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“Nunca conheci ninguém realizado com relações insatisfeitas” conversa com Rossana Appolloni

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Estivemos à conversa com a Rossana Appolloni, nossa autora e com quem temos vindo a realizar um conjunto de workshops focados na relação que temos connosco e na relação que temos com os outros.

Rossana, nos últimos meses realizaste uma série de workshops na Self, focados na nossa relação connosco e na nossa relação com os outros. Qual a relevância dessas temáticas nos dias de hoje? Que balanço fazes desta experiência?

Tudo começa aí, na nossa relação connosco e, consequentemente, mas também, originariamente, com os outros. É um ciclo constante. É na relação com os outros que crescemos, é através da relação que formamos a nossa identidade, é na relação que se formam as nossas feridas emocionais, mas também é na relação que existe a possibilidade de transformação e ‘cura’. Em crianças dependemos dos nossos cuidadores, em adultos já somos – ou deveríamos ser –nós os cuidadores de nós próprios.

No entanto, por falta de conhecimento e de maturidade, emocionalmente falando ficámos presos na nossa criança ferida que ainda grita por atenção, carinho, aceitação, proteção, reconhecimento, e por aí fora… E temos legitimidade a isso tudo, desde que não seja como cobrança, exigência, chantagem, birra… ou seja, se ainda nos comportamos como crianças, o que vamos encontrar no palco da vida é um parque infantil onde todos andam às turras para ver quem ganha. Mas quem ganha o quê?! Afinal todos queremos apenas estar bem e ter relações que nos nutram e não que sejam campos de batalha.

Muita gente vem ter comigo e procura a minha ajuda na sequência de muita insatisfação e frustração na área dos relacionamentos, sobretudo amoroso. E verifico que sem relações que sejam fonte de bem-estar, dificilmente estamos bem. Nunca conheci ninguém realizado com relações insatisfeitas. Viver isolado no cimo de uma montanha também não é solução! Ganhar consciência do próprio processo de crescimento emocional é fundamental, pois é fácil olhar para os outros quando se olha pouco para si próprio. E a mudança está em nós. Mas isto assusta muita gente.

As pessoas resistem muito à mudança, pois não sabem o que vão encontrar. O desconhecido assusta demasiado. Mas eu não desisto! (risos) E vou estimular as pessoas até me fazer sentido para que se explorem e se descubram, pois é um percurso delicioso!!! Somos a pessoa mais importante da nossa vida e temos tanto medo da relação connosco. Que paradoxo! Somos a pessoa mais importante e queremos ter relações felizes quando nos recusamos a conhecer-nos e a termos uma relação connosco. Não pode ser! (risos)

Penso ter respondido à relevância da temática. Quanto ao balanço, é extraordinário! Muita gente nova, diferente, interessada neste processo de autodescoberta, pessoas participativas e curiosas, desde os 16 ao 70! Algumas pessoas vêm sozinhas, outras trazem amigos ou família; umas têm participado em todos e tornaram-se presentes fieis, outros aparecem de vez em quando. Tem havido de tudo, o que é muito enriquecedor do ponto de vista humano!

Nos próximos dias 14/03, 5/05 e 2/6, vamos ter encontros de aprofundamento, daquilo que foi abordado nos workshops anteriores. Porquê esta necessidade de ir um pouco mais além?

A necessidade veio da partilha de algumas pessoas ao mostrarem dificuldade em pôr em prática no quotidiano o que vão aprendendo nos encontros. Já perceber certas questões não é fácil, torná-las padrão no dia-a-dia nem se fala! Desde a compreensão cognitiva ao comportamento temos uma caminhada por vezes longa e difícil que nem todos se predispõem a fazer. Encontros deste tipo, psicoterapia, e/ou outras atividades terapêuticas que estimulem o nosso sentir é fundamental para continuarmos a crescer. Isto é um pouco como aprender exercícios no ginásio e depois ficar a olhar.

É preciso praticar, de preferência com amor e carinho apesar do desconforto, e a existência de um grupo é um terreno poderosíssimo. Nestes próximos encontros a ideia é estarmos abertos ao que as pessoas colocam como dúvida, dificuldade, ou simplesmente dar feedback através da sua partilha pessoal e trabalharmos a partir daí.

