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TRABALHAR COM CONSEQUÊNCIA

SOBRE SERMOS SERES DE ROTINAS E COMO ISSO SE REFLETE NA FORMA COMO TRABALHAMOS

Por natureza, sou uma pessoa de reflexão. E digo isto “por natureza”, porque na verdade não me recordo de onde vem. Creio que será uma daquelas coisas antigas, e que no meu caso, foi alimentada de alguma forma. Creio que será uma vontade de “conhecer” coisas. Conhecer melhor o que está fora, e também o que está dentro.

Na minha perspetiva, refletir, acrescenta-me valor em tudo o que faço.

Hoje gostava de partilhar uma reflexão sobre a forma como (às vezes) trabalhamos.

Quantas vezes nos deparamos com desafios e tentamos empurrar com a barriga uma tarefa apenas porque é diferente daquelas que fazem parte das nossas rotinas?

O ser humano é um ser de hábitos. Gostamos de coisas que conhecemos. Acredito que, de um modo geral, estamos mais confortáveis em fazer coisas repetidas do que a fazer coisas que nunca fizémos. Preferimos Coisas que sabemos como são, e que são previsíveis do que coisas novas. Causa menos desconforto repetir… e repetir… e repetir, do que sentar e pensar: como é que vou fazer isto?

Estás a sentir aquele desconforto de ter que fazer uma tarefa nova? Uma daquelas tarefas que está fora da rotina mas que alguém já percebeu que precisa de ser feita?

Aquela tarefa que tu próprio sabes que vai melhorar o teu trabalho, mas que arranjas sempre forma de evitar e pegar numa coisa mais rotineira. Ou aquela tarefa que foi falada na reunião de equipa mas que tentamos todos empurrar para o lado porque de alguma forma nos é mais “desconfortável”…

Então eu gostava de arriscar dizer que… essa é provavelmente a tarefa mais importante da tua semana de trabalho.

Quando percebemos que somos impostores… e que minamos o nosso próprio trabalho… e que isto é apenas programação… fica tudo mais fácil.

Porque na realidade… basta-nos fazer esta pequena reflexão para percebermos quando estamos a fugir à tarefa. É fácil. Acredito que a maioria de nós sabe e sente quando está a fugir da tarefa.

A forma de resolver isto é bastante simples.

Quando somos verdadeiros e transparentes conosco próprios. Sabemos que estamos todos os dias sujeitos a ser apenas… suficientes.

À luz disto, é fácil. Só precisamos de parar e reconhecer que estamos em “mais uma daquelas situações”.
E quando reconhecemos a situação como “mais uma daquelas” em que estamos a querer fugir da tarefa (seja por medo dela ou por desejo de rotina) temos tudo na mão para sorrir e dizer

“hmmm… eu sei que tu queres fazer isto porque te é mais simples. É mais fácil e dá mais jeito. Mas… lamento…. se estou aqui para tentar fazer algo com valor, sei bem o que tenho que fazer. E hoje é o dia em que vou fazer.”

Esta energia de controlo; esta capacidade de dizer não aos nossos primeiros reflexos rotineiros, é o que vai fazer-nos chegar ao fim do dia de trabalho com uma energia vencedora. Com um sentimento de “acomplishment”.

Porque na verdade… essa é a recompensa do trabalho. É o chegar ao fim do dia e sabermos que vencemos a tarefa. Que resolvemos a dificuldade.

Olha para as tuas tarefas e não te desvies daquela tarefa. Cada dia que desvias estás a minar a tua auto-confiança e a tua capacidade de realizar o teu potencial.

Olha-a de frente, pega numa folha em branco e começa. Chegado aqui, o mais difícil já ficou para trás.

António Vilaça Pacheco

Foto de Unsplash por Windows

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7 coisas que aprendi a escrever “O Livro dos Fazedores”

fazedores

Dois meses de escrita, 14 histórias e mais de 20 horas de entrevistas. Falar com fazedores é perceber que o tempo corre, que as dificuldades surgem quando menos se espera e que a história se repete, mesmo que não seja com as mesmas pessoas. E entender que Portugal mudou graças, também a eles. Lista de sete coisas que aprendi a falar e a escrever sobre empreendedores.

Tudo começa pelo princípio

Criar um negócio tem muito que se lhe diga e os fazedores sabem disso. O princípio costuma ser uma necessidade detectada. Daí à ideia é um instante. E se, para a concretização da ideia podem passar poucos meses, para ela se reinventar menos ainda.

Planos, há muitos

Por mais que se planeie, passo a passo, há sempre imprevistos. É assim em tudo na vida e, também nas startups. Por isso, é importante saber o destino, olhar o caminho e, claro, estar aberto ao que aparece. Há oportunidades para aproveitar, obstáculos para ultrapassar e surpresas de que nunca estamos às espera. Mas, na carteira de “características”, os fazedores têm essa flexibilidade essencial para não desesperar sempre que há pedras no caminho.

Crescer dói

Criar uma startup começa com uma pequena ideia, num espaço pequeno, e com uma equipa reduzida. Com o tempo e o crescimento, os fazedores sentem necessidade de alargar a equipa e começar a delegar. E isso dói. Uma das dicas mais repetidas no livro é tratar da cultura da empresa com carinho: uma cultura forte é meio caminho para garantir um crescimento à imagem dos fundadores.

