos. Nós somos os criadores da realidade e, todavia, não fazemos ideia de como a criamos — é um processo passivo. Quando vemos, a luz ganha o seu brilho. Quando ouvimos, as vibrações do ar transformam‑se em sons audíveis. A atividade do mundo à nossa volta, em toda a sua riqueza, depende de como nos relacionamos com ela.

Este conhecimento profundo não é novo. Na Índia antiga, os sábios védicos declararam «Aham Brahmasmi», que pode ser traduzido como «Eu sou o universo» ou «Eu sou tudo». Chegaram a esta conclusão mergulhando profundamente na sua própria consciência, onde fizeram descobertas espantosas. Foram Einsteins da consciência que ficaram perdidos para a memória coletiva, mas cujo génio era comparável ao do Einstein que revolucionou a física no século XX.

Hoje, exploramos a realidade através da ciência, e não pode haver duas realidades. Se «Eu sou o universo» for verdade, a ciência moderna terá de fornecer provas que sustentem esta afirmação — e fá‑lo. Embora a ciência convencional funcione através de medições externas, dados e experiências, que constroem um modelo do mundo físico e não do mundo interior, existem inúmeros mistérios que as medições, os dados e as experiências não podem explicar. (…)

Um universo consciente reage a como pensamos e sentimos. Obtém de nós a sua forma, cor, som e textura. Por isso, parece‑nos que a melhor designação para ele é universo humano, e que é este o universo real, o único que temos.

Mesmo aqueles para quem a ciência é novidade, ou que não se interessem muito por ela, não poderão deixar de querer saber como funciona a realidade. Claro que a forma como vemos a nossa vida é importante para nós, e a vida de toda a gente está integrada na matriz da realidade. O que significa ser‑se humano? Se somos partículas insignificantes no vasto vazio negro do espaço intergaláctico, essa realidade terá de ser aceite. Se, em vez disso, somos criadores da realidade vivendo num universo consciente que responde às nossas mentes, essa realidade também terá de ser aceite.”

Deepak Chopra e Menas Kafatos em Universo, Self. Conheça o livro aqui.