Questão: O que podemos esperar destes encontros?

aprofundamentoOlha, eu também não sei! (risos) Vamos ver o que acontece… Para mim é sempre com enorme gratidão que acompanho a generosidade das pessoas em se partilharem e a coragem que têm em o fazer. Coragem no sentido etimológico da palavra: agir com o coração. Precisamos disso, de pessoas que falem mais a partir do coração, com toda a sua vulnerabilidade e beleza, e menos a partir de uma cabeça que julga, que interpreta, que adivinha, que fantasia, que tem a mania que sabe tudo. Sabemos ainda tão pouco… mas o que vamos conseguido saber sobre nós é um passo importantíssimo.

Como diz um ditado chinês: ‘não tenhas medo de dar um passo, mas sim de ficar parado’; ou outro que gosto muito também que diz algo do tipo ‘qualquer conquista começa com um primeiro passo’. Não sei o que vai acontecer, mas conto com um ambiente de boa disposição e de seriedade, pois são elementos que prezo muito no meu trabalho, reflexo do que sinto ser a vida: leve e profunda.

Mais informações sobre os encontros de aprofundamento: aqui

 

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Lado a lado. Ou frente a frente.

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As relações que vivemos ao longo da vida vão marcando e moldando a nossa visão do mundo, vão alterando o nosso modo de pensar e de sentir. Não paramos de sofrer transformações, nada em nós é imutável. Resta saber se a mudança que advém de relações vividas vai no sentido de murcharmos cada vez mais ou, pelo contrário, florescermos e sentirmos que somos cada vez mais felizes, apesar da dor sentida no passado. Dor e prazer, tristeza e alegria, medo e entusiasmo… são tudo elementos presentes numa relação amorosa. Rejeitar o que nos fez sofrer é abdicar do que nos enriqueceu e fez de nós o que somos hoje.

Quando se tem uma desilusão amorosa há uma tristeza que transparece no olhar de quem acreditou e, mais uma vez, sente ter falhado. Acreditámos, entregámo-nos, lutámos, insistimos até perdermos as forças e admitirmos que toda a energia investida não passou de uma ilusão. E com a desilusão vem a tristeza, vem o vazio, vem o sofrimento de mais uma morte. Já nada será igual. A nossa planta murchou. Não morreu, mas deixou de viver. Sobrevive no meio do caos da vida. Sobrevive até encontrar outro alguém que vê a nossa beleza – ainda que murcha – alguém que nos dá água e alimento e nos faz acreditar que temos forças para florescer de novo. Até voltarmos a perder esse nutrimento e murcharmos mais uma vez.

O ciclo repete-se. Num determinado ponto deste percurso repetitivo, passamos a desacreditar que é possível outra coisa além de sobreviver apenas. Com o passar dos anos, quando alguém nos volta a ver, a coragem para nos entregarmos é diminuta. Agarramo-nos à crença de que a única forma de proteger e salvaguardar o que ainda resta de nós é assumir que o único lugar seguro é a solidão e o vazio. Aí já ninguém nos magoa, estamos a sós connosco próprios. Não vivemos a entusiasmante surpresa da vida que nos faz voar e tocar nas estrelas, mas também não vivemos a angustiante imprevisibilidade que nos faz precipitar a pique. Mas será que uma relação amorosa é esperar que alguém nos salve, nos nutra, cuide de nós, nos leve às estrelas e nos largue bem lá em cima?

Dar sentido a cada experiência vivida, aprender com cada momento de leveza e de tensão, aceder às dificuldades que existem no nosso interior para cuidarmos delas, potenciar as nossas forças e voar cada vez mais alto em liberdade, lado a lado com alguém, ou frente a frente, não será isso muito mais nutridor? As relações fazem parte das aventuras da existência para nos conhecermos, para contactarmos as nossas feridas que gritam por atenção, para percebermos quais são os nossos medos e tratarmos deles. Enquanto não o fizermos, iremos depositar no outro o poder de fazer isso por nós. E quando depositamos no outro essa responsabilidade, ficamos à mercê do seu ritmo e da sua dedicação.