A sorte dá trabalho

Pode até parecer apenas um enorme clichê mas a verdade é que, asseguram os fazedores, a sorte dá muito trabalho. Antes de criarem a Talkdesk, Cristina Fonseca e Tiago Paiva fundaram outros quatro projectos. Antes de escolherem os investidores para financiarem o crescimento da Chic by Choice, Lara Vidreiro e Filipa Neto leram, perguntaram e contactaram dezenas deles. Todos os passos contam para um dia as startups anunciarem investimentos, crescimento, novos mercados. E esses passos dão-se, muitas vezes, a solo, fora de horas e noutros fuso-horários.

Rodeia-te bem

Ter pessoas ao lado que estejam a passar pelos mesmos dilemas ou se revejam nas dores e já tenham ultrapassado alguns dos obstáculos por que estamos a passar são maneiras de. Os fazedores rodeiam-se dos melhores por onde quer que passem: primeiro, em incubadoras e aceleradoras de empresas, depois na criação de processos de recrutamento que ajudem a manter o ADN da empresa mesmo que a estrutura escale.

Prepara-te melhor ainda

Se o teu objectivo é criar um projecto que tenha impacto no mundo, prepara-te para responder a perguntas, ser confrontado com dúvidas e ter de inspirar a confiança dos que te rodeiam (e até de desconhecidos). O segredo para que a missão seja possível é preparação: lê, conta a ideia ao maior número de pessoas possível, valida o conceito. E que não se atrase a ida para o mercado. Só tentando – e, se necessário, falhando rápido – se aumentam as possibilidades de sucesso.

Que o medo não paralise

O medo é um factor que ajuda a medir o risco mas não deve paralisar. No início, todos os fazedores têm pudores em avançar para o mercado: ou porque o produto não está pronto, ou porque ainda podem melhorar, ou por um sem fim de razões que não importa especificar. Atrasar a validação é uma maneira de adiar a verdade. Por isso, se houver medo, arrisque mesmo com medo.

 

*Mariana de Araújo Barbosa , jornalista desde 2007, é autora d’O Livro dos fazedores, um manual de todas as aprendizagens dos primeiros fundadores de startups nacionais, lançado em Outubro de 2018.

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A importância de umas férias 100%

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A importância de tirar umas férias 100% livres de trabalho

Como trabalhador, as férias dão-lhe o tempo merecido para desligar do trabalho. Já vários estudos demonstraram que as férias melhoram o nosso estado físico e mental, ao mesmo tempo que aumenta a nossa produtividade e capacidade de foco.

Umas férias 100% livres do trabalho (sem responder a emails e a telefonemas ou sms) aumenta ainda mais estes benefícios:

  1. Melhora a nossa performance. Pessoas que verdadeiramente tiram férias, tendem a ter uma melhor performance no trabalho;
  2. Impulsiona a nossa saúde. Um ano sem férias aumenta o risco de implicações a nível cardíaco;
  3. Aumenta a capacidade de foco. Quem tira férias e descansa volta mais concentrado e focado no trabalho;
  4. Estar de férias dá-nos novas perpectivas do nosso dia-a-dia e da nossa vida;
  5. Fazer férias permite-nos mudar rotinas;
  6. Novas experiências. Estar de férias permite abrir horizontes, conhecer e viver novas experiências;
  7. Crescimento pessoal. Nas férias temos oportunidade de investir no nosso desenvolvimento pessoal e competências sociais;
  8. Partilhar. As férias permite a partilha de experiências com família e amigos;
  9. As férias diminuem o risco de depressão;
  10. Nas férias temos oportunidade de reforçar laços familiares, comunicação e solidariedade;
  11. Não fique pelos 3-4 dias de descanso. Férias curtas não são suficientes para desligarmos;
  12. Com as férias irá voltar com mais energia e produtivo;
  13. Confie nos seus colaboradores e colegas: não esteja sempre em contacto para ver se está tudo bem no trabalho;
  14. Seja um exemplo para todos na empresa: usufrua a 100% do espírito das férias;
  15. Deixe a sua lista de to do’s em Stand By. A melhor maneira de tratar da sua lista de tarefas por fazer é descansar, e quando voltar pegar nela com energia renovada;
  16. Não perca nada das suas férias. Se pegar em alguma coisa durante as férias vai estar a perder momentos, aventura e descanso.

Adaptado de: Boston College Center for Work & Family

 

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Cowork da Praia, em Carcavelos

cowork
Cowork da Praia integrado na lista dos coworks da grande Lisboa

O Cowork da Praia está integrado na lista dos coworks da grande Lisboa, no artigo Cowork em Lisboa: onde trabalhar na capital portuguesa do site Nomadismo Digital Portugal.

coworkEste artigo é um dos mais importantes na divulgação de coworks em Lisboa, tendo já sido atualizado diversas vezes para integrar mais espaços, e posiciona-se em 2º lugar no termo de pesquisas “coworks lisboa”, com mais de 720 visitas médias mensais.

Temos tido uma maior visibilidade crescente do nosso espaço e agradecemos o contributo do Nomadismo Digital Portugal para isso.

Qualidade de vida

No Cowork da Praia privilegiamos a qualidade de vida. Crescemos perto da praia, na maravilhosa Costa do Sol, e encontramo-nos a menos de 100 metros da praia de Carcavelos que é a capital do surf em Portugal. A uma distância de apenas 25 minutos de comboio para o centro de Lisboa, esta zona posiciona-se como o melhor lugar para alguém conseguir ter o estilo de vida relaxado de praia, combinado com a beleza e espírito cosmopolita de Lisboa.

