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Cuidar de nós… quando nos sentimos sozinhos

Como gostarmos e cuidarmos de nós… mesmo quando nos sentimos sozinhos

Solidão

Já alguma vez se sentiu sozinho e vazio por dentro? Não me estou a referir ao tipo de solidão que sentimos quando estamos realmente sozinhos ou quando estamos com alguém que está afastado de nós. Eu chamo a isso estar “solitário”. Estamos solitários quando temos amor para oferecer mas, ou não há ninguém com quem o partilhar ou a pessoa ou pessoas à nossa volta estão fechadas à conexão e à partilha do amor. Podemos sentir-nos solitários mesmo quando estamos inseridos num grupo de pessoas.

O tipo de solidão a que me estou a referir não tem nada a ver com os outros. Falo é de uma sensação oca e de estarmos perdidos por dentro, como que a flutuar no espaço sem amarras a uma nave-mãe.

A solidão tem a ver com o não estarmos conectados aos outros. Mas este sentimento de estar só, perdido, oco e vazio tem a ver com o facto de não nos sentirmos conectados connosco e com uma origem maior de amor. Este sentimento de solidão é o resultado do auto-abandono.

Sentimentos

Imagine uma criança pequena que é abandonada para se defender sozinha. A criança chora e ninguém vem. Passado pouco tempo, a criança fica frenética e, eventualmente, acaba por “desligar” devido ao terror de morrer se ninguém vier.

Isto acontece a um nível interno quando não prestamos atenção aos nossos sentimentos. Quando nos sentimos ansiosos, deprimidos, zangados, culpados, envergonhados, solitários, com o coração partido, tristes ou impotentes em relação aos outros, e quando ignoramos esses sentimentos, acabamos por nos sentir dormentes e sozinhos. A nossa ansiedade, depressão, raiva, culpa ou vergonha estão a mostrar-nos que estamos a abandonar-nos de alguma forma, e a nossa solidão, desgosto, tristeza e impotência em relação aos outros e a certas situações, indicam que precisamos de ter compaixão por nós próprios e talvez procurar apoio. Quando evitamos lidar com esses sentimentos, sentimo-nos entorpecidos, vazios e sozinhos.

Quando evitamos cuidar desses sentimentos, deixando tudo fechado na nossa mente, em vez de nos concentrarmos no nosso corpo, ou quando nos julgamos,  ou quando recorremos a vários vícios para entorpecer os sentimentos, ou quando tentamos fazer com que outras pessoas assumam a responsabilidade dos nossos sentimentos, estamos a abandonar-nos. Isto é o que nos leva a sentirmo-nos sozinhos e vazios.

Como podemos gostar de nós nesses tempos solitários

Assim como um pai amoroso pega num bebé que chora e tenta descobrir do que é que ele precisa, precisamos também de “pegar” e abraçar os nossos sentimentos com a vontade de perceber o que eles nos estão a dizer.

Todos os nossos sentimentos transmitem-nos informação sobre o modo como nos estamos a cuidar, como estamos a ser tratados pelos outros e sobre algumas situações que podem estar a precisar da nossa atenção.

Gostarmos de nós significa estarmos completamente presentes no nosso corpo com os nossos sentimentos. Significa estar sintonizado com eles, com compaixão, em vez de os evitar com o comportamento de auto-abandono. Significa sermos responsáveis por aprender o que eles nos estão a transmitir sobre o modo como nos estamos a cuidar, e por gerir com carinho os sentimentos dolorosos que a vida nos traz – a solidão, mágoa, dor e desamparo que todos nós experimentamos às vezes.

Gostar de si também significa aprender a ligar-se à tal fonte mais elevada de amor e sabedoria e desse modo poder trazê-los interiormente. A solidão interior é sempre o reflexo de uma falta de amor interior.

Conectarmo-nos com uma fonte maior não é tão difícil quanto se possa pensar. O espírito do amor está aqui para nos guiar em sermos amorosos connosco e com os outros, por isso, quando a sua intenção é amar-se a si mesmo, em vez de evitar a dor, o amor encherá o seu coração.

Descobrirá que, quando abrir o seu coração aos seus sentimentos, em vez de os evitar com o típico comportamento de abandono, e quando se abrir para aprender com o seu Eu superior sobre o que é bom para si, não se sentirá mais só por dentro.

Aprender a gostarmos de nós é mágico!