Quando finalmente percebemos esse nosso mecanismo de esperar do outro uma tarefa que nos cabe a nós fazer, então convencemo-nos de que a vida não é voar e cair continuamente. Não pode ser. Mas cuidar de nós é extremamente difícil, não aprendemos a fazê-lo. Então, uma primeira reação será encolhermo-nos ainda mais e, sem darmos por isso, lá estamos nós outra vez a renunciar à vida. Murchamos por ter e perder, murchamos por não ter. Que paradoxo! Qual a lógica disto tudo?

Quando ganhamos a coragem de olhar para nós próprios, ouvindo os nossos medos e necessidades, dando-lhes o devido valor e aceitar que fazem parte de nós e que são indispensáveis ao nosso percurso de desenvolvimento, então ganhamos também a capacidade de os mostrar, não para que o outro cuide deles, mas para que o outro os veja e valide a sua vontade de estar connosco na mesma, de fazer parte da nossa vida. Lado a lado, ou frente a frente.

O amor incondicional é amar sem condições, sem exigências, sem pedidos. É ter a capacidade de olhar e de ver o outro, de se mostrar, de caminhar juntos no que a vida tem de complexo e de simples. Passamos a ser companheiros de viagem, durante a qual assistimos orgulhosamente ao florescimento do outro. Mas para isso temos de sentir que aprendemos com as experiências passadas. Aprender implica alargar a consciência, reconhecer que o que vivemos foi fundamental para o nosso presente e sentir gratidão por essa vivência. Aprendemos o suficiente para chegarmos onde estamos hoje. Precisávamos desse suficiente para chegarmos onde estamos hoje.

Com esta certeza, olhamos para trás e sentimos que tudo valeu a pena e que agora estamos mais preparados do que nunca para voar até às estrelas com alguém a nosso lado. Ou frente a frente.
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O eixo dos relacionamentos

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Ascendente/Descendente – Eu e o Outro

Estamos sempre a aprender e a partilha de ideias nos encontros ASTROLOGANDO tem-me trazido novas perspetivas e informação sobre os temas abordados.

Ontem falámos de Polaridades e tomei pela primeira vez consciência da importância de uma polaridade presente em todos os mapas e que gera um enorme paradoxo: o eixo Ascendente/Descendente que reflete a forma como me relaciono comigo e o que procuro numa relação com o outro.

O Ascendente representa o momento do nosso nascimento. As suas características refletem o que se passou no momento em que viemos ao mundo e, consequentemente, qual foi a primeira imagem que tivemos desse mundo para o qual nascemos. Essa imagem forma uma imagem a que sentimos que temos que corresponder para nos enquadrarmos e sobrevivermos nesse mundo. Dito por miúdos: se eu vejo um mundo cor-de-rosa, vou vestir-me de cor-de-rosa para me enquadrar nele.

Do outro lado do eixo, o signo oposto representa as características da relação que procuramos ter com os outros, define o tipo de energia que procuramos num relacionamento estável, numa parceria, numa vivência a dois.

Ora, por estarem opostos, têm características opostas e parece gerar-se logo à partida uma grande contradição! Se eu sou de uma maneira, porque é que procuro uma relação com uma energia completamente oposta à minha?

Tomei consciência de que o eixo Ascendente/Descendente é a nossa maior polaridade e um dos principais motores para a nossa integração pessoal.

Como e porquê?

É como está escrito num pequeno parágrafo de um texto lindíssimo intitulado “A pequena Alma e o Sol”: “Se a Pequena Alma queria conhecer a Luz, também teria de conhecer a Escuridão. De que outra forma se pode conhecer o Alto sem o Baixo, o Quente sem o Frio, o rápido sem o Lento? Então a Pequena Alma compreendeu que, para saber Quem Realmente É, teria de conhecer o oposto.” (in. A Pequena Alma e o Sol de Neal Donald Walsh)

Cada polaridade roda em torno de um conceito: claridade e escuridão têm por base o conceito de luz; frio e quente têm a ver com temperatura; doce ou amargo com sabor, etc.

Mas o movimento das polaridades tem a ver com o caminho que fazemos em direção às características mais positivas do signo oposto para que integremos em plenitude o conceito inerente a cada eixo.