O nosso cowork tem uma localização fantástica e conta com 150m2 prontos para vos receber. Situa-se numa praça dos anos 60, de edifícios baixos,  com mais de 10 restaurantes e pastelarias nas suas galerias; tem igualmente um centro comercial e um supermercado a 150m.

Se quer passar uma semana ou um mês em Portugal a trabalhar, se quer fixar a longo prazo o seu posto de trabalho e a sua equipa, este é o seu lugar e a preços muito competitivos. Este espaço pode estimular o espírito de equipa e levar a criatividade a outro nível.

cowork

Modalidades e preços

Desde 9 € por dia temos várias modalidades de cowork por onde escolher: Full-time, Part-time, Mesa Fixa, Ao Dia, ou Virtual Office. Também nos pode contactar para encontrarmos uma solução mais especifica para as suas necessidades. Além do espaço, que inclui uma área lounge, estão também disponíveis um conjunto de serviços associados: domiciliação de morada da empresa, gestão da correspondência, entre outros.

Contacte-nos.

Veja aqui imagens do nosso espaço.

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Como evitar um esgotamento

esgotamento

Gerir seu próprio negócio é um processo muito complexo e contínuo. Precisará de usar muitos “chapéus”, e é fácil acabar a trabalhar muito mais do que sendo funcionário por conta de outrem. Mas o risco é chegarmos a um esgotamento.

O pior da nossa crescente tendência para trabalhar longas horas é que, na verdade, isso não é bom para nós – para a nossa saúde ou para os nossos negócios. Trabalhar longas horas aumenta nosso risco de acidente vascular cerebral, como descobriu um estudo da University College London. O estudo foi realizado em três continentes, e os participantes que trabalharam mais de 55 horas por semana tiveram uma hipótese maior de 33% de terem um AVC, em comparação com aqueles que trabalharam 35-40 horas. Houve também 13% mais de hipóteses de doenças coronárias.

Longas horas de trabalho também podem levar à fadiga, falta de saúde geral e, claro, esgotamento. Mas também é mau para a produtividade. Um estudo com operários britânicos durante a Segunda Guerra Mundial descobriu que a produção tinha resultados cada vez menores por cada hora trabalhada além de 49 horas, cada semana.

Um estudo de 2011 analisou dados de países pertencentes à organização internacional de comércio OECD, a partir de 1950. Este estudo encontrou um resultado semelhante: à medida que o número de horas ia aumentando, a produtividade ia diminuindo.

Ou seja, o excesso de trabalho é mau para o negócio.

Mas pode ser mais fácil falar do que fazer, principalmente quando é do seu próprio negócio que falamos. Vamos ver como é que algumas das pessoas mais bem-sucedidas do mundo não têm esgotamentos mesmo trabalhando arduamente.

 

Pare nos 80%

O escritor e marketer Justin Jackson adora trabalhar. Mas ele percebeu que adora um pouco demais:

«Durante anos, eu ia ao escritório de manhã e gastava toda a energia criativa que tinha. Dei tudo até não ter mais nada. Se tivesse tempo extra, começava um novo projeto.»

Não foi apenas trabalho. Jackson era pai pela primeira vez,  fazia voluntariado, tinha criado um negócio e iniciado o seu mestrado. Tudo florescia e ele assumiu que poderia continuar assim para sempre.

Inevitavelmente, teve um esgotamento.

«O problema de andar no limite é que as pessoas não conseguem lidar com nada novo. Eu não consegui encaixar mais nada. Apertei a minha agenda, as minhas finanças, a minha energia e a minha família até o limite absoluto. E então veio uma crise: o negócio em que tinha investido correu mal. E eu não tinha espaço extra para lidar com uma crise: todos aqueles pratos que eu estava a girar desabaram.»

A abordagem de Jackson para começar de novo foi usar o conceito hara hachi bu, que é a ideia de comer apenas até que esteja 80% cheio. A ilha de Okinawa tem 3 vezes mais pessoas com mais de 100 anos do que os EUA. Acredita-se que essa longevidade vem (parcialmente) da prática de hara hachi bu, que restringe quantas calorias se ingere por dia.

Jackson adotou essa abordagem e adaptou-a para o trabalho:

«Tornei-me consciente da quantidade de energia que gastei no escritório. Eu deliberadamente acalmava-me para gastar apenas 80% da minha energia mental ao longo do dia.»

Obviamente, é difícil dizer exactamente onde está a marca dos 80%, mas, de acordo com Jackson, é apenas uma questão de estar atento e não de estimular demais o cérebro. Ele tende a escolher duas ou três grandes tarefas para realizar cada dia, e não mais.

Com espaço mental extra para lidar com eventos inesperados, Jackson não se sente mais em risco de esgotamento. Também está a trabalhar melhor: “Em vez de ser superestimulada, a minha mente está mais concentrada. Ao reconhecer os meus limites, gasto os meus recursos com mais sabedoria ”.

Fique de olho nos seus níveis de energia e tente parar quando chegar aos 80%. Economize 20% extra para a família, amigos, hobbies e lidar com eventos inesperados.

Uma abordagem semelhante é o conceito de “satisfação”. Discutida num artigo do Dr. Barry Schwartz, é a ideia de fazer – ou escolher – o que é bom ou suficiente, em vez do que é absolutamente o melhor. É o oposto da maximização que determina que você só aceita o melhor e inflige stress a si mesmo tentando constantemente obter o resultado máximo de qualquer trabalho que você faça ou escolha fazer.

