Publicado em

Formações Set/Out – Clínica das Conchas

formação
Setembro, o reinício

Setembro começou e marca o reinício de muitas coisas nas nossas vidas. Recomeça o trabalho, a escola dos mais novos, recomeça provavelmente o exercício e atividades físicas, novos projetos, novas formações e cursos. Na Clínica das Conchas isso não é excepção como confirma o coordenador pedagógico do curso, o Doutor Rodrigo Ruivo, Diretor Técnico da Clínica das Conchas e autor do livro Novo Manual de Avaliação e Prescrição de Exercício, da Editora Self.

Sobre os cursos

formações

O “Curso Avançado de Exercício Clínico para Saúde Músculo-Esquelética” da FORMAÇÃO Clínica das Conchas está de volta para mais uma edição!

Com início a 16 de setembro, em Lisboa, este Curso Anual vai já na sua 5º edição e conta mais uma vez com um painel de 6 formadores de renome nacional. No seu conjunto encarregar-se-ão de dotar os formandos dos conhecimentos essenciais para avaliar e prescrever exercício físico de forma segura e eficaz para prevenção e reabilitação de distúrbios músculo-esqueléticos. Exercício Clínico no Pé e Tíbio-Társica, Joelho, Coluna Vertebral e Ombro, serão alguns dos módulos que estarão contemplados no curso.

Outra formação é a “Exercício Clínico para a Coluna Cervical” que contará com a participação do fisioterapeuta João Caetano, licenciado pela Escola Superior de Alcoitão, especializado em Electrolise Percutânea Intracidular e com Certificação em Orthophaedic Manual Therapy pela Manual Concepts e Curtin University of Technology, que se irá debruçar na dor cervical, uma dor muito associada à inatividade física e ao sedentarismo, que promovem a falta de estabilidade e mobilidade do sistema neuro-músculo-esquelético e más posturas.

 

Formações Setembro/Outubro
  • 16 de setembro 2018 – Anatomia palpatória | Formador João Espírito Santo | 5h 1 UC
  • 23 de setembro 2018 – Av Postura Global | Formador João Moita | 5h 1 UC
  • 30 de setembro 2018 – Técnicas de Terapia Manual: Prevenção de Lesões Músculo-Esqueléticas | Formador João Espírito Santo | 5h 1 UC
  • 07 de outubro 2018 – Exercício Clínico para o Pé e Tibio-Társica | Formador João Moita | 5h 1 UC
  • 14 de outubro 2018 – Exercício Clínico para o Joelho | Formador João Ramos | 5h 1 UC
  • 21 de outubro 2018 – Exercício Clínico para a Coluna Vertebral | Formador Pedro Medeiros | 5h 1 UC
  • 28 de outubro 2018 – Exercício Clínico para a Coluna Cervical | Formador João Caetano | 5h 1 UC
  • 04 de novembro 2018 – Exercício Clínico para o Ombro | Formador Rodrigo Ruivo | 5h 1 UC

Para mais informações contacte: Clínica das Conchas

 

Rodrigo Ruivo é autor do Novo Manual de Avaliação e Prescrição de Exercício, da Editora Self.

 

 

Publicado em

Tem dor e incapacidade no ombro?

ombro

A capsulite adesiva é uma doença no ombro em que os pacientes podem reportar dor e um quadro de incapacidade de realização das tarefas diárias”. 

Esta frase foi o mote para último artigo publicado, um caso-estudo em que explicito sequencialmente a abordagem utilizada na condição clínica de um “ombro congelado”. A intervenção revelou-se um sucesso e, em 16 semanas, a ausência de dores e a recuperação da funcionalidade do ombro foram uma realidade.

O artigo tem o título A Specific Multi-Approach Intervention for Adhesive Capsulitis: A Case Report, encontra-se em publicação pelo Journal of Exercise, Sports & Orthopedics, e tem co-autoria do Ft. Bob Donatelli e do Phd José Parraça. Pode lê-lo aqui.

Abraço,

Rodrigo Ruivo

Investigador no Laboratório de Comportamento Motor, FMH

Rodrigo Ruivo é autor do Novo Manual de Avaliação e Prescrição de Exercício, da Editora Self.

P.s. – Ruivo RM, Donatelli R, Parraca JA. et al. (2017) A Specific Multi-Approach Intervention for Adhesive Capsulitis: A Case Report. J Excer Sports Orthop 4(3):1-7.

 

Publicado em

Educação Física – Porque não?

educação

Fui, sou e sempre serei professor de Educação Física! Qual é a dúvida?