Então, quando temos as características de um signo Ascendente e procuramos um relacionamento com as características do signo Descendente, a vontade que temos de relacionar-nos vai automaticamente promover o contacto, a vivência e a possibilidade de integração das características desse Descendente na nossa consciência, de acordo com o conceito base expresso por cada eixo astrológico. A tomada de consciência dessa energia oposta acontece geralmente através de um processo de choque que nos vai permitir também perceber quem realmente somos e o que realmente queremos.

Em particular, nos primeiros relacionamentos, é comum sentirmo-nos inconscientemente atraídos para o tipo de energia expressa pelo nosso Descendente – intuitivamente sentimos que aquela pessoa que nos atrai expressa aquilo que nós gostaríamos de expressar e não conseguimos, que de alguma forma nos complementa, embora geralmente não tenhamos consciência da razão da atração.

Também sinto que, à medida que vamos integrando a energia do nosso Descendente, libertamo-nos da dependência de procurar uma pessoa que nos dê aquilo que sentimos estar em falta em nós porque essa energia passa a ser parte de nós.

Ter esta consciência reforça o nosso Ascendente e promove uma mudança de foco nos relacionamentos, do outro para nós próprios como fonte do nosso bem-estar e felicidade, quebrando um ciclo de dependências afetivas que vai favorecer a vivência de relações mais saudáveis e equilibradas.

A energia do Descendente continua a ter um papel relevante no nosso mapa mas deixa de representar especificamente o tipo de energia que vou procurar num indivíduo para passar a representar o tipo de energia que procuro viver numa relação. Por exemplo, se o meu Descendente está no signo de Gémeos, posso não necessitar de me relacionar com uma pessoa que tenha uma forte energia geminiana mas para mim será sempre importante ter um relacionamento baseado na comunicação e partilha de ideias.

Este processo de busca de um relacionamento em polaridade é também muito comum ao posicionamento do nosso signo solar que é também representativo da nossa identidade e força vital.

Convido os leitores a fazerem o exercício de relembrar os relacionamentos que tiveram ao longo da vida e verificarem quantos foram com pessoas cujo signo solar está colocado no signo oposto ao do seu signo Solar ou Descendente.

Polaridades entre Signos

Carneiro/Balança – Conceito: Relação Eu/Outro

Touro/Escorpião – Conceito: Valores Meus/Teus

Gémeos/Sagitário – Conceito: Conhecimento Mental/Intuitivo

Caranguejo/Capricórnio – Conceito: Integração Família/Sociedade

Leão/Aquário – Conceito: Ego Individual/Grupal

Virgem/Peixes: Conceito: Energia Material/Espiritual

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Como pode a Astrologia ajudar-me a conhecer o meu filho?

Fui uma mãe tardia. Com uma lua em Capricórnio, só me decidi pela maternidade aos 40 anos e, até aí, confesso que respeitava mas não compreendia tudo o que implica a parentalidade. Tendo Urano na Casa 5, associada aos filhos, sabia que ser mãe iria revolucionar a minha vida mas decidi aceitar o desafio! Mas deixar uma vida em que disponibilizava todo o tempo para os meus interesses e necessidades para focar a minha atenção numa criança cuja sobrevivência dependia de mim e da minha capacidade de responder às suas necessidades foi um choque maior do que esperava!

Nunca fui muito maternal e nunca tive grande jeito para lidar com crianças. Não gostava de pegar em bebés pequenos porque tinha medo de os deixar cair. E, de repente, ali estava eu a ter que lidar com todas estas minhas limitações! E para apimentar a experiência, fui premiada com um bebé bastante enérgico, com dificuldade em dormir e alimentar-se, e dado àquelas birras que todos conhecemos! Sabia que apenas a experiência diária me ensinaria a parte prática de ser mãe. Mas também tinha uma “ferramenta” que me poderia ajudar a conhecer melhor o meu filho e a interagir com ele de uma forma mais construtiva para ambos – a interpretação do seu Mapa Natal.