A pesquisa de Schwartz descobriu que os satisfeitos são mais felizes que os maximizadores. Ele também encontrou satisfeitos que muitas vezes acabam a maximizar só porque sim. Por exemplo, ao fazer uma escolha, os satisfeitos irão olhar para diferentes opções até encontrarem uma que seja boa o suficiente, enquanto o maximizador continuará a pesquisar até que esteja absolutamente certo de que eles têm a melhor escolha – e frequentemente continuam a preocupar-se com as outras opções, mesmo depois de fazer sua escolha.

Mas, depois de tomar uma decisão, o satisfeito às vezes irá para uma opção melhor se ela aparecer. Sem ir à procura da melhor opção disponível, eles acabarão por maximizar de qualquer maneira – mas sem o stress de que um maximizador normalmente sofre.

Se você tende a concentrar-se em alcançar o melhor resultado possível em tudo que faz, tente pôr de lado algumas dessas expectativas. Poderá surpreender-se com os resultados do seu trabalho quando este não é pincelado por stress e expectativas.

 

Mantenha-se focado no seu objectivo

Angela Benton, co-fundadora do acelerador de startups NewME, usa a meditação para evitar o esgotamento.

Depois de se mudar para São Francisco para gerir o NewME, Benton parou de se exercitar regularmente e muitas vezes esqueceu-se de comer porque estava muito ocupada. Ela estava a gostar do seu trabalho, mas sentia os sinais de esgotamento a surgirem: “Eu estava exausta. Desconectei-me da razão por que estava a fazer o que fazia, e para quem estava a fazer. ”

Para Benton é essencial ficar centrado no que é importante e porquê. Vinte minutos de meditação todas as manhãs ajudam-na a manter o foco.

Para algumas empresas, o mindfullness melhorou a produtividade e reduziu a rotatividade de funcionários. De acordo com Rich Fernandez, co-fundador e presidente da Wisdom Labs:

«Na Aetna, uma das terceiras maiores empresas de seguro de saúde dos EUA, 12.000 funcionários participaram num programa de mindfullness. E, em média, temos 62 minutos de aumento de produtividade por funcionário, com uma economia adicional de 3.000 dólares por funcionário.»

E no iOpener Institute, Fernandez diz que a introdução do mindfullness no trabalho levou a uma redução de 46% nos custos da empresa devido à rotatividade de funcionários, redução de 19% no custo de baixas médicas e um aumento de 12% no desempenho e produtividade.

Tente alguns minutos de meditação cada manhã para o ajudar a se concentrar no que é mais importante.

 

Olhe para o custo de oportunidade

Tina Martini, sócia do escritório de advogados DLA Piper, diz que não conseguir dizer não é seu maior desafio quando se trata de combater o esgotamento: “É difícil dar um passo para trás e dizer: “Isso é o que eu já tenho no meu prato.”

Quando Martini lutou contra um esgotamento, há alguns anos, ela contratou um executive coach para ajudá-la a voltar ao rumo certo. Uma das coisas com que a coach da Martini mais a ajudou foi compreender que “em todas as oportunidades, há um custo de oportunidade”.

Martini diz que é útil ter “uma conversa consigo próprio sobre o que é importante, dar um passo atrás para olhar sua vida holisticamente”. Isso torna mais fácil focarmo-nos no que realmente importa, diz ela, e ver quando o custo da oportunidade não vale a pena. Se você está a fazer uma coisa, está a renunciar a outra.

Antes de dizer sim a um novo projeto, avalie o tempo e foco de que precisará de reservar para se comprometer com ele.

 

Tire férias

De acordo com Tony Schwartz, autor de The Way We Work Isn’t Working: “Terá mais trabalho realizado a um nível mais alto de qualidade se tirar férias”.

Quando a CEO da Yahoo! Marissa Mayer foi vice-presidente de Produtos de Pesquisa e Experiência do Usuário do Google em 2006, ela disse à Fortune que tinha cerca de 70 reuniões por semana. “Eu tiro uma semana de férias a cada quatro meses de trabalho”, disse ela.

Richard Branson concorda com a importância das férias:

«Garanto que desligo, deixando meu smartphone em casa ou no quarto do hotel o maior tempo possível – dias, se puder – e levando um caderno e uma caneta comigo. Livre das tensões diárias da minha vida profissional, acho que tenho mais hipóteses de ter novas soluções sobre problemas antigos e novos momentos de inspiração.»

Para Branson, as férias são mais do que apenas descanso e recuperação: “Quando uma pessoa vai de férias, a sua rotina é interrompida; os lugares que frequenta e as novas pessoas que conhece podem inspirá-lo de formas inesperadas. ”

Planeie as suas próximas férias num lugar onde possa ficar longe do stress da vida diária. Seja num país totalmente novo que quer explorar ou simplesmente num local tranquilo na praia mais próxima – tente afastar-se da tecnologia e deixe sua mente esvaziar.

Com toda a pressão que vem de gerir o seu próprio negócio, ter um esgotamento é a última coisa com que se quer preocupar. Reserve algum tempo agora para colocar um plano em prática para cuidar de si mesmo. É melhor ter um pouco de tempo agora para a sua saúde e sanidade, do que ir de férias forçadas mais tarde quando perceber que não consegue acompanhar o ritmo.

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Adultos 2.0

adultos

Vamos pensar sobre: jovens adultos e o seu primeiro emprego.