Desde sempre, mas de forma mais feroz nos últimos anos, a disciplina de Educação Física tem visto o seu lugar nos planos curriculares esvaziar-se e a sua importância ser desvalorizada. Discute-se se a nota da disciplina deverá ter algum peso na avaliação do aluno deixando no final do secundário de contar para todos os alunos, reduz-se carga horária semanal das aulas de Educação Física e estou certo que este não é o caminho para um desenvolvimento multilateral e saudável das crianças e adolescentes portugueses.  Poderá parecer uma opinião parcial por ser professor de EF, mas para isso vamos aos factos (apenas alguns):

  • Portugal tem uma das taxas de obesidade infantil mais elevadas da Europa. Cerca de 30% das crianças apresenta excesso de peso e 10% são obesas. Solução: vamos comprar mais um gadget para entreter crianças e diminuir tempo de exercício físico semanal…
  • Num estudo realizado pela Faculdade de Motricidade Humana, inserido no Programa Pessoa, junto de três mil alunos de 13 escolas do Concelho de Oeiras, de 2007-2013, concluiu-se que os alunos que fazem exercício físico têm melhores resultados escolares. Os jovens com aptidão cardio-respiratória saudável tiveram um maior somatório das classificações a Português, Matemática, Ciências e Inglês.
  • Noutro estudo recente, em 2013, englobado num projeto de Doutoramento (R. Ruivo, 2013) foram avaliados 275 adolescentes de duas escolas secundárias de Lisboa e verificou-se que 47,6% dos alunos tinham uma postura incorreta, com a cabeça e ombros demasiado projetados para a frente. 38,2% do total dos 275 adolescentes referiram sentir dores cervicais ou de pescoço regularmente. Com um adequado protocolo de reforço muscular e alongamento praticado nas aulas de Educação Física, durante 8 meses, os adolescentes melhoraram bastante a sua postura e sentiram menos dores cervicais. Porreiro, hein!?! Melhoria da auto-estima, competência, autonomia e muitos outros benefícios…

Resumindo, facilmente se compreende que as aulas de Educação Física e respetivo exercício físico e vivências proporcionadas têm benefícios ao nível fisiológico (melhor aptidão cardiorrespiratória, controlo ponderal, etc), psicológico (melhor auto-estima, autonomia, etc) e têm um efeito positivo no aproveitamento escolar.

Portanto, porque é as atuais políticas de educação procuram cada vez mais criar iliterados e “analfabetos motores”! São tantas as vantagens que a valorização da Educação Física deveria ser um exercício de matemática simples…

Qual é a dúvida? Fui, sou e sempre serei professor de Educação Física!
Publicado em

Falta de tempo para praticar exercício físico?

exercício

Falta de tempo para praticar exercício físico? – tem aqui a solução!

Sempre que se realiza uma sondagem Eurobarómetro dos hábitos de Exercício Físico e Desporto, em que se inclui naturalmente Portugal, os resultados têm sido semelhantes e maus. A saber:

1. Portugal é um dos países da Europa com maior taxa de sedentarismo. Apenas 28% dos Portugueses referiram realizar exercício físico ou praticar desporto de forma regular.

2. Invariavelmente, em todos os países da União Europeia, o motivo mais frequentemente apresentado para a inactividade física prende-se com a “falta de tempo”!

E é nesse segundo item que Profissionais de Exercício e Saúde devem (também) intervir. Cada vez mais o modelo tradicional de 3-4 sessões de treino semanal, com duração aproximada de 1h a 2 horas cada sessão de treino não é adequado à maioria das pessoas que trabalham, estudam e ainda procuram ter tempo para a sua vida social! Não é adequado nem se justifica!

Cada vez mais as evidências científicas já comprovaram os inúmeros benefícios para a saúde e de optimização do rendimento desportivo com treinos de curta duração e intensos! Os resultados de protocolos de treino de duração de 30 minutos, por exemplo, são tão bons ou melhores que os dos treinos tradicionais duradouros e monótonos (Gibala, Little, Macdonald, & Hawley, 2012). Estes treinos intensos podem ser realizados pela maioria dos sujeitos, como acontece actualmente em programas de reabilitação cardíaca, no treino com idosos, obesos*, etc *

Resumindo, a tradicional justificação de que não tem tempo deixa de fazer sentido! E não se esqueça que “se não tempo para tratar da saúde mais tarde terá de ter tempo para cuidar da doença”.

*Exige respeito dos princípios de treino e avaliação e supervisão qualificada.

Gibala, M. J., Little, J. P., Macdonald, M. J., & Hawley, J. A. (2012). Physiological adaptations to low-volume , high-intensity interval training in health and disease, 5(March), 1077–1084. http://doi.org/10.1113/jphysiol. 2011.224725