Quando um bebé nasce encontra-se praticamente em modo de sobrevivência, em que o inconsciente (Lua) predomina sobre o consciente (Sol). É, portanto, uma fase em que as características da Lua Natal e a sua disposição no mapa ganham relevância e as reações são bastante instintivas. A Lua Natal vai também caracterizar o tipo de experiência que a criança tem com a mãe nos primeiros anos de vida e como esta experiência vai influenciá-la nas suas necessidades emocionais futuras.

O meu filho nasceu com uma Lua em Gémeos colocada exatamente na cúspide da Casa 12, tendo Saturno em Sagitário em oposição exata, colocado na cúspide da Casa 6. Este posicionamento reflete o choque do seu nascimento por cesariana programada, em que, subitamente, foi arrancado da segurança do útero materno (Casa 12) para a vida exterior (Casa 6). Esta separação abrupta reflete-se num sentimento de privação da presença da mãe que foi reforçado pelo facto de ele ter ficado os 10 dias seguintes numa incubadora. Este tipo de relação entre a Lua e Saturno representa geralmente um sentimento psicológico de não poder contar com a nutrição maternal, refletindo-se nalguma dificuldade na expressão e entrega emocionais na vida futura. Este traço psicológico vai acompanhá-lo ao longo da vida, sem que nada mais eu possa fazer do que tentar minimizá-lo estando o mais presente possível e expressando todos os dias o amor que sinto por ele! Talvez seja este o lado representado pela ligação da Lua natal a Vénus e Marte em sexil e a Mercúrio em trígono. E quando for mais crescido saberei provavelmente compreender porque poderá vir a ser mais fechado, parecer mais frio ou inseguro e necessitar dos seus momentos de recolhimento, que terei de respeitar sabendo que é uma característica sua e não um eventual ”problema”.

No Mapa Natal do meu filho o elemento fogo está tem uma forte presença, com um grande trígono entre Vénus e Marte em Carneiro, Júpiter em Leão e Saturno em Sagitário. Representando Vénus aquilo que nos dá prazer e estando conjunto a Marte (energia e iniciativa) domiciliado em Carneiro, amplificados por Júpiter em Leão, sei que o meu filho necessitará de gastar muita energia física e terá provavelmente muito prazer em atividades desportivas, apreciando o lado competitivo pelo que tentarei promover-lhe essas experiências.

Por outro lado, o posicionamento dos Nodos Lunares, de Carneiro para Balança e da Casa 10 para a Casa 4, com Plutão na Casa 7, sugerem um caminho evolutivo no sentido de trabalhar os relacionamentos e o lado familiar pelo que será benéfico promover atividades desportivas/competitivas a pares, em que terá que trabalhar o sentido de equipa em vez do triunfo pessoal que naturalmente já lhe está associado. Mercúrio em Aquário confere-lhe uma mente rápida, original, visionária, criativa e vanguardista, podendo ter dificuldade em integrar-se no sistema de ensino convencional. A ligação de Mercúrio por trígono à Lua em Gémeos amplifica a curiosidade, o gosto pela comunicação e o interesse constante por assuntos novos, dificultando a capacidade de se focar num tema por muito tempo. A ligação por sextil a Marte em Carneiro sugere um gosto por discussões e a capacidade de defender verbalmente os seus ideais e opiniões acerrimamente.

Conhecendo estas características, percebo que se trata de uma criança a quem não se pode dizer “fazes porque eu mando!” pois isso apenas trará teimosia e revolta. Mas provavelmente conseguirei que colabore comigo se lhe explicar as razões porque tomo certas posições ou vou contra a vontade dele. Este é apenas um exemplo muito sucinto da informação que o Mapa Natal dos nossos filhos nos pode providenciar, ajudando-nos a compreendê-los melhor e a orientá-los no sentido de desenvolver os seus dons, reconhecendo também as suas dificuldades.

Nós, mães e pais, temos um papel relevante a desempenhar no percurso que a alma dos nossos filhos escolheu percorrer nesta vida, seja como veículos de alguns “traumas” que os marcarão ou como motores que os orientam e incentivam. Ao tomarmos consciência das dinâmicas pessoais dos nossos filhos é-nos dada a possibilidade de agir de forma proativa no seu crescimento pessoal!