Está claro que a nova geração é diferente. Falam de tecnologia, viagens e de desapego. E como será a sua entrada no mercado de trabalho?

Recentemente, num encontro sobre resiliência, uma das oradoras apresentava números alarmantes dos jovens que se demitem do seu primeiro emprego. Como chegámos até aqui?

Pensemos em conjunto:

Valores: há uma diferença significativa nos valores base entre gerações. Especialistas e estudiosos da área, abordam este gap acentuado entre gerações como uma “ruptura”. Podemos ainda analisar a postura e a capacidade de tomada de decisão destes jovens perante problemas quotidianos, há quem denomine como imaturidade, eu vejo como uma resposta diferente com as skills e condições que têm.

Soft Skills: como referido, os jovens adultos têm várias competências tecnológicas desenvolvidas, mas registra-se um decréscimo nas competências relacionais e de gestão pessoal e profissional. Fiquemos com a referência, dada por gestores, da sua dificuldade em lidar com a frustração.

Ofertas formativas: Temos óptimos exemplos de boas práticas e inovação em Portugal, mas o seu ritmo não acompanha a mudança dos jovens. É necessário reavaliar as estratégias de educação/formação e capacitar os estudantes/formandos com soft skills.

Mercado de trabalho: também aqui, há uma notória transformação. A forma como os jovens encaram termos como “carreira” ou “emprego” dá-nos a percepção clara da mudança de mindset profissional. Por outro lado, o mercado de trabalho sofreu restruturações que alteraram a forma como recebem os jovens trabalhadores, as condições oferecidas.

Depois desta reflexão fica a pergunta: qual é o meu papel na inclusão sustentável dos jovens no mercado de trabalho? Enquanto familiar e/ou profissional devo aprofundar as causas das mudanças e acompanhar/capacitar estes jovens para que possam desenvolver os seus talentos e potencial, facilitando a sua contribuição para o mercado de trabalho como todas as novas possibilidades que trarão.

Assim, teremos profissionais de excelência mas mais importante, teremos pessoas realizadas a viver o seu propósito de vida.

(este artigo rege-se pelo antigo acordo ortográfico)

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O resgate

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«Na verdade, a velocidade com que vivemos impede-nos de viver. Uma alternativa será resgatar a nossa relação com o tempo.» – José Tolentino Mendonça

Acho que sofro do Síndrome de Estocolmo. Sabem o que é? É o estado psicológico de um indivíduo que, submetido a um período prolongado de intimidação, passa a ter simpatia, amizade ou até sentir amor pelo seu agressor. Sim, acho que é isto… Apesar do afastamento que eu quis com todas as minhas forças e das mudanças que tenho vindo a implementar há mais de um ano, devo admitir que ainda sinto alguma simpatia pelos meus agressores: o tempo e o stress. O tempo tal como o senti, o vivi e o geri nos últimos vinte anos. O stress, que de forma pérfida se me meteu debaixo da pele e se instalou com o epíteto de “o normal”.

Já aqui vos contei que me despedi da empresa onde trabalhei quinze anos. Depois fui despedida do trabalho que aceitei em Cabo Verde. E após essa experiência caricata, mas muitíssimo libertadora, parei para pensar no que andava a fazer e decidi, de uma vez por todas, encarar uma enorme evidência: estava cansada de trabalhar para os outros. Ao fim de duas décadas nesse registo, era chegada a hora de pegar nas minhas poupanças e arriscar investir no meu sonho de autonomia, trabalhando para mim no que me apaixona. Até aqui tudo bem.

O que eu não sabia é que vinte anos de intimidação, isto é, vinte anos a viver, a sentir e a gerir o tempo e o stress observando as regras seguidas pela maioria, me levariam a experienciar volta e meia, após o meu acto de rebelião, sentimentos de culpa e até de traição para com os meus sequestradores. Ridículo, eu sei.

Não me interpretem mal. Não há aqui qualquer arrependimento ou desilusão. Antes pelo contrário. Sei que este é o caminho e que tenho direito a tentar viver de forma diferente. Ando bem, feliz, em paz, a desmultiplicar-me em projectos, actividades, contactos, conhecimentos e aprendizagens apaixonantes (quem diria que o tempo dava para tanta coisa boa ao mesmo tempo!), mas ainda a adaptar-me à falta de correntes. Os meus agressores inculcaram-me ritmos, hábitos dos quais não é assim tão fácil libertar-me.

Só isso explica que continue a fazer as limpezas da casa aos fins de semana, por exemplo, quando hoje em dia posso fazê-las quando me der na veneta, seja quarta ou sexta-feira. E explica também porque insisto em ir ao supermercado ao fim do dia, que é quando lá param todos os que têm de cumprir um horário entre as 9h e as 18h.

Só a memória das grilhetas explicam que me sinta vagamente culpada quando a meio da tarde de uma terça largo o computador e vou caminhar junto ao mar para relaxar, porque a crónica que tenho de entregar está difícil de escrever. Só isso explica aquele mal-estar que dura uma fracção de segundos quando me estendo ao sol num areal em dia de expediente. Só isso explica que ainda me espante com a ousadia que é marcar uma reunião de trabalho numa esplanada ou num café. Só isso justifica a vaga sensação de que estou errada quando tiro quatro dias para descansar na companhia dos meus pais, mesmo sabendo que tenho mil coisas para fazer. Antes marcava as férias para todo o ano em Janeiro, por ordem de uma direcção de recursos humanos. Ironicamente, agora a minha dificuldade é parar sem me sentir mal com isso.