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3 coisas a fazer no caminho para a sua felicidade

coisas

O que é ser feliz e bem-sucedido

Não foi assim há tanto tempo que a quantidade de dinheiro e bens que possuíamos era considerado o único indicador do nosso sucesso. No entanto, hoje em dia, as pessoas procuram um significado mais profundo nas suas vidas, assim como bem-estar. Daí que a frase “O bem-estar é o novo sucesso dos tempos modernos” seja um lembrete de que o modo como nos sentimos é muito mais importante do que o estatuto que mostramos.

Mahatma Gandhi disse: “As suas crenças tornam-se os seus pensamentos. Os seus pensamentos tornam-se as suas palavras. As suas palavras tornam-se as suas ações. As suas ações tornam-se os seus hábitos. Os seus hábitos tornam-se os seus valores. Os seus valores tornam-se o seu destino.” É importante lembrar que as nossas vidas são limitadas apenas pelos nossos próprios pensamentos.

Se as nossas emoções estão ligadas ao nosso sistema neurológico, imunológico e endócrino, então faz sentido que quando sentimos algo, isso crie uma mudança física. Temos então uma escolha: podemos permitir que essa emoção assuma o controle ou usamos o mindfullness para a substituir por pensamentos e sentimentos positivos.

Aqui estão três dicas que lhe permitirão manter seu bem-estar todos os dias:

  1. Torne-se aliado das suas emoções.

Fique sentado tranquilamente durante uns minutos, sem distrações. Concentre-se na sua respiração. Siga o seu ritmo e tente perceber que pensamentos ou emoções atraem sua atenção. Deixe-os tomar forma. Enquanto isso, imagine-se a capturar cada pensamento ou emoção numa bolha.

Assim que a sua mente esteja calma, visualize-se a soprar aquela bolha para longe. Observe-a a subir, mais e mais, até que esta não faça mais parte de si; traga então a sua atenção de volta para a respiração. A sua respiração está mais profunda agora? Mais lenta, talvez? Permita-se alguns momentos para mergulhar nesse sentimento de paz e conectar-se com a sua respiração.

Lembre-se: os seus pensamentos e as suas emoções podem ser melhores amigos. Eles complementam-se e definem as nossas atitudes diárias. Por vezes, em certas situações banais, se o nosso alarme não toca de manhã ou nos aleijamos ao levantar da cama, os nossos pensamentos descem em espiral. Então começamos a preocupar-nos com aquela reunião com o nosso chefe ou com a zanga que tivemos com nosso parceiro a noite passada. Esses pensamentos tornam-se a nossa atitude durante esse dia e seguir-nos-ão como um íman.

  1. Desenvolva a prática da gratidão.

Ao acordar ou antes de dormir, faça uma lista de 10 coisas pelas quais é grato. Ficará surpreso com o quão fácil pode ser quando desaceleramos, observamos e despertamos os nossos sentidos. Andamos sempre a correr nas nossas vidas e perdemos a oportunidade de apreciar as pequenas coisas que contribuem para o bem-estar.

Aqui estão algumas coisas pelas quais se pode sentir grato:

  • Ouvir o chilrear dos pássaros
  • Ter uma boa noite de sono
  • Ter uma cama confortável
  • Alongar o seu corpo (sentindo-se saudável)
  • Beber uma chávena de café acabado de fazer
  • Receber e dar os bons dias à sua família
  • Aconchegar-se com o seu animal de estimação
  • Ver o sol a brilhar através das árvores
  • Chegar rápido ao trabalho num dia sem trânsito
  • Sorrir para um estranho na rua e ele devolver o sorriso
  • Cozinhar e escolher alimentos nutritivos que adora

Os pensamentos não precisam estar associados a algo que aconteceu nas últimas 24 horas. Podemos pensar num amigo querido que não vemos há meses e experimentar sentimentos de profunda apreciação e amor.

Se quiser ir mais além, pratique o sentir gratidão por coisas na sua vida que ainda não aconteceram. Por exemplo: está a trabalhar para publicar um livro. Tire alguns momentos para sentir gratidão por ter se tornado um autor publicado; por outras palavras, sinta como se o que tanto tem sonhado já tivesse acontecido.

Ficará surpreso com o quanto essa prática de gratidão afectará seu futuro.

  1. Conecte-se com a natureza.

Vá lá fora. Até uns cinco minutos durante a pausa do almoço servirão. Se estiver perto de algum jardim, vá até à relva e tire os sapatos. Fique de pé e visualize, sinta ou imagine que tem raízes a crescer nas solas dos pés, conectando-se profundamente com a terra. A cada inspiração, sinta a energia a elevar-se da Terra, espalhando-se por todo o seu corpo até sentir que ela flui para fora dos seus dedos.