Há dias dei-me conta que não me aborreço por causa de trabalho vai para doze meses, que não chego a casa esgotada e com vontade de chorar, que não me apetece ficar na cama quando o despertador toca entre as 7h e as 8h. Ao aperceber-me disto, a minha primeira reacção foi pensar que devo estar a fazer algo mal. Como posso eu não estar stressada se ainda mal ganho dinheiro e delapido o meu pé de meia todos os meses?! Entrei em parafuso. Achei-me irresponsável, imatura, leviana. O coração disparou e amparei com as mãos suadas a cabeça acometida de uma tontura. Afinal quem sou eu para querer fazer de outra maneira, querer viver diferente? Não será isso arrogância, vaidade? Terei eu capacidade para seguir em frente? Não serei uma fraude?

Mas foi apenas um fogacho, um pensamento perverso que veio e se esfumou num ápice, uma ideia insidiosa que não encontra mais espaço na minha alma nem na minha cabeça para me massacrar, um sintoma ligeiro da Síndrome de Estocolmo que um dia, eu sei, desaparecerá de vez. Aqui, sentada à mesa da sala onde agora desenvolvo parte do meu trabalho, tudo faz sentido. Ao fechar os olhos para ver dentro de mim, tudo faz sentido. Quando vejo o meu rosto e o meu corpo reflectidos num espelho tudo faz sentido. Tudo bate certo. Tudo está em harmonia. Já não há dissonâncias, conflictos internos, medos e inseguranças injustificadas. E à noite, ao deitar-me, passo no teste derradeiro: adormeço de consciência tranquila e durmo profundamente.

Preciso apenas de resgatar a minha relação com o tempo, que há de ser a relação que eu quero, que eu hei de poder negociar e não a que os outros me impõem. Quanto ao stress, aceitá-lo-ei nas doses consideradas saudáveis, como um remédio homeopático, para me manter alerta e focada. E assim, lutarei por cumprir os meus sonhos. E isso, julgo, não é arrogância ou vaidade. É antes equanimidade.
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Supere os seus medos no trabalho

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Nos moldes da sociedade ocidental o trabalho assumiu uma importância ainda maior no bem-estar das pessoas, não só porque é a sua fonte de rendimento mas também porque é onde as pessoas passam a maior parte das suas horas “úteis” diárias e por isso, torna-se difícil conseguir estar bem se, na maior parte do nosso dia estamos num local que nos causa ansiedades, receios ou até situações de confronto.

Não vamos falar sobre termos um trabalho com o qual nos identificamos, onde nos sentimos realizados e valorizados. Onde conseguimos investir no nosso desenvolvimento e mostrar as nossas mais-valias.

Vamos falar de conseguirmos estar num emprego onde não nos sentimos intimidados e onde não nos confrontamos diariamente com os nossos medos. Eis alguns dos receios mais comuns e algumas dicas de como ultrapassá-los:

Medo de Falhar

Todos nós já vivemos o medo de falharmos ou de errarmos no desempenho das nossas funções. Porque temos um cargo novo, porque as tarefas que desempenhamos têm um grande impacto na empresa, ou simplesmente porque estamos num ambiente competitivo, são várias as razões que nos levam a ter receio de falhar. E esse medo acaba muitas vezes por comprometer o nosso  desempenho.

Como podemos ultrapassá-lo?

Criar métodos que nos ajudem a minimizar as possibilidades de erro, perguntar em caso de dúvidas, mantermo-nos concentrados são algumas ferramentas que podemos utilizar. Mas o fundamental é relativizar o medo de falhar. Todos os que estão à nossa volta têm receio: chefes, colegas, estamos todos sobre essa pressão. O erro é algo que pode acontecer e nessa situação o importante é a aprendizagem que podemos retirar e as mudanças que podemos fazer.

O erro é experiência e ajuda-nos a fazer melhor, a antecipar problemas, a otimizar a nossa atividade.

Medo de nos expormos

Partilhar as nossas ideias, falar em público, ou qualquer situação em que sentimos que os olhos estão postos em nós, o medo de nos expormos está ligado ao receio de sermos julgados, não aceites ou simplesmente de nos sentirmos intimidados.
No entanto, um estudo publicado no Journal of Personality and Social Psychology mostra que pessoas que mostram a sua vulnerabilidade acabam por conseguir ganhar a confiança e o respeito dos que os rodeiam, criando-se relações de cooperação e ajuda entre as pessoas.

Identificar os nossos pontos menos fortes e investir na sua melhoria e desenvolvimento é o primeiro passo para conseguirmos diminuir o número de situações em que temos receio de estar expostos. Tem medo de falar em público? Faça formações, coloque-se em situações que consegue controlar mas onde possa treinar os skills necessários. Exemplo: integrar um grupo de teatro, falar em grupos onde nem todas as pessoas são suas conhecidas. Confiarmos em nós, aceitarmos o erro e sabermos que não coloca em causa o nosso valor torna-nos menos “permeáveis” e minimiza o impacto que a análise dos outros poderá ter na nossa auto-estima e no nosso desempenho.

Medo da mudança

Nós somos criaturas de hábitos e se por um lado nos queixamos da rotina, de um trabalho sem novidades e desafios, a verdade é que quando a mudança aparece, todas as nossas dúvidas vêm ao de cima e de repente deixa de ser um cenário positivo.
Porque receamos a mudança? É importante perceber porque nos deixa desconfortáveis, porque nos sentimos fora da nossa zona de conforto?

Nas organizações muitas vezes as mudanças não são bem sucedidas por falta de comunicação. Se a comunicação não é clara e suficiente essa pode ser a causa do nosso desconforto. Deveremos procurar informação e resposta para que haja menos incertezas num cenário de mudança.

Falta de confiança pode ser outra das razões para sermos avessos à mudança. Receamos novas funções, novo ambiente de trabalho, porque é diferente e sentimos que não temos controlo. Focarmo-nos nos nossos pontos fortes, na nossa experiência e nas acções que podemos levar a cabo para nos ajustarmos mais facilmente, ajuda-nos a minimizar o impacto da mudança e dá-nos confiança neste novo cenário.

Medo do confronto

A relação que mantemos com os nossos colegas, chefias, clientes, parceiros influenciam bastante o ambiente de trabalho. Por vezes acabamos por tentar evitar situações de confronto para garantir o bom relacionamento com os que nos rodeiam. No entanto, isto pode revelar-se uma estratégia pouco sustentável. E por outro lado, não nos ajuda a superar os nossos receios.
Há que saber manter um relacionamento saudável no entanto sem deixar de comunicar a nossa posição e fazer o nosso trabalho. Situações de conflito em que as pessoas não têm a mesma opinião ou discordam sobre uma situação, é normal. Há que saber conviver com o desacordo, encará-lo naturalmente e aprender a negociar e a encontrar um ponto que satisfaça ambos os lados. Ouça o seu interlocutor, veja os pontos em comum, negoceie algumas cedências de parte a parte.

Descubra como é que aciona os seus medos

O primeiro passo para lidar com o medo é saber claramente como é que o criamos. Por exemplo, se estivermos com receio de uma reunião que teremos de liderar e pensamos que poderá correr mal, esta é a origem do medo. É este pensamento negativo futuro que aciona a sensação de medo. E quanto mais repetimos esse cenário na nossa mente, mais essas imagens se tornam prováveis para nós.

Pessoas confiantes não ignoram o medo. Têm uma forma natural de entender quando é racional ou quando tem poucos fundamentos e se intromete naquilo que queremos alcançar. Se estamos com receio da reunião que vamos ter, o medo deverá ser utilizado para nos ajudar a refletir no que podemos melhorar, o que podemos preparar e por outro lado trabalharmos a nossa confiança.

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A produtividade das férias

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Provavelmente todos nós já ouvimos dizer que quando vamos de férias ficamos restabelecidos e no regresso somos mais produtivos. A verdade é que apesar de estarmos conscientes dos benefícios de desligar completamente do trabalho durante as nossas férias, nem sempre o fazemos. No meu caso, sempre cultivei o hábito de tentar desligar 100%. Mas… nem sempre é fácil. Por vezes precisamos que as condições exteriores nos preguem uma partida. Dizem que à medida que as nossas carreiras vão sendo mais exigentes, vamos perdendo a “luxúria” de nos podermos afastar do trabalho. A verdade é que acima de tudo, o que perdemos é a capacidade de dizer NÃO. A vida continua e não temos que estar presentes em tudo o que acontece. Essa é a verdade nua e crua.

Este mês, gostava de partilhar a história de umas férias que, embora de forma não planeada, acabaram por ser extremamente revigorantes e desligadas do “mundo real”. Não foram num resort nem num retiro sabático. Foram numa autocaravana, sem destino e sem luxos.

A história é esta…

Um amigo comprou uma autocaravana. Por coincidência, eu tinha marcado férias para essa altura. Durante 10 minutos em que almocei com esse amigo, traçámos todo o nosso plano de férias. Que se resumia ao seguinte: “Então saímos daqui na sexta depois de almoço e vamos em direção a Sul. Depois… voltamos no outro domingo seguinte.” Este era todo o nosso plano de férias: 2 casais, uma caravana, e muita boa disposição.

Olhando com mais atenção, sobressaem aqui 3 características que todos prezamos: a liberdade, o “descompromisso”, e a capacidade de estar confortável na incerteza. A nossa única certeza era de que estaríamos bem independentemente do percurso. Ficaríamos os dias que quiséssemos, onde quiséssemos, não queríamos sequer o compromisso de tomar decisões. Não há nada de especial neste conceito. No entanto… há algo de muito especial neste conceito.

Quando pensamos em férias bem conseguidas, existem 5 tópicos (no máximo) que as descrevem em termos de qualidade. Em frente a cada necessidade, coloco o processo que deve ser conquistado:

1 – Repousar e recuperar energias de uma vida agitada ou de uma profissão exigente. –  Exige que se reduza o ritmo a que as coisas acontecem durante o dia.

2 – Recuperar do stress da vida urbana, e da pressão das decisões profissionais ou pessoais a que o dia a dia obrigam. – Exige que não exista pressão e que as decisões sejam fáceis e confortáveis. Devem privilegiar-se as escolhas sem sacrifícios. Tomar decisões é mentalmente desgastante quando há consequências no resultado. Quantas menos consequências houver sobre as decisões, mais flui o bem-estar.