Agora visualize, sinta ou imagine seu coração transbordando de gratidão e envie esse amor de volta aos seus pés na terra. Ao fazer isso, concentre-se na sua respiração, tenha consciência dos seus sentidos, sinta o calor do sol no seu rosto, a brisa fresca na sua pele, o som dos pássaros. Expanda a sua consciência e absorva a ligação que está a criar entre a sua mente, o seu corpo e o seu espírito.

 

Fonte: https://www.mindbodygreen.com

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Histórias que a bloqueiam: mude a sua vida

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Pare de contar histórias que a bloqueiam

De várias maneiras, a nossa vida emocional não é nada mais do que uma coleção de histórias que nos contamos sobre nós próprios. Quer nos mostremos como vítimas ou vitoriosos, espectadores ou actores principais, os nossos mundos internos são apenas uma coleção de narrativas sobre as coisas que aconteceram connosco e o modo como respondemos a elas.

Mais especificamente, a maneira como nos sentimos sobre as nossas vidas é uma questão das histórias que nos contamos repetidas vezes.

Reflita por um momento: quais são as histórias que conta sobre si? Como é que se percepciona?

Além das narrativas reais, pode aperceber-se que tem certos sentimentos que sente mais do que outros e isso traz emoções fortes, que podem ser … Frustrada. Impotente. Estagnada.

Essas coisas, tanto as histórias como os sentimentos que temos sobre elas, tornam-se marcas bem impregnadas nos nossos cérebros: os neurónios desenvolvem caminhos num certo sentido e quanto mais eles o fazem, o mais provável é que repitam esse caminho novamente.

Mas o que é mais interessante é que essas histórias não são necessariamente a verdade, e essas emoções são muitas vezes nada mais do que o hábito. Além disso, o facto de as marcas serem tão profundas significa que estamos mais propensos a continuar a criar o mesmo tipo de situações repetidamente (circunstâncias que nos fazem sentir, digamos, frustrados, impotentes ou estagnados) apenas porque é familiar. É o que conhecemos.

Dar a volta

Quer dar a volta à sua vida? Podemos mudar a maneira como nos sentimos sobre ela e, em seguida, começar a mudar as nossas próprias experiências atualizando essas mesmas histórias. É como uma atualização de software. É assim:

Pegue num diário e pense numa história sua que não a faz sentir-se bem – algo que faça parte do pior da sua banda sonora pessoal. Agora, faça a si mesma as seguintes perguntas:

  • Existe outra maneira de eu poder dizer a mim mesmo esta história? Existe outra versão dos eventos que também seja verdadeira?

Aqui está um exemplo: uma história antiga como “Os meus pais costumavam esquecer-se de me ir buscar depois da escola quando eu era criança; isso fazia-me sentir não amada e descartável” poderia tornar-se “Na verdade, quando penso nisso agora, ocorre-me que os meus pais deviam andar muito sobrecarregados, talvez essas ausências de espírito deles não tivessem nada a ver com a quantidade de amor que sentiam por mim”.

  • Ao contar a história de modo diferente, como é que isso muda a maneira como se sente em relação à sua vida?

Existe alguma coisa que pode fazer diferente agora que tem uma nova história para contar? Seja criativa. Como poderia agir agora se nunca tivesse contado essas histórias originais? Convidaria a tal pessoa para sair? Pediria a tal promoção que quer? O céu é o limite.

Agora, mude de raciocínio por um momento. Pense numa emoção que sente com frequência e da qual gostaria de ser libertada. A tristeza? A raiva? Faça uma pausa para se concentrar nessa emoção, e depois faça a seguinte pergunta:

  • Esse sentimento faz-me lembrar o quê? Qual é a minha lembrança mais antiga ao ter esse sentimento?
Você consegue!

É hora de abraçar a ideia de que essas histórias e sentimentos não precisam mais de a definir.

A boa notícia é que o cérebro é “plástico”, uma maneira elegante de dizer que pode criar novas histórias e conexões neurais a toda a hora.

Como seria a sua vida se contasse a si mesmo apenas histórias positivas sobre as suas capacidades? Como pode fazer as coisas de maneira diferente? Poderá sair e experimentar novos tipos de comportamentos?

Anseie para conhecer então a sua nova versão.

 

 

Fonte: https://www.mindbodygreen.com