3 – A vontade de trazer uma história para contar. – Exige que tenhamos oportunidade de acrescentar alguma coisa à nossa experiência de vida. A origem não importa. Este é dos tópicos mais relativos. Coisas como: ler mais livros, ver mais filmes, visitar lugares distantes ou próximos, conhecer pessoas e culturas novas, aprender um novo desporto, criar uma horta em casa, e por aí fora… constituem uma nova história para a nossa vida. Algo que nos acrescentou. Por vezes a dificuldade é sabermos valorizar essas pequenas coisas no nosso interior. É importante “saber olhar”.

4 – Passar tempo com os que amamos – Exige ter tempo mas, acima de tudo, saber desfrutá-lo. Desfrutar, implica estar envolvido com o momento presente. Saber estar perto dos que amamos e passar tempo com eles. Mesmo que seja em silêncio, a partilhar um pôr do sol com a nossa cara metade ou os nossos maravilhosos filhos. Queremos estar inteiros, no simples acto de “estar” com os que amamos.

5 – Sentir boas emoções. – Exige que saibamos ter prazer nos momentos presentes. Permitir que “o agora” nos preencha por completo. E sermos inteiros no que fazemos. Este ponto está em cada um dos pontos anteriores. É o prazer.

Estas férias despreocupadas pontuaram muito alto em todos os tópicos que referi. O que me leva a dizer: adorei estas férias e sinto-me ótimo e revigorado.

A vida numa caravana acontece devagar. Durante estes 10 dias, ninguém usou expressões como “depressa” ou “estamos atrasados”. Nunca estávamos atrasados porque não tínhamos que chegar a lado nenhum. Nunca tínhamos pressa porque o prazer era o presente e não o “amanhã” ou o “chegar lá”. Não tínhamos sequer etapas, (já que podíamos dormir em qualquer lugar que nos parecesse bonito).

O resultado foi que estivemos juntos. Visitámos barragens e praias, terras do Sudeste português e serras da Andaluzia Espanhola e absorvemos as paisagens. Fizemos yoga num parque natural e caminhadas de 3 horas por escarpas nas montanhas. Relaxei com as paisagens poéticas e fiquei ansioso com as minhas vertigens! Sentámo-nos em esplanadas a beber cañas e deitámo-nos com a mais maravilhosa paisagem em pano de fundo. Fomos divertir-nos para as festas da cidade de Córdoba e descobrimos as pequenas aldeias dos “pueblos blancos“. Estivemos em silêncio na viagem ou a jogar setas num bar à noite em Espanha. Apanhámos um dia inteiro de chuva que mal deu para sair da caravana… mas acabámos a jogar às cartas e a cozinhar algo diferente.

É impressionante a quantidade de coisas que podem ser feitas apenas em 10 dias, mesmo quando nada se planeou. E é incrível a sensação de estarmos a fazer tudo devagar quando a nossa casa segue connosco para todo lado.

Uma autocaravana é um grande passo para simplesmente “estar”. Mas depois, é preciso saber estar.

Claro que podíamos ter procurado locais com internet. Mas de repente escolhemos todos o NÃO. Não à internet, não a whatsapps, não a facebooks e não a telemóveis e emails. Nestas férias dei uma oportunidade ao “acaso” e dei um merecido descanso à minha mente.

Por 150 euros e 10 dias… Deixo os hotéis de luxo para quem os valoriza mais do que eu.

Na simplicidade é que está o ganho…
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Ser bem-sucedido é a única opção…

sucesso

segredosHoje em dia, quase todos trabalhamos em algum tipo de emprego ou carreira e, em média, passamos entre 50% e 90% do tempo em que estamos acordados no trabalho. Como tal, ser bem-sucedido no trabalho equivale praticamente a sermos bem-sucedidos na vida, não sendo esta última normalmente possível se não conseguirmos sobressair na nossa vida profissional. Assim, para ter uma vida fantástica, é imperativo que esteja disposto a esforçar-se por sobressair no seu trabalho.

A natureza do trabalho no século XXI está também a evoluir rapidamente: os tempos em que se tinha um «emprego para a vida» pertencem ao passado e muito poucos de nós passarão a vida a trabalhar numa só organização, no mesmo cargo e na mesma localização. Atualmente, podemos trabalhar a partir de casa ou partilhar uma área de trabalho com colegas, podemos ter patrões e colegas estabelecidos noutros locais que só conhecemos online em videoconferências, muitos de nós têm horários de trabalho flexíveis e, neste mundo sobrecarregado de informação e em que comunicamos 24 horas por dia, sete dias por semana, podemos sentir-nos impelidos a estar sempre a trabalhar. No trabalho, somos pressionados constantemente para ter um bom desempenho e para nos esforçarmos mais; ser simplesmente mediano ou satisfatório não é suficiente, visto que as organizações reduzem a sua mão de obra e suspendem contratos de trabalho regularmente para poupar em custos e eficiência. Em consequência, espera-se que todos nós façamos e alcancemos mais, em menos tempo, com menos colegas e recursos a ajudar-nos.

À exceção daqueles que doam o seu tempo de forma voluntária ou pro bono, todos trabalhamos para receber algum tipo de salário ou remuneração e, em troca desse valor, espera-se que tenhamos um bom desempenho. Os nossos empregadores esperam que nos esforcemos por ser bem-sucedidos no nosso trabalho e, se não o conseguirmos, arriscamo-nos a perder o emprego ou a deixar passar oportunidades de promoção ou aumentos de salário. Para muitos de nós, tentar ser bem-sucedidos é a única opção. Todas estas mudanças no local de trabalho levaram a que a gama de aptidões necessárias para se ter sucesso esteja também a mudar e a evoluir.

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